Mês: abril 2020

Ministro da Saúde Nelson Teich, falou como ministro da Indústria e Comércio em sua 1ª coletiva

Nelson Teich, falou como ministro da Indústria e Comércio ou coisa que o valha. Aquilo é tudo, até gerente de loja, menos ministro da saúde.

Terminou a coletiva sem dizer nada sobre um plano de combate ao coronavírus, nada. O que ele fez foi culpar os doentes pela paralisação da economia.

Combate à pandemia? Que pandemia?

O ministro da Saúde disse que pouco se sabe sobre a Covid-19 e, assim, não tem muito o que falar e fazer.

Sabe que o general Pazuello atuará na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde e mais não disse.

Bolsonaro trocou um ministro da Saúde por um ministro da doença. Grosso modo é isso que podemos falar.

Nelson Teich não se preocupou em mostrar um plano de ação digno de um Ministério da Saúde. Nada falou sobre a OMS, não traçou um fio qualquer entre sua gestão e a pandemia de coronavírus. Sua preocupação foi única e exclusivamente defender o fim da quarentena e afrontar os brasileiros, incluindo os médicos, enfermeiros e todos os profissionais da saúde que estão na linha de frente e sofrendo pesadamente com a expansão da Covid-19 no Brasil.

Ele ainda teve pachorra de fingir que Bolsonaro não foi cansativamente avisado que o sistema de saúde, entrando em colapso, afetaria todos outros pacientes portadores de outras doenças. Desonesto, Teich tentou usar esse argumento contra o coronavírus, melhor dizendo, quis fazer crer que a preocupação da imprensa e dos profissionais da saúde era apenas com a Covid-19 e não com o sistema que está a um passo de de entrar em colapso.

Ou seja, Bolsonaro arrumou um ministro da Saúde tão cínico quanto ele.

Mais 5 minutos e ele lançaria uma promoção nas lojas do Veio da Havan. Trocando em miúdos, em sua fajuta justificativa de que, sem dados objetivos sobre o vírus, nada pode ser feito, e para que o país fique imune à doença, demorará mais de um ano, a economia não poderia esperar e, portanto, todos devem voltar a trabalhar, mesmo correndo risco de vida.

Nelson Teich, com esse argumento estúpido, não oferece nenhuma escolha para a sociedade brasileira que não o cadafalso.

Resumindo, o ministro da Saúde tratou como algo banal os infectados, os doentes e os que foram a óbito pelo coronavírus, sem respeitar as vítimas e, muito menos seus familiares, comportando-se não como médico, menos ainda como ministro da Saúde, mas como um analista de negócios em que o pensamento que impera são as relações comerciais subordinadas à economia em nome da desgraça que se abate sobre o país.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

STF dá ganho de causa a Flavio Dino e determina entrega de 68 respiradores sequestrados por Bolsonaro

Bolsonaro, achando que o Brasil é o Rio das Pedras aonde a milícia ligada à sua família é a lei, acaba de ver o STF atender pedido do Maranhão contra governo federal e determina entrega de 68 respiradores ao estado do Maranhão.

Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, deu prazo de 48 horas para Bolsonaro cumprir a ordem.

A liminar foi dada em uma ação da gestão Flávio Dino (PC do B) contra o governo Bolsonaro, que tinha bloqueado a transação no mês passado.

A compra do material foi realizada em 19 de março. Cinco dias depois, em 24 de março, o Ministério da Saúde enviou um ofício para a empresa requisitando os respiradores produzidos para poder distribuir segundo seus critérios.

O bloqueio foi um dos problemas enfrentados pelo governo estadual para aquisição de equipamentos considerados fundamentais diante do avanço do coronavírus no local.

Após a transação ser interrompida, o Maranhão deu início a mais duas tentativas, comprando da China, mas foi atravessado pela Alemanha e pelos Estados Unidos.

Diante disso, deu origem a operação Etiópia-Maranhão, revelada pelo Painel, que agora virou alvo da Receita Federal.

