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Banco do BRICS fará emissão em reais para realizar empréstimos na moeda brasileira

Joanesburgo, África do Sul – O Banco do Brics, oficialmente conhecido como o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), está se preparando para um marco significativo em suas operações financeiras. Segundo fontes próximas à instituição presidida por Dilma Rousseff, o banco planeja iniciar empréstimos na moeda brasileira, o real, ainda neste ano. Esta iniciativa faz parte de uma estratégia para reduzir gradualmente a dependência do dólar nas transações internacionais, segundo informa o jornalista Assis Moreira, correspondente do Valor Econômico, segundo o 247.

Durante a cúpula do Brics, realizada em Joanesburgo, Dilma Rousseff se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a necessidade de iniciar a captação em reais “o quanto antes”. Nas conversas, Dilma também anunciou que o banco disponibilizará mais US$ 1 bilhão para empréstimos ao Brasil no segundo semestre. No primeiro semestre deste ano, o Brasil teve o menor volume de financiamentos aprovados entre os membros do Brics, totalizando US$ 583 milhões (as operações com a Rússia estão congeladas).

Recentemente, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, mencionou uma operação de US$ 500 milhões com o Banco do Brics, que poderia ser a primeira emissão em reais. A estratégia do banco, de acordo com Dilma Rousseff, é diversificar suas moedas de operação. Ela afirmou: “Estamos em estágio avançado de obtenção das aprovações necessárias para emitir títulos em rúpias na Índia e também iniciamos estudos legais para nos capacitar a captar recursos em reais brasileiros. A expectativa é de que a operação em rúpia na Índia ocorra já em outubro”.

Conforme o plano estratégico do Banco do Brics para o período de 2022-2026, 30% de todo o financiamento utilizará as moedas dos países membros, o que visa reduzir os riscos relacionados à exposição às taxas de câmbio e taxas de juros internacionais. Isso, por sua vez, proporcionará custos mais baixos e maior segurança para os mutuários soberanos e privados.

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Guedes fracassa e moeda brasileira se firma como a pior do mundo

Moeda brasileira apresenta desempenho bem pior que a lira turca, enquanto no acumulado de 12 meses seu desempenho é próximo do peso argentino.

Com a questão fiscal aumentando a tensão entre os investidores aqui no Brasil, o dólar comercial fechou setembro com uma alta de 2,46% ante o real, cotado a R$ 5,6150 na compra e R$ 5,6160 na venda.

Além da crise do coronavírus, que afeta boa parte das moedas emergentes, o real tem outros fatores que estão pesando em seu desempenho. E um dos principais deles é o risco fiscal, elevado ainda mais esta semana com a decepção do mercado com o programa Renda Cidadã.

Na última semana, analistas já havia apontado esta preocupação diante das dificuldades que o governo já enfrentava para realizar os ajustes necessários na economia. O Bank of America, inclusive, disse estar mais cauteloso com o real e alertou para volatilidade no curto prazo.

Em entrevista para a Bloomberg, Sergio Zanini, sócio gestor da Galapagos Capital, destacou que o mercado está na “torcida para que o que foi anunciado na segunda [o Renda Cidadã] seja revertido em algum momento”.

“O mercado não compra mais esse discurso do Executivo, em que por um lado sempre defende o teto de gastos e a responsabilidade fiscal, mas por outro sempre anuncia planos que vão na contramão”, disse Breno Martins, trader de renda fixa da MAG Investimentos, também para a Bloomberg.

Na segunda, o governo apresentou o novo programa social e tem em sua proposta a ideia de usar o Fundeb e precatórios como forma de financiamento, decisão que foi vista por muitos especialistas como uma “pedalada fiscal”. Isso gerou muitas críticas à proposta e agora o mercado fica de olho para ver o que o governo fará sobre isso.

Nesta quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que nunca foi proposta da equipe econômica romper teto ou financiar programas de forma equivocada, em referência ao direcionamento de recursos para o Renda Cidadã com a limitação ao pagamento de precatórios.

Em coletiva de imprensa, Guedes afirmou que seu time está estudando como fazer a fusão de 27 programas que já existem como forma de consolidar um programa de transferência de renda mais robusto, que represente uma aterrissagem após o fim do auxílio emergencial neste ano. Ele frisou que, como se trata de uma despesa permanente, terá que ser coberta por uma receita permanente.

