Mês: setembro 2020

Após 5 anos, Lava Jato admite o que sempre soube, palestras de Lula eram legais

Poderia-se até dizer que a cabeça provinciana e medíocre dos lavajatistas de Curitiba não admitiam que um brasileiro fosse tão respeitado no mundo, sobretudo com uma trajetória iniciada na pobreza, para se tornar um dos mais importantes líderes mundiais.

O medíocre pensa de forma medíocre, pequena. Então, forma teorias a partir de sua própria limitação intelectual, arquitetando uma mesquinha história para dar asas à sua pequenez e, assim, tentar, através da arte da manipulação em parceria com a mídia, produzir no psique coletivo uma visão caseira do próprio mundo.

Lógico que esses mesmos incapazes, desde o princípio, sabiam que a denúncia que sustentavam era vaga pelo simples fato da imprensa internacional cobrir as palestras de Lula no exterior. Mas isso precisava ser negado para que o coro e o clima de linchamento levassem a acreditar que Lula era um corrupto.

Essa, na verdade, foi a estética oficial da Lava Jato na doentia perseguição ao maior presidente da história do Brasil que teve uma aprovação recorde depois de oito anos de condução do Brasil que o levou a um patamar inimaginável para o miolo mole dos medíocres de Curitiba.

Agora, chega a notícia de que, sem o pensionato do Jornal Nacional, a mentira teve que ser arquivada e o cabotinismo moral dos imorais, carregado de soberba, tem que enfiar o rabo entre as pernas e escrever com todas as letras que aquela acusação era típica de um inconsolável rancor de classe que os janotas e sinhás da Lava jato carregavam com eles contra Lula.

E só o fizeram porque a lei obriga ou sustentariam essa grosseira acusação para o resto da vida. Mas tiveram que, novamente, de frente para Lula, ajoelhar, enfiar a viola no saco e se confessarem incapazes até de mentir diante da grandeza e envergadura de um líder mundial.

A própria Lava Jato investigou a realização de todas as conferências e depois de cinco anos a Polícia Federal e o Ministério Público não conseguiram apresentar nem uma acusação inventada em torno das palestras. E arquivaram essa acusação.

Entretanto, depois de muito acusarem e insinuarem, quando não acham crime, não reparam o estrago, não pedem desculpas, não divulgam para a imprensa, não saem notícias na TV e rádios do mesmo jeito que fazem quando acusam.

Mas aqui no blog divulgamos a verdade amarga para quem quis difamar Lula.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Bolsonaro dá vexame na ONU, dólar sobe, investidores fogem do Brasil e país perde acordos internacionais

O clima de aversão a Bolsonaro no mundo por seu discurso fake na ONU, teve como consequência a desmoralização do Brasil e a desvalorização de nossa moeda frente ao dólar que fechou o dia a 5,47, com alta de 1,32%.

Discurso delirante do pária Bolsonaro na ONU ratifica preocupação de investidor. Essa foi a avaliação do “Observatório do Clima”

A entidade ambientalista que reúne mais de 50 Organizações Não-governamentais (ONGs) e movimentos sociais, foi direto na jugular do presidente que proferiu as maiores mentiras em seu discurso na ONU: “O discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, 22, foi “calculadamente delirante”, diz a nota.

Para o Observatório do Clima, a declaração de Bolsonaro “não foi voltada à comunidade internacional, mas sim à claque bolsonarista”

Em nota enviada ao Broadcast Político, a direção da entidade avalia que o discurso dá a “trilha sonora” para a saída de investidores internacionais e o cancelamento de acordos comerciais com países parceiros.

Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, a fala de Bolsonaro ameaça a Economia ao não propor soluções aos problemas ambientais do País e acusar um “conluio inexistente entre ONGs e potências estrangeiras” contra o Brasil.

“Bolsonaro Não teve o objetivo real de prestar esclarecimentos sobre a situação do Brasil a parceiros comerciais e consumidores preocupados, muito menos de propor uma visão de País, como era a tradição, mas de combater a realidade e inventar inimigos imaginários. Bolsonaro usou a tribuna das Nações Unidas para fazer campanha à reeleição e não para promover o país”, completa a entidade.

 

*Da redação

 

Lula: O que deveria ser o discurso do Brasil na ONU

Por Luiz Inácio Lula da Silva

As únicas palavras sensatas do discurso de Jair Bolsonaro hoje na ONU foram as primeiras: o mundo precisa mesmo conhecer a verdade. Mas na boca de uma pessoa que não tem compromisso com a verdade até esta frase soa falsa.

