Mês: novembro 2020

Vídeo: Moro usa Roberto Carlos para se promover como candidato à presidência

Moro, através do empresário de Roberto Carlos, usa o cantor para promover a sua candidatura à presidência da República. Moro sempre trabalhou com a ideia de que, sem marketing e jogadas, não chegaria aonde chegou. Ele deixa claro que entende mais de marketing do que de justiça.

Assista:

*Da redação

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Reinaldo Azevedo desafia Fachin e Cármen Lúcia a apresentarem provas contra Lula

A notícia tem de ser lida com especial atenção por Edson Fachin e Cármen Lúcia, estes dois notórios amantes do bem, do belo e do justo que nada viram de suspeito na atuação de Sergio Moro no caso do tríplex de Guarujá nem antes nem depois de The Intercept Brasil revelar as entranhas da Lava Jato. Não vê-lo antes era matéria de alienação da realidade. Não vê-lo nem depois, de caráter.

Pois bem… Moro agora está advogando. Com todos os arcanos que conhece da Lava Jato. Vejam que mimo: a força-tarefa não quer dividir com a PGR o que sabe, mas Moro pode saber de tudo, não é mesmo?, e atuar como advogado. E, em breve, como artista candidato à Presidência da República.

Moro é o maior caso de privatização do bem público da história do Brasil. Ele privatizou nada menos do que o combate à corrupção. A PGR não sabe o que ele sabe. Fachin não sabe o que ele sabe. Cármen não sabe o que ele sabe. Os demais ministros não sabem o que ele sabe. Mas ele, Moro, sabe o que sabe. E pode usar esse conhecimento secreto como advogado e como político. Privatizou a história do Brasil. E deixou a desgraceira como herança aos brasileiros — na qual se inclui, obviamente, Jair Bolsonaro.

Agora, informa o Globo, ele se tornou um contratado do empresário de Roberto Carlos para sair em turnê pelo país. Fará um ciclo de palestras — remuneradas, claro! Não se disse nada sobre alugar um navio. Mas sabem como é… Em matéria de decoro, os pélagos profundos do mar não são limites para Moro.

Até me desculpo com o leitor. Tenho certa vergonha de escrever essas coisas. Mas ele, como é notório, não tem de fazê-las.

Informa o Globo:
Conforme adiantou o colunista Lauro Jardim, do GLOBO, Moro fechou um contrato para que a empresa Delos Cultural administre sua imagem e a carreira como palestrante corporativo. A Delos é um braço voltado à área do conhecimento dentro da DC Set, que tem Sirena como sócio -fundador e já atuou junto a uma constelação nacional e internacional, que inclui desde Michael Jackson a Fafá de Belém, passando, é claro, por Roberto Carlos.

Cinco meses após o empresário e o ministro terem sido apresentados, Moro deixou o governo de Jair Bolsonaro e passou a ser cotado como presidenciável para as eleições de 2022. Além do presidente como um adversário político, Moro ganhou, naquele fim de abril, tempo livre na agenda antes ocupada pelas atribulações de seu “superministério”, onde cuidava também da Segurança Pública. Foi então que a DC Set o procurou.

Moro e Dody Sirena, o empresário de Roberto Carlos, teriam se conhecido em dezembro do ano passado, no teatro Ópera de Arame, onde o cantor gravava o especial de fim de ano. O “Rei” chegou a pedir uma salva de palmas para o então ministro.

Era o princípio de uma bela amizade entre Dody e Moro, como no papo de Rick, no fim de Casablanca, com Louis, o corrupto agente da lei.

Moro agora é um contratado da Delos, braço da DC Set, empresa de Sirena. Também não está claro se, ao fim das palestras, ele vai jogar botões de rosa para a plateia. O “projeto” supõe ainda um livro.

Oh, mas por favor, não pensem que este paladino da luta contra a corrupção está pensando em eleição! Aliás, nunca pensou! A Vaza Jato evidenciou que seu comportamento como juiz honra a Lei Orgânica da Magistratura, não é mesmo?

No Ministério da Justiça, a gente viu, o baluarte da lei, que agora emite notas contra o racismo, queria emplacar a excludente de ilicitude, que era para fazer a vontade do seu chefe e não dar na cara que, depois de conspirar contra o devido processo legal, já estava costurando contra o próprio superior.

