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Opinião

A República das cuecas

República das bananas é para os fracos, o Brasil da era Moro está em outro patamar no universo da balbúrdia institucional.

Aqui, no Brasil, quem dá as ordens é um ex-juiz, agora senador que segue chantageando desembargadores do TRF-4 e ministro do STJ. Detalhe, com um custo baixíssimo, comprando cuecas em algum saldão no mercadão de Madureira, na pechincha do dia.

A operação policial mais famosa da história do Brasil teve como mascote ninguém menos que o Japonês da Federal que, assim como Moro, mereceu até máscara de carnaval.

Ou seja, a república das cuecas foi uma festa, foi um oba oba, um carnaval fora de época em que o Zé Pereira de Curitiba, Sergio Moro, comandava a marcha dos fascistas com o pé direito no bumbo do folião.

Essa visão do inferno em que o Japonês da Federal é preso pela Polícia Federal por contrabando, é o mesmo país aonde foram encontrados no avião da FAB da comitiva do presidente da República, que se elegeu vendendo a imagem de paladino contra as drogas, em nome de Deus e da família, 39kg de pasta pura de cocaína, em plena vigência da gestão Moro no ministério da Justiça e Segurança Pública. Imagina isso!

Lógico que o então ministro que, na verdade, trabalhava como babá do clã Bolsonaro não soube de nada e nem comentou qualquer coisa a respeito.

Estamos falando do mesmo Moro que virou do avesso a justiça no Brasil com o apoio da grande mídia cuequeira. Tudo para dar um golpe de Estado em Dilma Rousseff, condenar e prender Lula sem qualquer prova para que Bolsonaro vencesse e os banqueiros lucrassem como nunca.

Um labirinto de banditismo explícito acontecia à luz do dia como um esgoto a céu aberto, impregnando todo o planeta terra pela balbúrdia provocada por essa gangue chamada clã Bolsonaro, vitaminada com os “heróis do combate à corrupção”.

Isso é só uma pincelada de um enredo que deu ao Brasil um novo título, o que República das Cuecas.

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Depois de virar chacota internacional, Bolsonaro, o presidente da República das bananas é derrotado na PEC do voto impresso

Nada mais raquítico e anêmico do que a demonstração de força de Bolsonaro.

Depois da cena patética do desfile na Praça dos Três Poderes com um monte de cacarecos fumando e virar chacota internacional em que o Brasil de Bolsonaro foi classificado como a República das bananas, o “presidente” e os bolsonaristas, usando as mais baixas formas de pressão para aprovar a PEC do voto de papel, chamado de voto impresso, tomaram uma cipoada, já que precisava de 308 votos para aprovar e conseguiu apenas 229 votos a favor.

Ou seja, com toda a máquina nas mãos, promessa de orçamento para emendas parlamentares e todo aquele jogo sujo que Bolsonaro vem jogando, hoje azedou e a PEC do voto impresso talhou.

Para piorar, Bolsonaro expôs as Forças Armadas brasileiras ao ridículo, e não adianta dizer que foi coisa da oposição ou mesmo da esquerda, grandes jornais internacionais, até mesmo conservadores, ridicularizaram o Brasil de Bolsonaro com a sua demonstração de provincianismo em que o país é retratado como republiqueta onde os militares usam a força das armas para intimidar as instituições.

O fato é que a demonstração de força de Bolsonaro pariu um rato, e isso, politicamente, vai lhe custar muito mais caro do que ele imagina.

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Memórias de um país bananeiro

Brasil, o país bananeiro, um estranho país em que o candidato que está em 2º lugar nas pesquisas, combina com um juiz a prisão do 1º colocado em troca de uma pasta no ministério e nenhum deles vai preso.

Ao contrário, ambos são presenteados, um se transforma em presidente e, o outro, em ministro da Justiça e Segurança Pública.

O pior é que, no pleito seguinte, o juiz vira candidato à presidência da República e o presidente, que venceu a eleição fraudada, faz discurso contra a urna eletrônica em nome do combate à fraude.

Tudo isso ocorreu na cara do TSE que tem um presidente que é fã do juiz vigarista e da sua operação policial também vigarista.

E o faz o presidente do TSE? Ouvidos moucos.

Se isso não é uma republica das bananas, eu não sei mais o que é banana.

É tudo uma grande piada de muito mau gosto.

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