Cuba já enviou equipes médicas para 17 países em luta contra a pandemia e salvou milhares de vidas.
Depois de ataques de Bolsonaro à parceria do governo de Cuba e o programa Mais Médicos, em 20018, Brasil perdeu 8.500 médicos cubanos que atendiam no interior e nos cantos mais remotos do país e não colocou ninguém no lugar, deixando exposta uma legião de pessoas à própria sorte, principalmente agora diante da pandemia de coronavírus.
Na verdade, Bolsonaro, o maior aliado do coronavírus, está de costas para o Brasil. E ele sabe que não fica bem dizer certas coisas do ministro da Saúde perante a opinião pública, que fará, mandá-lo para a rua, já que é isso o que mais quer.
O oportunismo pragmático dos generais de seu governo segura a boca e a caneta de Bolsonaro quando o assunto é Mandetta.
Para um psicopata como Bolsonaro não há distinção entre sonho e realidade, mas para seus garantes dentro do governo, esse passo em falso pode ser fatal para o chefe da milícia palaciana.
Mourão deu uma declaração muxoxa sobre a entrevista de Mandetta ao Fantástico, o que revela que colocar o vírus em seu lugar na pasta da Saúde pode custar a cabeça do próprio Bolsonaro
O direito do patrão de despedir, sem indenização nem explicação, um ministro que tem o dobro de aprovação que o chefe, é complicado e a coisa pode desandar de vez.
Ou seja, Mandetta não pode ser demitido por um mal súbito.
Ainda sob proteção militar o ministro da saúde continua sendo ele, não o vírus como sonha em sua longa e penosa enfermidade mental o maníaco da casa 58.
*Carlos Henrique Machado Freitas