Mês: abril 2020

Depois de Mandetta, Bolsonaro abre guerra com Maia: ‘Conduz o Brasil ao caos e quer me tirar do governo’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), pela “péssima atuação” nas propostas econômicas para enfrentar a crise do coronavírus no Brasil. Segundo ele, Maia está conduzindo o país ao “caos” e está “enfiando a faca no governo federal”.

“Eu lamento a posição do Rodrigo Maia, que resolveu assumir o papel do Executivo. Eu respeito ele, mas ele tem que me respeitar. Lamento a postura que ele vem tomando. Mas o sentimento que eu tenho é que ele não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal, enfiando a faca no governo federal. Parece que a intenção é me tirar do governo. Paulo Guedes não tem mais contato com Maia”.

A crítica de Bolsonaro é sobre a aprovação, por parte da Câmara dos Deputados, do texto-base que recompõe durante seis meses as perdas de estados e municípios com a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, estadual) e com o Imposto Sobre Serviços (ISS, municipal).

“O Paulo Guedes queria uma contrapartida. Nós queremos uma conta de chegada. Todos têm que se sacrificar e ter responsabilidade. Não podemos apenas o Parlamento mandar a conta para gente pagar. Cada governador tem seu plano, fecha o comércio e manda a conta, não para mim, mas para o contribuinte pagar. A conta final sai na casa de R$ 1 trilhão”, completou Bolsonaro.

“Parece que a intenção é outra por parte do Rodrigo Maia. Ele está conduzindo o Brasil para o caos. Não temos recurso para pagar a dívida. Qual a intenção? Esculhambar a economia para que eles possam voltar em 2022? Eu não estou pensando em política”, acrescentou.

“O Brasil não merece o que o Rodrigo Maia está fazendo com Brasil. Não é a atuação da Câmara, é atuação dele. Me desculpa, Rodrigo Maia, mas péssima sua atuação. Quando você fala em diálogo, a gente sabe qual é. E não estou rompendo com o Parlamento, muito pelo contrário. É a verdade que deve ser dita”, finalizou Bolsonaro.

Maia rebate

Também para a CNN, Rodrigo Maia afirmou que não vai entrar nessa discussão e que Bolsonaro quer mudar o assunto após ter demitido hoje o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

“O presidente ataca como um velho truque da política. Quando você tem uma notícia ruim, como a da demissão do ministro Mandetta, ele quer trocar o tema da pauta. O nosso tema continua sendo a saúde, as ações conduzidas pelo ministro Mandetta”, disse o presidente da Câmara.

“O que queremos é sentar na mesa com pautas preestabelecidas. Com todo cuidado, porque é um momento delicado. O momento não vai ter de mim ataques. Ele pode atacar, joga pedra e o Parlamento joga flores para o governo federal”, completou.

 

 

*Com informações do Uol

Vídeo: Novo ministro da saúde diz que não vale a pena gastar dinheiro para salvar vida de idosos

Homem do ramo dos negócios da medicina, Nelson Teich, é um empresário pragmático, daqueles que o ser humano não é o centro de suas preocupações, mas os negócios, o mercado, mais precisamente o dinheiro. Ou seja, que os hospitais se transformem em templos financeiros e não em lugar para questões de saúde.

Pelo visto ou sobretudo, para o novo ministro da saúde não existe paciente e sim, cliente. E se o idoso terá menos poder de consumo porque viverá bem menos que um jovem, não vale a pena investir dinheiro bom em ser humano ruim.

Esse é o empresário bolsonarista, que foi um dos estrategistas da campanha de Bolsonaro e que agora assume a pasta da saúde dos negócios em detrimento da saúde do povo, sobretudo a dos idosos, como ele diz, é prejuízo gastar para salvar a vida deles.

“Na saúde, o dinheiro é limitado e escolhas são inevitáveis”, diz Nelson Teich, novo ministro da Saúde, sugerindo que jovens têm prioridade em relação a idosos.

Deve ser isso que o novo ministro da saúde quis dizer em seu pronunciamento, quando disse que sua gestão será baseada em dados “científicos” e que os idosos, que são as principais vítimas do coronavírus, vão merecer literalmente o seu desprezo.

Confira o vídeo:

 

*Da redação

 

 

Urgente: Bolsonaro demite Mandetta do Ministério da Saúde

Após uma novela que já se arrastava há semanas, o presidente Jair Bolsonaro demitiu na tarde desta quinta-feira (16) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão foi oficializada após uma reunião entre os dois no Palácio do Planalto, em Brasília.