O que se esperava ouvir hoje de um presidente são coisas simples, que estão indicadas no Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, apresentado ontem pelo Partido dos Trabalhadores. Algo assim:

Senhoras e senhores desta Assembleia,O Brasil se envergonha de ter tido, ao longo desta gravíssima pandemia, um governo que ignorou a ciência e desprezou a vida, o que resultou em mais de 136 mil mortes e milhões de contaminados pela Covid.

Queremos anunciar que, a partir deste momento, vamos realizar testes em massa na população para conhecer as verdadeiras dimensões da pandemia e enfrentá-la.

Vamos recompor o Orçamento da Saúde para ter hospitais, médicos, enfermeiros e remédios; investir o que for necessário para salvar vidas.

Vamos manter o auxílio emergencial de R$ 600 e instituir o Mais Bolsa Família, para que este valor seja pago mensalmente a todas as famílias vulneráveis.

Os bancos públicos abrirão imediatamente crédito para as pequenas empresas. Retomaremos já as obras paradas para reativar a economia e gerar empregos.

O governo brasileiro nunca mais fará propaganda enganosa de remédios sem comprovação científica nem voltará a desmoralizar medidas coletivas de prevenção.

A partir de hoje, estamos decretando o Desmatamento Zero da Amazônia. Três anos de proibição total de queimadas e derrubadas, para que a natureza tenha tempo de se recuperar da destruição.

Convocamos as Forças Armadas para combater o incêndio do Pantanal, a começar pelos 4 mil hoje deslocados para fazer provocação militar irresponsável em nossa fronteira com a Venezuela.

Os povos indígenas são irmãos da natureza e guardiões do meio ambiente. Terão prioridade nas ações emergenciais de saúde. Seu território e suas culturas voltarão a ser respeitados, com a retomada das demarcações de reservas e terras indígenas.

Os cientistas e os agricultores brasileiros desenvolveram a mais avançada tecnologia para o cultivo de grãos e produção de proteína animal.

Este conhecimento, a partir de hoje, voltará a ser utilizado em benefício da segurança alimentar do planeta e do povo brasileiro, de maneira social e ambientalmente sustentável.
A partir de hoje está proibido em nosso território o uso indiscriminado de insumos e sementes que representam risco à saúde humana.

Não é preciso destruir para botar comida na mesa. É preciso, sim, entregar terra, tecnologia e financiamento a centenas de milhares de famílias que trabalham no campo para alimentar as cidades.

Estamos criando hoje um banco de terras públicas para retomar a reforma agrária no Brasil. E reativando o financiamento da agricultura familiar.

É desta forma, garantindo segurança alimentar para nossa população e produzindo com abundância, respeito ao meio ambiente e à saúde humana, que o Brasil quer contribuir para saciar a fome no mundo.

Senhoras e senhores,

Esta assembleia foi criada, ao final da mais devastadora guerra de todos os tempos, para construir a paz, promover a educação, a saúde, o trabalho digno, a produção de alimentos e o equilíbrio nas relações econômicas.

Passados 75 anos, não tivemos sequer um dia sem guerras. O colonialismo deu lugar a outro tipo de dominação, ditada pela concentração de capitais e a especulação financeira. O acesso à educação e saúde é uma miragem para a imensa maioria. As relações de trabalho regridem ao que eram no século 19.

E, vergonha das vergonhas: 800 milhões de crianças passam fome todos os dias, no mesmo planeta em que uns poucos privilegiados nem sabem como gastar – ou sequer como contar – suas inacreditáveis fortunas.

Como alertou papa Francisco: “Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade”.

No Brasil, a partir de hoje, tudo que o estado fizer será no sentido de reverter séculos de desigualdade, o racismo estrutural que nos legou a escravidão, o patriarcado que discrimina as mulheres, superar o preconceito, a fome, a pobreza, o desemprego.

A partir de hoje o Brasil exercerá plenamente sua soberania, não para oprimir quem quer que seja, mas para promover a integração da América Latina, a cooperação com a África, relações econômicas equilibradas e democráticas entre os países, defender o meio ambiente e a paz mundial.

