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China desenvolve ‘sol artificial’ e deixa Ocidente para trás na corrida energética

O Tokamak Supercondutor Avançado Experimental (EAST), apelidado de “sol artificial” da China, manteve uma operação de plasma de alto confinamento em estado estável por notáveis ​​1.066 segundos no dia 20 de janeiro, estabelecendo um novo recorde mundial e marcando um avanço na busca pela geração de energia de fusão.

A duração de 1.000 segundos é considerada um passo fundamental na pesquisa de fusão. O avanço, alcançado pelo Instituto de Física de Plasma sob a Academia Chinesa de Ciências (ASIPP), melhorou muito o recorde mundial original de 403 segundos, que também foi definido pelo EAST em 2023.

O objetivo final de um sol artificial é criar fusão nuclear da mesma forma que acontece com o sol, fornecendo à humanidade uma fonte de energia limpa e infinita e permitindo a exploração espacial além do sistema solar.

Cientistas globais trabalharam por mais de 70 anos tentando atingir esse feito. No entanto, somente após atingir temperaturas acima de 100 milhões de graus Celsius, sustentar uma operação estável de longo prazo e garantir a controlabilidade, um dispositivo de fusão nuclear pode gerar eletricidade com sucesso.

Os reatores de fusão são apelidados de “sóis artificiais” porque reproduzem o processo de geração de energia do Sol: dois átomos leves se fundem em um mais pesado, liberando grande quantidade de energia. No entanto, enquanto o Sol conta com uma pressão natural gigantesca, os reatores na Terra precisam compensar essa diferença com temperaturas muito mais altas que as do núcleo solar.

Os cientistas dos países ocidentais temem que a corrida esteja sendo definitivamente perdida para os chineses. O último avanço no Ocidente ocorreu em 2022 nos EUA, quando um reator da Instalação Nacional de Ignição conseguiu a ignição em seu núcleo usando outro método experimental. No entanto, o reator como um todo também consumiu mais energia do que gerou.

O Tokamak Supercondutor Avançado Experimental (EAST)

Cientistas da China explicam o funcionamento
Com essa última conquista, os pesquisadores da China se colocam muito à frente.

“Um dispositivo de fusão deve atingir uma operação estável com alta eficiência por milhares de segundos para permitir a circulação autossustentável do plasma, o que é crítico para a geração contínua de energia de futuras usinas de fusão”, disse Song Yuntao, diretor do ASIPP. Ele enfatizou que o novo recorde é de significância monumental, representando um passo crucial em direção ao desenvolvimento de um reator de fusão.

Gong Xianzu, chefe da divisão de Física e Operações Experimentais do EAST, disse que eles atualizaram vários sistemas do EAST desde a última rodada de experimentos. Por exemplo, o sistema de aquecimento, que anteriormente operava no equivalente a quase 70.000 fornos de micro-ondas domésticos, agora dobrou sua produção de energia, mantendo também a estabilidade e a continuidade.

Desde o início da operação em 2006, o EAST tem sido uma plataforma de teste aberta para cientistas chineses e internacionais conduzirem experimentos e pesquisas relacionadas à fusão.

A China se juntou oficialmente ao programa International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER) em 2006 como seu sétimo membro. De acordo com o acordo, a China é responsável por cerca de 9 por cento da construção e operação do projeto — e o ASIPP é a unidade principal da missão chinesa.

O ITER, que está em construção no sul da França, será o maior dispositivo experimental de física de plasma de confinamento magnético do mundo e o maior reator experimental de fusão nuclear tokamak, quando concluído.

Nos últimos anos, a EAST tem continuamente alcançado marcos inovadores no modo de alto confinamento, que serve como modo fundamental para reatores de fusão experimentais, incluindo o ITER e o futuro Reator de Teste de Engenharia de Fusão da China (CFETR), fornecendo referências valiosas para a construção de reatores de fusão em todo o mundo.

“Esperamos expandir a colaboração internacional via EAST e levar a energia de fusão para uso prático pela humanidade”, disse Song.

Em Hefei, província de Anhui, no leste da China, onde o EAST está localizado, uma nova geração de instalações experimentais de pesquisa de fusão está em construção — com o objetivo de acelerar ainda mais a aplicação e o desenvolvimento da energia de fusão. Com ICL.

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Ex-agente de inteligência dos EUA revela conexão entre Ocidente e neonazistas ucranianos

Militares norte-americanos, britânicos e canadenses treinaram neonazistas na Ucrânia, que posteriormente tomaram o poder de fato no país, disse em entrevista ao jornalista George Galloway o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA Scott Ritter.

De acordo com ele, subunidades militares viajavam à Ucrânia para criar destacamentos nacionalistas no oeste do país. Posteriormente, essas pessoas derrubaram o presidente legítimo e iniciaram uma política de violência.

A sua influência se tornou tão séria que os neonazistas até ameaçaram o ex-presidente ucraniano Pyotr Poroshenko, que estava disposto a reconhecer o estatuto especial de Donbass em 2015, observou Ritter. Situação semelhante aconteceu com o atual presidente Vladimir Zelensky.