Histórico

Em março, a gestão Flávio Dino (PC do B) reservou a compra de um lote de respiradores de uma fábrica de Santa Catarina, mas viu o governo federal bloquear a transação e distribuir os equipamentos segundo seus critérios.

Na sequência, reservou 150 respiradores na China, mas a Alemanha passou na frente, pagou mais e levou o pacote. Pouco depois, a frustração se repetiria, com os norte-americanos interferindo na negociação. No começo do mês, situação similar aconteceu com o governo baiano.

Com a ajuda de uma importadora maranhense, o governo estadual passou a negociar com uma empresa de Guangzhou, que enviou os respiradores para a Etiópia, com o objetivo de escapar do radar da Europa e dos EUA.

 

 

*Com informações da Folha

Bolsonaro não quer salvar a economia, quer salvar seu mandato

Desde a chegada do coronavírus no Brasil, Bolsonaro não fez nada para salvar a economia e, muito menos a população.

Agora quer abrir o comércio e colocar pequenos comerciantes e população em risco de morte, jogando todos à própria sorte.

É uma tacada macabra que vai custar milhares de vidas, na parte de dentro e de fora dos balcões.

Mesmo sendo proibido, um comerciante manteve seu bar funcionando com as portas fechadas, morreu contaminado por covid-19. Várias pessoas se contaminaram neste bar e contaminaram outras tantas, inclusive de suas famílias.

Se Bolsonaro desse suporte econômico para o dono do bar, certamente ele não abriria, mas, ao contrário, correu para entregar R$ 1,2 trilhão a banqueiros e deixou os comerciantes à míngua e ainda arrumou uma maneira de criminalizar as pessoas que têm direito aos míseros R$ 600 reais que o congresso impôs goela abaixo a Bolsonaro, que queria que fosse R$ 200. Benefício que está sendo pago de forma desorganizada e precária.

Por outro lado, o Globo mostra que UTIs de quatro hospitais públicos da região metropolitana de SP já atingiram a capacidade máxima de atendimento.

Pacientes relatam a dificuldade de conseguir atendimento. Por trás dos números de morte, ainda existe outra realidade, a dos médicos e de outros profissionais da saúde que lutam para salvar o máximo possível de pacientes e, com isso correm um enorme risco de contaminação. Mas não para aí.

O esgotamento de leitos para pacientes da Covid-19 ameaça também o tratamento e a vida de pessoas com outras doenças.

E o que faz Bolsonaro?

Diz que não vai comentar nada porque 70% da população vai se contaminar mesmo e não quer saber de falar sobre as vítimas fatais, porque não é coveiro.

É nítido que Bolsonaro quer lavar as mãos dizendo que está do lado de quem quer trabalhar, coisa que claramente não faz como presidente, como nunca fez durante seus 30 anos como deputado sem aprovar um único projeto.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Investigação do STF sobre atos pró-ditadura pode chegar em Bolsonaro, dizem ministros

O procurador-geral da República, Augusto Aras, não pediu inquérito contra o presidente.

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) acreditam que a investigação sobre protestos antidemocráticos pode chegar a Jair Bolsonaro ou a pessoas de seu círculo íntimo —ainda que o procurador-geral da República, Augusto Aras, não tenha pedido inquérito contra ele.

FIO

Magistrados acham que, se houve participação do presidente ou de seu círculo familiar na organização dos atos, dificilmente a Polícia Federal não conseguirá desvendá-la.

MUITO SINCERO 

A nota do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, dizendo que as Forças Armadas são “obedientes à Constituição”, não impressionou os meios jurídicos e políticos de Brasília. Ela só foi divulgada no fim da tarde de segunda (20), mais de 24 horas depois de Bolsonaro discursar em evento que pedia intervenção militar.

 

 

*Monica Bergamo/Folha

Ele não pode falar

Hospitais públicos já não conseguem contratar profissionais para UTIs

Brasil segue EUA e deixa de apoiar medida da ONU de cooperação contra o coronavírus.

Instituto de infecções dos EUA contraindica hidroxicloroquina e azitromicina para tratamento da Covid-19.