O Brasil quer para si o que deseja para todos os povos do planeta: soberania, autodeterminação, acesso compartilhado ao conhecimento, às vacinas e medicamentos imprescindíveis, regras justas de comércio, ação internacional efetiva para o desenvolvimento e o combate à pobreza no mundo.

O Brasil quer para todos democracia, paz e justiça.

*Publicado originalmente no site do Presidente Lula

 

Bolsonaro precisa decidir se o Brasil é cristofóbico ou é cristão conservador, os dois não dá

Em clara demagogia a sua base eleitoral evangélica, Bolsonaro chutou a constituição que afirma que o Brasil é um estado laico e sapecou: “Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”. Ele, que foi o primeiro a discursar no encontro anual internacional. A cristofobia seria perseguição moral e até física contra os cristãos.

Sem dizer o que é e para quem serve essa tal cristofobia a que se referiu, já que os evangélicos são hoje uma das principais forças políticas do país e sua bancada representa mais de 21% da Câmara dos Deputados.

No encerramento do discurso, o presidente afirmou que o “Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base e desejou que “Deus abençoe a todos!”.

Já sobre a ocorrência de intolerância religiosa que, com frequência, atinge praticantes de religiões afro-brasileiras, com agressões e destruições de templos de umbanda e candomblé, o genocida de nada falou.

Para piorar, Bolsonaro, em discurso nonsense depois de denunciar a tal cristofobia, afirmou que “o Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base”.

De família, a tirar pela sua, encrencada com a justiça por representar uma organização criminosa envolvida com a nata da milícia carioca, dizer que é sua base, disso ninguém duvida.

A foto em destaque de Bolsonaro sendo batizado no Rio Jordão pelo pastor Everaldo, preso por corrupção, mostra bem a que tipo de religião “cristã” ele se referiu em seu discurso para a ONU.

 

*Da redação

 

Fux mostra a que veio

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decidiu retirar de análise em julgamento virtual um caso sobre a possibilidade de privatização de refinarias pela Petrobras sem aprovação legislativa, segundo informação do sistema de acompanhamento processual da corte.

Ainda não há previsão oficial para que o caso seja apreciado em Plenário, enquanto o julgamento virtual havia estabelecido data até 25 de setembro para uma decisão.

Mas a expectativa é de que o julgamento no plenário do Supremo ocorra ainda este ano, disse uma fonte próxima do presidente da corte, que falou sob a condição de anonimato.

“Aliás, a tendência é de que grandes casos sejam remetidos ao plenário físico”, acrescentou.

A retirada do processo do julgamento virtual ocorre após a Petrobras ter recebido três votos contrários às suas intenções de vender refinarias sem necessidade de aprovação do Congresso, dados pelos ministros Edson Fachin, o relator, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski.

As discussões sobre as desestatizações ocorrem em momento em que a Petrobras tem processos avançados para venda de refinarias na Bahia e no Paraná, em meio a planos que envolvem a alienação de um total de oito ativos de refino.

Para a analista da XP Investimentos Débora Santos, especializada em Poder Judiciário, a decisão de Fux dará maior flexibilidade ao STF para apreciar o caso de forma definitiva e esclarecer os temos e alcance de sua decisão.

Ela avaliou, no entanto, que apesar dos votos iniciais desfavoráveis a Petrobras deve conseguir maioria de votos para seguir adiante com o desinvestimentos nas refinarias.

Isso porque, afirmou, o STF já assumiu no passado uma postura mais flexível para a venda de ativos que não sejam “estatais-mães”, com maioria de votos. “Essa linha deve continuar agora”, projetou.

O julgamento no STF começou após pedido das Mesas-Diretoras da Câmara dos Deputados, do Senado e do Congresso, que argumentaram que a eventual venda das refinarias iria contra uma decisão anterior do STF no ano passado, segundo a qual seria necessário aval do Congresso para a venda de ativos de uma empresa-matriz.

DESINVESTIMENTO SEGUE

Em paralelo, a Petrobras informou na noite de terça-feira que promoverá uma nova rodada de ofertas vinculantes por sua refinaria no Paraná, que recebeu duas propostas com valores próximos.

A estatal disse em comunicado que o processo de venda do ativo conta com participação da Ultrapar, de um consórcio liderado pela Raízen –joint venture entre Cosan e Shell– e da chinesa Sinopec.

A Cosan confirmou em comunicado na noite de terça-feira que um consórcio liderado pela Raízen apresentou proposta pelo ativo, sem detalhar.