Mais cedo, Mandetta já havia indicado que a sua saída deveria ser confirmada entre quinta ou sexta-feira. Depois de uma reunião na sede do governo, o oncologista Nelson Teich foi confirmado como o novo ministro da Saúde.

Desde o último domingo, Mandetta já vinha dando declarações cada vez mais claras sobre as suas discordâncias com Bolsonaro, que por sua vez já falou anteriormente que havia gente no seu governo que estaria “se achando”, no que foi interpretado como um recado ao ministro da Saúde.

Enquanto o agora ex-ministro da Saúde defende abertamente o isolamento social como prioridade na luta contra o novo coronavírus no Brasil, o presidente acredita que é preciso considerar o aspecto econômico, flexibilizando o distanciamento em alguns setores.

Nome mais cotado para assumir o Ministério da Saúde, o oncologista Nelson Teich chegou em Brasília nesta manhã e defendeu recentemente, em alguns artigos, o isolamento social como a melhor medida para combater a COVID-19 – assim como Mandetta.

 

 

*Com informações do Sputnik

Vídeo – Flávio Dino: atraso no pagamento do auxílio emergencial é para gerar “desespero”

Bolsonaro tem um objetivo fascista por trás da negação do coronavírus e da resistência às medidas econômicas que podem mitigar os danos da crise.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Luis Nassif, do GGN, o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), afirmou que Jair Bolsonaro tem um “objetivo” de caráter fascista por trás da negação da pandemia de coronavírus e da resistência ou lentidão na execução de medidas econômicas que podem mitigar os danos da crise.

Na visão de Dino, Bolsonaro expressa “desejo pelo caos, desejo de produzir uma situação de anomia, desespero, medo, pânico, que inspira todos os fascismos desde sempre.” O fascismo, disse o governador, “precisa do medo para fazer prevalecer suas teses autoritárias e violentas.”

“Acho que há, de fato, um conjunto de atitudes que prenunciam isso, esse desejo de produção de caos na sociedade brasileira. Seja pelo desprezo de uma situação sanitária obviamente grave – chamá-la de ‘gripezinha’ não é apenas irresponsabilidade, é algo criminoso – e, ao mesmo tempo, temos a negação da aplicabilidade rápida da renda básica do auxílio emergencial, exatamente para produzir desespero.”

Dino adicionou nesse contexto a “negação da equipe econômica, com base em dados infelizmente destituídos de base técnica, de proteger os serviços públicos estaduais e municipais”.

Na semana passada, a Câmara impôs uma derrota à equipe econômico de Paulo Guedes aprovando uma compensação a estados e municípios pela queda na arrecadação tributária durante os meses de isolamento. O projeto foi patrocinado por Rodrigo Maia. O impacto para a União seria de 89 bilhões de reais.

Segundo Dino, o governo tentou argumentar contra usando informações surreais. “Na Câmara, houve apresentação de dados absurdos, um cenário que me causa espanto, segundo o qual o projeto votado poderia ter impacto de 280 bilhões de reais.”

“Isso pressupõe uma coisa impossível, que seria zerar toda a arrecadação própria de estados e municípios durante 3 meses. Só há uma hipótese em que isso ocorreria: se não houve a compra de um único produto ou a prestação de um único serviço em 3 meses na sociedade. Ou seja, todas as pessoas morreram, aí não precisa Paulo Guedes se preocupar.”

Para Dino, a “sorte” é que “aos trancos e barrancos”, o Brasil teceu uma rede institucional forte, que envolve a imprensa tradicional e independente, setores do judiciário e do Ministério Público, os governadores e o próprio Congresso. “É esse cinturão que está evitando que os profetas do caos possam realizar seus intentos. Nosso objetivo é fazer o pacto do bom senso deter e derrotar o fascismo no Brasil.”

Assista abaixo a partir dos 14 minutos:

 

 

*Com informações do GGN

 

O que está em jogo é: XP x SUS. O SUS representa a vida e a XP, a morte

Acabo de ver um representante da Firjan com o velho cerca Lourenço em que está sendo criada uma falsa dicotomia entre voltar ou não as atividades econômicas. Solução para o que eles chamam de bom termo? Nenhuma, somente aquelas velhas chantagens pra lá de puídas que Bolsonaro já arrotou inúmeras vezes.

Para não dizer que o que verdadeiramente está em jogo é a vida e a morte, todo o resto é conversa fiada. Mais do que isso, a morte fica para os pobres e a vida e os lucros, para os ricos.

