Mês: setembro 2020

Bolsonaro cria o Bolsa Cidadã tirando recursos da educação e do Bolsa Família

O Renda Cidadã, o novo programa social do governo, será financiado com o dinheiro reservado no Orçamento para o pagamento de precatórios e recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o principal mecanismo de financiamento da educação.

A proposta do novo programa social, anunciada pouco mais de dez dias depois de o presidente Jair Bolsonaro ter dito que continuaria com o Bolsa Família até 2022, não foi bem recebida no Congresso, que vê uma espécie de calote por parte do governo.

O anúncio foi feito durante reunião do presidente Jair Bolsonaro, líderes do governo, partidos e o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira, 28.

O programa será incluído na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, segundo informou o relator, senador Márcio Bittar (MDB-AC). Bittar informou que a proposta usa parte dos recursos dos precatórios para financiar o Renda Cidadã. A proposta fixa 2% da receita corrente líquida para pagar os precatórios. O montante que sobrar nessa conta, limitado a R$ 55 bilhões, será destinado ao programa social.“O que sobrar vai para o Renda Cidadã”, disse.

Os precatórios são valores devidos a pessoas físicas ou jurídicas após sentença definitiva na Justiça. Ou seja, o governo vai destinar um valor menor para quitar suas dívidas com empresas e pessoas físicas, o que deve tornar a espera por esses pagamentos ainda maior. A proposta não foi bem recebida no Congresso, que vê uma espécie de calote por parte do governo.

O Estadão apurou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não gostou da ideia do governo de financiar o Renda Cidadã com recursos destinados ao pagamento de precatórios porque a medida ser considerada como calote. Ele também criticou o uso do dinheiro do Fundeb, que fica fora do teto de gastos, para abastecer o novo programa.

O relator informou que até 5% do novo recurso para o Fundeb será deslocada para que beneficiários do programa mantenham seus filhos na escola, mas não deu detalhes. Essa ideia já foi proposta pela equipe econômica na época de votação do novo Fundeb, mas foi vetada pelo Congresso.

Bittar já tinha dito ao Estadão que o novo programa social deve ter cerca de R$ 30 bilhões a mais do que o Bolsa Família. O Bolsa Família atende atualmente a 14,28 milhões de famílias no Brasil. O Orçamento para 2021 está previsto em R$ 34,9 bilhões. Ou seja, com a reformulação, o valor gasto pela União pode passar dos R$ 60 bilhões no próximo ano. O parlamentar não deu outros detalhes sobre o Renda Cidadã, como o valor do benefício ou quando deverá começar a ser pago.
Bruno Dantas, do TCU, critica modelo de financiamento do novo programa

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, criticou as duas formas de financiamento propostas pelo governo. Para ele, usar dinheiro reservado para o pagamento de precatórios “parece truque para esconder fuga do teto de gastos” ao reduzir a despesa primária de “forma artificial” porque a dívida não desaparece, apenas é rolada para o ano seguinte. “Em vez do teto estimular economia de dinheiro, estimulou a criatividade”, criticou no Twitter.

Dantas também criticou a manobra para o uso do dinheiro do Fundeb, cujas novas regras foram aprovadas pelo Congresso este ano, para burlar o teto de gastos, a regra constitucional que proíbe o crescimento das despesas acima da inflação. “Inflar o Fundeb para, em seguida, dele tirar 5% para financiar outro programa, é rigorosamente o mesmo que inserir mais uma exceção no parágrafo 6º do art. 107 (que criou o teto de gastos). Por que não fazê-lo às claras?”, escreveu.

Já o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que o novo programa social Renda Cidadã não vai furar o teto de gastos. “Chegamos à conclusão neste momento que teremos a apresentação do Renda Cidadã, dentro do teto de gastos, para atender os milhões de brasileiros que recebem o auxílio emergencial”, disse o deputado.

