Ano: 2020

Vídeo: Cabos eleitorais de Flávio Bolsonaro foram pagos por Queiroz com caixa 2 em 2018

O policial militar aposentado Fabrício Queiroz pagou com dinheiro de caixa 2 pelo menos quatro cabos eleitorais da campanha de Flávio Bolsonaro ao Senado, em 2018. Os pagamentos constam da quebra de sigilo bancário de Queiroz, determinada pela Justiça do Rio de Janeiro no âmbito da investigação do caso da rachadinha e obtida pelo UOL.

A reportagem confirmou com exclusividade que essas pessoas trabalharam para a campanha de Flávio Bolsonaro, por meio de entrevistas gravadas, textos e vídeos publicados em redes sociais.

Foram 15 transferências bancárias da conta de Queiroz para essas pessoas, no total de R$ 12 mil, entre 3 de setembro e 8 de outubro de 2018, período de campanha eleitoral até o dia seguinte ao primeiro turno. Nenhum dos pagamentos foi declarado à Justiça Eleitoral — nem entre as receitas, na forma de doação de Queiroz para a campanha, nem entre os gastos — o que configura caixa 2, de acordo com a legislação eleitoral e especialistas ouvidos pelo UOL.

Ainda no período eleitoral, Queiroz sacou R$ 63,8 mil em dinheiro — sendo 11 saques de R$ 5 mil cada e outros de menor valor. Não há evidências de como o valor foi utilizado.

O dinheiro saiu de uma conta bancária pessoal de Queiroz, a mesma na qual ele recebeu pagamentos de assessores do gabinete de Flávio Bolsonaro no caso da rachadinha — repartição ilegal de salários de funcionários do gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou Flávio, Queiroz e outras 15 pessoas pela prática dos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita, entre os anos de 2007 e 2018.

Somente em setembro e outubro, período relativo à campanha eleitoral de Flávio Bolsonaro em 2018, Queiroz recebeu ao menos R$ 49 mil de cinco assessores, segundo dados do MP-RJ. Na época, o filho do presidente estava filiado ao PSL. Hoje, o senador é filiado ao partido Republicanos. A campanha de Flávio ao Senado recebeu, oficialmente, R$ 712 mil e contratou R$ 491 mil em despesas.

A investigação do MP-RJ já mostrou que Queiroz usou o dinheiro do esquema da rachadinha para pagar ao menos R$ 261 mil das despesas pessoais de Flávio Bolsonaro e sua família, a exemplo de contas do plano de saúde e mensalidades da escola das filhas. Descobertos pela reportagem do UOL em meio aos dados da quebra de sigilo bancário do PM aposentado, esses pagamentos a cabos eleitorais revelam agora o primeiro indício de que o mandato de senador de Flávio foi obtido com ajuda de caixa 2.

Procurado pelo UOL, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que desconhece pagamentos feitos fora da determinação legal e diz que todas as despesas de sua campanha foram registradas na Justiça Eleitoral.

“Todos os pagamentos da campanha de 2018 foram registrados junto à Justiça Eleitoral e estão dentro das regras. O senador Flávio Bolsonaro desconhece qualquer tipo de pagamento que não tenha cumprido as determinações legais”, disse a assessoria, em nota. “Quaisquer insinuações de irregularidade na campanha são mentirosas, não passam de ilações mal-intencionadas.”

O advogado de Fabricio Queiroz, Paulo Emilio Catta Preta, disse que não conseguiria se posicionar pois seu cliente está incomunicável, cumprindo prisão domiciliar. “Somente poderei tratar desses temas na minha próxima visita pessoal”, afirmou.

Quarteto de mulheres

Queiroz fez dez pagamentos para Edianne de Abreu, Gaby Damasceno e Larissa Dantas, somando R$ 10.260. As três fizeram parte de um quarteto feminino de cabos eleitorais. Jack Souza era a quarta integrante do grupo. Em um dos depósitos para Gaby, Queiroz fez a anotação “Jack”. O UOL confirmou que as contas bancárias em que o dinheiro caiu pertencem, de fato, às três mulheres. Os nomes delas não aparecem na prestação de contas enviadas pela campanha de Flávio Bolsonaro à Justiça Eleitoral.

