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Bolsonaro precisa decidir se o Brasil é cristofóbico ou é cristão conservador, os dois não dá

Em clara demagogia a sua base eleitoral evangélica, Bolsonaro chutou a constituição que afirma que o Brasil é um estado laico e sapecou: “Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”. Ele, que foi o primeiro a discursar no encontro anual internacional. A cristofobia seria perseguição moral e até física contra os cristãos.

Sem dizer o que é e para quem serve essa tal cristofobia a que se referiu, já que os evangélicos são hoje uma das principais forças políticas do país e sua bancada representa mais de 21% da Câmara dos Deputados.

No encerramento do discurso, o presidente afirmou que o “Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base e desejou que “Deus abençoe a todos!”.

Já sobre a ocorrência de intolerância religiosa que, com frequência, atinge praticantes de religiões afro-brasileiras, com agressões e destruições de templos de umbanda e candomblé, o genocida de nada falou.

Para piorar, Bolsonaro, em discurso nonsense depois de denunciar a tal cristofobia, afirmou que “o Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base”.

De família, a tirar pela sua, encrencada com a justiça por representar uma organização criminosa envolvida com a nata da milícia carioca, dizer que é sua base, disso ninguém duvida.

A foto em destaque de Bolsonaro sendo batizado no Rio Jordão pelo pastor Everaldo, preso por corrupção, mostra bem a que tipo de religião “cristã” ele se referiu em seu discurso para a ONU.

 

*Da redação

 

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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