Bolsonaro e a mídia já nem disfarçam mais. O jogo agora é às claras.
Os jornalões, que em editoriais gastavam tintas a balde para atacar o Bolsa Família nos governos Lula e Dilma, não deram uma linha sequer em destaque para esse decreto pornográfico que recria o Bolsa Banqueiro da era FHC.
Ninguém vai malhar o presente que Bolsonaro deu aos patrões do baronato midiático.
Até porque é bom não levantar lebre com a quebradeira dos bancos, ou vão descobrir que os números da economia brasileira são mais que manipulados, são inventados, sobretudo pela mídia de frete.
Mas o fato bizarro nesse episódio é que ele se deu justamente dois depois de Bolsonaro convocar uma coletiva com a mídia e avisar que quem manda em seu governo é Paulo Guedes e não ele.
A senha estava dada para avisar que a grana pública para salvar os cofres da agiotagem corrente estava selada.
A mídia tinha se comprometido a tirar o nome de Flávio Bolsonaro da capa e Bolsonaro a entregar literalmente o ouro aos bandidos, e assim foi feito.
Os dois lados cumpriram o acordo e os banqueiros e milicianos viveram felizes para sempre, como sempre.
*Carlos Henrique Machado Freitas