E a farra do PSL, partido de Bolsonaro, segue a todo vapor.
O Deputado Federal Luciano Bivar, presidente do PSL, apresentou notas fiscais frias ao TSE e à Câmara Federal, de duas empresas que negociam venda desse tipo de documento.
A ML Serviços de Comunicação pertence a uma assessora de Bivar, destinatária de R$ 50 mil de verbas da Câmara de 2017 a abril deste ano.
Martha Patrícia Heitor Lemos confirma ter fornecido notas relativas a 2017 e 2018 sem prestação de serviços.
A Folha teve acesso a um telefonema gravado em que ela negocia a venda de uma nota fiscal de sua empresa a um assessor de um Deputado Federal. Pela negociação ela cobra de 25% a 30% do valor do documento.
A empresa já emitiu diversas notas fiscais, entre elas, notas no valor de R$ 6.868, 76 e de R$ 5.000,00 para a organização de seminários em Recife e Petrolina, PE, estado de Luciano Bivar.
As notas fiscais foram entregues pelo PSL ao TSE em prestação de contas anuais da legenda, como comprovantes do uso que a sigla fez do fundo partidário.
Luciano Bivar é fundador do PSL e é tido como dono da sigla. O partido recebeu até 2018 cerca de R$ 7 milhões ao ano do fundo partidário. Porém, com a onda que elegeu Bolsonaro, o partido passou a ter direito a mais de R$ 100 milhões ao ano, já que o fundo é distribuído de acordo com o número de votos obtidos por seus candidatos a Deputado Federal.