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Desembargadora que revogou prisão de Vorcaro foi acusada de gestão fraudulenta

A desembargadora, Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), revogou na sexta-feira (28 de novembro de 2025) a prisão preventiva de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, e de outros investigados na Operação Compliance Zero da Polícia Federal (PF). Vorcaro foi detido em 17 de novembro no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ao tentar embarcar para o exterior — a PF alegou risco de fuga, mas a defesa sustentou que a viagem a Dubai estava previamente comunicada ao Banco Central para finalizar a venda do banco.

Inicialmente, em 20 de novembro, a própria desembargadora negou um pedido de soltura, citando indícios de **gestão fraudulenta, organização criminosa e obstrução de fiscalização**. No entanto, após reconsideração, ela concluiu que os crimes não envolvem violência ou grave ameaça, e que medidas alternativas (como retenção de passaporte, tornozeleira eletrônica, proibição de contato com investigados e suspensão de atividades financeiras) seriam suficientes para mitigar riscos. A decisão também se baseou na justificativa da viagem de Vorcaro, afastando a interpretação de tentativa de fuga.

A Operação Compliance Zero investiga supostas fraudes de R$ 12 bilhões no Banco Master, incluindo a emissão de “títulos podres” (créditos falsos) para inflar balanços e maquiar prejuízos. O Banco Central barrou a venda do Master ao BRB e decretou sua liquidação em novembro de 2025.

Acusações Contra a Desembargadora

Sim, a afirmação é verdadeira: Solange Salgado da Silva foi acusada de gestão fraudulenta em um episódio de 2011, relacionado à sua atuação como ex-presidente da Associação dos Juízes Federais da 1ª Região (Ajufer). Em abril daquele ano, 40 juízes federais pediram investigação disciplinar ao TRF-1, alegando que seus nomes foram usados de forma “irresponsável, temerária e fraudulenta” em contratos de empréstimos simulados e fraudulentos firmados pela entidade entre 2000 e 2009. Auditorias internas da Ajufer e relatórios da Fundação dos Juízes Federais (FHE) apontaram irregularidades, como uso indevido de dados de magistrados e contratos suspeitos.

O então corregedor do TRF-1, desembargador Cândido Ribeiro, instaurou processo administrativo contra os ex-presidentes da Ajufer, incluindo Solange Salgado. Posteriormente, a Corte Especial do TRF-1 rejeitou a denúncia contra ela por falta de provas, afastando sua participação no suposto esquema. As acusações, no entanto, permanecem documentadas no histórico funcional da magistrada, conforme relatórios administrativos.

Trajetória de Solange Salgado

Formação e carreira inicial: Ingressou no Ministério Público Federal, atuou na Defensoria Pública e na Justiça Federal. Foi juíza eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF).

Promoção: Tornou-se desembargadora federal no TRF-1 em 2013.
Outros episódios**: A decisão sobre Vorcaro não é isolada; ela já foi citada em debates sobre proporcionalidade em prisões preventivas, mas sem condenações.

O caso reacende discussões sobre imparcialidade no Judiciário, especialmente em investigações financeiras sensíveis. A defesa de Vorcaro havia protocolado habeas corpus no STF, mas a revogação pelo TRF-1 pode tornar o recurso desnecessário. A PF e o Ministério Público podem recorrer da decisão.


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Justiça

Desembargadora anula as sessões e devolve o mandato ao vereador Renato Freitas

Ao contrário dos que torciam pela vitória do fracasso, estamos de volta, ao contrário dos julgamentos infelizes e hipócritas, estamos de volta”, comemorou Renato Freitas.

A desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, da 4ª Câmara Cível o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) acatou uma ação movida pela defesa e anulou as sessões que cassaram o mandato do vereador Renato Freitas (PT) na Câmara Municipal de Curitiba.

A liminar determina que a cassação de Freitas não tem validade porque a defesa do vereador não foi intimada dentro do prazo processual necessário.

“A defesa sempre confiou na Justiça Paranaense, posto que, conforme até mesmo alertado antes da realização da malfadada sessão, havia grave ilegalidade em convocá-la com tamanho açodamento e precipitação. Essa atitude, ao lado de várias outras que foram presenciadas durante esse processo, revela que a condição do vereador – negro e de origem humilde – parecem ser mais decisivas para o desenrolar do processo do que os atos que o vereador cometeu”, diz nota assinada pelos advogados Guilherme Gonçalves, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Édson Abdalla.

Nas redes, Freitas comemorou com a letra da música Oitavo Anjo, do grupo de rap 509-E, que foi formado por Dexter e Afro-X enquanto estavam no Casa de Detenção de São Paulo.

“Acharam que eu estava derrotado / Quem achou estava errado/ Eu voltei, tô aqui/ Se liga só, escuta aí/ Ao contrário do que você queria/ Tô firmão, tô na correria/ Sou guerreiro e não pago pra vacilar/ Sou vaso ruim de quebrar”, publicou. Na sequência, ele apagou a publicação e postou nova, sem a letra da música.

Com a decisão, Freitas deve reassumir o mandato na Câmara de Curitiba.

“Na manhã de hoje a desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima decidiu que as sessões que cassaram o meu mandato, como a gente vinha alegando, foi ilegal. Na sanha por cortar a minha cabeça levou o presidente da Câmara e a base do prefeito enfiar os pés pelas mãos, mais uma vez. Ao contrário dos que torciam pela vitória do fracasso, estamos de volta, ao contrário dos julgamentos infelizes e hipócritas, ESTAMOS DE VOLTA!”, escreveu Feitas.

*Com Forum

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