Se a lei é para todos, por que os procuradores do Ministério Público Federal e o ex-juiz Sergio Moro se negam a entregar os seus celulares para ser investigado o ataque de hackers como eles dizem que ocorreu?
Segundo informações da coluna de Bela Megale, do jornal O Globo, as maiores dificuldades dos investigadores da PF até o momento têm sido exatamente conseguir acessar os aparelhos daqueles que têm afirmado que sofreram tentativas de invasão.
Para contornar essa resistência, os peritos vão até a vítima e fazem um “espelhamento” dos aparelhos, extraindo grande parte dos dados, mas sem a mesma eficiência de uma análise completa dos telefones.
Os procuradores afirmam que seus celulares foram invadidos por hackers após ligações recebidas do mesmo número. Segundo membros do grupo do Telegram do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), um suposto invasor do telefone do conselheiro Marcelo Weitzel Rabello de Souza teria enviado mensagens suspeitas, na terça-feira (13), e se identificado: “aqui é o hacker”.
A investigação da PF vem em meio ao escândalo que ficou conhecido com “Vaza Jato”: desde o último domingo (9), o site The Intercept Brasil vem divulgando uma série de reportagens que mostram conversas privadas em aplicativos de mensagens entre Moro e procuradores do MPF que indicam articulações ilegais na operação Lava Jato.