Deputado fluminense conta que pegou emprestado vocabulário das arquibancadas de futebol para chamar o ministro de ‘juiz ladrão’
Leia a entrevista:
O senhor não acha que exagerou ao chamar o ministro Sergio Moro de juiz ladrão?
Não retiro uma palavra do que eu disse. Eu fiz uma analogia com o jogo de futebol, em que você tem um juiz que se corrompe, passa integrar um dos times e recebe uma recompensa por causa disso. O nome disso é corrupção e, na linguagem popular, se chama de juiz ladrão.
Então houve incompreensão em relação ao contexto?
Eu não estou preocupado com a forma como a bancada do PSL compreende o que eu digo. Estou me lixando para eles. Eu estou preocupado com a maioria do povo brasileiro, que entende o que tem que ser dito e que a gente não pode deixar de dizer.
A reação do ministro o surpreendeu?
Me surpreendeu o grau de covardia. O ministro não aguentou o primeiro embate quando confrontando com a verdade e saiu. Não sabia que ele era tão covarde como se apresentou ontem.
O senhor também já chamou o deputado Eduardo Cunha de “gângster”.
Ele tentou me processar, mas os fatos e a história demonstraram o que é a realidade e é uma coisa que eu tenho a certeza que vai acontecer com o Moro.
Não teme responder também por este episódio?
Não temo responder a nenhum tipo de processo e não vejo nenhuma motivação para os deputados bolsonaristas fazerem este pedido no Conselho de Ética. Mas, se acontecer e for admitido, será mais uma oportunidade de demonstrar a verdade e produzir provas para demonstrar que Moro é um juiz ladrão.
*Da Veja