Coronavírus pode causar dano neurológico a médio e longo prazo, apontam estudos.

Prefeito de Manaus chora e diz que Bolsonaro tem de ser presidente de verdade.

Cemitérios do Rio aceleram construção de túmulos.

No Brasil, 22 milhões vivem em áreas vulneráveis ao coronavírus.

Locais enfrentam falta de estrutura e têm alto índice de doenças crônicas, condição de risco para contrair Covid-19

Presídio da Papuda, no Distrito Federal, tem cem infectados, diz Secretaria de Saúde.

Estas são somente algumas manchetes sobre o coronavírus no Brasil que estão estampadas nos maiores jornais do país.

Diante de tantas questões, Bolsonaro proibiu o ministro da Saúde de dar qualquer declaração.

É como se o Brasil estivesse vendendo saúde em que uma declaração do ministro dessa pasta não despertasse qualquer interesse na população e nas próprias instituições do Estado.

O Jornal Nacional nesta terça-feira (21), criticou o novo ministro da Saúde por não falar com a imprensa.

E se a Globo reclama a falta de informações a respeito do plano de ação do novo ministro da Saúde contra a pandemia de covid-19, nós brasileiros nos sentimos mais órfãos e mais à deriva nas mãos de Bolsonaro que, por sua  vez, não esconde de ninguém que quer controlar os passos e a boca de seu novo ministro, colocando o general Eduardo Pazuello para fazer marcação homem a homem em todo o campo e ainda tagarela que, agora, não haverá mais traição. Ou seja, o ministro terá que, antes de dar qualquer declaração, passar pela censura imposta por Bolsonaro via seu cão de guarda fardado.

Bonner criticou o governo Bolsonaro dizendo que foi uma decisão do ministro de não conversar com os jornalistas desde a sua posse.

“Essas entrevistas são importantes para que os brasileiros, o País possa acompanhar a situação da covid-19, as providências que estão sendo tomadas para enfrentá-las e os problemas que precisam ser ultrapassados”, disse Bonner.

O que Bonner não disse mas sabe é que o novo ministro não pode falar porque se falar o que Bolsonaro quer dele, o mundo desaba na cabeça de Bolsonaro.

Por isso após quatro dias de trabalho, Teich ainda não revelou seu plano de combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

E não revelou porque esse plano não existe e nem existirá.

Bolsonaro não quer saber de plano para combater o coronavírus, mas um de combater a quarentena, o isolamento social que ele julga atrapalhar os negócios dos empresários que ainda o apoiam.

O pavor de ser contestado sobre declarações e atitudes de Bolsonaro, frontalmente contrárias às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), pode explicar seu medo da imprensa e, pelo jeito, aqueles boletins diários feitos por Mandetta, agora, é coisa do passado.

Bolsonaro quer esconder o coronavírus, mas sobretudo o número de infectados e o de vítimas fatais. Isso está escancarado.

Não quer divulgar porque sabe que isso prejudica os comerciantes, afugentando as pessoas das ruas e, consequentemente das lojas.

É uma atitude macabra de Bolsonaro e também de Nelson Teich, o que demonstra que o novo ministro da Saúde é totalmente submisso às vontades de um presidente genocida.

Quanto isso vai custar em vidas? Somente o tempo dirá. Mas custará muitas e, se a sociedade não reagir a essa bandalha, as consequências serão muito mais trágicas do que se imagina.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Liquidação total em Brasília: Bolsonaro promove o maior toma lá da cá da história da república

Bolsonaro chamou para conversar no pé de orelha os presidentes do DEM, ACM Neto, e do MDB, Baleia Rossi.

Siglas como PP, Republicanos, PSD e PL também participarão da farra dos cargos no governo em que Bolsonaro tentará formar uma base de sustentação no Congresso.

Como é que é mesmo aquele discurso de três dias atrás em Brasília que Bolsonaro fez de cima da caminhonete para o gado do AI-5 que queria fechar o STF e o Congresso?

“Não quero negociar com ninguém!”

“Chega de patifaria!”

