Um servidor da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Floram) foi preso na manhã desta sexta-feira (15) em operação da Polícia Civil que investiga a cobrança de propina para que obras irregulares não sejam demolidas.
O servidor Felipe Pereira teria abordado um construtor envolvido em obras irregulares na área do Ribeirão da Ilha, na região Sul da Ilha de Santa Catarina.
Segundo a prefeitura, o empresário já possuía histórico de obras irregulares na cidade, inclusive com multas e decisões de demolição.
No vídeo, o servidor afirma que o valor acertado seria de R$ 90 mil caso o pagamento fosse realizado à vista, ou R$ 110 mil se fosse parcelado, diz o G1.
Durante a conversa, o construtor rebate que o valor acertado seria de R$ 30 mil à vista para cada unidade ou R$ 35 mil parcelado. O dinheiro em conversa, segundo a Polícia Civil, seria para a liberação de uma construção sem licença.
Felipe nota um carro estranho na frente do local e demonstra nervosismo. “Tem uma caminhonete”, diz o servidor. O construtor o tranquiliza: “É do meu funcionário”, garante.
A prefeitura informou em nota que foi informada pela investigação de que o servidor teria procurado um construtor com obras irregulares no Ribeirão da Ilha, na região Sul da cidade, e que não havia recebido informações sobre servidor praticando irregularidades. Também afirmou que no começo deste ano fez mudanças na estrutura de fiscalização com a reforma administrativa, separando a estrutura de fiscalização da emissão de alvarás. A ideia seria, de acordo com a prefeitura, dificultar eventuais cobranças e pagamentos de propina.