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MP cobra pela sexta vez a exoneração de Salles, um dos principais braços de Bolsonaro

A avaliação da procuradoria sobre a permanência de Salles à frente da pasta, traz riscos ao meio ambiente.

Ocorre que, na avaliação do procurador Ubiratan Gazetta, a permanência de Ricardo Salles traz riscos de interferência na instrução do processo e a mais nociva seriam resultados irreversíveis ao meio ambiente.

Segundo o procurador, são concretos os indícios de que Salles pratica uma gestão com total desvio de finalidade ao se valer do poder de comando inerente ao cargo que ocupa para fragilizar a estrutura administrativa de órgãos federais de proteção e fiscalização ambiental  fragilizando assim todo o arcabouço normativo institucional vigente, permitindo e incentivando práticas danosas aos meio ambiente.

Na verdade, a pasta de Salles é meramente decorativa, pois ele é apenas um braço do cérebro de Bolsonaro, tendo o próprio presidente da República a capacidade de decidir sobre a nova ordem institucional que interessa ao seu clã.

Então, o papel de Salles como ministro é o de obstruir ou atrapalhar a coleta de provas contra as práticas do próprio governo obstaculando, assim, o acesso a documentos ou, ainda mais grave, a algo que se assemelha às práticas criminosas das milícias cariocas tão caras à família Bolsonaro, que é a intimidação de testemunhas.

A ridícula manifestação da AGU dizendo que não é possível concluir que o assombroso aumento do desmatamento no Brasil é reflexo do governo Bolsonaro, tendo Salles à frente do ministério do Meio Ambiente, não deixa de ser emblemático, pois mostra que temas como este, que são tratados por Bolsonaro como joia da coroa, têm absoluto domínio do próprio presidente da República.

E a partir disso, toda uma cadeia nociva ao meio ambiente é acionada por interesses textuais da presidência.

Mesmo que Salles deixe o ministério, por pressão do Ministério Público, Bolsonaro terá no meio de seu círculo chamado de ideológico alguém que cumpra o mesmo papel sujo do atual ministro que, se puder, aprofunde ainda mais o ataque a normas e regulamentações ambientais, passando uma boiada ainda mais devastadora.

O que não pode mais acontecer nesse país é seguir nesse faz de conta em que Bolsonaro utiliza seus ministros como mambembes nas pastas que lhes são de interesse primeiro, pois assim assistiremos uma reposição de peças que tem a chave da engrenagem na mão do próprio mandante do governo.

*Da redação

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Por Celeste Silveira

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