“Zelensky se posicionava como um presidente que traria a paz. Ele visitou a linha de demarcação, falou com o batalhão Azov, ele lhes dizia para deporem as armas, mas eles simplesmente o expulsaram de lá, dizendo: ‘Cala-te ou vais apanhar'”, disse ex-oficial de inteligência.

Ritter ressaltou que os batalhões nacionalistas não foram dissolvidos por meio de detenção ou liquidação dos seus membros: eles se tornaram parte das tropas ucranianas, e agora seus representantes estão “por toda a parte”.

“A coisa mais vergonhosa sobre isto é que os soldados britânicos, americanos e canadenses foram para a Ucrânia para treinar essas formações neonazistas, a primeira das quais foi Azov. Nós treinamos nazistas”, concluiu ex-oficial dos EUA.

A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro para desmilitarização e desnazificação do país, depois que as repúblicas de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pediram ajuda para cessar o bombardeio de civis.

*Com Sputnik

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Proibição do SWIFT na Rússia pode ser ‘tiro pela culatra’ no Ocidente

Todos os bancos russos já sujeitos a sanções serão desconectados do SWIFT, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no sábado (26).

A União Europeia, o Reino Unido, o Canadá e os EUA concordaram em excluir a Rússia da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT, na sigla em inglês) após a implementação da operação especial militar da Rússia para “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia.

“A remoção dos bancos russos do SWIFT significa que, embora as transações possam continuar a ocorrer, os meios de comunicação se tornaram mais lentos”, diz a professora assistente do Instituto Nacional de Finanças e Políticas Públicas de Nova Deli Suranjali Tandon à Sputnik. “Para prever o impacto, é importante avaliar o número de bancos que atualmente usam o SWIFT e o tamanho das transações realizadas por meio deles”.

O SWIFT é uma organização independente com sede na Bélgica que serve como um sistema interno de mensagens entre mais de 11.000 bancos e instituições financeiras em mais de 200 países. Vários grandes bancos russos, incluindo Sberbank e VTB, podem ser desconectados do sistema nos próximos dias.
Os líderes ocidentais também se comprometeram “a impor medidas restritivas que vão impedir o Banco Central da Rússia de implantar suas reservas internacionais de maneira a prejudicar o impacto de nossas sanções”.

A logo da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT) com as cores da bandeira russa ao fundo - Sputnik Brasil, 1920, 26.02.2022

O Vnesheconombank (VEB) da Rússia afirmou que, tendo sido desconectado do SWIFT, o país vai mudar para o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em inglês) do Banco Central da Rússia e outros canais alternativos.

“Em 2014, a Rússia já havia iniciado uma mudança para seu sistema de pagamento alternativo chamado SPFS”, diz Tandon. “Na medida em que esses bancos são usados para pagamentos transfronteiriços, o impacto das sanções atuais não terá o efeito pretendido.” De acordo com o site do Banco Central da Rússia, pelo menos 331 bancos, nacionais e estrangeiros, estão listados como usuários do sistema SPFS.

“A retirada da Rússia do SWIFT não representa uma ameaça para nossas liquidações internas, estimula a disseminação do rublo como moeda internacional e, ao mesmo tempo, reduz a possibilidade de controle destrutivo pelo Ocidente de nossas operações de liquidação”, afirmou no domingo (28) o chefe da Comissão do Conselho da Federação para a Proteção da Soberania do Estado, Andrei Klimov.

Ao mesmo tempo, a retirada da Rússia do SWIFT deve desacelerar as exportações, importações e fluxos de capital entre o país e seus parceiros. De acordo com Tandon, a medida será um tiro pela culatra para os Estados, incluindo os da UE, que mantêm o comércio ou dependem do fornecimento de energia da Rússia.

“Interrupções no fornecimento causadas por falhas de pagamento podem ter consequências significativas para os parceiros comerciais”, explica ela. “Além disso, as empresas estrangeiras que operam na Rússia também serão afetadas negativamente.”

Segundo observadores internacionais, a situação é agravada pelo fato de a economia mundial ainda ser frágil devido aos efeitos negativos da pandemia de COVID-19 e das medidas restritivas que a acompanham. Enquanto isso, as economias dos EUA e da Europa estão sofrendo com a inflação crescente, com o aumento dos preços da energia ameaçando acelerá-la ainda mais.

O próximo aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve dos EUA pode desencadear uma onda de crises de dívida entre as economias do terceiro mundo, de acordo com os prognósticos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além disso, grandes blocos também podem ser usados como plataformas para sistemas alternativos de transação. Um deles é o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que tem uma população combinada de mais de 40% da população mundial.

A China já desenvolveu seu Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços (CIPS, na sigla em inglês), sua própria alternativa ao SWIFT. Lançado em outubro de 2015, o CIPS cresceu 80% em termos de valor em 2018. Apenas em 2019, o CIPS teria processado 135,7 bilhões de yuans (cerca de R$ 100,2 bilhões) por dia. Para efeitos comparativos, o SWIFT processa cerca de US$ 5 trilhões a US$ 6 trilhões (entre R$ 25,8 trilhões e R$ 31 trilhões) diariamente.

*Com Sputnik

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