Nos últimos meses, o governo vem debatendo a criação de um novo programa social para substituir o Bolsa Família e abarcar parte dos atuais beneficiários do auxílio emergencial, criado para ajudar trabalhadores informais afetados pela crise da pandemia do coronavírus.

Inicialmente, o programa se chamaria Renda Brasil. Bolsonaro planejava que o benefício tivesse valor de R$ 300. Integrantes da equipe econômica disseram que, para chegar nessa cifra, deveriam ser feitos cortes em outros benefícios sociais, o que desagradou Bolsonaro. No dia 15 de setembro, o presidente chegou a dizer que estava proibido de se falar de Renda Brasil no governo.

Com o Renda Cidadã, Bolsonaro tem buscado sustentar seu recente aumento de popularidade na esteira do auxílio emergencial criado na pandemia da covid-19.

No anúncio do novo programa social, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a proposta do governo foi feita com a busca da “verdade orçamentária”. Segundo Guedes, o Brasil é sério e se comporta dentro da responsabilidade fiscal. Sem falar na proposta em nenhum momento (o anúncio coube ao senado Marcio Bittar (MDB-AC)), Guedes quis passar recado de que o novo programa respeita o teto e a sustentabilidade fiscal. Para ele, são dois princípios “reconfortantes” que foram definidos na reunião do presidente Jair Bolsonaro com líderes do governo, partidos e ministros.

“O Brasil é um País sério, que se comporta dentro da responsabilidade fiscal, dentro dos orçamentos públicos e estamos buscando soluções dentro dessa verdade orçamentária” afirmou. Ele destacou que a proposta é uma passo inicial para a classe política retomar o controle sobre os orçamentos públicos. “O dinheiro do Brasil estava todo carimbado. Vamos começar agora progressivamente a reavaliar o uso dos recursos”.

O ministro disse que tem a proposta do programa social praticamente pronta. Mas, agora, ressaltou, é a política que dá o “timimg”. “A economia está voltando aos trilhos com uma novidade é que tem eixo político rodando”, disse.
Reforma tributária não tem acordo e nova CPMF fica em banho-maria

Promessa da equipe econômica para impulsionar a geração de empregos no pós-pandemia, a desoneração da folha de pagamento para as empresas ficou para um segundo momento diante da falta de um acordo entre governo e Congresso Nacional.

“Ainda não houve acordo para a reforma tributária, mas continuaremos trabalhando”, disse Barros.

Segundo o ministro Paulo Guedes, o governo está “ultimando” a proposta, mas ressaltou que “a política dá o timing”. Ele não detalhou qual impasse travou o avanço da reforma tributária, mas sinalizou que a desoneração é o principal ponto em aberto.

“Do ponto de vista político, continuamos estudando este capítulo particularmente (desoneração da folha)”, afirmou.

Para conseguir aliviar os encargos pagos pelas empresas sobre a folha, o governo precisa compensar a perda de arrecadação, superior a R$ 100 bilhões. Guedes defende a criação de um novo imposto sobre transações, nos moldes da antiga CPMF, mas há opositores a essa iniciativa no Congresso.

O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já declarou abertamente ser contra à criação do novo imposto. Nos últimos dias, lideranças têm buscado Maia na tentativa de abrir caminho para que a proposta seja ao menos discutida e pautada dentro do Parlamento.

Havia a expectativa de que o próximo capítulo da reforma tributária, com a desoneração da folha, fosse anunciado nesta segunda, mas faltou consenso.

Além do “timing político” citado por Guedes, técnicos vinham discutindo nos últimos dias aspectos técnicos da proposta. Como mostrou o Estadão/Broadcast, há um consenso sobre desonerar as empresas de tributos sobre os salários de quem ganha até um piso (hoje em R$ 1.045), mas acima disso, há duas opções: cortar a alíquota dos atuais 20% para 15% (uma desoneração “vertical”) ou isentar a contribuição sobre a folha até o limite individual de um salário mínimo para cada trabalhador, mesmo que ele ganhe mais que isso (desoneração “horizontal”).

