Ano: 2020

Moro demorou 16 meses para descobrir em 24 horas que Bolsonaro não valia nada e vice-versa

Que essa guerra entre Bolsonaro e Moro tem todos os componentes da fábula do escorpião e do sapo, disso não há dúvida, o difícil é saber nessa história quem é o escorpião e quem é o sapo. Moro só se tornou ministro porque Bolsonaro ganhou a eleição, e este só ganhou a presidência porque Moro condenou e prendeu Lula sem provas. Ainda assim , se não fosse o TSE, mesmo preso, Lula venceria a eleição, ainda no primeiro turno, como apontaram pesquisas. Ou seja, a chegada desses dois ao poder foi uma fraude produzida em sociedade.

Se o raciocínio não partir daí, não se saberá a origem da tragédia porque passa o Brasil, porque para o lado de Bolsonaro e Moro o que se tem é um terreno pantanoso com duas pessoas em busca do poder, que se uniram para, juntas, darem um golpe 2.0 na democracia brasileira. o resto é conversa mole.

Muito se falava que a escumalha golpista, depois do golpe em Dilma, não aceitaria não a volta do PT ou de Lula, mas a volta da democracia. A direita no Brasil sempre chegou ao poder de forma rasteira, para dizer o mínimo. Mas o golpe faz parte do manual estratégico da direita brasileira que pode ser ou não usado, dependendo da situação, com diferenças e circunstâncias proporcionais ao momento.

O que se pode afirmar é que se em 1964 a elite brasileira usou os militares sempre obedientes aos donos do dinheiro grosso, contra Dilma e, em seguida, contra Lula, a ponta de lança da escória golpista, também comandada pela oligarquia, foi o sistema de justiça.

Agora, o que se tem é uma disputa entre essas duas representações da oligarquia, Bolsonaro representando a xepa de 1964 e Moro, a escória do judiciário, logicamente incluindo boa parte do Ministério Público Federal.

O interessante é que, se no método, esses dois universos mostram formas diferentes de agir para se chegar ao poder, na prática política, utilizam a mesma linha de ação. Foi aí que Bolsonaro e Moro se bicaram, cada um utilizando o governo para buscar uma situação de futuro político imperante sobre o outro. É lobo comendo lobo.

Os dois chegaram no governo com um cálculo político, tentando utilizar a sua cadeira para minar a do oponente.

Agora, depois do problema ser escancarado através da disputa do comando da Polícia Federal que, no acordo entre os dois vigaristas, coube a Moro, o caso veio a público e, depois de 16 meses de governo, Moro descobriu em 24 horas, na sua saída do ministério da Justiça, que Bolsonaro não valia nada, assim como o inverso. Bolsonaro ainda tem a cara de pau de se dizer traído por Moro, como se não soubesse com que bisca estava lidando. Essa gente é mesmo invertebrada.

Enquanto segue essa guerra aonde não há virtudes nem na origem e, muito menos em sua trajetória, o Brasil se transforma na grande vítima, reflexo de um comportamento do nosso darwinismo político. Cada um defendendo suas fronteiras, esses dois grupos corporativistas, farda e toga, fazem não só a economia como a própria pandemia do coronavírus, se agravar e se adensar de forma constante em que o valor da vida das pessoas no Brasil é nenhum e os rumos da economia apontando para uma tragédia sem precedentes.

Por isso, não dá para tratar esse momento olhando apenas para o discurso oficial dos gladiadores, os dois se uniram para construir, através de um comportamento político imundo, a naturalização da perversidade, Moro como juiz da Lava Jato e suas práticas de milícia institucional e Bolsonaro, utilizando o mesmo expediente com a milícia informal. É sob essa bomba relógio e as mazelas que ela traz é que a crise política no país se agrava e não se pode esperar nada de melhoras se os dois, Moro e Bolsonaro, não morrerem abraçados, porque qualquer um dos lados que reinar, a democracia, o Brasil e, sobretudo o povo brasileiro é que pagarão.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Bolsonaro apresenta seu terceiro exame ao STF sem seus dados pessoais

Por que o terceiro exame de Bolsonaro não tem os dados dele?