Grosso modo, foi exatamente isso que disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mostrando que não nega a raça na sua submissão à XP Investimentos, a mesma XP que fez uma super campanha para derrubar Dilma e, depois contratou Deltan Dallagnol e Luiz Fux para que dessem garantias a banqueiros nacionais e internacionais de que Lula não disputaria a eleição de 2018 e que, portanto, Bolsonaro assumiria a presidência e o banquete da agiotagem estava garantido, como foi denunciado pelo Intercept através da Vaza Jato.

Moro, que sempre foi o queridinho da XP, também esteve há poucos dias palestrando para investidores, revelando claramente que é o povo quem produz a riqueza, paga os impostos e quem se locupleta dos lucros e das próprias instituições do Estado são os parasitas de sempre.

A XP nada mais é do que a babá dos parasitas. Essa gente que não produz um parafuso sequer, não planta um grão de arroz que, mesmo na crise da pandemia, continua recebendo os juros da dívida pública. Ou seja, lucrando e muito com a desgraça alheia. E ainda acha pouco, quer mais.

Como bem disse o Neto do Ministro do Planejamento da ditadura militar, Roberto Campos, cada cadáver que a pandemia gerar, mais lucros os investidores terão.

Então, que se abram as comportas e que morram 10 milhões, porque, nas contas de Campos Neto e de Bolsonaro, isso renderá lucros nunca vistos para os parasitas do país.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

Para o presidente do BC, Campos Neto, quanto mais mortos pelo coronavírus, melhor, mais lucros para investidores

Presidente do BC diz a investidores que reduzir mortes por coronavírus é pior para a economia.

“Esse é um gráfico que muita gente tem comunicado em palavras, que é a troca entre o tamanho da recessão e o achatamento da curva [de contaminação] que você quer atingir. Mostra que, quando você tem um achatamento maior, você tem uma recessão maior e vice-versa”, teorizou Campos Neto em uma live organizada pela XP Investimentos, uma das maiores corretoras de valores do Brasil.

A fala foi acompanhada ao vivo por mais de 6 mil pessoas no último dia 4, um sábado à noite.

Na ótica do neto de Roberto Campos – ministro do Planejamento da ditadura militar e um dos maiores expoentes do liberalismo econômico no Brasil –, o gráfico serve “para ilustrar que existe essa troca [entre salvar vidas ou combater a recessão] e é uma troca que está sendo considerada.”

Na lógica fria de Campos Neto, quanto mais rápido vierem novos casos e mortes por covid-19, melhor para a economia. Mais importante é que a indústria continue produzindo e vendendo. Ainda que isso cause o colapso de hospitais e do sistema de saúde pública, forçando médicos a escolher quem atender e quem deixar morrer, é um preço razoável a pagar em nome do lucro.

A fala do presidente do BC embute uma desonestidade intelectual. O gráfico usado por ele consta da introdução do livro “Mitigating the covid economic crisis: act fast and do whatever it takes” – “Reduzindo a crise econômica da covid: agir rápido e fazer todo o possível”, em tradução livre.

Trata-se de uma compilação de artigos organizada pelos economistas Richard Baldwin e Beatrice Weder di Mauro, do Centro de Pesquisas de Política Econômica, um think tank baseado em Genebra e que desde 1983 reúne mais de 700 pesquisadores de universidades majoritariamente europeias. Lançado em 18 de março, o livro (em inglês) pode ser baixado de graça na internet.

Na obra, os pesquisadores concluem sem deixar margem para dúvidas que a recessão causada pela quarentena é uma “medida de saúde pública necessária” e que perder vidas para preservar a economia não deve sequer ser uma opção considerada pelos líderes mundiais. Talvez Campos Neto não tenha lido esse trecho da obra – se leu, preferiu se esquecer dele. Em mais de uma hora e meia de fala aos investidores, ele não mencionou a conclusão uma única vez. Não foi a primeira vez que o BC usou o gráfico fora de seu contexto original: ele havia aparecido anteriormente no relatório trimestral de inflação divulgado em março.

 

*Do Intercept Brasil

Governo está paralisado e coronavírus se espalha pelo país

Sem infraestrutura médica e especialistas em infectologia, pequenas e médias cidades começam a mandar seus doentes para as capitais. Brasil já tem 28.320 casos e 1.736 mortes confirmadas. A presença da Covid-19 ultrapassou a casa dos mil municípios brasileiros e chega também às periferias e favelas.

O coronavírus tomou o Brasil de vez. Com 28.320 casos e 1.736 mortes confirmadas no boletim do Ministério da Saúde, a Covid-19 ultrapassou a casa dos mil municípios brasileiros. A doença se espalha pelos 26 estados e Distrito Federal, chegando a cidades de pequeno e médio porte do interior – há registros da doença em 60% dos municípios com 50 mil a 100 mil habitantes. Alguns municípios já registram transmissão comunitária e tornaram-se centros de disseminação regional do vírus.

