A NASA está rastreando um objeto misterioso voando pela Via Láctea a mais de 1,6 milhão de quilômetros por hora que pode estar prestes a ser lançado no espaço intergaláctico. Além disso, a massa, identificada pelo projeto Planet 9, é 27 mil vezes maior que a Terra.
A iniciativa, segundo o jornal britânico The Mirror, descreveu que a massa é similar em tamanho a uma pequena estrela e dezenas de milhares de vezes maior que a Terra, alguns anos atrás, e a chamou de CWISE. Atualmente, está voando ao redor da Via Láctea a mais de 1 milhão de milhas por hora. A velocidade e tão grande que poderia escapar da gravidade da galáxia e desaparecer no espaço intergaláctico.
A CWISE pode ter se originado de um sistema binário com uma anã branca que explodiu em uma supernova. Especialistas também acreditam que pode ter vindo de um aglomerado que entrou em contato com um par de buracos negros, dando início à sua viagem rápida.
Kyle Kremer, novo professor assistente do Departamento de Astronomia e Astrofísica da Universidade da Califórnia, em San Diego, deu detalhes sobre o estudo. :
— Quando uma estrela encontra um buraco negro binário, a dinâmica complexa dessa interação de três corpos pode lançar essa estrela para fora do aglomerado globular — falou ao The Mirror.
A descoberta foi feita por meio de uma colaboração envolvendo voluntários, profissionais e estudantes. O Observatório WM Keck em Maunakea, no Havaí, analisou que ela tem menos ferro e outros metais do que outras estrelas. A descoberta sugere que a massa é muito antiga, datando de milhões de anos para as primeiras gerações de estrelas na Via Láctea.
O acordo aeroespacial entre Brasil e Estados Unidos esbarra numa questão cultural aguda: a região a ser desapropriada é um tesouro nacional.
Não há ninguém estirado nas areias da paradisíaca Praia da Mamuna. Larga como se fossem cinco campos de futebol alinhados, a praia estende-se de um grupo de falésias, à esquerda, a um mangue e a um braço de rio, à direita. Ao longe, no mar, vê-se a longa fila de navios esperando para entrar no Porto de São Luís. Mais além, após uma ravina, ganham os céus, além da bela paisagem, as torres de comunicação e plataformas metálicas do Centro de Lançamento de Foguetes da Aeronáutica.
O único estabelecimento comercial (na verdade, a única construção da orla) não tem nome, é um galpão aberto com uma cozinha ao fundo, e na tarde de domingo 12, jovens moradores se reuniam ali para ouvir as pedras do reggae e tomar cerveja. Observavam ao longe as plataformas. Os rapazes pertencem a algumas das 86 comunidades quilombolas que integram os 120 povoados da região, e alguns deles participam de reuniões cada vez mais frequentes para traçar planos para o futuro – o que inclui, muito provavelmente, abandonarem suas praias e suas casas e se mudarem para longe em um futuro próximo. Suas dúvidas no momento são: para onde? Quando? Quanto tempo? O que ganharemos com isso? Cada próximo mergulho na Mamuna, nos próximos meses, poderá ser o último.
A carpintaria do portão, a poda das árvores, as casas de farinha no centro das vilas, o tambor de crioula, a Festa do Divino, a tainha frita com farinha: tudo em Alcântara carrega as marcas de uma cultura secular. Esse patrimônio muito provavelmente é único no mundo inteiro, parte dele construído graças à história da escravidão no Brasil, parte pela tradição de resistência dos moradores. O conceito de patrimônio cultural ampliado está previsto na Constituição Federal, incluindo o das formas de expressão (manifestações literárias, musicais, artísticas, cênicas e lúdicas), estabelecido pelo Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI, instituído pelo Decreto Federal nº 3551/2000). Alcântara é tombada pelo Iphan desde 2004.
Após quase duas décadas de negociações, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) firmou um novo Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) nesta segunda-feira (18) que concede o uso comercial da base para os Estados Unidos.
Para as comunidades quilombolas, a cessão ao país comandado por Donald Trump gera um cenário de incertezas. “Para nós, hoje, saber que esse governo está entregando toda a nossa riqueza a nível nacional, de soberania, para os estrangeiros, é um desastre”, afirma Diniz.
“Acho que se eles [Estados Unidos] invadirem aqui Alcântara, e tomarem posse, nós vamos viver uma situação, talvez pior, do que a que a gente já viveu”, opina.
Para o quilombola e bacharel em direito Danilo Serejo, a cessão para os EUA, na prática, retira o investimento nacional na política espacial brasileira e é sinal de um projeto frustrado. “O acordo Brasil-EUA para uso comercial da Base de Alcântara na verdade é um atestado de fracasso dos militares.”