O exame que Jair Bolsonaro fez para a Covid-19 na Fiocruz, um dos três que ele apresentou ao Supremo Tribunal Federal, não tem informações pessoais de Bolsonaro, como CPF, RG, data de nascimento, que vinculem o laudo médico ao chefe do Executivo.

No papel da Fiocruz, Bolsonaro aparece apenas uma identificação de nome: “paciente 5”. Nos dois exames do Sabin constam os pseudônimos “Airton Guedes” e “Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz”, mas em ambos constam dados pessoais de Bolsonaro. O teste da Fiocruz foi o último a ser entregue ao Supremo, na manhã desta quarta-feira.

“O que pode se dizer é que, pelo documento sozinho, não há garantia que o laudo é ou não é do presidente”, avaliou o professor de proteção de dados pessoais Alexandre Pacheco da Silva, da FGV Direito São Paulo, ao jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski determinou, nesta quarta-feira, a divulgação dos exames a que Jair Bolsonaro se submeteu para verificar se havia contraído a Covid-19.

Veja os dois exames anteriores:

 

 

*Com informações do 247

Estados e municípios negam plano de isolamento e Teich cancela apresentação

O ministro da Saúde, Nelson Teich, cancelou a apresentação que faria hoje de seu plano com diretrizes de isolamento social para estados e municípios devido ao novo coronavírus. A medida ocorreu depois que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) reprovaram o estudo.

A coletiva de imprensa, marcada para as 17h de hoje, foi cancelada dez minutos antes de ocorrer. O órgão e o ministro já estavam se desentendendo desde segunda-feira sobre o plano.

No início da semana, o presidente do Conass, Alberto Beltrame, disse ao UOL que esse não era o melhor momento para a apresentação de um plano sobre níveis de isolamento.

Segundo Beltrame, tal medida poderia provocar uma flexibilização do isolamento, no momento em que os casos de coronavírus estão aumentando, e passar uma mensagem dúbia à população. Para Beltrame, agora “é hora de cuidar das pessoas”.

“Não pedimos ao ministério uma flexibilização do isolamento. Pedimos o apoio às medidas de isolamento social, mesmo que não fossem uniformes no Brasil inteiro. O plano de Teich é complexo e exige uma grande quantidade de informações sobre o sistema de saúde dos estados e municípios que ainda não estão disponíveis, como o número de testes”, disse.

O plano de Teich fixava diretrizes para estados e municípios, em suas decisões sobre medidas de isolamento social contra o novo coronavírus. Ele não teria caráter obrigatório, mas funcionaria como uma orientação.

O estudo previa um sistema de pontos baseado em quatro critérios: capacidade hospitalar instalada, contexto epidemiológico, velocidade de crescimento e índices de mobilidade urbana.

O resultado seria colocado em cinco níveis diferentes de risco: risco muito baixo, risco baixo, risco moderado, risco alto e risco muito alto. Para cada nível de risco, a recomendação de distanciamento seria diferente.

Na segunda-feira, Teich disse que seu plano não era político, nem recomendava a flexibilização do isolamento.

Em nota, a pasta comunicou nesta quarta-feira que a coletiva foi cancelada porque o Ministério da Saúde “aguarda a pactuação da estratégia de gestão de riscos junto a estados e municípios”.

Desde o último sábado, a estratégia tem sido debatida com os conselhos dos secretários de saúde estaduais e municipais, o Conass e o Conasems. O objetivo era ter um plano construído em consenso. No entanto, esse entendimento não foi obtido nas reuniões conduzidas até o momento”, informou a pasta.

O ministério acrescentou que, “devido a complexidade de organização de orientações para um país continental, observando as diversas realidades locais e cenários diferenciados em relação ao Covid-19, a discussão entre Ministério da Saúde, Conass e Conasems sobre diretrizes será aprofundada”.

“A ação conjunta tem por objetivo auxiliar a tomada de decisão dos gestores locais em resposta a pandemia de Covid-19 em nível local”, disse.

 

 

*Com informações do Uol

‘Milícia Armada’, é como o MP chama acampamento bolsonarista e pede busca e apreensão de armas

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou ação civil pública na Justiça pedindo o desmonte do acampamento de apoiadores de Jair Bolsonaro na capital federal.