O que é mesmo excludente de ilicitude? Pois não! Era como conferir aos dois seguranças do Carrefour o “direito” de matar João Alberto Silveira Freitas — preto e pobre — alegando “violenta emoção”, “escusável medo” ou “surpresa”. Mas ele é contra o racismo, claro!

Isso não é um homem! É o Colosso de Rhodes da moralidade!

Eu entendo. O que gente como Fachin e Cármen mais apreciam em Moro é justamente o dever monástico. Como se nota, a Lava Jato nunca lhe serviu de trampolim pessoal nem para fazer política nem para enriquecer.

É disso que o Brasil precisa!

Saibam: há historiadores documentando essa época. Se os de agora não souberem, os do futuro saberão. Cada um que administre o estoque de vergonha que vai legar à descendência e à história, não é mesmo, ministros?

Sintam as placas tectônicas a se mexer, togados!

Ah, sim: se Cármen e Fachin me indicarem em quais páginas da sentença de Moro aparecem as provas contra Lula, eu as transcreverei aqui. Mas a dupla não tem como aceitar o desafio porque as provas não estão lá. Se é que eles a leram, claro… E o desafio se estende aos ministros do STJ e à trinca do TRF-4 que referendou a dita-cuja. Insisto: eu quero as provas, não um romance mal redigido em que as ilações são as protagonistas e os fatos os seus adversários. Advirto: se qualquer um desse grupo ousar chamar de prova o que quer que seja, eu o desmentirei com palavras do próprio Moro. Ou vocês não leram também a resposta que ele deu aos embargos de declaração?

*Reinaldo Azevedo/Uol

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Boulos ganha tração e chega a 40%; Covas perde força e cai para 48%

Brancos e nulos somam 9%; não sabem ou não responderam 3% dos eleitores. Levantamento foi feito no dia 23 de novembro e ouviu 1.260 pessoas na cidade.

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo” na madrugada desta terça-feira (24) aponta os seguintes percentuais de intenção de votos totais para o segundo turno das Eleições 2020 para a Prefeitura de São Paulo:

  • Bruno Covas (PSDB): 48%
  • Guilherme Boulos (PSOL): 40%
  • Branco/Nulo: 9%
  • Não sabe/Não respondeu: 3%

Em relação à pesquisa anterior, realizada nos dias 17 e 18 de novembro e divulgada em 19 de novembro, Covas manteve o percentual, e Boulos oscilou positivamente 5 pontos percentuais (35% para 40%). Brancos/Nulos foi de 13% para 9%. E não souberam ou não quiseram responder foi de 4% para 3%.

Votos válidos

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no 2º turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

  • Bruno Covas: 55%
  • Guilherme Boulos: 45%

Em comparação com a pesquisa anterior, Covas oscilou negativamente 3 pontos percentuais, e Boulos oscilou positivamente 3 pontos percentuais.

  • A pesquisa foi realizada no dia 23 de novembro e ouviu 1.260 na cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
  • Número de identificação na Justiça Eleitoral: SP-09865/2020
  • O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

Destaque por segmentos

Boulos fica numericamente à frente do tucano entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (65% a 35%) e na faixa seguinte, de 25 a 34 anos (56% a 44%).

Nos demais segmentos socioeconômicos relevantes do eleitorado, Covas tem vantagem, ou ao menos, se posiciona numericamente à frente do adversário, com distância mais ampla entre eleitores acima de 60 anos (73% a 27%), menos escolarizados (67% a 33%) e entre os que ganham mais (56% a 44%).

  • Dos que votaram em Márcio França (PSB) no primeiro turno, 45% disseram agora que irão votar em Covas e 41% em Boulos.
  • Dos que votaram em Celso Russomanno (Republicanos), 72% declararam voto em Covas e 19% em Boulos.

Dos que votaram em Jilmar Tatto (PT), 79% declararam voto agora em Boulos e 16% em Covas.

 

*Com informações do G1

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Livro da Vaza Jato mostra assessoria de Vladimir Netto para Dallagnol e intimidade do procurador com dono da Globo

O livro do Intercept sobre a Lava Jato, de Letícia Duarte, traz duas reportagens inéditas: uma sobre as relações dos procuradores com a Globo, outra sobre o dia da condução coercitiva de Lula.

Quem aparece muito nos diálogos do Telegram é o repórter Vladimir Netto, do Jornal Nacional, responsável por vários “furos” que lhe foram passados pela República de Curitiba.

