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Estadão, como já era esperado, acende vela para Deus e para o Diabo

Estadão, como já era esperado, acende vela para Deus e para o Diabo.

Se assim faz, reforça a moral dos imorais, dos indecentes, numa falsa balança que, na verdade, pesa a favor de Bolsonaro contra Lula.

Para começo de conversa, não há luva de pelica possível que traga uma geografia em que Bolsonaro é vendido como um mero representante da extrema direita tropical, quando, na realidade, Bolsonaro faz parte do submundo do crime carioca, utiliza de um discurso de violência e intolerância da extrema direita para abarcar a maior parte possível de eleitores que sempre foram ligados à direita tucana, principalmente porque hoje não existe mais.

Bolsonaro faz o mesmo com a dita pauta de costumes ou morais, em nome da família, da religião e do conservadorismo, o que não deixa de ser uma gigantesca piada, quando, examinando os preceitos cristãos, bíblicos, Bolsonaro é um anticristo, que se une a pastores charlatães neopentecostais que fazem da fé alheia o segredo do Midas.

Bolsonaro, quando fala de família, pergunta-se qual?, já que ele trocou de mulher e de família três vezes como quem troca de roupa, com um adendo, agressão física a ex-mulher, Ana Cristina Valle, ameaçando-a de morte, o que a obrigou a sair do país junto com o filho, Jair Renan.

Sua fala recente “pintou um clima”, ao se referir às meninas venezuelanas, mostra que família é essa, além de classificá-las como “prostitutas”, certamente para justificar seu assédio.

Essa é a família tradicional. A mesma piada se dá no campo tido como conservador na economia, que perdeu a pose, quebrou o verniz e foi para a esbórnia da gastança, utilizando os cofres públicos para sustentar o apetite e a corrupção do centrão, para quem cantava, junto com Heleno, “se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão”.

Isso é o exemplo de como  camaleônico vive de discurso de ocasião, um tremendo malandro agulha. Isso nada tem a ver com extrema direita, mas sim com o Estado paralelo que as milícias cariocas representam.

Lógico, isso envolve o próprio rei da República, que faz o papel de monarca do centrão, o rei Arthur Lira, que tem na mesma corte peso alto, Ciro Nogueira e Valdemar da Costa Netto, somados a acessórios morais e outros dejetos políticos como Roberto Jefferson e a geleia formada por pastores lobistas, milicianos e outros Barrabares dessa santidade armada por um sujeito que, certamente, é o mais imoral dos brasileiros sob qualquer atividade humana no Brasil atual.

É esse troço que o Estadão, que o Estadão coloca com a mesma medida de Lula

O problema é que o Estadão ainda se sente no dever de entregar a encomenda para a falecida direita brasileira quando esta terceirizou para a grande mídia, a oposição aos governos Lula e Dilma. No mesmo editorial, as carpideiras do jornal, estão de joelhos na lápide do finado PSDB, clamando pela ressurreição do furúnculo neoliberal que foi enterrado com a saída de FHC em 2002.

Depois de tudo o que Bolsonaro fez, o Estadão passa mensagem com o requentado argumento maroto, que Lula e Bolsonaro são faces diferentes de uma mesma moeda.

O fato é que, como se diz por aí, Bolsonaro não vale o que o gato enterra, porque entrega a joia da coroa, ou seja, a pasta da economia, a um neoliberal inescrupuloso que tem pronto um projeto que vazou pela própria grande mídia de sequestro do salário dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, desvinculando a inflação da reposição de seus vencimentos.

Ou seja, uma tragédia anunciada e aplaudida pelo Estadão que, no mesmo jornalão, em outra matéria, mostra a esbórnia econômica promovida por Bolsonaro e Guedes para tentar a reeleição, com o orçamento secreto do centrão e auxílios eleitorais que sugará do pescoço suculento dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, o sangue que cobrirá o rombo deixado pela milícia de Rio das Pedras instalada no Palácio do Planalto.

