Não há antipetismo possível que faça sumir a imagem de terra arrasada do governo Bolsonaro.
O fascista é um portento em matéria de desgraça coletiva.
Nem estou colocando na conta seu laranjal, fantasmas milicianos, Queiroz, o cheque da Michelle, o patrimônio do Flávio e as inúmeras picaretagens de Eduardo e Carluxo, o pavão misterioso da Fake News.
Muito menos quero falar agora do assassinato de Marielle e do sumiço do porteiro que dedou seu Jair.
Vou pular por enquanto a nuvem cinza que paira sobre os 39 kg de cocaína encontrados pela polícia espanhola no avião da comitiva de Bolsonaro e outros tantos episódios bisonhos envolvendo seu governo e sua família.
Vou me ater apenas aos recordes negativos.
Mais de 12 milhões de desempregados.
Economia brasileira estagnada no maior período da história.
Recorde de bicos com 38 milhões de trabalhadores na informalidade durante o governo Bolsonaro, atingindo 41,4% da população ocupada.
Desmatamento na Amazônia bate recorde com Bolsonaro e cresce 29,5%.
Foram destruídos 9.762 quilômetros quadrados de floresta, segundo o Inpe. Entre agosto de 2018 e julho de 2019 o Brasil bateu o recorde do desmatamento na Amazônia.
Brasil alcança recorde de 13,5 milhões de miseráveis, aponta IBGE.
O número é superior à população de países como Bélgica, Portugal, Cuba e Bolívia.
A cotação do dólar voltou a subir nesta segunda-feira (18) e fechou a R$ 4,207, maior valor nominal (sem contar a inflação) da história.
O recorde em valores reais (corrigido pela inflação brasileira) é de 2002, quando a moeda chegou a R$ 4 nominalmente, que hoje seriam R$ 10,80.
Saída mensal de capital externo na bolsa é recorde.
É a a maior fuga de capital estrangeiro em, pelo menos, 23 anos.
Trocando em miúdos, em menos de um ano de governo Bolsonaro, com reforma trabalhista e da previdência que prometiam o céu na terra para os trabalhadores, o Brasil se encontra no buraco do inferno.
O que o Brasil tem de “positivo” é apenas o recorde de lucro dos bancos.
*Carlos Henrique Machado Freitas