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Vídeo: PMs de SP queimam cruz ao estilo Ku Klux Klan com apologia nazista

As forças especiais da Polícia Militar (PM) de São Paulo (SP) publicou um vídeo nesta terça-feira (15) em que aparecia os agentes do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) queimando uma cruz e fazendo uma saudação lida como nazista. A publicação foi apagada após a repercussão.

Confira o vídeo publicado pelo 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep):

Em meio à escuridão da noite, a cerimônia acontece no que parece um campo. As cenas são iluminadas com a luz do fogo e dos faróis das viaturas ao fundo. Uma passarela ao centro liga uma cruz sendo consumida pelo fogo e os quatro carros da PM.

A cruz em fogo era usada em cerimônias para causar inspiração e comoção entre os membros da Ku Klux Klan (KKK) — grupo reacionário e extremista que defende a supremacia branca e o nacionalismo branco.

“Ela [a cruz] enviará uma emoção de inspiração a todos os membros de clãs nas colinas”, escreveu Thomas Dixon Jr., em The Clansman: A Historical Romance of the Ku Klux Klan (1905).

Na sequência aparece dois agentes com os braços levantados na altura do ombro, formando um ângulo de 90º. Esse é um dos poucos momentos “normais” do vídeo. Esse movimento pode ser o de juramento à bandeira ou o de cobrir. A julgar pela situação é mais provável que seja um juramento.

Na sequência do vídeo completo aparece um homem levantando o braço acima da altura do ombro. Existem duas possibilidades para esse movimento: o agente errou um dos movimentos mais básicos do militarismo ou ele fez uma saudação a Hitler, em clara apologia nazista.

Na imagem montada pela TVT News é possível ver com clareza que o braço do agente está acima do ombro. Na direita há uma imagem da população alemã reunida realizando a saudação nazista, de praxe, os braços estão acima do ombro em um ângulo similar a 145º.

Ao servir para uma instituição militar, seja exército, aeronáutica, PM ou até em escolas cívicos-militares, a ordem é: faça o movimento em 90º, qualquer coisa alteração é criticada e mal vista, por ser considerada desleixada.

Apesar de ser possível imaginar que foi um erro desleixado do agente da PM, o contexto leva para o lado mais negativo.

Uma referência a KKK junto a um símbolo nazista no mesmo vídeo não parece ser uma simples coincidência num mundo cada vez mais extremo politicamente.

A instância responsável pela defesa da população se associa ao movimento político responsável pelo Holocausto, responsável pelas mortes sistemáticas de judeus, negros, LGBTQIAPN+ e outras minorias. Nos Estados Unidos, Elon Musk fez o mesmo.

Movimento de PM em comparação a saudação nazista:

pms-queimam-cruz-ao-estilo-kkk-com-apologia-nazista-movimento-de-policial-em-comparacao-a-saudacao-a-hitler-durante-a-alemanha-nazista-fotos-wiki-commons-reproducao-tvt-news

*TVTNews

 

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Ku Klux Klan aterroriza as ruas dos EUA contra imigrantes após posse de Trump

Movimento racista distribuiu folhetos que incitam a vigilância e perseguição de imigrantes no estado de Kentucky.

A polícia do estado norte-americano de Kentucky está investigando a distribuição de folhetos pelo movimento racista Ku Klux Klan (KKK), o maior grupo supremacista branco dos Estados Unidos.

Segundo a agência RTP, os folhetos incitam a vigilância e perseguição de imigrantes, exigindo sua saída imediata do país. Os documentos, entregues no dia da posse de Donald Trump, mostram o “Tio Sam” expulsando violentamente uma família e fazem apelos para adesão ao KKK.

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, vem prometendo expulsar do país todos os imigrantes ilegais através do maior programa de deportações da história norte-americana.

Líderes locais destacam a gravidade da situação e seu impacto na comunidade, enquanto a polícia investiga a situação. O chefe da polícia local, Jon McClain, disse que foi notificado dos panfletos pela primeira vez nesta segunda-feira (20), dia da posse de Trump, e que entrou em contato com autoridades federais.