 

*Com informações do 247

 

Opinião unânime no mundo: Bolsonaro envergonha o Brasil na ONU

A opinião no mundo civilizado é uma só, Bolsonaro envergonha o Brasil. Cínico, mentiroso e submisso aos interesses dos EUA.

Em franca campanha lacaia de Trump, Bolsonaro fez um discurso na ONU que entrará para a história tal as patacoadas de um presidente desequilibrado social e mentalmente.

O máximo de elogio que Bolsonaro conseguiu foi ser classificado como pitoresco, sobretudo quando abriu seu leque de programas no mesmo discurso em que chama a Venezuela de ditadura e elogia ditaduras teocráticas de países do Oriente Médio e, para piorar, diz que o Brasil é um país cristão e não laico, como está na constituição.

Ninguém esperava elegância ou excelência no discurso de Bolsonaro, mas ele exagerou nas suas desagradáveis mentiras triunfais.

O país que, hoje, é que mais desmata no mundo, ganhou de Bolsonaro sinos de bronze como o que mais preserva a natureza,

No seu sonho magnífico, o genocida, que provocou, até aqui, 138 mil mortes de brasileiros por Covid-19, com seu sombrio discurso negacionista, dobrou a aposta na omissão das vítimas sem colocar freios nas lorotas, vendendo um país que está solapado economicamente como o novo oásis da humanidade.

O pobre animal está tendo o que merece do mundo, repúdio, até porque, com a globalização e o Brasil na beira do abismo, a fuga de capitais é recorde, assim como o real foi a moeda que mais desvalorizou no mundo, somado ao fato do Brasil voltar ao mapa da fome e a opção entre direitos e trabalho, proposta por seu governo, ter apresentado como resultado um “nem, nem”, ou seja, nem direitos, nem trabalho, apenas uma precarização generalizada dos trabalhadores que, naturalmente reflete no momento trágico da economia que o Brasil atravessa.

Não tem graça comentar a sua tentativa de culpar os índios pelas queimadas, já que o Brasil está na mira dos maiores organismos mundiais pela devastação que Bolsonaro está promovendo na Amazônia e no Pantanal para atender aos interesses de contraventores, madeireiros, garimpeiros grileiros e pecuaristas.

Enfim, Bolsonaro foi Bolsonaro, o mesmo vigarista que, até hoje, não respondeu por que o miliciano Queiroz depositou R$ 89 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Bancos servem a oligarcas, traficantes e terroristas em explosão de lavagem de dinheiro

US$ 2 trilhões em operações suspeitas envolveram redes criminosas mundiais, megainvestigação internacional do ICIJ.

Um vazamento de documentos secretos do governo dos Estados Unidos revela que o JPMorgan Chase, o HSBC e outros grandes bancos desafiaram as medidas legais contra a lavagem de dinheiro e movimentaram quantias ilícitas espantosas para redes criminosas e personagens sombrios que espalharam o caos e minaram a democracia em todo o mundo.

Os registros mostram que 5 bancos globais – JPMorgan, HSBC, Standard Chartered Bank, Deutsche Bank e Bank of New York Mellon – continuaram lucrando com clientes poderosos e perigosos mesmo depois que as autoridades norte-americanas multaram essas instituições financeiras por falhas anteriores em conter os fluxos de dinheiro sujo.

As agências norte-americanas responsáveis pelo combate à lavagem de dinheiro raramente processam megabancos infratores. As medidas que as autoridades tomam quase não afetam a enxurrada de dinheiro ilegal que se espalha pelo sistema financeiro internacional.

Em alguns casos, os bancos continuaram movimentando fundos ilícitos mesmo depois que autoridades americanas os advertiram que enfrentariam processos criminais se não parassem de fazer negócios com mafiosos, fraudadores ou regimes corruptos.

O JPMorgan, maior banco com sede nos Estados Unidos, movimentou dinheiro para pessoas e empresas vinculadas à pilhagem maciça de dinheiro público na Malásia, Venezuela e Ucrânia, revelam os documentos vazados.

O banco ajudou a transferir mais de US$ 1 bilhão para o financista fugitivo por trás do escândalo do fundo de investimento estatal 1MDB da Malásia, segundo os registros, e mais de US$ 2 milhões para dois jovens magnatas da energia. Uma empresa da dupla foi acusada de enganar o governo da Venezuela e ajudar a causar apagões elétricos que afetaram grandes áreas do país.