Entre as 10 regiões de saúde com maior coeficiente de incidência (casos por 1 milhão de habitantes), surgem a área central do Amapá (AP), Rio Negro e Solimões (AM), Laguna (SC) e Foz do Rio Itajaí (SC). Entre as cinco regiões com maior coeficiente de mortalidade (mortes por 1 milhão de habitantes), estão Limoeiro do Norte (CE) e o Extremo Oeste Paulista (SP).

Especialistas ressaltam que a cada dia observamos um retrato de duas ou três semanas atrás e, estatisticamente, o país já pode ter rompido a marca de 86 mil casos. Afirmam ainda que, se o país viveu uma primeira onda de disseminação da doença concentrada nas metrópoles, agora enfrenta a segunda onda, com focos de disseminação no interior.

No estado de São Paulo, onde havia 9.371 casos e 695 mortes confirmadas até terça-feira (14), os efeitos da baixa aplicação de medidas de isolamento social não tardaram a surgir nas cidades do interior. Segundo análise da Universidade Estadual Paulista (UNESP), a Covid-19 chega a centros regionais fora da capital a partir dos principais eixos rodoviários, e tem potencial para atingir localidades nos arredores em “efeito cascata”.

Um exemplo de como o vírus se espalha facilmente por cidades vizinhas se dá no entorno da capital paulista. A segunda cidade com mais casos registrados é São Bernardo do Campo. Lá foram confirmados 201 casos e 11 mortes até esta terça, segundo dados da plataforma colaborativa Brasil.IO (brasil.io/home), única fonte disponível de informações por município, lista não divulgada pelo Ministério da Saúde.

A região de Ribeirão Preto (SP), no Extremo Oeste Paulista, tem 313 casos confirmados até esta quarta-feira, 15. A parcial, que não necessariamente foi contabilizada pela Secretaria Estadual de Saúde e pelo Ministério da Saúde, se refere a pacientes que testaram positivo em 23 cidades, entre elas Ribeirão Preto, município que concentra a maior parte dos registros (53).
Avanço para interior e periferias

Para o médico infectologista Evaldo Stanislau, diretor da Sociedade Paulista de Infectologia, a tendência natural é que o coronavírus avance para as periferias das grandes cidades e municípios do interior. Até porque esses locais não dispõem nem de infraestrutura hospitalar e muito menos de especialistas em infectologia.

O Sistema Único de Saúde (SUS) é organizado em 451 regiões de saúde. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que 14,9% da população que depende exclusivamente do SUS não contam com nenhum leito de UTI na região em que moram, principalmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

As cidades pequenas também têm encontrado dificuldade de acesso aos dados de seus pacientes, pois dependem de hospitais e laboratórios de referência nas cidades maiores. Na Paraíba, os gestores locais precisam aguardar o resultado de exames encaminhados para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, o que leva em média duas semanas.
Faltam testes

“Os municípios estão fazendo o trabalho de base, mas a falta de testes e resultados dificulta a ação. Muitas vezes um paciente pode ter Covid, mas não foi diagnosticado, então a família não é alvo das medidas de isolamento, por exemplo. Sem o resultado, não há toda a precaução que poderia haver no caso de ocorrências confirmadas”, explica Soraya Galdino, presidente da representação do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) na Paraíba e secretária municipal de Itabaiana, a 80 quilômetros da capital.

A falta desses dados dificulta inclusive a adoção de medidas de isolamento social para retardar a explosão do problema. “Lidamos com uma cultura populacional na qual as pessoas só se previnem quando têm um resultado confirmado”, lamenta Verônica Savatin, secretária de Saúde de Chapadão do Céu (GO), cidade com 10 mil habitantes.

Para ela os recursos, principalmente os testes, também devem ir para os municípios menores. “Tivemos uma guerra para dividir os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Claro que não dá para abandonar os grandes centros, mas o ministério poderia atentar um pouco mais para os municípios pequenos”, pondera.

Embora a ordem continue sendo a de enviar pacientes que necessitem de cuidados intensivos aos hospitais de referência das chamadas cidades polo, as redes regionais de saúde precisam ser reorganizadas tanto para atender a alta demanda quanto para realizar de forma segura as transferências. Em muitos municípios faltam UTIs móveis para transportar pacientes mais graves e também profissionais especializados para operá-las.