Segundo técnicos ouvidos pela reportagem, a desoneração vertical é a preferida por setores que têm mão de obra mais qualificada e, por isso, maiores salários. Assim, eles conseguem individualmente ter um alívio maior em sua carga tributária. Para o governo, de acordo com lideranças, a renúncia não muda de um modelo para o outro e fica pouco acima de R$ 100 bilhões.

 

*Com informações do Estadão

 

 

Ricardo Salles, descaradamente, passa a boiada com o aval de Bolsonaro

Com aval de Jair Bolsonaro, o ministro Ricardo Salles pretende passar uma mega boiada nesta segunda-feira (28), durante reunião do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O objetivo é acelerar ainda mais o ritmo da destruição ambiental no país em novo agrado ao agronegócio e ao setor imobiliário.

Para isso, Salles colocou em pauta uma minuta de resolução que revoga três resoluções do Conama. Trata-se da Resolução nº 284, de 30 agosto de 2001, que estabelece regras para o licenciamento de empreendimentos de irrigação; da Resolução nº 302, de 20 de fevereiro de 2002, sobre parâmetros, definições e limites de áreas de preservação permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno.

E a de nº 303, de 13 de maio de 2002, que cria parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. A Advocacia-Geral da União deu parecer favorável à proposta.

Boiada pró-ruralistas

A revogação da primeira resolução é demanda da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). No final de 2019, a comissão de irrigação da entidade anunciou que a trabalharia pela derrubada de regras para a irrigação em 2020.

Para os ruralistas, não há embasamento técnico/legal da promulgação desta resolução (284), já que “a irrigação não é um estabelecimento ou atividade, mas apenas uma tecnologia utilizada pela agricultura para o fornecimento de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo”. Alinhado com os interesses do setor, o governo trabalha pela revogação. Tanto que no final de julho já tinha parecer favorável.

Amigos de Salles

A revogação da Resolução nº 302 interessa diretamente a imobiliárias e proprietários de terrenos às margens de represas, já que dita parâmetros complementares à legislação que impede intervenções urbanísticas nessas áreas de proteção ambiental.

É o caso de rancheiros da Ilha Solteira, no rio Paraná, próxima à divisa dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que ocupam áreas lindeiras ao reservatório da Usina Hidrelétrica. Ou seja, áreas que cercam uma área protegida até determinada distância. O Ibama chegou a multar proprietários por intervenções não autorizadas, que inclusive impediam a regeneração dessas áreas que deveriam ser protegidas.

Outro afago ao setor é a extinção da Resolução nº 303, que definia limites de áreas de preservação permanente para a vegetação rasteira nas regiões costeiras, como aquelas que protegem os manguezais.

A pressa de Salles com a boiada é tanta que a nova resolução, se for aprovada, entra em vigor na data da publicação no Diário Oficial.

A pauta nefasta ao meio ambiente inclui ainda a autorização para a queima de poluentes orgânicos persistentes, como resíduos de agrotóxicos, em fornos de produção de clinquer, o principal insumo para indústria de cimento.

 

*Com informações do Brasil de Fato

 

A gana de Marcelo Bretas pela vaga no STF

Aliados em comum de Jair Bolsonaro e Marcelo Bretas intensificaram nos últimos dias o lobby para que o presidente indique o juiz federal para a vaga do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF).

Essa articulação aumentou principalmente após o decano da corte anunciar, na última sexta-feira (25), que antecipará sua aposentadoria de 1º de novembro para 13 de outubro deste ano.

Aliados em comum de Bretas e Bolsonaro tentam articular um encontro entre o magistrado e o presidente para as próximas duas semanas. O movimento inclui senadores e auxiliares presidenciais.

O nome de Bretas agrada lideranças evangélicas – o magistrado é evangélico – e a alguns integrantes do clã Bolsonaro. Nas últimas semanas, o juiz foi punido por participar de eventos políticos ao lado do presidente.