Bolsonaro só se esqueceu de combinar com os patifes que agora ele compra com cargos para se tornarem aliados.

Aí o gado pira.

É a velha política que ele tanto fingia combater, mas que praticou durante três décadas no Congresso.

A “Nova política” de Bolsonaro é tão nova quanto sua incapacidade de produzir algo de útil para o país.

Bolsonaro, que já se reuniu até com os ex-presidiários Valdemar Costa Neto e Roberto Jefferson, fechando aliança com os dois, agora vai de braços abertos e sorriso de orelha a orelha para o submundo do baixo clero.

Haja passada de pano para os bolsominions.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Bolsonaro não é coveiro, é assassino. Os coveiros enterram quem Bolsonaro está matando

Morre, aos 32 anos, médico que atuava na linha de frente do combate à Covid-19 em São Paulo.

Jovem intensivista, que trabalhava na Zona Leste e no ABC paulista, foi atendido no Emílio Ribas em estado grave, mas não resistiu.

Nos comentários da matéria sobre a morte do médico, no twitter do Globo, uma falange de negacionistas ataca o Globo e afirma que é fake news.

A ordem do gabinete do ódio, de Carluxo e Eduardo Bolsonaro, é negar 10 mortes para cada pessoa que morre de coronavírus.

O bolsonarismo é um vírus que nasceu no PSDB, sofreu mutação no PSL com Bolsonaro, ficou mais agressivo e se transformou numa falange miliciana e genocida.

O gado “anticomunista” foi tão adestrado pela Globo que chega a jurar que é contra ela.

Bolsonaro sabe disso e, por conseguinte, conta com essa estupidez coletiva para incentivar mais mortes de pacientes e de profissionais da saúde, dando cabo do isolamento social, assim como deu cabo de Mandetta do Ministério da Saúde por obedecer às orientações da OMS.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, desesperado, chora com o caos provocado pela pandemia na cidade e critica Bolsonaro.

Manaus tem, até o momento, 1.664 casos de contaminação pelo coronavírus, além de 156 óbitos e o sistema de saúde praticamente entrou em colapso.

No domingo (19), 17% das 122 pessoas enterradas na cidade morreram em suas próprias casas.

Na segunda (20), a taxa subiu para 36% dos 106 mortos, segundo a Folha de S.Paulo que ouviu o prefeito.

A Prefeitura já faz valas comuns em cemitério para enterrar as vítimas.

Mas, como disse Bolsonaro, ele não é coveiro e, quanto a isso, está correto. Ele é assassino.

Os coveiros, correndo risco de vida, enterram quem Bolsonaro está matando.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Moraes, STF, atende pedido de Aras e inquérito será aberto para investigar atos pró-golpe

No domingo, Bolsonaro participou de manifestação com pedidos de golpe militar por seus apoiadores.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de inquérito para investigar as manifestações realizadas no último domingo (19). O pedido de investigação foi feito na segunda-feira (20) pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

O objetivo de Aras é apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional por “atos contra o regime da democracia brasileira por vários cidadãos, inclusive deputados federais, o que justifica a competência do STF”.

“O Estado brasileiro admite única ideologia que é a do regime da democracia participativa. Qualquer atentado à democracia afronta a Constituição e a Lei de Segurança Nacional”, afirmou o procurador-geral, sem citar o presidente Jair Bolsonaro, que também participou de ato em Brasília.

Interlocutores do procurador-geral afirmam que, inicialmente, Bolsonaro não será investigado. Eles alertam, porém, que, caso sejam encontrados indícios de que o chefe do Executivo ajudou a organizar as manifestações, ele pode vir a ser alvo do inquérito.

A Lei de Segurança Nacional a que se refere o procurador-geral foi sancionada em 1983 e tipifica crimes que podem ser cometidos contra a ordem política e social. A legislação prevê crimes que lesam a “integridade territorial e a soberania nacional”; o regime representativo democrático”; e “a pessoa dos chefes dos Poderes da União”.