O JPMorgan também processou mais de US$ 50 milhões em pagamentos ao longo de uma década, mostram os registros, para Paul Manafort, o ex-diretor da campanha eleitoral do presidente Donald Trump.

O ex-assessor de Trump Paul Manafort foi capa em todos os jornais dos EUA ao ser preso em 2017. Na imagem acima, notícia durante seu julgamento em 2019 |reprodução Politico], o banco movimentou pelo menos US$ 6,5 milhões em transações de Manafort nos 14 meses após sua renúncia da campanha, em meio a uma onda de denúncias de lavagem de dinheiro e corrupção decorrentes de seu trabalho com 1 partido político pró-russo na Ucrânia.

As transações ilegais continuaram crescendo por meio de contas no JPMorgan, apesar das promessas do banco de aperfeiçoar seus controles contra lavagem de dinheiro como parte dos acordos feitos com as autoridades americanas em 2011, 2013 e 2014.

O JPMorgan declarou que estava legalmente proibido de responder a perguntas sobre transações ou clientes. O banco disse que assumiu 1 “papel de liderança” a favor de “investigações proativas orientadas por inteligência” e no desenvolvimento de “técnicas inovadoras para ajudar a combater o crime financeiro“.

O HSBC, o Standard Chartered Bank, o Deutsche Bank e o Bank of New York Mellon também continuaram a efetuar pagamentos suspeitos, apesar de promessas semelhantes às autoridades governamentais, revelam os documentos secretos.

A documentação à qual Poder360 teve acesso foi obtida pelo BuzzFeed nos Estados Unidos e compartilhada pelo ICIJ (International Consortium of Investigative Journalists, ou Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), por meio do projeto chamado FinCen Files (Arquivos FinCen), a sigla em inglês de Financial Crimes Enforcement Network, 1 braço do Departamento do Tesouro dos EUA (o Tesouro norte-americano é equivalente ao Ministério da Economia no Brasil).

Embora seja uma quantia enorme, os US$ 2 trilhões em transações suspeitas identificadas nesse conjunto de documentos são apenas uma gota em um ocenano de dinheiro sujo que jorra por bancos do mundo todo. Os Arquivos FinCen representam menos de 0,02% dos mais de 12 milhões de relatórios de atividades suspeitas que as instituições financeiras protocolaram entre 2011 e 2017.

A agência FinCen e o Departamento de Tesouro dos EUA não responderam a uma série de questões enviadas pelo ICIJ e veículos parceiros há 1 mês. A agência disse ao BuzzFeed News que não comentará sobre a “existência ou inexistência” de relatórios específicos de atividades suspeitas. Dias antes da publicação deste texto, o FinCen anunciou que estava coletando sugestões para melhorar o sistema anti-lavagem de dinheiro dos Estados Unidos.

Esses relatórios, juntamente com centenas de planilhas incluindo nomes, datas e números, detalham transações potencialmente ilícitas que fluem por bancos em mais de 170 países. Junto com a análise dos Arquivos Fincen, o ICIJ e seus parceiros de mídia obtiveram mais de 17,6 mil outros registros de fontes internas e denunciantes, arquivos judiciais, solicitações pela lei de liberdade de informação e outras fontes. A equipe entrevistou centenas de pessoas, incluindo especialistas em crimes financeiros, policiais e vítimas de crimes.

De acordo com o BuzzFeed News, alguns registros vazados foram obtidos como parte das investigações do Congresso dos EUA sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA. Outros foram coletados após pedidos de órgãos judiciais ao Fincen.

Os Arquivos Fincen oferecem uma visão sem precedentes de 1 mundo secreto de bancos internacionais, clientes anônimos e, em muitos casos, crimes financeiros.

Eles mostram bancos movimentando dinheiro cegamente em suas contas para pessoas que eles não podem identificar, deixando de relatar transações com todas as características de lavagem de dinheiro até anos depois do fato. Eles também fazem negócios com clientes envolvidos em fraudes financeiras e escândalos de corrupção públicos.

As autoridades dos EUA, que desempenham 1 papel de liderança na batalha global contra a lavagem de dinheiro, ordenaram que grandes bancos reformulassem suas práticas, multaram as instituições em centenas de milhões e até bilhões de dólares e fizeram ameaças de acusações criminais contra eles como parte dos chamados acordos de ação penal diferida.