Além dele, surge um dos donos da emissora, João Roberto Marinho.

Reproduzo nesta resenha alguns dos colóquios retirados da obra.

O chefe da força tarefa já privilegiava a Globo em relação ao resto da mídia e queria vender suas dez medidas contra a corrupção com vistas, entre outras coisas, a uma carreira política.

Em novembro de 2015, Deltan se encontrou com João Roberto, presidente do Conselho Editorial.

Ele menciona no aplicativo um “encontro mais reservado”, “bem restrito”, com o chefão da imprensa em evento da FGV. Pede ao grupo para manter “sigilo”.

Requer também à equipe: “Queria falar com Merval Pereira”. O almoço marcado com João Roberto tem como objetivo conseguir o “apoio da Globo”.

Eles se reúnem no dia 25 de novembro na casa de Joaquim Falcão, professor da FGV e amigo da família.

Segundo DD, João Roberto prometeu “abrir espaço de publicidade na Globo gratuitamente”. Um editorial apoiando a Lava Jato seria publicado logo depois.

Dallagnol e João Roberto Marinho criaram uma proximidade daí em diante. Numa demonstração de poder e influência, DD passa a Janot o telefone de JRM.

“O arquivo da Vaza Jato mostra que a forca tarefa antecipava informações para jornalistas da emissora e dava dicas sobre como achar detalhes quentes nas denúncias”, lê-se.

Dallagnol pedia dicas aos profissionais globais.

Incomodado com as críticas à condução coercitiva de Lula em março de 2016, recorreu a Vladimir.

O filho de Míriam Leitão é autor de uma hagiografia de Moro, que abrilhantou o lançamento com sua presença na capital do Paraná.

“Lava Jato – O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil” vendeu mais de 200 mil exemplares.

Serviu de base para a série “O Mecanismo”, de José Padilha, nossa Leni Riefenstahl, a cineasta do nazismo.

Vladimir escreve que Moro exibe “rigor e coragem”, conduz tudo “com maestria”, “trabalha com afinco em busca de resultados”, é “um excelente pai”, “trocava fraldas, acordava à noite quando a bebê chorava e cuidava do umbigo da menina.”

Os papos entre Dallagnol e Vladimir vão de 2014 a 2019 e enchem “35 páginas de livro”.

Vladimir sugeriu-lhes não emitissem nota sobre a coercitiva de Lula. “Não vejo o que vocês poderiam ganhar com isso”, escreveu no Telegram.

O comunicado acabou sendo produzido — com a consultoria de Vladimir. Dallagnol afirma que “ficou boa parte do começo, mas com base em seu olhar tiram 2 itens inteiros”.

“Fico feliz em ajudar”, diz o jornalista. “Já soltaram a nota? Ainda dá tempo de sair no JN”.

Dallagnol também arrumou para Janot uma reportagem no Fantástico para mitigar o efeito da prisão de um procurador.

“Seria bem positiva uma entrevista sua. Fica para você avaliar”, diz ao então PGR.

Vladimir Netto foi ouvido pelos autores sobre seu relacionamento com Deltan Dallagnol. Negou tudo.

“Não reconheço esses diálogos. Eles não aconteceram, não são verdadeiros”, declara. “Não mantenho relação de amizade e nem tenho ‘intimidade’ com nenhuma fonte”.

Seu patrão, no entanto, admite que se encontrou com Dallagnol, mas nega que a Globo tenha sido “privilegiada”.

 

 

 

 

*Com informações do DCM

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A política que militares negam fazer

Se não voltarem logo para os quartéis, ao final só lhes restará queimar suas fardas em nossas tantas queimadas.

Há erros que desencadeiam consequências muitos anos depois, há os irreparáveis, há os que são ratificados.

O erro do Exército ao lançar mão do jeitinho brasileiro para tirar da corporação a erva daninha chamada Bolsonaro se enquadra nas três categorias acima.

Ao apoiar seu governo e permitir que oficiais da ativa dele participem, a farda que, com muito esforço, para os distraídos, desavisados e desmemoriados, começava a se limpar do sangue das vítimas da Ditadura, volta a se sujar no convívio com o tenente a quem deram de presente uma promoção a capitão – que o povo paga.

