Como para Bolsonaro tragédia econômica pouca, é bobagem, depois de ver a Mercedes, no mês passado, a Ford nesse mês picarem a mula do Brasil, além de outras montadoras estrangeiras inclinadas a pegarem a mesma rota, Emmanuel Macron faz pesado discurso contra o monstro amazônico, dizendo que é urgente que a Europa abandone as relações comerciais com o Brasil na compra da soja para salvar o planeta através do salvamento da Amazônia.
Como já foi dito aqui no Blog, Bolsonaro é considerado hoje no mundo um sujeito tóxico, mas principalmente contagioso do qual todos os chefes de Estado devem manter distância.
O fato é que Macron pisou no principal calo de Bolsonaro, que não é de agora, tem olho gordo tanto na Amazônia quanto no Pantanal.
E aqui não se fala do gado de Bolsonaro, para quem ele poderia converter a floresta em um gigantesco pasto para os sócios de carteirinha do gabinete do ódio, mas da exploração do garimpo ilegal, da madeira e de uma série de riquezas que envolvem subsolo dessa região.
Macron não deu meia volta, na verdade, somou voz com Biden, que já na disputa presidencial colocou Bolsonaro diante do mundo como um monstro predador que, em nome da salvação do planeta, deveria ser abatido.
Por isso, o governo Biden já anuncia abertamente que combaterá os Bolsonaros do planeta. Isso foi dito por Gregory Meeks, novo presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA.
Em vídeo postado nas redes sociais, Macron defendeu que a Europa tenha coerência com suas políticas ambientais em meio ao evento One Planet Summit” que acontece em Paris.
“Continuar a depender da soja brasileira seria endossar o desmatamento da Amazônia”, disse Macron.
Mas a fala mais contundente de Macron, que é um tiro de canhão em Bolsonaro, foi essa:
“Nós precisamos de soja brasileira para viver? Então, nós vamos produzir soja europeia ou equivalente”.
Isso foi dito no evento que contou com a presença de trinta chefes de Estados, empresários e representantes de ONGs que participavam das discussões junto com o Secretário Geral da ONU, o presidente do Banco Mundial, a presidente da Comissão Europeia, a chanceler Angela Merkel e o chefe do governo britânico Boris Johnson.
Em outras palavras, Bolsonaro está isolando o Brasil de vez do mundo civilizado, como era previsto, já que nada avança contra ele e seu clã aqui no Brasil. O país inteiro vai pagar essa fatura.
Obs. Macron, que já queria fritar Bolsonaro anteriormente, contemporizou suas críticas e ações sob pressão de Trump, agora, além da queda do fracassado Trump, Macron, corretamente, sentiu-se turbinado na parceria com Biden para detonar de vez o imbecil.
*Da redação
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