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Petróleo dispara novamente, com sanção à Rússia e tensão geopolítica no radar

O preço do barril de petróleo voltou a subir nesta terça-feira (31), após a União Europeia (UE) ter comunicado que os líderes dos 27 Estados-membros do bloco chegaram a um acordo para impor sanções à importação de petróleo russo.

De acordo com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a medida cobre imediatamente mais de dois terços das importações de petróleo da Rússia pelo bloco, e deve ser sentida pelos cofres russos. Até o final deste ano, 90% das importações devem ser cortadas.

As sanções ao petróleo fazem parte do novo pacote de sanções preparado pela UE em resposta à invasão russa à Ucrânia, e tem o intuito de enfraquecer a economia do país liderado por Vladimir Putin. O pacote inclui ainda a retirada do banco russo Sberbank do Swift —sistema internacional de pagamentos— e o banimento de três emissoras estatais russas.

Em meio às sanções e à fuga de empresas estrangeiras, a Rússia tem se isolado cada vez mais do restante do mundo, e a população já começa a sentir os efeitos do enfraquecimento da economia russa.

Mas o Kremlin não dá sinais de recuo, e a guerra segue deixando um rastro de destruição no leste da Ucrânia.

Além disso, o governo russo se mantém firme em sua posição de exigir que compradores internacionais paguem pelo gás natural da Rússia em rublos. A Gazprom, estatal russa do setor de gás, deve cortar o fornecimento à Holanda após o país ter se recusado a efetuar o pagamento em moeda russa.

Diante da perspectiva de que as sanções devem reduzir a oferta global da commodity, o contrato futuro do barril de petróleo tipo Brent com vencimento em agosto deste ano avançava 1,28%, cotado a US$ 119,11.

Na teoria, a notícia é positiva para as companhias brasileiras de óleo e gás listadas na Bolsa de Valores. Contudo, a Petrobras —principal petrolífera do país— tem enfrentado duras perdas nos últimos dias diante do receio de intervenção governamental na política de preços da companhia.

*Com Uol

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