Uma investigação de do ICIJ e seus parceiros jornalísticos mostra que essas táticas não funcionaram. Os grandes bancos continuam desempenhando 1 papel central na movimentação de dinheiro ligado a corrupção, fraude, crime organizado e terrorismo.

“Ao falhar totalmente em barrar transações corruptas em grande escala, as instituições financeiras abandonaram seu papel de linha de frente contra a lavagem de dinheiro“, disse ao ICIJ Paul Pelletier, ex-oficial sênior do Departamento de Justiça dos EUA e promotor de crimes financeiros.

Ele disse que os bancos sabem que “operam em 1 sistema que é amplamente ineficaz“.

Cinco dos bancos que aparecem com maior frequência nos Arquivos Fincen –Deutsche Bank, Bank of New York Mellon, Standard Chartered, JPMorgan e HSBC –violaram repetidamente suas promessas oficiais de bom comportamento, como mostram os registros secretos.

Em 2012, o HSBC, com sede em Londres, o maior banco da Europa, assinou 1 acordo de ação penal e admitiu ter lavado pelo menos US$ 881 milhões para cartéis de drogas latino-americanos. Os narcotraficantes usavam caixas com formato especial que cabiam nas aberturas dos caixas automáticos do HSBC e despejavam enormes quantias de dinheiro das drogas que movimentavam pelo sistema financeiro.

Pelo acordo com a promotoria, o HSBC pagou US$ 1,9 bilhão, e o governo concordou em suspender as acusações criminais contra o banco e arquivá-las após 5 anos se o HSBC cumprisse a promessa de combater agressivamente o fluxo de dinheiro sujo.

Durante o período probatório de 5 anos, conforme mostram os Arquivos FinCen, o HSBC continuou a movimentar dinheiro para personagens questionáveis, incluindo suspeitos de lavagem de dinheiro russos e 1 esquema de pirâmide investigado em vários países.

Ainda assim, o governo permitiu que o HSBC anunciasse em dezembro de 2017 que havia “cumprido todos os seus compromissos” sob o acordo de acusação diferida –e que os promotores estavam rejeitando as acusações criminais em definitivo.

Em uma declaração ao ICIJ, o HSBC se recusou a responder a perguntas sobre clientes ou transações específicas. O HSBC disse que as informações do ICIJ são “históricas e anteriores” ao fim de seu acordo de 5 anos no processo. Durante esse tempo, segundo o banco, a companhia “embarcou em uma jornada de vários anos para revisar sua capacidade de combate ao crime financeiro. O HSBC é uma instituição muito mais segura do que era em 2012“.

O HSBC observou que, ao decidir liberar o banco da ameaça de acusações criminais, o governo americano teve acesso a relatórios de 1 monitor que revisou as reformas e práticas do banco.

O Departamento de Justiça se recusou a responder a perguntas específicas. Em nota, 1 porta-voz da divisão criminal do departamento disse: “O Departamento de Justiça defende seu trabalho e continua comprometido a investigar e processar crimes financeiros de forma agressiva– incluindo lavagem de dinheiro– onde quer que os encontremos”

 

*Com informações do Poder360

 

 

Agora o clã Bolsonaro tem um judiciário para chamar de seu

Afinal de contas, quantos judiciários tem no Brasil?

Não há ingenuidade possível que não sentencie que o sistema de justiça no Brasil faliu.

As engenhosas justificativas para se chegar a esse retrato, são muitas e muito criativas, mas não colaboram, fora do picadeiro humorístico, com a estabilidade institucional do país.

O judiciário, que tão uniformemente se entregou aos desejos da mídia na farsa do mensalão, sofreu uma dilatação tão grande que o ex-juiz Moro, hoje completamente desmoralizado, profissionalizou uma moldura entalhada especialmente para impor suas molecagens jurídicas sem que houvesse qualquer resistência oficial do judiciário. Tudo havia se transformado numa papa só com casca grossa, aonde não penetrava luz.

Assim, o judiciário brasileiro passou a ter um estilo Moro, uma fisionomia lavajatista.

Ali tinha um produto conjugado com farta manipulação dos fatos e, consequentemente da opinião pública, que, na verdade, era o grande objetivo a ser alcançado pela Lava Jato. Isso ficou muito claro no vazamento pelo Intercept, quando Dallagnol diz a Moro que a acusação que tinham contra Lula era extremamente frágil, subjetiva e precisaria passar por um banho de mídia para transformar a condenação de Lula em ação divina.