Sua eleição criou uma situação esdrúxula ao fazer com que generais sejam obrigados a bater continência para uma patente inferior. Mas, como é o Chefe Supremo das Forças Armadas, para trabalhar em seu governo chama quem quer e vai quem tem que obedecer.

Assim, segundo o site Poder 360, em junho deste ano 2.930 militares da ativa ocupavam cargos nos Três Poderes. Destes, 2.713 integram o Executivo. Isto não aconteceu sequer durante a ditadura militar, já que os da ativa precisavam, ativamente, cuidar de seus porões.

A afirmação de que em quartel não entra política, rotineiramente feita pelos militares que da política, de forma inconstitucional, se ocupam, não passa de me engana que eu gosto. Nela atuam e muito, apenas fora dos quartéis, o que em nada altera o fato de que se dedicam à política ao invés de se aterem ao que determina a Constituição. Ou seja, militares da ativa, fugindo à sua missão constitucional, fazem política onde ela é feita: nos Três Poderes, aí incluindo o Judiciário onde não deveria jamais entrar.

Em abril de 2018, quando ainda na ativa, o General Villas Bôas, um dia antes do julgamento, pelo STF, do habeas corpus ao Presidente Lula, disse em seu Twitter: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?” E completou: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”. Foi claro, direto e objetivo, abrindo caminho para a eleição do tenente descerebrado. Militares não fazem política?

Tendo ocupado o cargo de porta-voz da Presidência de janeiro de 2019 a outubro de 2020, o General Rêgo Barros foi jogado para escanteio quando o tenente optou por lançar perdigotos diretamente na cara de seus seguidores ao falar com os mesmos na porta do Alvorada. Foi para a reserva enquanto servia ao tenente. Antes disso foi chefe do Centro de Comunicação Social do Exército e principal assessor do então Comandante do mesmo, o já citado General Villas Bôas, o que dispensa comentários.

O Ministro da Saúde, General Pazuello, protagonizou uma cena que ficará gravada em nossa vergonha nacional. Sentado, com expressão sorridentemente bovina, sem máscara e com Covid, ao lado do tenente que exibia seu costumeiro esgar, acabava de ter sido desautorizado pelo último a comprar a vacina chinesa contra o Covid-19. Bateu continência para baixo: “É simples assim. Um manda e o outro obedece. Mas a gente tem um carinho, entendeu?” Não, não entendi. Me explica, Ernesto?

A política econômica que traz uma crescente miséria, não parece envergonhá-los. Nem mesmo o extermínio dos indígenas através das práticas genocidas do tenente e seus sequazes é suficiente para que voltem para as casernas. Não percebem que a presença a seu lado os tornam, não apenas aliados, mas cúmplices em tudo o que está acontecendo no país.

Me pergunto se eles se perguntam o que fazer. Ou se vão simplesmente deixar fazer sem perceberem que suas fardas se sujam agora também com o estigma da venda de nossas riquezas, de nossa soberania e de mortes que poderiam ter sido evitadas. Se não voltarem logo para os quartéis, ao final só lhes restará queimá-las em nossas tantas queimadas.

 

* Lygia Jobim/Carta Maior

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Não é Segunda onda, é o descaso e a irresponsabilidade do governo Bolsonaro

Os números de ocupação das UTIs e o aumento da média móvel de mortes confirmam. Segunda onda ou não, a pandemia recrudesceu. A lógica, repetida incansavelmente pelos infectologistas, seria retomar o isolamento, fechar estabelecimentos, proibir eventos e se preparar para o pior – como estão fazendo países europeus e cidades americanas. Como na primeira onda, o governo federal mantém-se na irresponsabilidade absoluta e nada faz. Agora, a situação pode ser ainda pior: estados e municípios, que naquele momento tomaram a frente das medidas, caíram na inércia política e eleitoral. Bolsonaro tinha razão?

Grandes festas aglomerando jovens sem máscara no Rio e em São Paulo, clandestinas e autorizadas, provavelmente vão aumentar o número de infectados esta semana. Prefeitos candidatos, como Bruno Covas e Marcelo Crivella, relutam em admitir que a Covid voltou com força total. Seus adversários pisam em ovos, cuidadosos, e não propõem medidas mais drásticas de isolamento por medo de perder apoios. Por incrível que pareça, a segunda onda está chegando num cenário de despreparo e negligência muito semelhante – ou até pior – do que o da primeira. Ninguém aprendeu nada.