 

 

*Com informações do PT

 

Vídeo: Gilmar Mendes chama Bolsonaro de genocida e é passível de cassação

A chapa está esquentando cada vez mais para Bolsonaro.

Se Trump está sendo acusado pela revista Médica The Lancet de cometer um crime contra a humanidade por sua decisão de suspender o apoio financeiro à Organização Mundial de Saúde (OMS), em plena luta contra o Covid-19, Bolsonaro, seu sósia tropical, é detonado pelo Washington Post: “Líderes arriscam vidas ao minimizar o coronavírus. Bolsonaro é o pior. O novo vírus do coronavírus, que já infectou pelo menos 1,8 milhão de pessoas em 185 países, tornou-se um teste global da qualidade da governança. De longe, o caso mais grave de improbidade é o do presidente brasileiro Jair Bolsonaro.”

Aqui no Brasil, hoje, no STF Gilmar Mendes foi mais longe, chamou Bolsonaro de genocida e disse que, se um governador tomasse medidas contra a população, como faz Bolsonaro, o estado sofreria intervenção pelo governo federal.

“O presidente pode exonerar ministros, mas a Constituição não permite que ele adote políticas genocidas’, diz Gilmar Mendes

O Ministro voltou a dizer que, se Bolsonaro decidir revogar os decretos dos governadores que determinam o isolamento social, a medida deve ser derrubada pelo STF.

A fala foi proferida durante o julgamento da ADI 6.341, que questiona a MP 926/20, que redistribui poderes de polícia sanitária.

Neste julgamento, os ministros decidiram que Governadores e prefeitos podem estabelecer medidas contra pandemia.

E Trump?

Bom, agora Trump segue a linha bolsonarista, culpando o governo do Obama pelo colapso nos EUA devido ao COVID19.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Apoio a impeachment de Bolsonaro chega a 46%

Avaliação do governo Bolsonaro atinge pior marca e apoio a impeachment chega a 46%, diz Atlas Político.

Pesquisa do Atlas Político aponta ainda que 72% apoiam quarentena e que 76% são contra queda de Mandetta.

Pesquisa revelada pelo Atlas Político nesta quarta-feira (15) mostrou que o governo do presidente Jair Bolsonaro segue patinando em meio ao surto do novo coronavírus. O levantamento mostra uma piora nos índices de aprovação do governo e uma população dividida quanto a um possível impeachment do ex-capitão.

Entre fevereiro e abril, o percentual de pessoas que avaliam o governo como Ruim/Péssimo saltou de 38% para 43% – o maior desde o início do mandato de Bolsonaro. A avaliação positiva baixou 6 pontos: eram 29% que avaliavam o governo como Ótimo/Bom e agora são 23%.

Apenas 37,6% a aprovam o desempenho individual do presidente, enquanto 58,2% desaprovam. Além disso, a pesquisa mostra que 46,5% dos brasileiros já apoia o impeachment de Bolsonaro enquanto 43,7% rejeitam.

O Atlas Político perguntou ainda sobre uma possível demissão do ministro da Saúde Henrique Mandetta. 76,2% se posicionaram contra e apenas 13,7% disseram concordar. Além disso, 72,2% dos entrevistados disseram concordar com o isolamento social e 19,6% foram contra

 

 

*Lucas Rocha – Revista Forum

Derrota de Bolsonaro: STF decide que estados e municípios podem decretar isolamento social

Com isso, a tomada de decisões relativas ao coronavírus não pode ser exclusiva do Executivo. Decisão foi unânime.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (15/04), por unanimidade, que cabe também aos estados e municípios a determinação de medidas de prevenção contra a pandemia de coronavírus. Com isso, a centralização das prerrogativas de isolamento não pode ser exclusiva do Executivo. Os ministros Celso de Mello e Luís Roberto Barroso não votaram.

A ação foi ajuizada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra vários dispositivos da Medida Provisória (MP) nº 926, de 2020, que atribuiu ao presidente da República, Jair Bolsonaro, as decisões relacionadas a quarentena, interdição de locomoção e de serviços públicos e atividades essenciais.

No processo, o PDT alegou que a medida “esvazia a competência e a responsabilidade constitucional de estados e municípios para executar medidas sanitárias, epidemiológicas e administrativas relacionadas ao combate ao novo coronavírus”. O relator da ação, ministro Marco Aurélio, já havia deferido em parte a liminar.

Para o ministro, a redistribuição de atribuições feita pela MP não afasta a competência concorrente dos entes federativos, nem a tomada de providências normativas e administrativas pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.

 

 

*Com informações do Metrópoles