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Estudo: pico de mortes diárias pode chegar a 5 mil

Um estudo da UFF (Universidade Federal Fluminense) estimou que o Brasil ainda viverá o pico de mortes por covid-19 nos próximos meses. Entre abril e o começo de maio, o país pode registrar até 5 mil mortes pela doença em 24 horas. A pesquisa acredita nisso porque entende que a covid-19 segue uma sazonalidade. E só a vacinação pode evitar que o Brasil atinja essa marca de 5 mil mortes diárias.

“Aqui, o pico de óbitos será provavelmente em abril ou início de maio, com um valor estimado entre 3 mil a 5 mil óbitos diários. O valor real do pico dependerá da velocidade da vacinação nos próximos meses e das medidas de distanciamento adotadas”, alerta o professor do Departamento de Estatística, Márcio Watanabe, que desenvolveu o estudo.

Sobre a vacinação, Watanabe enxergou um problema no PNI (Plano Nacional de Imunização), que não dá prioridade para pessoas com 50 a 60 anos.

“Indivíduos de 50 a 60 anos são responsáveis por uma expressiva parcela das internações e óbitos, mas não estão relacionados como grupo de risco no plano nacional de imunização-PNI. Enquanto o país não vacinar esse grupo de pessoas, e também os idosos e aqueles com comorbidades, ainda teremos um grande número de óbitos”, ressalta Wattanabe.

Enquanto a vacinação em massa não ocorre, só as restrições e medidas de distanciamento social são vistas como soluções. Wattanabe alerta para uma possível falha nos planos dos governadores. “É essencial reduzir aglomerações como ônibus lotados, que têm sido ignorados pelo poder público ao longo da pandemia”.

O estudo da UFF também apresenta uma perspectiva sobre o futuro e aponta que é preciso entender a sazonalidade da doença para fazer um planejamento público de combate. Mas Wattanabe entende que mesmo assim a covid-19 deve ficar endêmica na sociedade.

“Poderemos conviver com a COVID-19 da mesma forma que convivemos com outras doenças respiratórias, como a pneumonia, quando vacinarmos a grande maioria da população. Mas mesmo com a vacina, a doença será endêmica, ou seja, sempre haverá casos. Assim, um ponto fundamental para o futuro é a ciência encontrar algum tratamento que seja significativamente eficaz para pacientes hospitalizados com coronavírus”, concluiu o pesquisador.

*Com informações do Uol

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