VACINAS

Como de onde se espera é que não sai nada mesmo, a inépcia federal não espanta mais ninguém. Mas nunca é demais lembrar: nessa fase final de testes de várias vacinas, o Brasil está preparado para uma grande campanha de imunização? Vai haver seringas para todo mundo, locais de armazenamento, doses disponíveis? Quem vai aplicar a vacina, e onde? Não ouvimos falar quase nada sobre esse assunto. O que ouvimos, com assustadora frequência, é o presidente da República minimizando a necessidade da vacinação. E o Ministério da Saúde obedecendo suas ordens.

Não será surpresa se, no ano que vem, enquanto outros países avançam na imunização de suas populações, ainda estejamos aqui a enterrar nossos mortos.

 

*Helena Chagas/Jornalistas pela Democracia

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Bolsonaro dobra a aposta no racismo e, implode a Fundação Palmares, homenageando militares e policiais

Todos sabem que o atual presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, é tão decorativo quanto o humilhante papel que o general Pazuello cumpre no Ministério da Saúde, assim como Salles no Ministério do Meio Ambiente.

Todos os três estão ali para compor o cenário e seguem à risca as instruções do próprio Bolsonaro. Como não conseguiu fazer com que dois médicos seguissem à risca suas ordens, Bolsonaro colocou um general para seguir sua orientação genocida.

Já no caso dos outros dois ministros, Sergio Camargo e Ricardo Salles, o grau de submissão às ordens de Bolsonaro os mantém nos cargos. No caso de Sergio Nascimento, Bolsonaro exerce o seu racismo usando o corpo de um negro sem que seu governo e ele próprio sejam acusados de racistas, mesmo que o Brasil esteja diante de um dos maiores atos de racismo no Brasil.

Pois bem, depois de anunciar na semana passada a exclusão dos artistas da lista de personalidades negras notáveis da Fundação Palmares, Bolsonaro diz que, agora, contemplará militares e policiais a partir de uma suposta natureza heroica e patriótica.

E o cavalão, através de seu boneco de ventríloquo, explica “somos pró-polícia, lei e ordem”. Imagina isso, um sujeito que comanda uma organização criminosa que rouba do erário há 30 anos com esquema de funcionários laranjas e fantasmas, dizendo que é pró-polícia, mesmo o Brasil inteiro sabendo que ele é pró-milícia.

O racismo de Bolsonaro é uma obsessão, daquelas motivadas por um ódio típico dos psicopatas. E, assim como tem ideia fixa em destruir a Amazônia e arrasar com os povos originários, não esconde que o que ele puder exterminar daquilo que foi construído pelos negros, fará usando esse lacaio que hoje comanda a Fundação Palmares ou um outro qualquer que aceite cumprir esse papel abjeto.

Quem criou o dia do fogo que assombrou o planeta, em uma das aventuras de ódio mais ensandecidas de Bolsonaro, não deixaria em paz ou mesmo de pé uma fundação criada para promover a história das grandes personalidades negras no país.

Para piorar, Bolsonaro homenageia Wilson Simonal, confirmando que ele era mesmo dedo-duro da ditadura.

Mas lembremos sempre, Bolsonaro é somente um espelho da elite quatrocentona brasileira, decadente, branca, patriarcal e escravocrata.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Ver Mainardi humilhado depois de ser chutado pela Globo, não tem preço

Um passo a mais foi dado no sentido de amenizar o fascismo no Brasil. o Manhattan Connection fez neste domingo o seu último programa na Globonews, agora, o programa vai para o ninho tucano, o seu ninho na TV Cultura e, de lá, continuará a destilar o seu ódio contra a esquerda, tendo como protagonista, Mainardi, o ex-bolsonarista, agora, morista.

*Da redação

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Áudio: o asqueroso machismo com Manuela D’Ávila vindo da campanha de Sebastião Melo

O que se ouve, no áudio abaixo, pode ser classificado de machismo, misoginia, mau-caratismo, fascismo. Seja o que for, é uma coisa asquerosa contra a candidata à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávila (PCdoB).

“Se entrar essa vadia ai vai ser um problema muito sério para a cidade”, diz o áudio divulgado pelo ativista digital Luiz Muller.

Um áudio atribuído à coordenação da campanha de Sebastião Melo (MDB), que lidera as pesquisas de intenção de voto no segundo turno da disputa à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávilla (PCdoB) é chamada de “vadia”. O áudio foi divulgado pelo blogueiro e ativista digital Luiz Muller em seu perfil no Twitter na madrugada desta segunda-feira (23).

“Esse é um recado ai para aqueles que estão sempre viajando, para estarem ai na semana que vem e votarem no Melo para acabar… Porque se entrar essa vadia ai vai ser um problema muito sério para a cidade”, diz o áudio.

Cercado de bolsonaristas e com vice – Ricardo Gomes – do DEM, Sebastião Melo tem elevado o tom da campanha, calcada no estado “mínimo”.

 

*Com informações da Forum

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Covas recebe apoio de evangélicos por manter igrejas abertas durante a pandemia

Em busca da reeleição para a Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) dedicou o domingo a compromissos em igrejas evangélicas. Ele esteve no altar da Assembleia de Deus e da Igreja Mundial do Poder de Deus e, em ambas ouviu agradecimentos por ter mantido os templos abertos durante a pandemia.

O Datafolha de quinta-feira mostra que Covas está a frente nas intenções de votos junto ao eleitorado evangélico. Ele tem 52% e Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 29%. A agenda de campanha de hoje busca consolidar esta vantagem, mas o prefeito não falou enquanto esteve no altar das duas igrejas porque a legislação eleitoral proíbe.

Mas os pastores falaram e as manifestações de apoio foram explícitas. Líder da Igreja Mundial, o pastor Valdemiro Santiago citou a liberação do alvará da igreja como prova de compromisso do trabalho de Covas pelas evangélicos.

“Quando este homem entrou lá uma das prioridades dele foi conceder o alvará desta obra, desta igreja. Então muito obrigado prefeito, que Deus te abençoe cada vez mais.”

Covas negou que houve favorecimento em troca de apoio político. Acrescentou que a legislação que legalizou os templos também beneficiou centenas de milhares de imóveis.

“Não há nenhum tipo de compra de apoio. A lei de Anistia de edificações regularizou mais de 200 mil imóveis na cidade de São Paulo. Templos e não templos. Lugares de comércio, residências.”.

Na Igreja Mundial do Reino de Deus o discurso do pastor teve caráter mais político que na Assembleia de Deus. O pastor Valdemiro Santiago disse que ouviu uma entrevista de uma pessoa que desejava a liberação das drogas. Ele não citou nomes, mas era uma ilação a Boulos. Na sequência, o religioso disse que outra entrevista acalmou seu coração.

“Então eu vi uma outra entrevista de uma pessoa que diz o seguinte. Que foi colocado numa saia justa, foi obrigado, constrangido a fazer uma escolha. Fechar ou liberar as igrejas para funcionar [durante a pandemia]. E ele diz: optei por liberar porque a igreja é o hospital da alma. E isso me ajudou a esquecer o que o outro falou sobre drogas.

O pastor afirmou que não tem partido político ou está fazendo campanha, mas na sequência chamou se aproximou de Covas, que estava no altar, e pediu a bênção a ele. “Eu estou falando de uma pessoa que eu tenho carinho muito grande, uma admiração. Eu não sou de nenhum partido, também não estou fazendo campanha para ninguém. Eu queria pedir a bênção para esta pessoa que confessou que a igreja é o hospital da alma. Eu quero pedir para Bruno Covas a oração.”

Valdemiro Santiago tem histórico de apoios políticos e em 2018 pediu votos para o presidente Jair Bolsonaro.

Encontro com jovens e lideranças da Assembleia de Deus

O primeiro evento com evangélicos do domingo foi participação na Reunião de Jovens da Assembleia de Deus. Covas estava no altar quando o pastor Adauto Silva, dizendo falar em nome da igreja, agradeceu pela decisão de manter os templos abertos durante a pandemia.

O religioso não citou o câncer enfrentado pelo prefeito, mas disse que ele atravessou o vale das sombras. Era uma referência ao salmo 23, que começa com a frase “o senhor é meu pastor e nada me faltará”.

O trecho citado pelo pastor diz: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra, não temerei mal algum porque Tu estás comigo”. O salmo é bastante importante para religiosos porque expressa a confiança do fiel em Deus.

Na sequência, o prefeito participou de um evento de líderes da Assembleia de Deus, mas a imprensa não foi autorizada a acompanhar.

 

*Com informações do Uol

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