Em julho de 2019, Bolsonaro afirmou que indicaria um ministro “terrivelmente evangélico” para uma vaga no Supremo. “Poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal [STF]. Um deles será terrivelmente evangélico”, disse.

 

*Com informações da CNN

 

Com manchetes sobre Mandetta, Bia Kicis, Mamãe Falei e FHC, burguesia brasileira mostra o preço de sua falência cultural

No auge do golpe, Dilma foi certeira quando disse que o país atravessava uma crise cultural, o que proporcionou a sua queda.

Ali, perdeu-se qualquer traço civilizatório que fizesse lembrar que o Brasil tinha instituições.

O insistente bordão dos comentaristas da Globo de que “as instituições estavam funcionando” era um aviso claro de que, para derrubar os mais de 54 milhões de votos que Dilma obteve nas urnas, as instituições não poderiam ficar de pé, como não ficaram.

O resultado está aí e se chama Bolsonaro, que não há mais classificação que dê conta de suas atrocidades cotidianas.

Mas como, hoje, não se tem qualquer resquício de base institucional que foi moída para se chegar à condenação, prisão e suspensão dos direitos políticos de Lula e, assim, eleger Bolsonaro, via Lava Jato de Moro, o Brasil não tem caminho de volta, tudo o que acontecer daqui por diante, será uma reconstrução, um novo pacto civilizatório, uma outra coisa rigorosamente inversa a isso que não tem classificação.

Chamam Bolsonaro de conservador, extrema direita ou coisa que o valha, mas o que está claro é que ele representa a chegada pura e simples da contravenção ao poder. Por isso ele joga nessa falsa guerra ideológica a maior quantidade de fumaça para que o ponto nevrálgico de sua biografia ligada à milícia não esteja na capa da imprensa. Imprensa, diga-se de passagem, que foi sócia de sua candidatura por não conseguir controlar o próprio ódio pelas derrotas consecutivas para o PT, mostrando mais uma vez que Dilma tinha razão, pois este é outro sinal da falência cultural da burguesia brasileira.

Hoje, não se sabe mais aonde começa o Mamãe Falei e termina FHC, fora da cronologia que abre o noticiário do dia com o mau-caratismo despudorado de um deputado do MBL, Arthur do Val, (o Mamãe Falei) e termina-se o dia com a inacreditável Vera Magalhães, do Estadão, tentando ressuscitar a múmia de FHC no programa Roda Viva que a deslumbrada tardia comanda.

Tudo isso, junto e misturado, deu no que deu.

A Folha de São Paulo estampa uma manchete lapidar que mostra aonde tudo isso levou o Brasil: “Em 1 ano na PGR, Aras move uma ação contra Bolsonaro e se alinha ao governo mais de 30 vezes”.

Fim.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

O problema dessa direita provinciana, não é Paulo Freire, é o Brasil

O problema dessa direita provinciana, não é Paulo Freire, é o Brasil. Americanófila acha que engana a quem vestindo camisa da seleção?

Ana Paula do vôlei, é a clássica provinciana deslumbrada desse bolsonarismo tosco.

Como mora nos EUA, sua apresentação no twitter é toda em inglês: “Brazilian.Former Pro-volleyball. 4 Olympics, Olympic Medalist. American IntArchitect/Poli Sci/UCLA. Mother. Wife. Dog lover. Sports&Politics Columnist.”

Detalhe: só quem lê e comenta em seu twitter, é brasileiro.

Essa gente detesta Pixinguinha, Villa Lobos, Tom Jobim, Chico Buarque, Canhoto da Paraíba, João Pernambuco, Garoto, porque detesta a música brasileira, assim como detesta o samba, o carnaval e as manifestações espontâneas do povo brasileiro. Todos são comunistas para os imbeciloides, patriotas, antinacionais.

