Líder de uma equipe de voluntários chamada pela mídia ocidental de “anjos médicos”, ele disse que “baratas” não merecem o direito de procriar.
Gennadiy Druzenko, advogado constitucional que se tornou médico voluntário da linha de frente na Ucrânia, afirmou em entrevista ao vivo à mídia ucraniana neste domingo (20), que ordenou a castração de todos os prisioneiros de guerra russos.
Druzenko, cuja equipe de voluntários foi descrita como “anjos médicos”, afirmou que, durante o conflito, ele divergiu do princípio que exige que um combatente inimigo ferido seja tratado como um paciente comum.
“Dei aos meus médicos uma ordem muito estrita para castrar todos os homens, porque são baratas e não pessoas”, disse.
Ele insinuou ainda que, nas mãos de sua unidade, os prisioneiros de guerra russos “morrerão em grande número” para que os sobreviventes se lembrem da Ucrânia com terror “como os alemães se lembraram de Stalingrado”.
Nesse ponto, o apresentador cortou a entrevista, afirmando que os soldados russos têm sido responsabilizados por crimes de guerra na Ucrânia.
O YouTube bloqueou nesta segunda-feira (21), a transmissão ao vivo, após a entrevista chamar a atenção do público.
Quem é Druzenko
Druzenko dirige o Primeiro Hospital Móvel Voluntário Pirogov, uma unidade de médicos civis que presta serviços às tropas ucranianas desde 2014, quando as autoridades pós-golpe em Kiev enviaram militares ucranianos para reprimir uma rebelião no leste da Ucrânia. Ele é uma figura aclamada no país e recebeu inúmeros prêmios por seu trabalho do Ministério da Defesa e do Conselho de Segurança Nacional.
Queridinho da mídia ocidental, Druzenko é fluente em inglês e tem falado frequentemente com a CNN e o New York Post sobre o trabalho dos “anjos médicos”, apelido dado pelos jornalistas.
Durante a entrevista à TV ucraniana, Druzenko reconheceu que sua unidade tinha uma “ala militar” composta por ex-comandantes, e que sua equipe se chama em tom de brincadeira de “Primeira Unidade de Tempestade Móvel Voluntária” por conta disso.
“Tratamos os nossos e transformamos os deles em adubo. Convidados indesejados nunca foram amados neste solo”, disse ele.
Anistia Internacional
No início de março, a Anistia Internacional pediu ao governo ucraniano que protegesse os prisioneiros de guerra russos da humilhação pública, conforme exigido pela Terceira Convenção de Genebra.
Prisioneiros de guerra russos têm sido levados pelos ucranianos às redes sociais para coletivas em que falam sobre suas atuações na invasão e para implorar às suas famílias que não a apoie.
*Com Forum
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