Entre as penas, há a previsão de 3 a 15 anos de prisão para quem tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, o “regime vigente ou o Estado de Direito”. A lei também estabelece 1 a 5 anos de reclusão para quem integrar qualquer “agrupamento que tenha por objetivo a mudança do regime vigente por meios violentos ou com emprego de grave ameaça”. ​

Em sua decisão, segundo nota divulgada pelo tribunal, Moraes cita a Constituição e salienta que, como descrito pelo PGR, “revela-se gravíssimo, pois atentatório ao Estado Democrático de Direito brasileiro e suas Instituições republicanas”.

“São inconstitucionais, e não se confundem com a liberdade de expressão, as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático”, afirma o ministro do Supremo.

Crimes previstos na Lei de Segurança Nacional

  • Artigo 17: Tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de Direito.”
  • Pena prevista: de 3 a 15 anos de prisão
  • Artigo 23, incisos I, II e III: Incitar à subversão da ordem política ou social; à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis; à luta com violência entre as classes sociais.”
  • Pena prevista: de 1 a 4 anos de prisão

“Também ofendem os princípios constitucionais aquelas que pretendam destruí-lo, juntamente com instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito aos direitos fundamentais. Em suma, pleiteando a tirania”, completa Moraes.

Ainda de acordo com a decisão de Moraes, a investigação irá apurar a “existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação que visam lesar ou expor a perigo de lesão os direitos fundamentais, a independência dos Poderes instituídos e ao estado democrático de direito, trazendo como consequência o nefasto manto do arbítrio e da ditadura”.

Neste domingo, em cima da caçamba de uma caminhonete, diante do quartel-general do Exército e se dirigindo a uma aglomeração de apoiadores pró-intervenção militar no Brasil, Bolsonaro afirmou que “acabou a época da patifaria” e gritou palavras de ordem como “agora é o povo no poder” e “não queremos negociar nada”.

“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, declarou o presidente, que participou pelo segundo dia seguido de manifestação em Brasília, provocando aglomerações em meio à pandemia do coronavírus. “Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.”

Já nesta segunda-feira, o presidente procurou mudar o tom. “Peguem o meu discurso. Não falei nada contra qualquer outro Poder. Muito pelo contrário. Queremos voltar ao trabalho, o povo quer isso. Estavam lá saudando o Exército brasileiro. É isso, mais nada. Fora isso é invencionice, tentativa de incendiar a nação que ainda está dentro da normalidade”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro se mostrou bastante incomodado com as críticas que recebeu por ter participado de ato no domingo de apoiadores pró-intervenção militar, com faixas com pedidos de golpe, gritos contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal e pressão pelo fim do isolamento social recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) contra a pandemia.

A fala de Bolsonaro e sua participação no ato de domingo em Brasília, no Dia do Exército, provocou outras fortes reações no mundo jurídico e político.

 

 

*Da Folha

 

Vídeo: Nelson Teich, o Moro de jaleco branco

Já deu pra notar que o novo ministro da Saúde é um Moro de jaleco branco.

Na primeira reunião do novo ministro da saúde com governadores, o que foi dito por eles?

Segundo reportagem da Folha, “os governadores falaram mais de uma vez sobre a importância de medidas de isolamento, mas Teich não comentou, nem para concordar nem para se opor.”

Ou seja, o novo ministro da saúde não deu uma coletiva em plena expansão da pandemia de coronavírus no Brasil e também seguiu mudo na reunião com os governadores.

O que isso quer dizer?

Que Bolsonaro não só tirou Mandetta por respeitar os protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde), mas para colocar em seu lugar um boneco mudo. Alguém que só fale, como um boneco de ventríloquo, estritamente o que Bolsonaro quer que ele fale.

Por isso, Teich, mais não dirá porque foi chamado para se calar sobre a pandemia.

Quem fala agora é só Bolsonaro. Como ele diz que não é coveiro para falar das vítimas fatais do coronavírus, ele falará somente o que interessa a seus apoiadores, sobretudo os do baixo clero do comércio que foram às ruas pelo fim do isolamento social e a favor do AI-5 para fechar o congresso e STF, já que, entre outras questões, estes são a favor do isolamento.