O MPDFT chama o grupo de “milícia armada” e colocam como ré na ação a porta-voz do acampamento, a ativista Sara Fernanda Giromini, que se autodenomina Sara Winter.

Na ação, os promotores de Justiça Flávio Augusto Milhomem e Nísio Tostes Filho também pedem uma revista de seus integrantes para verificar se há armas de fogo com os manifestantes e a busca e apreensão de armas em situação irregular.

Segundo reportagem da BBC Brasil, Sara Winter admitiu que o acampamento tem armas de fogo.

“Em nosso grupo, existem membros que são CACs (sigla para Colecionador, Atirador e Caçador), outros que possuem armas devidamente registradas nos órgãos competentes. Essas armas servem para a proteção dos próprios membros do acampamento e nada têm a ver com nossa militância”, disse a militante de extrema direita. Na semana passada, parlamentares do PSOL pediram a abertura de um inquérito para apurar a atuação de Sara Winter pelo crime de “formação de milícia”.

“Em todos os nossos comunicados dizemos claramente utilizamos técnicas de ação não violenta e desobediência civil. O que tem a ver ação não violenta com armas? Engraçado como a alcunha de milícia paramilitar foi rapidamente nos atribuída, mas jamais passou perto dos militantes do MST, que carregam armas e facões”, questionou ela à BBC.

 

 

*Com informações do 247

Coronavírus: o avanço silencioso da covid-19 em frigoríficos do Brasil

O Rio Grande do Sul registrou surtos de covid-19 em pelo menos 12 frigoríficos.

Já são quase 250 casos confirmados entre funcionários e cerca de 20 mil trabalhadores expostos, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde.

O rápido aumento de infecções preocupa as autoridades de saúde porque este é um segmento intensivo em mão de obra – e sua própria estrutura operacional favorece a disseminação do novo coronavírus.

O setor emprega 65 mil pessoas no Estado, calcula a procuradora do trabalho Priscila Dibi Schvarcz, que coordena o Projeto de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos.

Por estar incluído na lista de atividades essenciais, ele não foi obrigado pelos decretos de quarentena a suspender os trabalhos.

Devido à multiplicação de casos em poucos dias, entretanto, nas duas últimas semanas pelo menos 4 fábricas tiveram de interromper a produção – total ou parcialmente.

Na quinta e sexta-feira da última semana, o Tribunal de Justiça do RS determinou a paralisação integral de um frigorífico da BRF na cidade de Lajeado e parcial de uma unidade da Minuano na mesma cidade, que deve operar com 50% da mão de obra por duas semanas.

ias antes, a empresa Nicolini havia informado decisão de fechar por três dias a unidade em Garibaldi para limpeza das áreas internas e externas depois de registrar 60 casos de covid-19 entre os 1,5 mil funcionários. As medidas foram firmadas por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT-RS).

No fim de abril, uma fábrica da JBS em Passo Fundo foi interditada pela Justiça após o registro de 62 casos entre 2,4 mil trabalhadores. A empresa havia obtido uma liminar para retomar as atividades na unidade, mas na última quinta-feira (07/05) a prefeitura de decidiu manter a interdição.

Passo Fundo, que contabiliza pouco mais de 200 mil habitantes, está “empatada” com Porto Alegre em número de mortes causadas pela covid-19 – foram 18 até o dia 11/05.

O volume de casos é cerca de metade (267) do registrado na capital (529), mas, por se tratar de um município menor, a incidência é bem mais elevada: são 135,7 casos a cada 100 mil habitantes, ante 35,8 a cada 100 mil habitantes na capital.

Trabalho ‘ombro a ombro’

A dinâmica de trabalho nos frigoríficos, por suas próprias características, favorece a disseminação do novo coronavírus, pondera a procuradora Priscila Dibi Schvarcz.

O setor é intensivo em mão de obra – são centenas e às vezes milhares de trabalhadores em algumas unidades, muitos trabalhando “ombro a ombro”, muito próximos, diante das esteiras por onde passa a proteína animal que eles têm de cortar ou desossar, por exemplo.

