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Governo Tarcísio analisa há 15 meses recomendação para demitir Da Cunha por abuso de autoridade e constrangimento ilegal

Delegado foi acusado em 2020 de forjar e gravar prisão de líder do PCC e devolver vítima de sequestro ao cativeiro para ganhar seguidores nas redes sociais. Sugestão da Polícia Civil de SP para que ele seja desligado da corporação passou também pela gestão Rodrigo Garcia.

Desde então, a decisão sobre o processo está em análise na Assessoria Jurídica do Governo (AJG). Ficou um mês sob avaliação da gestão Rodrigo Garcia (que estava à época no PSDB) e, na atual, de Tarcísio de Freitas (Republicanos), está há 15 meses.

No entanto, nem a gestão de Rodrigo nem a de Tarcísio demitiu Da Cunha, que continua sendo delegado (leia mais nesta reportagem). Delegados só podem ser demitidos pelo governador.

Não há prazo máximo para a decisão do governador, mas a sanção pode expirar se não for encaminhada em até cinco anos a partir do dia em que a falta foi cometida. Atualmente, Da Cunha está afastado da Polícia Civil, sem recebimento do salário, por estar exercendo a função de deputado federal em Brasília pelo Partido Progressistas de São Paulo (PP-SP), diz o g1.

O delegado influencer posta vídeos de ações policiais para seus seguidores. Só no Youtube, são mais de 3,7 milhões de fãs. No Instagram, são mais de 2 milhões de seguidores.

Procurado, Da Cunha informou por meio de nota que não comentará o assunto.

“O Deputado Delegado Da Cunha não se manifestará sobre processos que correm em segredo de justiça. O parlamentar aguarda com serenidade e confiança o trâmite dos respectivos procedimentos administrativos”, informa o comunicado.

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Governo Tarcísio assume “vingança institucional” na Operação Escudo

Defensoria e Conectas acionaram a Justiça contra abusos dos militares que atuam na Operação no litoral paulista.

A Defensoria Pública de São Paulo e a ONG Conectas Direitos Humanos ingressaram na madrugada de segunda-feira (5) com uma ação civil pública para que a Justiça do Estado obrigue o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a instalar câmeras corporais nos uniformes de policiais que atuam na Operação Escudo, que ocorre no Guarujá e na Baixada Santista, litoral paulista.

No despacho encaminhado à Vara da Fazenda Pública, as entidades ressaltam que a operação, iniciada em 27 de julho após a morte do policial Patrick Bastos Reis, oficial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), da Polícia Militar, já fez 27 vítimas fatais e efetuou mais de uma centena de prisões – neste último caso, de “jovens, negros e sem antecedentes“, que em sua maioria não envolveu a apreensão de armas e tampouco a apreensão de drogas.

À época em que a operação foi deflagrada, o governo Tarcísio sustentou oficialmente que sua finalidade seria a de “combater o tráfico de drogas e o crime organizado” no litoral e, por isso, a ação seguiria por tempo indeterminado.

No entanto, desde o início da operação, “há relatos de execuções sumárias, tortura, invasão de domicílios, destruição de moradias e outros abusos e excessos praticados pelas forças de segurança“, de acordo com o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).

Em meio a situação, Defensoria encaminhou cinco ofícios à Secretaria de Segurança Pública (SSP) solicitando esclarecimentos e recomendando o uso de câmeras corporais “para que as abordagens sejam capturadas e passem por controle pelas autoridades competentes”.

Foi então que, em uma de suas respostas, a SSP assumiu que a Operação Escudo “é uma iniciativa de resposta imediata das Forças de Segurança do Estado diante de atos de violência direcionados a Agentes Públicos do Estado, independentemente do segmento ou esfera da Administração Pública a que pertençam (Agentes de Força de Segurança, Poder Judiciário, Ministério Público etc.)”.

No final de julho, moradores de comunidades afetadas pela ação policial relataram que a própria PM prometeu que 60 pessoas seriam assassinadas em forma de vingança pela morte do soldado da Rota.

Na ação civil pública, os autores destacam que a ação se trata de fato de uma “vingança institucional”, seguindo os moldes à de um “esquadrão da morte“.

“Importante destacar que esse modus operandi não é novo e remonta ao ‘Esquadrão da Morte’, como relatado por [jurista] Helio Bicudo ao expor como a morte de um agente de segurança instaurou uma lógica de vingança institucional [nos anos 1960] que ‘despertou nova onda de histeria na Secretaria da Segurança Pública, de tal modo que voltou a soar a promessa de que, a cada investigador morto, dez marginais pelo menos deviam pagar o crime com a própria vida’“, relembra a Defensoria e a Conectas.

*GGN

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Governo Tarcísio pede para aumentar em em 8000% multa de Bolsonaro

A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo recorreu em uma ação em que pede uma multa por uma violação sanitária de Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo.

O órgão, que é ligado ao Governo do Estado comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), pede que Bolsonaro pague muito mais pelas infrações sanitárias do ex-presidente em 2021, quando fez motociatas sem máscara no meio da pandemia, violando as regras impostas pelo governo paulista, à época sob o comando de João Dória (PSDB).

Em primeira instância, Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 524,59 aos cofres públicos paulistas pela infração às normas sanitárias de São Paulo.

Agora, o órgão comandado Tarcísio pede que seu principal cabo eleitoral nas eleições do ano passado pague R$ 43.653, ou seja, 80 vezes mais ou 8000% a mais do que o originalmente foi estabelecido. A informação é do Diário do Centro do Mundo.

Em primeira instância, Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 524,59 aos cofres públicos paulistas pela infração às normas sanitárias de São Paulo.

Agora, o órgão comandado Tarcísio pede que seu principal cabo eleitoral nas eleições do ano passado pague R$ 43.653, ou seja, 80 vezes mais ou 8000% a mais do que o originalmente foi estabelecido. A informação é do Diário do Centro do Mundo.

O pedido é revelado em um momento de distensão entre o bolsonarismo e o governador de São Paulo, em especial após o apoio declarado do governador à reforma tributária do governo Lula.

Freitas se distanciou de Bolsonaro e criou um racha na direita paulista. O ex-presidente queria barrar o avanço da proposta e orientou os deputados do seu partido a votarem contra o processo.

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