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Deputados bolsonaristas protestam contra corte de impostos de alimentos

Deputados bolsonaristas querem uma moção de repúdio da Câmara por Lula ter zerado imposto de importação de alguns alimentos.

Defensores de um Estado menor (ao menos em tese), um grupo de 26 deputados bolsonaristas quer que a Câmara aprove uma moção de repúdio contra a decisão de Lula de zerar o imposto de importação de alguns alimentos, diz Igor Gadelha, Metrópoles.

O pedido foi apresentado na terça-feira (11/3) pelo atual líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS). No requerimento, os bolsonaristas alegam que o corte de impostos traz “graves prejuízos aos produtores rurais”.

“Os produtores rurais continuam sujeitos a uma elevada carga tributária, com custo de produção dolarizado e a um ambiente regulatório hostil, enquanto os produtos importados passam a concorrer com isenções de imposto, reduzindo a competitividade do setor no cenário global. Essa estratégia enfraquece a economia nacional, reduz a geração de empregos e aumenta a dependência do Brasil de fornecedores externos”, afirma Zucco no requerimento.

Além disso, os deputados bolsonaristas argumentam que a decisão de zerar os impostos de importação é “inócua”, “com zero impacto no controle inflacionário de alimentos”.

“O governo federal opta por mais uma intervenção econômica no mercado, interferindo no equilíbrio natural de preços de acordo com a demanda e oferta, sem garantir maior incentivo para a produção nacional na redução do custo de produção, sem ouvir toda a cadeia produtiva, encurralando o produtor rural e o consumidor”, afirmam.

Confira os parlamentares que assinaram o requerimento:

  1. Zucco (PL-RS)
  2. Coronel Assis (União-MT)
  3. Zé Trovão (PL-SC)
  4. Junio Amaral (PL-MG)
  5. Sargento Fahur (PSD-PR)
  6. Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
  7. Gustavo Gayer (PL-GO)
  8. Osmar Terra (MDB-RS)
  9. Capitão Alden (PL-BA)
  10. Silvia Waiãpi (PL-AP)
  11. Delegado Ramagem (PL-RJ)
  12. Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
  13. Delegado Caveira (PL-PA)
  14. Carlos Jordy (PL-RJ)
  15. Evair Vieira de Melo (PP-ES)
  16. Pezenti (MDB-SC)
  17. Rodolfo Nogueira (PL-MS)
  18. Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
  19. Rosangela Moro (União-SP)
  20. Mario Frias (PL-SP)
  21. Daniel Agrobom (PL-GO)
  22. Bia Kicis (PL-DF)
  23. Mauricio do Vôlei (PL-MG)
  24. Messias Donato (Republicanos-ES)
  25. Sanderson (PL-RS)
  26. Julia Zanatta (PL-SC)
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Mais de 50 mil pessoas protestam na Espanha contra guerra na Faixa de Gaza

Mais de 70 cidades da Espanha registraram protestos neste sábado (20) contra a guerra promovida por Israel na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 25 mil palestinos mortos. Os atos foram convocados pela Rede Solidária contra a Ocupação da Palestina.

Só em Madri, mais de 50 mil pessoas foram às ruas com faixas pedindo “fim ao genocídio na Palestina”, “justiça” e “S.O.S. Palestina”.

Mais de 83% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão desabrigados por conta dos bombardeios constantes e pelo menos 92% vivem em situação de insegurança alimentar, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Os manifestantes acusaram o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de genocídio e também criticaram o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, por não tomar medidas para conseguir um cessar-fogo no enclave palestino.

Saímos às ruas de Madrid para exigir o fim do genocídio em Gaza. Depois de cem dias, Ayuso não conseguiu dizer uma única palavra de solidariedade para com as vítimas palestinas. Não está à altura do povo de Madrid.

Em Bilbao, manifestantes estenderam uma faixa que pedia o “fim ao comércio de armas e às relações com Israel”, ao lado de uma grande bandeira palestina. As mobilizações também ocorreram em Málaga, Toledo, Canárias e outras partes do país.

Os atos também contaram com a participação de figuras públicas como a porta-voz do partido Mais Madrid, Manuela Bergerot. Os deputados Enrique Santiago e Sumar Tesh Sidi e o deputado Enrique Santiago também foram às ruas da capital espanhola, conforme relatado pela imprensa local.

*Sputnik

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Milhares de israelenses protestam contra Netanyahu, que vê sua popularidade despencar em meio ao conflito em Gaza

Manifestantes criticam ações insuficientes do governo na libertação dos reféns do Hamas, responsabilizando o premier pelas falhas de segurança que levaram ao ataque.

Nos nove meses que precederam a guerra entre Israel e o Hamas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se viu diante de uma onda de protestos maciços contra seu controverso projeto de reforma do Judiciário, despertando uma inquietação popular jamais vista. Então veio o ataque do grupo terrorista ao território israelense em 7 de outubro, dando início ao conflito que já deixou mais de 10 mil mortos no total (sendo 1,4 mil em Israel), e o apoio a Netanyahu, sustentado pelo medo da população, parecia ter ganhado um fôlego momentâneo, segundo O Globo.

Após exatamente um mês desde a invasão, contudo, os 240 reféns sequestrados pelo Hamas continuam desaparecidos e os israelenses têm se sentido cada vez mais desprotegidos e insatisfeitos com seu governante, o qual muitos consideram culpado pela situação atual.

As evidências da grande perda de popularidade de Netanyahu — que sempre se declarou um defensor resoluto dos judeus — mostraram-se claras nos últimos dias. No sábado e no domingo, milhares de familiares e amigos dos raptados pelo Hamas tomaram as ruas de Tel Aviv para protestar contra ações do governo e os esforços insuficientes para garantir que seus entes queridos sejam libertados.

Os protestos se espalharam para cidades como Haifa, Beersheba e Eilat, chegando também a Jerusalém, onde centenas se manifestaram em frente à residência do premier, pedindo sua renúncia e o culpando diretamente pelo fracasso na segurança de Israel, permitindo que o ataque ocorresse.

— Queremos uma votação para nos livrar de Netanyahu. Espero que as manifestações continuem e cresçam — disse Netta Tzin, de 39 anos, à AFP.

Popularidade em queda
À frente do governo mais à direita na História de Israel, Netanyahu — que já enfrenta problemas jurídicos e políticos — terá uma tarefa difícil para se manter no poder ao final do conflito, apontam analistas.

Se sua popularidade já não era das melhores antes da guerra (mesmo entre eleitores do Likud, partido liderado por Netanyahu), agora 73% da população não o vê como a pessoa certa para governar Israel, mostrou a sondagem do Instituto de Pesquisa Lazar, publicada na sexta-feira.

Uma outra pesquisa, esta do Canal 13 de Israel, divulgada no sábado, revelou que 76% dos entrevistados acreditam que Netanyahu deveria renunciar, e 64% apoiam a realização de eleições imediatamente após a guerra.

— O apoio a Netanyahu e sua coalizão estava acabando mesmo antes de 7 de outubro e, desde o início da guerra, caiu ainda mais — disse o professor de Política, Toby Greene, da Universidade Bar-Ilan de Israel, à AFP. — Se uma eleição fosse celebrada agora, ele perderia feio.