“Além disso, há um problema de renovação de ar principalmente nos ambientes refrigerados, em razão das próprias normas sanitárias que regulam a qualidade do produtos.”

 

 

*Da BBC Brasil

Bolsonaro anuncia fim das reuniões ministeriais e diz que general Ramos se equivocou sobre menção à PF

E assim segue o que disse me disse no Palácio do Planalto, a cada dia, uma nova confusão. Os próximos capítulos dirão qual será o final da novela “Governo Bolsonaro”.

Presidente insiste que não falou em Polícia Federal, mas sobre sua segurança pessoal, e que cobrança foi a Heleno (GSI), não a Moro (Justiça).

Bolsonaro disse nesta quarta-feira (13) que seu ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, “se equivocou” ao dizer que houve menção à Polícia Federal na reunião ministerial de 22 de abril.

A Folha mostrou que os depoimentos prestados nesta terça (12) por Ramos e o general Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), conflitam com a versão de Bolsonaro sobre a citação à PF no encontro de ministros.

Segundo eles, Bolsonaro mencionou o nome da PF ao cobrar relatórios de inteligência.

Nesta terça, Bolsonaro declarou em entrevista: “Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras”.

A declaração foi reiterada de maneira contundente nesta quarta, quando ele afirmou que “vão cair do cavalo sobre o vídeo”.

“Eu não falo Polícia Federal. Não existem as palavras Polícia Federal em todo o vídeo. Não existe a palavra superintendência. Não existe a palavra investigação sobre filho. Falo sobre segurança da família e meus amigos. Ou você acha que não há interesse em fazer uma maldade com um filho meu?”

Bolsonaro disse que sua segurança pessoal e de sua família é responsabilidade do GSI e que, por isso, dirigiu-se a Heleno e não ao então ministro da Justiça, Sergio Moro, a quem a PF é subordinada, no momento da cobrança.

“Não falei o nome dele [de Moro] no vídeo. Eu falei a minha segurança pessoal no Rio de Janeiro. A PF não faz a minha segurança pessoal, quem faz é o GSI. O ministro é o Heleno”, disse o presidente.

Bolsonaro, então, foi questionado se havia cogitado demitir Heleno. “Não, não vou entrar em detalhe, tá? Quem faz a minha segurança é ele, quem faz a minha segurança ele. O vídeo está bem claro, a reunião está clara”, declarou o chefe do Executivo.

De acordo com Ramos, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro “se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros”​.

Segundo ele, Bolsonaro ainda “acrescentou que, para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro”.

“Vocês precisam estar comigo”, disse Bolsonaro, de acordo com o depoimento do ministro Ramos, a que a Folha teve acesso. Assim como na terça, nesta quarta-feira o presidente voltou a negar qualquer menção à Polícia Federal.

“O Ramos se equivocou. Mas como é reunião, eu tenho o vídeo. O Ramos, se ele falou isso, se equivocou”, afirmou.

Ainda pela manhã, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse em uma rede social que Heleno, Ramos e o ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, que também prestou depoimento à PF na terça-feira, falam a verdade.

“Quem alinha discurso é bandido. Homens de honra, como Augusto Heleno, Braga Netto e Ramos, falam a verdade e cumprem a missão”, escreveu Mourão em sua conta no Twitter. ​

Diante dos desdobramentos da reunião de 22 de abril, Bolsonaro já não permitiu a gravação da reunião desta terça-feira e anunciou que não realizaria mais reuniões do conselho do governo,

colegiado que reúne todos os ministros.

Segundo Bolsonaro, as reuniões agora serão individuais. Uma vez por mês, após a cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional em frente ao Palácio do Alvorada, ele afirmou que tomará um café da manhã com sua equipe, o que chamou de “uma confraternização mensal de ministros”.

Bolsonaro também afirmou que, por ele, o vídeo da reunião do dia 22 pode ser divulgado, mas apenas o trecho que é alvo do processo.

“Vou levar, aproveitando a tua sugestão aí, ao AGU [advogado-geral da União], o ministro [José] Levi, se a gente pode divulgar essa parte. Se eu não me engano, o Celso de Mello [ministro do STF] ontem oficiou aí o advogado do Moro, a AGU e a Justiça exatamente para ver se a gente entra nessa linha para divulgar, mesmo com os palavrões que eu falo sempre”, disse Bolsonaro.

Segundo pessoas que tiveram acesso à gravação do vídeo, Bolsonaro vinculou a mudança do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro a uma proteção de sua família, em reunião ministerial gravada pelo Planalto no dia 22 de abril.

De acordo com esses relatos, Bolsonaro usou, na reunião, o verbo “foder” ao falar do impacto de uma possível perseguição a seus familiares.

Ele então disse que, antes disso, trocaria todos da “segurança” do Rio, o chefe da área e até o ministro –na época, o da Justiça era Sergio Moro, que deixou o governo dois dias depois daquela reunião ministerial. Na interpretação de quem assistiu ao vídeo, as palavras foram um recado a Moro.

O presidente, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação, disse que não poderia ser “surpreendido” porque, de acordo com ele, a PF não repassava informações.

A transcrição do depoimento prestado pelo ministro Augusto Heleno informa que, no entender da Procuradoria-Geral da República, Jair Bolsonaro falou em “proteger familiares e amigos” ao se referir ao superintendente do Rio de Janeiro na reunião de 22 de abril.

Em um trecho do documento oficial da PF está escrito que Heleno foi “perguntado sobre uma fala do presidente no vídeo” da reunião ministerial citada pelo ex-ministro Sergio Moro como palco de uma ameaça a ele.

Segundo o documento, Bolsonaro “no entender da PGR, se referia ao superintendente do Rio de Janeiro, em que o presidente fala em proteger familiares e amigos”. O texto não diz se a PGR refere-se à Superintendência da PF ou da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no estado.
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O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira (12) na PF em Brasília. Moro acompanhou presencialmente a exibição ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal e da PF.

A gravação, ainda sob sigilo, é parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações de interferência na Polícia Federal que Moro fez a Bolsonaro.

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira na Polícia Federal em Brasília. Sergio Moro acompanhou presencialmente ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal, além de policiais federais.

O vídeo do encontro, ainda sob sigilo, faz parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações que Moro fez a Bolsonaro de interferência na Polícia Federal. O ex-juiz da Lava Jato deixou o Ministério da Justiça no dia 24 de abril acusando o presidente.​

Após apuração da PF, a PGR avalia se haverá acusação contra Bolsonaro. Caso isso ocorra, esse pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade, com voto de dois terços.

Em caso de autorização, a denúncia vai ao STF —que, se aceitar a abertura de ação penal, leva ao afastamento automático do presidente por 180 dias, até uma solução sobre a condenação ou não do investigado.​
Demitidos no governo Jair Bolsonaro
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Na entrevista desta quarta-feira, Bolsonaro ainda mencionou a redução salarial de 25% para jornalistas durante a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. “Inclusive aí, aproveitar o momento, eu tô apurando: Globo, Folha, Estadão e Jornal do Commercio. Salário reduzido em 25%. É isso mesmo?”, disse.

“É isso mesmo? Repetir: Globo, Estadão, Folha e Jornal do Comércio, redução de 25% do salário. Tem colegas de vocês, se for verdade, parece que é, que vai ter dificuldades de pagar aluguel, pagar escola para o filho. Tá todo mundo pagando a conta alta dessa irresponsabilidade de se tratar uma coisa séria, que é o víris, que mata gente. Vamos tratar com responsabilidade isso aí sem matar empregos”, afirmou o presidente.

Algumas empresas jornalistas já aderiram à medida provisória do governo que autoriza a suspensão de contratos ou redução de salários e jornadas de trabalhadores durante a crise provocada pelo coronavírus.

Outras empresas da área, como a Folha, estão em processo de negociação. O número de trabalhadores formais que tiveram salários e jornadas reduzidos ou contratos suspensos após a crise do coronavírus ultrapassou 7 milhões na segunda-feira (11), segundo o Ministério da Economia.​ Pelo menos 600 mil empresas aderiram, de acordo com os últimos dados do governo.

Até agora, não houve movimentos para redução de salários do presidente Bolsonaro e de servidores do Executivo durante a crise.

