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Moro não tem discurso para mover uma pedra no xadrez da disputa eleitoral

Todos sabem qual é o principal projeto de Lula e de Bolsonaro. Enquanto Lula quer erradicar a fome e a miséria no país, Bolsonaro quer aprofundá-las.

Não é preciso ser gênio para entender isso, é só pegar os históricos de Lula e de Bolsonaro na presidência da República.

Lula já disse que tem na erradicação da fome e da miséria sua principal plataforma de governo e que por si só, como todos sabem e ele não se cansa de falar, até porque é óbvio, muda imediatamente a cara do mercado interno e toda uma cadeia de empregos e negócios é ativada. Isso, no sentido mais concreto, fez com que o governo transformasse só as classes C, D e E deserdadas até então, chegaram a representar, com Lula, o 16º balcão de negócios do planeta, quando o país assumiu o 6º posto entre as maiores economias globais.

Do outro lado, o outro projeto, o de Bolsonaro, antagônico ao de Lula, está posto. Não há muito o que Bolsonaro dizer, pois seu portfólio é seu cartão de visitas. Bolsonaro devolveu o país ao mapa da fome, com 30 milhões de miseráveis e 50% da população com insegurança alimentar, isso basta para explicar por que a economia chegou no inferno que chegou.

Grosso modo, estão postas as duas plataformas, a de Lula e a de Bolsonaro.

A fisionomia dos dois é bem definida. Aliás, está na expressão do olhar de cada um. Lula, ao seu estilo entre o carinho e o afago aos pobres, defendendo apaixonadamente os trabalhadores e, do outro lado, Bolsonaro com aquele olhar característico de um psicopata que é, um olhar carregado de ódio dos pobres, dos negros, dos índios e dos trabalhadores.

Na verdade, cada um dos dois vindos das terras de origem. Lula, saído do chão da fábrica e, Bolsonaro, das tetas do Estado já como militar formado durante a ditadura.

Estão claras as chaves dessa disputa entre Lula e Bolsonaro.

Mas e Moro, vai defender o quê? Uma economia que o próprio ajudou a destruir implodindo as maiores empresas de engenharia do país que eram também as maiores do mundo, gerando com a Lava Jato a demissão em massa de mais de 5 milhões de trabalhadores com sua trama macabra para destruir justamente o Partido dos Trabalhadores?

Esse enorme desastre que provocou no Brasil se eternizará como produto rigorosamente fiel ao que foi a Lava Jato comandada hierarquicamente por Moro.

E se ele imagina que os componentes centrais de seu discurso será o combate à corrupção, Moro se enfiará em um terreno ainda mais alagadiço, é só buscar a vida caseira do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e mostrar um estilo em íntima harmonia com o clã Bolsonaro, diria mais, é injusto afirmar que Moro é um punitivista, na sua arquitetura helênica no “combate incansável à corrupção”, o cara simplesmente plasmou Bolsonaro e, junto, toda a casta sacerdotal que orbita em torno da milícia palaciana.

Moro perdoou Onix por ter confessado o que todos sabiam, ser um grande corrupto, assim como aceitou como lógica até iluminada o monumento de picaretagem formoso saído da boca de Queiroz para explicar como os seus depósitos foram parar na conta da primeira dama Michelle Bolsonaro, em uma das numerosas transações envolvendo o parceiro de crimes de Adriano da Nóbrega com o clã Bolsonaro.

O valioso paladino perdoou todos, menos o coitado do porteiro do Vivendas da Barra a quem Moro, pessoalmente, partiu pra cima para “apurar” sua denúncia de que saiu da casa 58 do condomínio, ou seja, brotou da casa de Seu Jair Bolsonaro a ordem de liberar a entrada de Élcio de Queiroz, comparsa do assassino de Marielle, Ronnie Lessa, no dia em que esta foi executada.

Somente esse trecho da biografia de Moro já mantém sua batata assada no forno. E estamos falando apenas das suas condescendências e perdões no varejo, mas já dá para cravar que a biografia de Moro não permite a ele abrir a boca para falar de combate à corrupção, porque sua estupenda participação no governo Bolsonaro durante 17 meses segue formigando na memória dos brasileiros o benevolente ex-juiz que simplesmente agiu como capanga do clã com uma fieira de casos em que o objetivo era sempre blindar os filhos e a esposa de Bolsonaro e, consequentemente, o próprio patrão.

Por isso, causa um certo frisson para saber qual discurso Moro vai adotar para dar uma liga entre ele e a população brasileira, porque até agora, o pálido candidato apresentou pouca ou nenhuma musculatura que dê a ele uma remada capaz de tirá-lo de um rodamoínho que sua própria e amesquinhada história lhe enfiou.

Não se pode esquecer que Suprema Corte classificou Moro como um juiz parcial, ou seja, desonesto e vigarista na sua perseguição política a Lula.

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Se Moro tivesse produzido uma única prova contra Lula, ele não teria sido considerado suspeito

O que ficou claro no julgamento da suspeição de Moro é que 1 milhão de manchetes garrafais não foram suficientes para transformar um inocente em culpado.

As consequências da prisão de Lula foram nefastas para o Brasil. Primeiro, porque não houve crime, portanto não houve provas de crime, mas Lula já estava condenado a servir de degrau à ambiciosa, mas medíocre carreira política de Moro.

Se Vera Magalhães, toda deslumbrada com o traje preto de Moro, dizia que ele era um grande enxadrista que estudava os passos de seu oponente, não se sabe que conceito a moça tem de xadrez, mas sobretudo que ideia ela tem de justiça para transformá-la num mero tabuleiro, aonde não há necessidade de provas, mas de “jogadas de mestre” do juiz.

Essa narrativa de Vera Magalhães, velha antipetista raivosa, sintetiza com perfeição o que foi a Lava jato, um jogo de palavras e manchetes, muitas imagens angulosas e um fetiche policial. Sim, tem muita gente que sonha com homens fardados em suas fantasias não confessadas.

Talvez seja este o caso da atual condutora do Roda Viva, rasa, inculta que traz com ela o receituário de conversa de salão, mas que, na realidade, não consegue construir pedal.

Ela, que sempre deu como xeque mate de Moro a prisão de Lula, assim como os Mervais, Camarottis, Tralles e Josias de Souza da mídia, estão decepcionadíssimos com Cármen Lúcia que há pouco tempo era uma espécie de madrinha da bateria dos patusqueiros que teclavam suas sandices ao som do preconceito de classe e do uso da justiça como vingança política.

Mais do que isso, eles aplaudiram não só a eleição do genocida, mas quem, na suposta jogada de mestre do xadrez político, colocou Bolsonaro no poder e teve como recompensa, assim como um troféu de campeonato, uma super pasta da Justiça e Segurança Pública em um governo que hoje, com certeza, ultrapassará a linha de chegada de 300 mil mortes, por culpa absolutamente exclusiva de Bolsonaro e seus carregadores de piano.

É sobre isso que se tem que falar, porque, se Moro foi parcial condenando e tirando Lula da eleição, sem provas, e com o apoio total da grande mídia, todos são coautores desse trágico número de óbitos que produziu a “jogada de mestre” do juiz aplaudida e cantada pelo colunismo industrial.

Não tem escapatória e a história saberá narrar com precisão, porque, nesse caso, não faltam provas. Eles estão, como nesse vídeo abaixo, nas redes sociais rodopiando como Saci.

https://twitter.com/teocarlos_teo/status/1374538668795379712?s=20

*Carlos Henrique Machado Freitas

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