Há algum especialista que, ao apagar das luzes, amplia uma espécie de mutação genética, ao que chamamos de bolsonarismo, em consequência de uma campanha permanente em favor do mais famoso vizinho do assassino de Marielle.
Aliás, é incrível como a perda da vida de Marielle mostra que Ronnie Lessa, do Vivendas da Barra, recebeu da família um caprichoso silêncio. Isso, logicamente, é transmitido para uma rede de perfil aliado, já que qualquer assunto é previamente discutido e pensado para se formular roteiros que dão, ou não, importância aos interesses dessa rede, que sempre busca um retorno político, seja para enaltecer o líder da facção, seja para desqualificar, como novo alvo, alguém que conseguiu chamar atenção nas redes com críticas a Bolsonaro.
Para essa gente, o fundamental é desaparecer com o assunto e renascer com outro que se impõe pela força da rede alimentada por uma central de ódio.
A questão vai muito além de um ato que inspira o personagem a quem chamamos de bolsonarista.
Quem decide o que será dito é a cúpula do clã Bolsonaro, através dos próprios, Carluxo, Eduardo e Flávio.
Dane-se se a história que eles espalham é ou não real, o importante é organizar a manada para que ela opere e controle as redes com propaganda positiva de Bolsonaro, quando tentam vender sucesso no fracasso e, insistentemente, opera para tirar do foco qualquer benefício que o governo Lula tenha trazido à população, por motivos óbvios.
A questão aqui é mostrar que o bolsonarismo está longe de se limitar àquela velharia reacionária que, de forma vaga, garante um público de aliados em eventos convocados por Bolsonaro e Malafaia.
Há uma rede de picaretas muito bem pagos, que mantém alta a temperatura política, na medida do interesse do clã, mas ela é profissional, formada por milhares de participantes, que foi enxertada durante os quatro anos de governo Bolsonaro para fazer o papel de aspone, sustentado com muito dinheiro público.
Ocorre que, dentro dessa rede, muita gente segue operando, justamente porque quer retomar seu assento nessa boca rica e, outros, simplesmente seguem impermeados mantêm-se a em todas as esferas do Estado, lógico, bancados pela sociedade.
Não sabemos se isso é novo ou velho, mas que essa fórmula é a mais usada pelo bolsonarismo, não resta dúvida.
A questão é saber como combater e excretar esse verdadeiro atentado contra a democracia brasileira, que usa compulsoriamente recursos públicos para que os canais de interconecção do Estado e a sociedade, envenenando ou entupindo as artérias para que a manipulação da informação siga nas redes, mas também dentro do Estado.
É um desafio a ser enfrentado urgentemente por todos os brasileiros democratas, do contrário, assistiremos à ampliação desmedida da milícia fascista no Brasil..