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*Com informações de Daniel Carvalho/Folha

Bolsonaro x Moro, o fim da sociedade de duas serpentes que levaram o Brasil a uma tragédia humana

A pergunta que se faz nessa difusão de escândalos sobre Bolsonaro, a partir do rompimento do contrato de sociedade entre ele e Moro, é saber qual dos dois sócios é pior.

Na verdade, sem a cobertura da mídia, é claro, o alto grau de coincidência das práticas de Moro reveladas pelo Intercept com a Vaza Jato, como o que está boiando e fedendo sobre as práticas de Bolsonaro, impressiona.

Não é que elas pareçam iguais, elas são idênticas. Na realidade, uma complementa a outra. Na época em que era juiz, Moro operava contra o PT, junto com Dallagnol, Carlos Fernando, Januário Paludo e demais procuradores, com a mesma desenvoltura com que Bolsonaro opera com Carlos, Eduardo e Flávio, a tríade de vigaristas, os quais ele fez a sua imagem e semelhança.

Trocando em miúdos, a Gênesis da Lava jato e do governo Bolsonaro tem a mesma pulsação, o mesmo DNA, as mesmas práticas de uso da mídia para conseguir, diante da sociedade, a percepção de que os dois vigaristas,  Moro e Bolsonaro, representavam, primeiro, o combate à corrupção (pode gargalhar). Segundo, é o tratado entre essas duas versões de uma mesma prática criminosa que culminou numa sociedade não de uma empresa ou de um negócio qualquer, mas de um governo, pelo menos do ponto de vista institucional, porque, na prática, foi um acordo entre duas milícias, a da república de Curitiba com a de Rio das Pedras, formando uma única e espessa coluna de contravenção em que cada um, a partir de sua destreza no banditismo, dentro ou fora do Estado, contribuiu para formar a escumalha que aí está.

A relação entre Bolsonaro e Moro tem que ser tratadas a partir daí, porque ela permaneceu até que um quis ficar maior que o outro. Deu no que deu.

A desintegração dessa sociedade se deu porque Moro quis uma fatia integral do bolo, oferecida a ele por Bolsonaro em troca da cabeça de Lula. E é bom acrescentar um dado fundamental, o papel da Polícia Federal nesse jogo armado pelos dois pilantras, Moro e Bolsonaro que diz respeito ao uso de uma delação de Palocci contra lula, encomendada por Moro, para atingir Haddad, na véspera do segundo turno da eleição presidencial.

Isso é mais do que cristalino. Por isso é difícil encontrar diferença entre Moro e Bolsonaro no aparelhamento da PF. Ou seja, esse aparelhamento de Bolsonaro na PF apontado por Moro, não é exceção, ao contrário, quem hoje aponta o dedo para o outro, quando Moro acusa Bolsonaro dessa prática, na verdade, Bolsonaro só repete as suas práticas, práticas estas que Moro utilizou contra Lula no Ministério Público e no TRF-4 .

Como bem disse Wadih Damous, Moro tem o sistema de justiça nas mãos, por isso é mais canalha, é mais perigoso, é mais frio e não menos pilantra do que o tenente expulso do exército por seu envolvimento com garimpo ilegal, quando  utilizou dois subalternos das Forças Armadas.

Fica claro que nessa guerra entre duas serpentes, Moro e Bolsonaro, estamos diante do clássico bangue-bangue sem mocinho. São modelos que correm emparelhados e em suas relações políticas na busca pelo domínio de um mesmo território, fizeram uma sociedade que se rompeu e, assim como em qualquer guerra entre milícias, um condena o outro à morte.

Assim, sobra para o outro capítulo desse folhetim policialesco a pergunta: como se chegou a esse esgoto em que dois ratos emergem do que existe de mais fétido na escória da sociedade e se transformam em personagens símbolo da moralidade do combate à corrupção, da religião, da família, da justiça e do patriotismo chegando ao poder máximo da República?

Daí dá para se ter uma ideia do que há nesse universo, uma podridão muito maior em que, como sempre, a batuta e o diapasão da Globo tem a voz de comando em nome do intermúndio do grande capital.

Moro é tão responsável quanto Bolsonaro pela tragédia humana produzida pelo coronavírus no Brasil. Se não fosse Moro, Bolsonaro não estaria no poder. É um monstro que saiu de dentro do outro e que causam tantas vítimas fatais que poderiam ter suas vidas poupadas se o governo fosse outro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Conflitos entre Depoimentos de Ramos e Heleno com versão de Bolsonaro sobre menção à PF

Segundo ministros, presidente falou na corporação ao pedir relatórios de inteligência.

Os depoimentos dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) à Polícia Federal conflitam com a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que não citou o nome da corporação na reunião ministerial de 22 de abril.

Segundo os dois ministros militares, que prestaram depoimento nesta terça-feira (12), Bolsonaro mencionou o nome da PF ao cobrar relatórios de inteligência. Nesta terça, Bolsonaro declarou em entrevista: “Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras”.

De acordo com Ramos, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro “se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros”​.

Segundo ele, Bolsonaro ainda “acrescentou que, para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro”.

“Vocês precisam estar comigo”, disse Bolsonaro, de acordo com o depoimento do ministro Ramos, a que a Folha teve acesso.

A mesma versão de Ramos foi dada por Augusto Heleno. Em seu depoimento, o chefe do GSI disse que Bolsonaro, na reunião, cobrou “de forma generalizada” todos os ministros da área de inteligência, “tendo também reclamado da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo decisões específicas sobre sua segurança pessoal, sobre a Abin, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa.”

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira na Polícia Federal em Brasília. Sergio Moro acompanhou presencialmente ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal, além de policiais federais.

O vídeo do encontro, ainda sob sigilo, faz parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações que Moro fez a Bolsonaro de interferência na Polícia Federal. O ex-juiz da Lava Jato deixou o Ministério da Justiça no dia 24 de abril acusando o presidente.​

Após apuração da PF, a PGR avalia se haverá acusação contra Bolsonaro. Caso isso ocorra, esse pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade, com voto de dois terços.

Em caso de autorização, a denúncia vai ao STF —que, se aceitar a abertura de ação penal, leva ao afastamento automático do presidente por 180 dias, até uma solução sobre a condenação ou não do investigado.​

“A reunião ministerial sai muita coisa. Agora, não é para ser divulgado. A fita tinha que ser, inclusive, destruída após aproveitar imagens para divulgação, ser destruída. Não sei por que não foi. Eu poderia ter falado isso, mas jamais eu ia faltar com a verdade. Por isso resolvi entregar a fita. Se eu tivesse falado que foi destruída, iam fazer o quê? Nada. Não tinha o que falar”, disse Bolsonaro.

Segundo pessoas que tiveram acesso à gravação da reunião ministerial, Bolsonaro vinculou na ocasião a mudança na Superintendência da PF do Rio de Janeiro a uma proteção de sua família.

Ramos disse que entendeu que o presidente falava de sua segurança pessoal ao citar a troca de ministro. Ele disse que a referência, neste caso, estaria sendo feita a Heleno, e não a Moro.

“Se ele não tivesse satisfeito com a sua segurança pessoal realizada no Rio de Janeiro, ele trocaria inicialmente o chefe de segurança e, não resolvendo, trocaria o ministro, e nesse momento olhou em direção ao ministro Heleno”, disse Ramos, afirmando ainda que Moro estava sentado “em lado oposto” ao chefe do GSI.

De acordo com os relatos à Folha, Bolsonaro usou, na reunião, o verbo “foder” ao falar do impacto de uma possível perseguição a seus familiares.

O presidente então disse que, antes disso, trocaria todos da “segurança” do Rio, o chefe da área e até o ministro —na época, o da Justiça era Sergio Moro, que deixou o governo dois dias depois daquela reunião ministerial. Na interpretação de quem assistiu ao vídeo, as palavras foram um recado a Moro.

Bolsonaro, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação, disse que não poderia ser “surpreendido” porque, de acordo com ele, a PF não repassava informações.

Em depoimento, o titular da Secretaria de Governo confirmou que o ex-ministro da Justiça o procurou após estar com Bolsonaro às vésperas de sua saída do governo. Ele afirmou que chegou a tentar achar uma solução para o impasse sobre a mudança na diretoria-geral da PF e que nunca levou a contraproposta feira por Moro a Bolsonaro.

Ramos afirmou que a intenção do presidente na troca na PF foi “dar sangue novo” à corporação. O ministro disse ainda que, antes do depoimento desta terça, viu o vídeo da reunião do dia 22.

Após o depoimento, Ramos pediu para a PF alterar trechos de suas declarações. Num deles, ele inicialmente havia afirmado que “não” foi falado pelo presidente que se não pudesse trocar o diretor-geral, trocaria o ministro. O ministro, sob protesto da defesa de Moro, pediu para trocar a negativa pela expressão “não se recorda”.

 

 

*Renato Onofre/Folha

Bolsonaro fez ‘varredura’ em vídeo antes de entregar a gravação ao Supremo

Presidente fez questão de assistir todo material para ‘garantir’ que não teria falado nada que, na sua avaliação, pudesse incriminá-lo.

Antes de entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, citado por Sergio Moro, Bolsonaro fez questão de assistir todo material, para “garantir” que não teria falado nada que pudesse incriminá-lo, ao menos em sua avaliação.

A gravação não passou apenas pelo escrutínio do presidente. Nomes de confiança de Bolsonaro, como o do ministro da Secretaria-Geral da presidência, Jorge Oliveira, viram muitas vezes o material.

A Advocacia-Geral da União (AGU) também analisou detalhadamente a gravação antes dela chegar ao Supremo.

Além das falas de Bolsonaro e dos ministros, assessores do presidente analisaram até as conversas paralelas captadas pelos microfones.

Integrantes do Palácio trabalharam em cima do vídeo por cerca de três dias e chegaram à conclusão de que o material poderia ser liberado.

Apesar de ter muitos conteúdos “sensíveis” ao governo, a avaliação do grupo foi que as falas do presidente não trazem crimes. Investigadores, porém, não tem essa certeza.

Bolsonaro disse a interlocutores que essa seria a “última cartada” de Moro contra ele. O presidente tem se defendido sobre o conteúdo gravado, afirmando que não cita as palavras “Polícia Federal” e “superintendente” no encontro.

 

 

*Bela Megale – O Globo

 

Braga Netto: Bolsonaro se queixava de inquérito da PF sobre porteiro do seu condomínio

O ministro da Casa Civil, Braga Netto, afirmou em depoimento nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro “se queixava” do inquérito da Polícia Federal sobre as declarações do porteiro de seu condomínio.
 
O porteiro do condomínio onde mora Bolsonaro havia prestado depoimento no inquérito do caso Marielle afirmando que um dos acusados de assassinar a vereadora esteve no condomínio no dia do crime e teria informado na portaria que se dirigia à casa onde mora Bolsonaro.
 
Após a divulgação do depoimento, o então ministro da Justiça Sergio Moro determinou que a Polícia Federal abrisse inquérito para apurar as declarações do porteiro e ele voltou atrás em suas acusações.
 
“Questionado especificamente sobre eventuais investigações que incomodavam o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, recorda-se apenas que o presidente Jair Bolsonaro ‘se queixava’ de não terem sido esclarecidos por completo os fatos relacionados ao porteiro de seu condomínio, nem muito por ele, mas por se tratar de fatos relacionados ao cargo de presidente da República”, afirmou Braga Netto.
 
Sobre a reunião do conselho de ministros, Braga Netto afirmou que as declarações de Bolsonaro sobre a troca da “segurança do Rio de Janeiro” não se referiam à Polícia Federal, mas sim a uma intenção do presidente de trocar seu segurança pessoal no Rio de Janeiro.
 
A versão de Braga Netto contradiz a da defesa de Sergio Moro e de investigadores, que viram na fala do presidente uma pressão para trocar o chefe da PF no Rio de Janeiro.
 
Segundo pessoas que assistiram ao vídeo, essa mudança teria o objetivo de evitar que seus familiares e amigos fossem prejudicados.
 
*Com informações de Aguirre Talento, Bela Megale e Daniel Gullino/Extra.