Essa horda é da mesma ninhada dos que, durante a Semana de Arte Moderna de 1922, por ser genuinamente brasileira, vaiaram tudo o que viram e ouviram, tanto que mereceu de Mário de Andrade o poema “Ode ao Burguês” publicado em seu livro “Pauliceia Desvairada”.

Muito pior, essa gente acha que “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”, Mário de Andrade se referia à índole moral do personagem central e não ao seu descompromisso com características culturais predefinidas.

Por que essa direita é tão tapada quando o assunto é Brasil? Porque tem a cabeça colonizada e sempre teve nojo do povo, além de sonhar ser europeia ou norte-americana.

Essa gente não ama por acaso a cavalgadura de Olavo de Carvalho, que é um charlatão que vive pregando mentiras e falando palavrões para disfarçar a importância nenhuma que ele sempre teve para o Brasil como “intelectual”, porque é um monumento de estupidez.

Essa gente detesta Darcy Ribeiro, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Sergio Buarque, Florestan Fernandes, Milton Santos e todos os poetas que tiveram o Brasil e seu povo como inspiração, assim como detestam Portinari, Di Cavalcante, Tarsila do Amaral, Ariano Suassuna, Glauber Rocha, Patativa do Assaré.

Essa gente aplaude de pé Bolsonaro acabar com a pesquisa e a ciência brasileiras, perseguir as universidades públicas. Essa gente detesta negros, índios e caboclos, a quem Bolsonaro culpa pelos incêndios criminosos na Amazônia e no Pantanal e, por isso, é defenestrado no mundo inteiro. Um genocida que, não satisfeito em matar mais de 140 mil brasileiros com seu negacionismo, em submissão ao mercado, manda incendiar as nossas principais florestas para atender todo o tipo de pilantra que quer de alguma forma explorar aquelas terras sagradas.

Essa é a direita brasileira que nem balbuciar o hino nacional consegue e não tem a mínima ideia de quem foi Paulo Freire, pois não sabe nem de si, de onde veio, aonde está e para onde vai, vai saber alguma coisa de um dos nossos maiores intelectuais?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Vídeo – A vergonhosa mídia de aluguel: Caio Coppola, da CNN, idolatra Bolsonaro e recebe de volta agradecimento público

Como a vida não está nada fácil para a grande maior parte dos brasileiros, muitos “jornalistas” se viram como podem, no caso de Caio Coppolla, Alexandre Garcia, Lacombe, Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, dentre outros, nada como viver de aluguel do governo Bolsonaro.

O comentarista da CNN Caio Coppola fez um discurso digno de idólatra em defesa de Jair Bolsonaro nesta semana ao comentar as últimas pesquisas de avaliação de governo. Neste domingo (27), recebeu o prêmio: um retuíte do presidente do vídeo com sua fala.

Coppola atribui o apoio de Bolsonaro às críticas feitas a ele na imprensa. De acordo com sua tese, o presidente “sobe” nas pesquisas porque, de tanto ser criticado, passa a ser visto como vítima pela opinião pública.

“As elites estão conseguindo transformar um dos homens mais poderosos do Brasil em uma vítima, porque a tendência natural das pessoas é ter empatia com quem é atacado todo o tempo”, afirma, rebatendo uma série de críticas feitas a Bolsonaro.

 

*Com informações do 247

 

Vídeo: No Leblon, arquiteta joga garrafa em mulheres que se beijaram em público e levará um processo

A arquiteta Aline Araújo se revoltou na noite deste sábado (26) com duas mulheres se beijando enquanto passavam num carro conversível no Leblon, no Rio de Janeiro, e jogou uma garrafa na dupla. O carro era conduzido por um homem.

Em vídeo postado depois em suas redes sociais, Aline definiu a cena como “pornô ao ar livre”, argumentou que havia duas crianças em sua mesa e disse que as mulheres, que vestiam biquíni, eram “moças da vida” e “drogadas”. Ela deletou o vídeo.