A atividade do quarteto de mulheres está extensamente registrada nas redes sociais. Os posts mostram que os adesivos e santinhos entregues por elas eram da campanha de Flávio Bolsonaro, acompanhados de número e imagem da candidatura presidencial do pai. Ao pedir votos para Flávio Bolsonaro, as mulheres também faziam campanha para Jair Bolsonaro.

Em um vídeo de agosto de 2018, Gaby, Larissa, Jack e Edianne se aproximam de uma banca de revista e perguntam se os dois homens que estavam ali dentro eram “Bolsonaro”. Diante da indicação positiva, comemoram e entregam um adesivo da campanha de Flávio para senador e Bolsonaro para presidente. Um cliente da banca diz: “Mas assim vocês vão ganhar muitos votos pro Bolsonaro, hein. Só menina bonita né, fazer o quê?”

Em outro vídeo, as mulheres fazem o gesto de “arminha”, popularizado por Jair Bolsonaro, ao lado de um artista de rua pintado de estátua. Ele segura material gráfico com os números de urna e imagens de Flávio e Jair. Gaby fala: “Bolsonaro! Flávio Bolsonaro”.

“Foram quatro na equipe. Eu e mais três meninas. Trabalhamos dia e noite, sem tempo para dormir, para comer. Na rua, o tempo inteiro, panfletando com os candidatos, rodando os 92 municípios [do Rio de Janeiro] “, disse Gaby Damasceno, por telefone. Segundo ela, o grupo se formou com o propósito de fazer campanha eleitoral, por iniciativa de Edianne. Antes da campanha, Gaby não conhecia Larissa ou Jack.

“Só tinha a gente fazendo isso. A gente era o ponto focal para bandeirar, panfletar, parar rua. Foram 45 dias de sol, chuva. Chegávamos em casa à 0h. E saíamos às 5h da manhã”.

Gaby Damasceno disse que não se lembra dos pagamentos feitos por Queiroz e acrescentou que ele “era um grande amigo para todos”. Edianne desligou o telefone na cara da reportagem. Já Larissa não respondeu. O UOL procurou Jack Souza por meio de seus perfis em redes sociais, mas não obteve resposta.

Queiroz ainda fez cinco depósitos para Bruna Godinho, somando R$ 1.740. Quatro deles tinham a anotação “Deco” ou “Dco”. Este é o apelido de André Machado, marido de Bruna. Ao ser questionada por telefone sobre os valores recebidos de Queiroz, Bruna disse: “É o Fabrício que trabalha com o Flávio Bolsonaro? Meu esposo trabalhou fazendo campanha para ele [Flávio]. Distribuía panfleto, aquelas coisas todas”. Machado não respondeu à reportagem.

 

*Com informações do Uol

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‘Agora deu ruim’: Globo divulga mensagens de ex-assessora de Flávio Bolsonaro

O “Fantástico” divulgou hoje mensagens de texto que teriam sido enviadas por Luiza Sousa Paes, ex-assessora que prestou depoimento e pode ter sido fundamental para o MP (Ministério Público) denunciar o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A denúncia do Ministério Público afirma, segundo o programa, que ela trocou mensagens com o pai assim que as primeiras investigações começaram a sair nos jornais sobre o ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Fabrício Queiroz, em dezembro de 2018.

“Caraca! Tu viu alguma parte do ‘Jornal Hoje’? Bateu direto naquele negócio do Queiroz. Direto isso, a foto dele estampada no ‘Jornal Hoje.’ Agora deu ruim”, escreveu Luiza, segundo mensagem divulgada pelo “Fantástico” a partir de documentos do MP.

Em outra mensagem, de acordo com a Globo, Luiza perguntou ao pai o que fazer com os recibos de depósitos feitos a Queiroz, assim que soube que ela também era alvo das investigações. A ex-assessora também conversou com o advogado de Queiroz e o então advogado de Flávio Bolsonaro, Luis Gustavo Botto Maia.

