Categorias
Mundo

Violência indiscriminada contra civis na Faixa de Gaza é denunciada por soldado israelense

Segundo relato a Sky News, ele recebeu ordens para matar ‘todos que entrarem em zonas proibidas precisam morrer’.

Um soldado reservista israelense, que atuou na Faixa de Gaza nos últimos meses, falou anonimamente com a Sky News e revelou que as forças de ocupação no território receberam ordens de atirar em qualquer palestino que entrar nas chamadas “zonas proibidas”, mesmo se eles não estiverem armados, ressaltando a violência indiscriminada do regime contra os civis.

Segundo a reportagem da Sky News, o soldado disse que eles receberam instruções diretas para matar qualquer um que cruzasse as fronteiras invisíveis estabelecidas por seus comandantes. “Temos um território em que estamos, e as ordens são: todos que entrarem precisam morrer”, disse o soldado.

Segundo ele, os palestinos não tinham como saber onde começavam essas chamadas áreas proibidas. “Há uma linha imaginária que, segundo eles, todo o povo de Gaza conhece e sabe que não tem permissão para atravessá-la. Mas como eles podem saber?”. O soldado explicou que qualquer pessoa que entrasse nessas zonas provavelmente seria morta a tiros.

O membro do Exército revelou que não há distinção entre combatentes e civis. “Se estiverem lá dentro, são perigosos, você precisa matá-los. Não importa quem seja”, afirmou. Ele também disse ter testemunhado assassinatos arbitrários de palestinos em áreas residenciais. “Em uma das casas em que estivemos, tínhamos um terreno grande. Era o mais próximo do bairro dos cidadãos, com pessoas dentro”, disse ele.

“Era como praticamente todo mundo que entra no território, e poderia ser como um adolescente andando de bicicleta”, disse ele, referindo-se às operações no Corredor Netzarim, uma faixa militarizada que divide Gaza ao meio.

Ele admitiu à Sky News, que as forças sionistas frequentemente atiravam em civis empobrecidos que não tinham alternativas. “Costumávamos atirar em pessoas pobres, civis que não tinham muitas opções”, disse ele. Ele revelou ainda que as decisões sobre matar ou deter civis eram inconsistentes e baseadas nos caprichos dos comandantes. “Eles podem ser baleados, podem ser capturados”, afirmou. “Depende muito do dia, do humor do comandante.”

Relembrando um incidente, o soldado descreveu como um homem foi baleado por cruzar uma linha imaginária, enquanto outro que se aproximou do corpo foi simplesmente capturado. Mais tarde, os soldados receberam novamente ordens de atirar em qualquer um que ousasse cruzar a mesma linha.

“Eu meio que sinto que participei de algo ruim, e preciso combater isso com algo bom, falando abertamente, porque estou muito preocupado com o que tomei e ainda tomo parte, como soldado e cidadão deste país”, disse ele.

Opera Mundi


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

 

 

Categorias
Política

Soldado israelense que seria preso no Brasil por crimes de guerra fugiu para a Argentina

Articulação Judaica de Esquerda afirma que houve intervenção estrangeira no País e violação à soberania nacional.

Um soldado das Forças de Defesa de Israel (IDF), chamado Yuval Vagdani, que estava de férias no Brasil fugiu para a Argentina no último domingo para escapar de um mandado de prisão emitido pela Justiça Federal brasileira, informa o The Jerusalem Post. A ordem de prisão, que investiga supostos “crimes de guerra” cometidos pelo militar na Faixa de Gaza, foi publicada após uma ação da Hind Rajab Foundation (HRF), conforme noticiado pelo jornal brasileiro Metrópoles.

A decisão foi proferida pela juíza federal Raquel Soares Charelli durante uma sessão especial realizada na semana passada. Segundo a avaliação israelense, a HRF recebe apoio de um Estado externo em suas investigações, e o Ministério das Relações Exteriores de Israel recebeu sinais das intenções da organização no sábado às 10h.

A HRF, uma organização internacional comprometida em “quebrar o ciclo de impunidade israelense”, acusou o soldado de “participar de demolições massivas de residências civis em Gaza durante uma campanha sistemática de destruição”. No site oficial da HRF, a acusação afirma: “Esses atos fazem parte de um esforço mais amplo para impor condições de vida insuportáveis aos civis palestinos, constituindo genocídio e crimes contra a humanidade segundo o direito internacional.”

Evidências contra o militar

A HRF apresentou evidências que, segundo a organização, comprovam o envolvimento direto do soldado nas ações denunciadas. Entre os materiais apresentados estão “gravações de vídeo, dados de geolocalização e fotografias que mostram o suspeito plantando explosivos e participando da destruição de bairros inteiros”. Maira Pinheiro, advogada principal da HRF, afirmou ao site Metrópoles: “Este não é um caso de ordens dadas à distância. Este indivíduo contribuiu ativamente para a destruição de casas e meios de subsistência, e suas próprias declarações e comportamentos alinham-se claramente com os objetivos genocidas em Gaza.”

A organização, que possui uma rede de advogados e ativistas, já buscou a prisão de vários soldados envolvidos em conflitos em Gaza, alegando a prática de “crimes contra a humanidade”. O caso no Brasil é o mais recente dentre vários incidentes semelhantes.

Reação das autoridades israelenses

Imagem