Na verdade, a mídia, que foi esbofeteada com a fala despudorada do seu herói de barro, extraído do esgoto moral desse país, Sergio Moro, aceita tudo, contanto que a agiotagem, que os banqueiros e rentistas sigam ganhando rios de direitos, como ganham com Bolsonaro, enquanto o país é devolvido ao mapa da fome com 33 milhões vivendo na mais absoluta miséria.

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Política

Babando ódio, Estadão assume papel de cão de guarda do demônio e xinga Lula de diabo

Num grotesco editorial de absoluta inutilidade, o Estadão mostra que não guarda mais freios em seu intestino grosso e berra como um bom gado que Lula é o diabo e Bolsonaro, o santo, já que o jornalão sabe que a tal terceira via é absolutamente inviável.

Não há razão outra que não seja reforçar a condição de amante fervoroso de Bolsonaro nessa arquitetura retórica carregada de palavrórios que o pastiche deletério sapecou neste domingo.

Cheio de versos alheios à realidade, tirados do fígado de uma maçaroca de palavras que, certamente, de muitas línguas na batalha desesperadora que essa gente já se encontra para frear a volta de Lula ao governo.

O artigo é uma coluna dórica em termos de argumentos. Um pedaço de papel horrivelmente escrito, com um anacronismo de pedra.

A mais grandiosa catedral  da oligarquia adotou de vez a língua do bolsonarismo e passou a adotar o xingamento a Lula acreditando que isso terá grande peso na eleição de 2022.

O Estadão ainda não entendeu que ele está fazendo careta não para Lula, mas para 87% dos brasileiros que, diante de uma guerra sem trégua da mídia contra Lula, deu a ele um consenso unânime de aprovação dos seus oito anos de governo, diga-se de passagem, não só o povo brasileiro, mas o mundo tem uma enorme admiração por Lula, não ao seu estilo ou fisionomia, mas o produto conjugado entre o humano e o obreiro que nunca se confundiu com qualquer traço de filantropismo tão apreciado pela burguesia divina que o Estadão representa como ninguém.

Então, a saída que encontrou é tentar dar um choque violento de agressividade no estilo mais peçonhento de Olavo de Carvalho que, não demora, será contratado pelo periódico dos coronéis no barro e do asfalto.

O artigo é tão ruim, com ataques deliberados a Lula, Dilma e ao PT que saliva ódio e espuma fel que o periódico primeiro da Faria Lima já no título da matéria demonstrou suas aptidões bolsonaristas, chamando Lula de diabo.

Basta isso para entender o nível de mediocridade que o vortilhão da extrema direita está utilizando para tentar fincar os dentes em Lula.

Isso virou uma fieira, mas será o modo oficial que a finada grande mídia utilizará como carta da manga bolsonarista onde os músculos faciais de quem escreve os artigos descreva o seu ódio a Lula, o maior presidente da história do Brasil, eleito duas pelo povo. Um ódio corruptor que quer transferir para a alma brasileira a inquietação desesperada de quem se sente sufocado em pleno nascedouro do bolsonarismo.

Daí resolveu escrever qualquer borracheira contra Lula com um pedaço de carvão. E o resultado não foi sequer o velho truque que a Folha utilizou em seu artigo publicado neste sábado que foi devidamente espinafrado pela sociedade.

No caso do Estadão, as cavalgaduras que escreveram esse bate entope querem se vestir por inteiro como o próprio animal Bolsonaro que, certamente, considera um grande presidente.

Seja como for, se não há crédito no panfleto fascista do Estadão, ele nada mais é do que o reflexo da opinião geral do próprio jornal. Não há nada por trás, o grupo empresarial assumiu de forma rígida e sem cerimônia, com uma obediência canina, a sombra do próprio demônio que matou por covid 605 mil brasileiros, jogou 20 milhões na miséria, mais de 14 milhões de desempregados num país em que 55% da população vive em estado de insegurança alimentar, ao mesmo tempo que os bancos bateram recordes de lucro.

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