Nas mensagens de Luiza, mostrou o programa, o pai demonstra preocupação com a filha ainda em dezembro de 2018. “Contanto que te tire disso e esqueça isso de uma vez e a gente possa viver nossa vida normalmente. Ele que invente as estórias dele lá”, escreveu.

Luiza chegou a ser chamada à Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) para preencher a folha de ponto, em janeiro de 2019, que ela diz nunca ter assinado. “Oi, pai. Parece que faltou algum ponto que não está assinado. Só que eu não lembro de ter assinado algum ponto, entendeu?”.

“Eles querem pegar um ‘bucha’ que é para ver se desentoca alguma coisa”, respondeu o pai, de acordo com as mensagens coletadas pelo MP, orientando a filha a não ir para a Alerj.

Luiza e mais 90 pessoas ligadas a Flávio Bolsonaro tiveram seus sigilos bancários quebrados pela Justiça em 2019. Em maio do ano passado, ela enviou a seguinte mensagem ao pai.

“Já viu as notícias? Quebraram o sigilo de um monte de gente. Provavelmente o meu também”, disse a jovem, de acordo com o MP. O pai respondeu: “Já vi e estragou o meu dia isso.”

O caso

De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo nesta semana, Luiza disse no depoimento que nunca atuou como funcionária de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual, mas era registrada na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), recebia salário e repassava mais de 90% do valor para Queiroz.

Além do depoimento, Luiza teria apresentado extratos bancários para comprovar o esquema ilegal, segundo o jornal. Os comprovantes teriam mostrado depósitos e transferências que somariam um desvio total de R$ 160 mil.

Luiza virou assessora de Flávio em agosto de 2011. Ficou no cargo até abril de 2012 e depois teve outros cargos na Alerj. Segundo O Globo, a aproximação com o senador aconteceu por causa da amizade do pai dela com Queiroz. Ela teria pedido um estágio e conseguido a oportunidade. Mas desde o começo teria sido informada que não havia tarefas para ela. Por isso, foi instruída a devolver parte do salário.

Devolução de salário, férias, 13º, IR e vale

Luiza teria dito no depoimento que ficava com apenas R$ 700 por mês. O salário dela, no registro, variou entre R$ 4.966,45 e R$ 5.264,44. Segundo o jornal, ela afirmou também que era obrigada a devolver valores relativos a 13º salário, férias, vale-alimentação e até o valor recebido pela Receita Federal como restituição do imposto de renda.

A devolução desses valores também teria sido explicada no depoimento. Luiza disse, segundo o jornal, que abriu uma conta na agência da Alerj e foi orientada a fazer os saques na boca do caixa, já que no caixa eletrônico há um limite para a retirada. Depois de pegar o dinheiro, ela pedia um depósito para a conta de Queiroz.

Em investigações iniciais, o MP já tinha verificado um total de R$ 155 mil de depósitos dela para Queiroz, a partir das quebras de sigilo bancário. Mas o valor deve ser superior a isso, o que será apurado a partir de agora. De acordo com O Globo, Luiza fez um acordo com o MP para devolver tudo que efetivamente embolsou desde 2011.

Além de falar sobre a própria experiência, Luiza também teria delatado que o esquema acontecia com outras pessoas. O jornal divulgou que ela teria citado as duas filhas mais velhas de Fabrício Queiroz, Nathália e Evelyn, e Sheila Vasconcellos, amiga da família do policial. A investigação já monitorava as três. O MP suspeita que elas tinham devolvido R$ 878,4 mil para Queiroz.

O que as defesas falaram

Luiza disse ao jornal O Globo que não podia se manifestar devido ao sigilo do processo. O advogado dela, Caio Padilha, informou por nota que “não é possível tecer qualquer tipo de comentário extra-autos sobre as fases da investigação”.

A defesa do senador Flávio Bolsonaro não quis falar com o jornal sobre Luiza. Mas já se manifestou sobre a denúncia do MP.