São comerciantes que só sabem fazer duas operações nas suas maquininhas de calcular de balcão, as operações de mais e de menos. Passou disso, complica e a caixola bate biela.

É desse tipo de “empresário” que tem a mesma mentalidade dos que sustentam as milícias nas zonas Norte e Oeste do Rio que Bolsonaro se alimenta há décadas, tendo Queiroz como gerente.

Assim, já tem um ministro da Justiça que é capanga de milícia, agora tem o médico que não diz sim e nem não. Não diz nada e se cala diante de qualquer pergunta para não se comprometer e o patrão de Rio das Pedras.

Na verdade, foi o próprio Bolsonaro que deu como exemplo o comércio de Rio das Pedras e Muzema, controlados pela milícia como grande exemplo de desobediência ao isolamento. Portanto, não é sem querer que essa região controlada pelo clã no Rio é o epicentro do coronavírus carioca.

Agora, é só juntar os fios para entender pra onde Bolsonaro quer levar o Brasil.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Está claro que a mudança de ministro da saúde fez do Brasil um país infinitamente mais perigoso

Bolsonaro arrumou um ministro mudo que não dirige uma palavra sequer à população e nem aos governadores do país.

Sem boletim diário, ninguém tem informação sobre a real situação da Covid-19 no Brasil, tudo passa a ser especulação. Os brasileiros vão relaxando, o comércio reabrindo, as pessoas se infectando, os hospitais entrando em colapso e, com isso, as mortes aumentando, inclusive de profissionais da área da saúde e a pandemia perdendo o controle e se multiplicando muito mais rápido e matando muito mais pessoas.

Quem não viu isso, só pode estar cego.

Para o governo, basta obrigar a população a usar máscara para ir às compras, pronto, está transferida para ela toda a responsabilidade de contaminação.

Com a reabertura do comércio, Bolsonaro conseguirá o que tanto sonhou, o colapso no sistema de saúde.

Muita gente vai morrer sem atendimento, principalmente os idosos, já que, na falta de respiradores, entre o um idoso e um jovem, a preferência é do segundo, pois tem mais chance de vencer a doença.

Bolsonaro criou a pantomima do AI-5 para desviar o foco do crescimento exponencial do coronavírus no Brasil.

Bolsonaro é um golpista que mia como diz a Folha. Ela só se esqueceu de dizer que ele ataca pelas costas e mata friamente.

Não se enganem, com a reabertura do comércio, as lojas se transformarão em bombas biológicas do coronavírus que explodirão nas cidades.

Só quem não conhece minimamente a cabeça da maioria dos comerciantes que só tem dois neurônios, o que compra e o que vende, para acreditar em reabertura gradual.

Preparem-se para um festival de liquidação, aglomeração e uma velocidade assustadora de novos casos de infectados e mortos pelo coronavírus.

Uma coisa é a carta de intenções da Fiesp, outra, são as práticas do comércio de cada cidade, sobretudo agora que o Ministério da Saúde acabou com as coletivas diárias para a população não ter informação sobre a pandemia e ir às compras como se nada estivesse acontecendo.

Aguardem o tamanho do monstro que vem aí.

Na indústria e no comércio não há a menor preocupação sobre o número de pessoas que vão morrer com a reabertura das lojas, o que já está ocorrendo.

A preocupação deles é o lucro, o caixa, nem que, para isso, morra abraçada com seu dinheiro. É a doença da avareza e da ganância em parceria com o coronavírus e Bolsonaro.

Não importa mais o que médicos e infectologistas digam daqui por diante. Bolsonaro deu autoridade sanitária aos presidentes do CDL (Clube dos Diretores Lojistas).

Por que Bolsonaro trocou o ministro da Saúde?

Agora os boletins não serão feitos baseados na OMS, mas no CDL de cada cidade.

Trocando em miúdos, no dia das mães, vá a uma loja do Veio da Havan e compre uma covide-19 pra ela. Detalhe fundamental, não se esqueça da coroa de flores.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas