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Quênia: Igreja que pregava jejum para “conhecer Jesus” deixa 47 mortos

Nas últimas semanas, um escândalo chocou o Quênia, país localizado no leste da África. As autoridades locais encontraram os corpos de 4 pessoas ligadas à Good News International Church (Igreja Internacional das Boas Notícias), liderada pelo pastor Mackenzie Nthenge. De acordo com a polícia, o líder incentivava os fieis a realizarem pesados jejuns com a finalidade de “conhecer Jesus”. Uma investigação foi iniciada e neste domingo (23) foi encontrada uma vala comum em área de mata, que foi atribuída à seita, segundo a Forum.

“Hoje exumamos 26 corpos, o que eleva o número total para 47”, declarou Charles Kamau à agência AFP. Ele é o chefe de investigações criminais de Malindi, no leste do Quênia, onde a ocorrência foi registrada.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa internacional, a polícia chegou ao local após receber uma denúncia. Paralelamente, seguidores vivos da seita se escondem em outro ponto da mesma área de mata.

Uma dessas pessoas, uma mulher, foi encontrada neste domingo pela polícia. Ela estaria com os olhos esbugalhados e se recusando a aceitar comida. Além dela, setes homens e quatro mulheres em idades que variam de 17 a 49 anos foram hospitalizados nos últimos dias.

Mackenzie Nthenge apresentou-se à polícia no último dia 15 de abril e acabou preso. Ele teria então inciado uma greve de fome e afirmado que está “orando e jejuando” enquanto não é solto. No último mês ele já tinha sido detido após duas crianças de sua igreja morrerem de fome. Mas após pagar uma fiança que equivale a aproximadamente R$ 4 mil, na moeda local, acabou liberado.

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Política

Governo Bolsonaro autoriza igreja evangélica para serviço de engenharia, mas recua após pressão da imprensa

Incra da Bahia volta atrás após questionamento da reportagem; Ministério Público aciona TCU para apurar o caso, segundo a Folha.

Em uma atitude inédita, o Incra (órgão federal responsável pelas políticas de reforma agrária) credenciou uma igreja evangélica a prestar serviços de engenharia. Após questionamento da Folha, porém, recuou e acabou cancelando a autorização.

A igreja foi habilitada no dia 15 pela superintendência da Bahia. Foi a primeira vez em que uma autorização desse tipo foi dada no país.

A igreja beneficiada foi a Assembleia de Deus Rais de Jessé, com endereço em Simões Filho, região metropolitana de Salvador (BA). O representante da entidade é Nelson Carmo da Silva, que também é dono de uma empresa do ramo de construção na mesma cidade.

Procurado, Carmo da Silva não respondeu às tentativas de contato da reportagem. O Incra disse que as previsões legais foram cumpridas, mas não esclareceu o motivo de ter anulado a decisão.

O credenciamento foi assinado por Paulo Emmanuel Macedo de Almeida Alves, que é superintendente regional do Incra na Bahia desde setembro de 2020. Ele é servidor do órgão e atua na superintendência do estado desde 2017.

A informação de que o credenciamento havia saído no Diário Oficial da União foi publicada inicialmente pelo site Metrópoles.

O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) pediu que o órgão de controle apure se houve favorecimento à igreja evangélica, reforçando que esse segmento representa uma das principais bases de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição.

“Para que um interessado possa ser credenciado pela administração, ele deve satisfazer às condições fixadas e estar habilitado à execução dos serviços pretendidos”, argumentou o subprocurador-geral, Lucas Rocha Furtado.

Em seu texto, ele escreveu que “é triste constatar, mais uma vez, o flagrante favorecimento à base evangélica do governo Bolsonaro, em prejuízo aos aspectos técnicos que devem conduzir as decisões da administração [pública]”.

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Política

Na Itália, Padres franciscanos batem a porta da igreja na cara de Bolsonaro pra ele não entrar

O presidente Jair Bolsonaro não será bem vindo na cidade de seus antepassados, Anguillera Veneta, na Itália. O prefeito, Sergio Giordani, informou que está fora por “compromissos assumidos” e que não poderá recebê-lo, o bispo também avisou que não participará e os franciscanos da basílica de Santo Antônio manterão a igreja fechada para que o presidente brasileiro não entre.

A Diocese de Pádua, que fica na cidade dos ancestrais de Bolsonaro, não concorda com a concessão do título de cidadão honorário ao ocupante do Palácio do Planalto.

Na cidade de Anguillara Veneta nasceu Vittorio Bolsonaro, em 1878, que aos dez anos emigrou para o Brasil. Ele é um dos dezesseis trisavôs do presidente, que tinha planos de, durante a viagem na Itália, visitar a basílica, já que se diz devoto de Santo Antônio.

A diocese divulgou um comunicado em relação a intenção de conceder o título de cidadão honorário a Bolsonaro: criou “forte constrangimento”, diz o texto.

“Os bispos do Brasil, justamente nestes dias, estão denunciando em alto e bom tom a violência, os abusos, a exploração da religião, devastações ambientais e o agravamento de uma grave crise sanitária, econômica, ética, social e política, intensificada pela pandemia”, diz a nota, que faz referência a COP26, que Bolsonaro não participará.

A diocese apela para que o presidente brasileiro “promova políticas que respeitem a Justiça, saúde e meio ambiente”. E ainda completa que a homenagem que se planeja gerou “um forte embaraço diante da voz de tantos que sofreram”.

*Com informações do DCM

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