Depois de ter jogado uma garrafa no carro, Aline foi agredida por uma das mulheres, que havia sido atingida pelo objeto. Um homem sentado próximo à arquiteta se levantou e foi revidar contra a mulher que entrou no carro.

Segundo o jornal Extra, as mulheres atacadas vão processar a agressora. Em seu perfil no Instagram, Priscilla Dornelles, que estava no banco da frente do Peugeot, afirmou que está sendo ofendida pela arquiteta.

“Ela está querendo nos difamar. Saímos de uma festa na lancha, na praia, e resolvemos dar uma volta de biquíni mesmo para curtir. Mas uma recalcada simplesmente não gostou do que viu, não sei o que incomodou tanto ela, porque estávamos somente nos divertindo. Eu acho que difamação é um crime muito sério. Só pra avisar que vai ter processo sim”, disse. Segundo o DCM, Aline Araújo é bolsonarista e antipetista.

 

*Com informações do 247

 

Vem aí a Ação mundial “Stop Bolsonaro”, dia 11 de outubro

Mobilização é organizada por ativistas e coletivos, com participação de dezenas de cidades no Brasil e no exterior.

Está marcada para 11 de outubro a terceira edição da ação mundial “Stop Bolsonaro”, em protesto contra as políticas adotadas ou negligenciadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

A mobilização é organizada por ativistas e coletivos, com presença no Brasil e no exterior – já há confirmação da participação de brasileiros que vivem em Estocolmo, Madrid e Amsterdam, por exemplo.

Segundo os organizadores, o movimento busca denunciar “a destruição da nação brasileira promovida por um governo fascista, genocida e ecocida”. “O movimento Stop Bolsonaro Mundial vem, desde junho deste ano, denunciando as atrocidades cometidas por uma gestão voltada aos interesses da elite, dos bancos e dos ricos”, afirmam os participantes.

Entre outros temas, o Stop Bolsonaro denuncia a destruição das florestas, a ausência de políticas públicas de proteção sanitária, a insegurança alimentar, o negacionismo com relação à covid-19 e a submissão ao capital estrangeiro.

A jornada terá presença nas ruas e nas redes. No evento virtual, das 8h às 20h (horário de Brasília), haverá debates e entrevistas que abordarão temas como as eleições norte-americanas e os possíveis reflexos no Brasil, o meio ambiente e as eleições municipais.

A programação completa será divulgada nas redes sociais do Stop Bolsonaro, nos próximos dias.

 

*Com informações do Brasil de Fato

 

Bolsonaro é incapaz de governar o Brasil. Este é o novo normal

Em menos de dois anos na cadeira da presidência, Bolsonaro conseguiu formar um consenso na sociedade de que ele não tem a mínima ideia de como se governa o país.

Na verdade, Bolsonaro nunca se propôs a isso. A mão invisível do mercado faria esse papel, segundo Paulo Guedes.

Governar requer caráter e inteligência e Bolsonaro não tem cisco dessas duas virtudes. Bolsonaro faz política, mas fazer política não é governar.

Tanto isso é verdade que nesse tempo em que está na presidência, ele não se ocupou de outra coisa, que não seja a de fazer política, mas jamais a de governar o país.

Seu governo é gerido por pessoas insanas que têm objetivos insanos e,
por isso, os resultados são trágicos tanto para a economia, relações internacionais, saúde, meio ambiente, quanto para o esporte, educação, cultura, ciência, segurança pública, cidadania, direitos humanos, ou seja, todas as áreas estão deficitárias.

Isso não é outra coisa que não incompetência comprovada do mandante da nação.

O fato é que Bolsonaro insistentemente mostra que não tem competência para governar nada, que fará um país como o Brasil. A maioria dos brasileiros já despertou para isso.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Assim como a Folha, editorial do Estadão detona Bolsonaro

Estadão – O governo de Jair Bolsonaro atingiu o maior patamar de aprovação desde sua posse, mostra pesquisa do Ibope recentemente divulgada. No levantamento, 40% dos entrevistados disseram considerar o governo “ótimo” ou “bom”, 11 pontos porcentuais acima do verificado em dezembro do ano passado – antes, portanto, da pandemia de covid-19. A avaliação negativa caiu de 38% para 29% no mesmo período.