Ou seja, o sentimento da sociedade tinha quer ser o sentimento de justiça, justiça esta arquitetada nas redações dos grandes jornais em parceria com os foiceiros da Lava Jato.

Foram cinco anos em que a mídia e a república de Curitiba consagraram esse estilo, afastando cada vez mais a justiça da Constituição e aproximando ainda mais a justiça da situação política e, como tal, a negação de um julgamento isento era imperativa.

Com esse estilo histórico da Lava Jato e mídia, Bolsonaro, compreendendo que precisaria recorrer ao mesmo expediente, resolveu filiar-se à mesma matriz com algumas divergências, se sua falange de picaretas já estava queimada na mídia, então o embate deveria ocorrer peito a peito dentro do sistema de justiça, desenhando como uma pintura viva, seu próprio sistema, escrito pelos “pensadores” de seu governo para impor, de forma nua e crua, uma justiça própria que lhe parecesse segura o suficiente para livrar a cara de uma legião de vigaristas da família chamada guanabarinamente de clã Bolsonaro.

O que Bolsonaro precisava, ele conseguiu, uma justiça morna, lenta, lerda que despreza o tempo e atrofia o próprio espaço institucional para, assim, impor brilho próprio nas teias das cortes por onde passam os processos contra os membros do seu clã.

O sentido é o mesmo da Lava Jato, proteger aliados e atacar inimigos.

Só que, depois que a Lava Jato ficou com as tripas à mostra, o judiciário, capacho, precisou de um malabarismo mais engenhoso. Ainda assim, diante de tanta velocidade com que Witzel foi sacado do governo do estado do Rio e Crivella ficou inelegível, numa clara guerra política dentro das cortes, a bondade da justiça com os membros do clã, grita no sentimento coletivo da sociedade.

Todos perguntam, a que horas de fato Flávio Bolsonaro será punido por crimes tão escancaradamente descobertos?

Outra pergunta que ficou no ar e que virou piada nacional, feita por um repórter do Globo “Presidente, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Queiroz?” segue sem resposta de Bolsonaro e da justiça. O que parece é que esse assunto está censurado no mundo dos Meritíssimos.

O que fica claro, não só pela morosidade, mas também pela ineficiência da justiça, é que Bolsonaro foi um bom aluno de Moro e enxergou aí nessa barafunda jurídica o caminho para atravessar a tormenta literalmente sem ser atormentado pelas leis.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Bolsonaro, que teve quase 70% dos votos em S. Paulo, hoje tem 27% de aprovação

Para quem teve quase 70% de votos na eleição de 2018 em São Paulo, amargar 27% de aprovação e 47% de reprovação, é um indicador e tanto para se afirmar que Bolsonaro caminha a passos largos para o precipício.

Não se pode esquecer que esse trágico resultado só não é pior por conta do auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso, e que Bolsonaro acabou surfando.

Com o desemprego batendo recorde, a volta do Brasil ao mapa da fome, a inflação galopante dos alimentos, a redução do salário mínimo e a perda do poder de compra dos trabalhadores, mais a redução do valor em 50% do auxílio emergencial, a tendência de Bolsonaro é perder muito mais gordura, vendo sua aprovação desabar.

Quando findar o auxílio emergencial em dezembro e com um número ainda mais acentuado de vítimas da Covid-19, pouco sobrará de aprovação de Bolsonaro na maior capital do país aonde ele teve uma das maiores votações.

Soma-se a isso os escândalos de corrupção do clã, o aumento galopante da informalidade e se verá um futuro próximo trágico para Bolsonaro.

A conferir.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Vídeo: Flávio Bolsonaro foge de acareação com Paulo Marinho e dança em programa de Sikêra Jr

O senador Flávio Bolsonaro faltou a uma acareação com o empresário Paulo Marinho nesta segunda-feira (21), para esclarecer informações sobre o suposto vazamento da Operação Furna da Onça, em 2018.

Segundo o empresário Paulo Marinho, Flávio Bolsonaro contou que Victor Granado, advogado do senador filho de Jair Bolsonaro, soube da operação com antecedência por um delegado da Polícia Federal e o avisou.

Flávio estava no Amazonas. Ele e o deputado federal Eduardo Bolsonaro estavam no programa do apresentador bolsonarista Sikêra Júnior. Eles apareceram dançando e cantando uma música contra os “maconheiros”.

 

*Com informações do 247