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A eleição para a prefeitura de São Paulo já definiu os destinos da direita no Brasil

O personagem Pablo Marçal é tradicionalmente um vigarista comum.

Sim, o vigarista de hoje não é igual ao vigarista de 50 anos atrás, que utilizava tampinhas de refrigerante no famoso jogo, “essa perde, essa ganha na voltinha que eu dou”.

Especificamente, Marçal é esse tipo de vigarista, que usa a internet para fazer campanha de todas as formas de vigarice.

Sua linguagem é vaga e, por isso mesmo, desperta paixão em quem não tem a menor vocação ou interesse em deixar a superfície, os rótulos e mergulhar numa análise de conteúdo.

Por isso ele fala mentiras à granel, sempre com uma afirmação do tipo, tal coisa é bíblica e, numa imposição cultural, típica das manobras políticas de vigaristas, apostando que a maioria das pessoas não tem a menor ideia do que está escrito na bíblia, sobretudo jovens que são a maioria do seu público.

Pablo Marçal não se compromete com nada a não ser com frases lacratórias em que faz um catado de discursos vagos com significado nenhum. Ele literalmente foge de tudo que é específico e joga na esfera do aquém do além.

Perguntado pelo jornalista Heródoto Barbeiro, se sendo de Goiânia, saberia se deslocar dentro de São Paulo, Marçal se irritou e soltou a pérola, eu não preciso saber andar em São Paulo, não sou motorista de ônibus. Ele joga tudo para um ambiente simplório, carregado de bestialidade e ignorância.

Mas seu processo de gênio, de poderoso da terra, é sempre a sua maior fumaceira, até porque, com seu histórico de ladrão de bancos, utilizando fraudes contra idosos, o que lhe custou a condenação e prisão, sua ascensão social e financeira que chama atenção, certamente, não foram feitas por excelentes oportunidades empresariais, que ele não deixou passar em branco.

Pablo Marçal é escravo da mentira. Se dez pessoas fizerem dez perguntas iguais para ele, em tempo diferente acerca de qualquer assunto, ele dará, além das lacunas do seu ramerrão, versões distintas que, provavelmente se chocarão com a última versão do mesmo fato. Isso é regra num mentiroso.

O momento oportuno é só para o momento, lembrar do que falou da última vez que abordou o assunto, aí já é demais para o vigarista.

Dito isso, pode-se afirmar que Pablo representa a escória da escória da direita. Para ser mais exato, o chorume de Bolsonaro, que já significava a implosão dos chamados liberais.

Marçal, na realidade, só veio fechar o caixão da finada direita, distribuindo idiotices e tendo que explicar o seu envolvimento com crimes bancários e, atualmente, segundo a grande mídia, seu envolvimento com a casca grossa da bandidagem.

Essa figura tóxica de índice de envenenamento pior do que Bolsonaro, acabou por definir o futuro do genocida, numa ligeira transfusão do bolsonarismo, da corrente sanguínea de Bolsonaro para a de Pablo, deixou claro que a ocupação do território fascista no Brasil está nas mãos de Marçal e seus comparsas do mundo do crime organizado

Pouco muda Bolsonaro apoiar ou não Marçal. Bolsonaro está naquela situação, se ficar parado, afunda; se caminhar para um dos lados entre Marçal e Nunes, afunda também.

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Política

Prefeitura de São Paulo quer despejar Coopamare, referência na coleta seletiva

Coopamare coleta em média 96 toneladas de materiais recicláveis por mês. Se catadores decidirem permanecer, Prefeitura pode usar a força.

(Coopamare) recebeu uma notificação onde a Prefeitura de São Paulo estabelece prazo de 15 dias para que ela saia do local em que está instalada, entre as ruas Galeno de Almeida e João Moura, sob o viaduto da Avenida Paulo VI, em Pinheiros.

O auto de infração foi expedido pelo Poder Público no dia 23 de junho. Em ação do Ministério Público (MP), a Prefeitura de São Paulo vem sendo inquirida a responder por incêndios que ocorrem sob viadutos na capital. Desse modo, a fiscalização entendeu que a Coopamare representa um risco e tem que sair.

Conforme a notificação, os “infratores”estarão sujeitos às “medidas administrativas” cabíveis, que de acordo com o Decreto 48.832/2007 pode significar lavratura de boletim de ocorrência por crime de desobediência e esbulho possessório, além de retirada compulsória, mediante o uso da força.

Eduardo Ferreira de Paulo, o Dudu, liderança histórica dos catadores e catadoras, salienta que se trata apenas de uma notificação, o trabalho seguirá normalmente na Coopamare. O que não se sabe ainda “é o que vamos fazer, vamos ter que decidir com todo mundo aqui”, diz.

Dudu não se abala. Imagina um caminho de negociação pelo MP. Está na Coopamare desde a fundação, precisou enfrentar algumas gestões municipais que não apoiam as cooperativas e desrespeitam as leis. Também veio da rua, lidou com muitas batalhas na vida.

A Coopamare
Primeira cooperativa de catadores de materiais recicláveis do Brasil, a Coopamare transformou seu endereço num marco na cidade que produz 12 mil toneladas de lixo por dia, liderando o ranking nacional. É como se cada morador da capital paulista jogasse fora um quilo de lixo todos os dias.

Durante a tarde desta quinta-feira (29), diretores, cooperados e organizações aliadas se reuniram na Coopamare para decidir quais medidas tomar diante da postura da Prefeitura de Ricardo Nunes (MDB). Em outras ocasiões, como em 2006, o Poder Público permitiu a permanência com um termo de concessão.

Na notificação, a Secretaria de Subprefeituras informa que a Coopamare ocupa de maneira irregular uma área municipal. No entanto, a cooperativa está no local há mais de 30 anos, onde emprega moradores de rua para que, com o dinheiro da coleta de recicláveis, consigam moradia e reinserção social.

*GGN

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