Bolsonaro obviamente não atingiu esse nível de aprovação em razão do modo destrambelhado como está lidando com a pandemia. Sua gestão da crise é um desastre em todos os aspectos – e os quase 140 mil mortos falam por si. O mais provável é que, ao contrário, o presidente, ao isentar-se sistematicamente de qualquer responsabilidade no que diz respeito à doença e a seus efeitos sociais e econômicos, terceirizou a impopularidade, sentida muito mais pelo Congresso e, principalmente, por governadores e prefeitos – obrigados, estes sim, a enfrentar o desafio da pandemia, contando com escassa ajuda federal e em muitos momentos sendo hostilizados pelo próprio presidente.

Pode-se especular que, para parte significativa dos entrevistados, a covid-19 não passava mesmo de uma “gripezinha”, como a ela jocosamente se referiu Bolsonaro, que a todo momento estimulou aglomerações e a “volta à normalidade”, como se isso fosse possível. As imagens de praias lotadas mesmo diante das evidências de que o pior ainda não passou são mais eloquentes do que qualquer pesquisa.

Assim, o crescimento da popularidade de Bolsonaro, a despeito de tudo, é uma espécie de elogio à irresponsabilidade, traduzida não somente em sua infame campanha a favor do uso da cloroquina, espécie de elixir bolsonarista, mas principalmente na conclusão do presidente segundo a qual quem ficou em isolamento na pandemia é “fraco” e se “acovardou”.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro segue colhendo os frutos eleitorais do auxílio emergencial para os mais necessitados. Entre os entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo, a popularidade presidencial saltou de 19% para 35% desde dezembro. Entre os que estudaram até a 8.ª série, a aprovação de Bolsonaro passou de 25% para 44%. Nada semelhante a isso se verificou nas faixas socioeconômicas intermediárias e superiores da população.

O governo provavelmente vai explorar a pesquisa como prova de que o presidente sempre esteve certo e o resto do mundo, errado. É preciso deixar claro, contudo, que popularidade nem sempre é sinônimo de bom governo – que o diga Dilma Rousseff, que na metade de seu primeiro mandato tinha aprovação superior a 60% e que conseguiu se reeleger em 2014 a despeito de seu desempenho calamitoso na Presidência.

Como mostra o caso de Dilma Rousseff, a propósito, nenhum governo se sustenta somente com base na mistificação e na embromação. A popularidade da presidente petista, que era de 63% em março de 2013, caiu para 31% em julho daquele ano, em meio a grandes protestos, e estava em 10% um mês antes da admissão de seu processo de impeachment pela Câmara, em abril de 2016.

Por enquanto, Bolsonaro se sustenta graças a uma combinação de populismo barato com uma assombrosa capacidade de fingir que é presidente sem exercer o cargo. Mais cedo ou mais tarde, contudo, a ausência de um plano claro de governo, fruto da patente inaptidão de Bolsonaro para desempenhar a função para a qual foi eleito, será percebida pela população.

Até lá, a única pesquisa de opinião que realmente importa, e que projeta um futuro nada glorioso, é a que se dá entre investidores, especialmente os estrangeiros. E a opinião destes parece clara: neste ano, até agosto, US$ 15,2 bilhões deixaram o País, o maior montante no período desde 1982, quando o Banco Central começou a fazer esse levantamento.

A irresponsabilidade de Bolsonaro pode até lhe render algum apoio entre os brasileiros incapazes, por diversas razões, de enxergar além de seus estreitos horizontes pessoais. Já para aqueles que dependem de confiança e racionalidade para investir, o presidente não engana mais ninguém.

 

*Do Estadão