Foi preciso uma declaração de guerra à França para as grandes potências terem noção da sua responsabilidade sobre os angus políticos que, de forma indireta ou direta, ajudam tiranos camuflados de patriotas a pintar-se de salvadores da pátria.
Na verdade, as advertências homeopáticas em prol do meio ambiente, como um lembrete civilizatório, não funcionou com Bolsonaro que, carregado de lombrigas e doença do fígado, tem dois claros objetivos em sua opereta incendiária: dizimar os povos da floresta, índios, quilombolas e fartar-se de um pasto para o sabor dos grandes fazendeiros, grileiros, garimpeiros e toda a sorte miliciana que cerca os interesses na Amazônia.
O mundo está assustado com a indecência de Bolsonaro que usa da força mais canibalesca, a incendiária, para por em prática um ofício que marcou uniformemente sua carreira política, fechar alianças com o que existe de mais podre com a ralé mais grossa do capital no Brasil e no exterior.
Agora Bolsonaro envergonha o Brasil no mundo e aparece com o rosto sem máscaras como espelho da própria classe média brasileira sendo vendido em garrafais como câncer do planeta.
Na realidade, é a elite brasileira debruçada no espelho vendo sua imagem ser refletida globalmente na cara do monstro que ela criou, como mostra o Brasil 247 a coletânea de matérias que segue abaixo:
Editorial destacado no alto da capa defende que é “Um bem comum universal” e questiona: “Quem é dono da Amazônia? Os nove países em cujos territórios a imensa floresta se estende? O Brasil, que tem 60%? Ou o planeta, cujo destino está vinculado à sua saúde?”. No Libération, à esquerda, “Bolsonaro, o incendiário”. Em título interno, “Bolsonaro, câncer do pulmão verde”. A floresta e seu vilão também tomaram as capas de Le Figaro, Le Parisien e Ouest France, entre outros franceses. Na Alemanha, o mesmo quadro, ocupando a primeira página toda do conservador Frankfurter Allgemeine Zeitung, com o envio do exército, e do sensacionalista Bild, mais Die Welt, Süddeutsche Zeitung e Der Tagesspiegel, entre outros pelo país. Também na Espanha, pelas capas de El País, El Mundo e do catalão La Vanguardia. Na Itália, o enunciado do La Reppublica foi “O mundo contra Bolsonaro”, enquanto no Vaticano o estatal L’Osservatore Romano trazia a manchete “A Amazônia que queima é uma emergência mundial”.
*Da Redação