O perigo do fascismo no Brasil: PMs comandam ato terrorista no MTST em Alagoas e gritam: ‘Lula morreu, agora é Bolsonaro’

Policiais militares invadiram nesta sexta-feira (27) a ocupação Dandara, do MTST, em Maceió. Com gritos de “agora é Bolsonaro” e “Lula está morto” , os PMs renderam pessoas, invadiram e quebraram coisas da cozinha coletiva e queimaram livros, bandeiras e documentos dos integrantes do movimento.

Livros, bandeiras e documentos dos integrantes do movimento foram queimados pelos agentes em ação nesta sexta (27).

A ocupação Dandara, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), localizada no bairro de Benedito Bentes, periferia de Maceió (AL), foi invadida por policiais militares na manhã desta sexta-feira (27). De acordo com a coordenadora do movimento no estado, Eliane Silva, em entrevista ao UOL, os agentes gritaram “agora é Bolsonaro” e “Lula está morto” antes da ação.

“Duas viaturas da polícia apareceram aqui na ocupação na manhã de hoje. Fizeram uma ação violenta. Renderam pessoas, mandaram outras entrarem nos barracos, invadiram e quebraram coisas da cozinha coletiva. Rasgaram nossos livros de registros. Gritavam ‘quem manda agora é Bolsonaro’ e ‘Lula está morto’. Tocaram fogo em nossas bandeiras e disseram que tínhamos que trocar pela bandeira do Brasil”, afirmou Eliane Silva ao UOL.

Uma coordenadora do movimento, que não teve a identidade revelada, chegou a ser algemada, mas foi liberada em seguida, antes mesmo de seguir para a delegacia. O MTST, em publicação em suas redes sociais, afirma que a cozinha coletiva do acampamento foi trancafiada pelos policiais e que livros, bandeiras e documentos dos integrantes do movimento foram queimados pelos agentes.

De acordo com o MTST, haverá uma reunião na próxima segunda-feira (30), com representantes do governo estadual – Alagoas é governado por Renan Filho (MDB) –, da Polícia Militar, do judiciário local, para tratar da operação desta sexta-feira.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Alagoas não se manifestou até o fechamento desta matéria.

 

*Edição: Rodrigo Chagas/Brasil de Fato