Com esta preocupação crescente nas últimas semanas, o real se consolidou como a moeda com pior desempenho do mundo em 2020 até o momento, com o dólar subindo 39,60% ante a divisa brasileira, segundo dados da Refinitiv.

A performance é de longe a pior, já que contra a segunda pior divisa, a lira turca, o dólar subiu 29,69%. Com isso, o real também aparece bem atrás de moedas de países com grandes crises, como a Argentina, em que o dólar teve valorização de 27,25% contra o peso.

Outras moedas que veem o dólar registrar forte valorização no ano são o rublo da Rússia (25,17%), o rand sul-africano (19,59%) e os pesos mexicano (16,77%) e colombiano (16,44%).

A crise por conta do coronavírus tem pesado bastante para o desempenho das moedas de emergentes, já que em momentos de maior tensão os investidores globais tendem a procurar ativos mais seguros, entre eles o dólar americano.

Tanto que contra algumas divisas consideradas mais fortes, a moeda dos EUA registra queda neste ano. É o caso do euro, com queda de 4,33% do dólar, do iene japonês (-3,10%) e do franco suíço (-4,86%). Confira:

Já no acumulado de 12 meses, o dólar subiu 34,94% contra o real, em um desempenho muito parecido com a Argentina, por exemplo, onde a moeda americana teve alta de 32,26% no mesmo período.

Vale lembrar que os nossos vizinhos passam por um momento bastante complicado, com diversos calotes de suas dívidas e uma inflação que já supera 42% no acumulado de 12 meses até agosto.

Confira o desempenho das principais moedas em 12 meses:

 

*Rodrigo Tolotti/Infomoney

 

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Coisas de mito: Moeda brasileira foi a que mais desvalorizou no mundo

O processo de degradação da economia brasileira foi promovido pelo governo Bolsonaro via posto Ipiranga. Paulo Guedes, por sua vez, vendeu combustível batizado, como fazem as milícias, aquelas que cruzam a história de Bolsonaro.

É fato que as bolsas no mundo todo estão despencando, mas a do Brasil, desaba como jaca mole, enquanto o dólar dispara, produzindo a maior desvalorização da moeda de um país frente ao dólar.

Isso significa que a crise brasileira é pior que a crise dos outros, que os  neoliberais brasileiros são piores que os de outros países, também em crise. No Brasil, a estupidez reina num cenário em que a atividade econômica desaba, a moeda derrete, mas os banqueiros continuam batendo recordes de lucros.

Soma-se a isso o aumento da concentração de renda, que também está no topo como a maior do mundo, a volta da miséria, a mortalidade infantil, inclusive de crianças indígenas, depois que a estupidez de Bolsonaro expulsou os médicos cubanos do país.

O não gostar de Bolsonaro está liberado, achá-lo um idiota, o que de fato é, um fascista que também é, um corrupto que comanda esquemas de laranjas e fantasmas, além de envolvimento com a nata da milícia carioca.

Com tantas atividades e tantas glórias como essas, certamente, o presidente está mais preocupado em salvar a pele de seus filhos, envolvidos até o talo com as milícias, além da sua própria.

O grande parceirão, Queiroz, o miliciano que é a síntese dessa história toda, segue desaparecido sem ser incomodado pela justiça, possivelmente pela blindagem especial que Moro montou para tal operação.

É difícil afirmar se Bolsonaro vai cair, mas é também difícil afirmar que ele não vai cair, já que quadro é de falência total dos órgãos do seu governo. Nenhuma pasta funciona, mas a economia, que é o coração do país, esta apresenta um quadro cada dia mais trágico e tem como resposta do gerente do posto Ipiranga, Paulo Guedes, somente frases de fanfarrão.

Como sabemos que o mercado não chora e nem ri de nada, apenas opera pragmaticamente com sua voracidade especulativa, Guedes hoje é considerado pelos empresarios uma mula manca, tão manca quanto o presidente que ostenta, no primeiro ano, a marca do governo que produziu a maior desvalorização de uma moeda no mundo.

O cara é mesmo um mito. E o gado premiado ainda tem coragem de dizer, foi pra isso que votei nele.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas