Questionado sobre o que pensa a respeito da privatização, Silva e Luna, o general comandante da Petrobras disse apenas que essa decisão cabe ao governo. “Considero que essa é uma escolha do acionista majoritário [o governo]”.
Nesta semana, ao reclamar que não podia controlar os preços, Bolsonaro afirmou que tinha vontade de privatizar a empresa e que iria verificar com a equipe econômica essa possibilidade. No último dia 8, a Petrobras anunciou mais um aumento, desta vez de 7,2% nos preços da gasolina e do gás de cozinha em suas refinarias.
‘Petrobras não tem como controlar preços’
O general está há cinco meses no comando da Petrobras —é o primeiro militar a presidir a estatal desde 1989. Mas está no governo Bolsonaro desde fevereiro de 2019, quando foi nomeado para o comando de Itaipu. Foi esse último posto que o credenciou para a Petrobras. Ele foi alçado ao cargo após o avanço seguido dos preços dos combustíveis e as críticas de Bolsonaro à gestão Roberto Castello Branco.
Mas na gestão Silva e Luna a política de preços foi mantida, e os preços continuaram em alta.
O general afirmou que a estatal tem atuado para assegurar o crescimento equilibrado da economia para a recuperação da pandemia, mas não é o que se vê.
Sobre o custo dos combustíveis, o general disse que o cenário é mais complexo e que o cidadão precisa entender as variáveis que impactam o preço nas bombas.
Segundo o general, “É importante entender que a Petrobras não tem nem a capacidade nem a legitimidade para controlar os preços de combustíveis praticados no Brasil”, afirmou, acrescentando que a empresa tem conseguido bons resultados mesmo com a crise econômica. Ou seja, lucro em cima do lombo dos brasileiros.
E acrescentou, “No Brasil, a gasolina não está barata. A inflação se acelerou. E há quem atribua a culpa à Petrobras. E não veem que, nesse ambiente caótico, graças à sua gestão eficiente, a empresa tem conseguido gerar lucro capaz de pagar suas dívidas, investir fortemente e pagar tributos e dividendos”.
Silva e Luna afirma que o primeiro passo para entender a atual situação da Petrobras é “revisitar o passado” e reforçar que a busca por lucro não deve ser “condenada”.
*Com informações do Uol
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