“Dentre vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos, a tese acusatória forjada contra o Senador Bolsonaro se mostra inviável, porque desprovida de qualquer indício de prova. Não passa de uma crônica macabra e mal engendrada. Acreditamos que sequer será recebida pelo Órgão Especial. Todos os defeitos de forma e de fundo da denúncia serão pontuados e rebatidos em documento próprio, a ser protocolizado tão logo a defesa seja notificada para tanto”, informou a defesa de Flávio.

A defesa de Queiroz também afirmou que provará a inocência do ex-policial e comentou sobre Luiza.

“É importante esclarecer que Luiza também é investigada – e agora acusada – sendo certo que o ordenamento legal lhe assegura o direito de apresentar qualquer versão que entenda como favorável à sua defesa, inclusive versão que não condiga com a realidade. É ainda mais importante lembrar que sua versão não tem valor probatório”, disse a defesa do ex-assessor.

 

*Com informações do Uol

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Ibope: Aprovação de Bolsonaro despenca em 7 capitais durante a campanha

Maior variação negativa foi observada em Salvador e em Rio Branco. Houve aumento da aprovação (acima da margem de erro) apenas em Palmas.

A aprovação do governo Bolsonaro caiu em sete capitais após o início da campanha eleitoral. Dados do Ibope das 26 cidades compilados pelo G1 mostram que a avaliação ótima/boa apresentou queda acima das margens de erro nas pesquisas realizadas entre a primeira e a segunda quinzena de outubro.

A maior variação em pontos percentuais ocorreu em Salvador e em Rio Branco, ambas com queda de 7 pontos percentuais. Na primeira rodada das pesquisas, a capital baiana já apresentava o menor índice de aprovação do governo (18%). Agora, a avaliação ótima/boa diminuiu para 11%. Com isso, Salvador acentuou a baixa aprovação do governo entre as capitais. Já Rio Branco registrava 48% de avaliação positiva na primeira rodada, percentual que caiu para 41%.

Avaliação do governo Bolsonaro na segunda pesquisa do Ibope nas capitais em 2020 — Foto: Aparecido Gonçalves/G1

Boa Vista, capital de Roraima, continua com o maior percentual de avaliação ótimo/bom do governo Bolsonaro, mas também houve queda na cidade, com redução de 6 pontos percentuais. Os percentuais de avaliação positiva caíram também acima da margem de erro em Belo Horizonte (- 4 pp), Florianópolis (- 5 pp), Porto Velho (-6 pp) e São Luís (-4 pp).

Somente em Palmas, houve crescimento da avaliação ótimo/bom acima da margem de erro na comparação dos dois períodos. Na primeira rodada, 44% dos eleitores da capital do Tocantins aprovavam o governo Bolsonaro. O índice agora subiu para 50%.

Aumento da avaliação negativa

Apesar da queda dos percentuais de ótimo/bom nas sete capitais, em apenas quatro casos foi observado um aumento simultâneo da avaliação negativa (ruim/péssimo) acima da margem de erro. Foi o caso de Vitória, Rio Branco, Florianópolis e São Luís. Nessa última, o percentual de reprovação subiu de 46% para 54%. Na capital do Espírito Santo, a avaliação negativa subiu de 44% para 51%. A avaliação positiva caiu 4 pontos percentuais em Vitória, dentro do limite da margem de erro.

A avaliação ruim/péssimo do governo em Rio Branco passou de 27% para 36%, aumento de 9 pontos percentuais. Já na capital de Santa Catarina, a avaliação negativa subiu de 47% para 53%.

Nas sete cidades em que houve quedas dos percentuais, o governo ainda mantém percentual maior de aprovação em Rio Branco e Boa Vista. Nas demais, ou a curva mudou ou se acentuou a avaliação negativa.

Variação em pontos percentuais de avaliação do governo Bolsonaro na segunda pesquisa do Ibope nas capitais em 2020 — Foto: Aparecido Gonçalves/G1

Variações no limite da margem

Em Cuiabá, Vitória e São Paulo também houve variação numérica negativa da avaliação ótima/boa, no entanto, no limite da margem de erro considerada para essas cidades. Em Porto Alegre, houve movimento contrário. Foi identificado um crescimento da avaliação ótimo/bom do governo, mas no limite da margem de erro de 3 pontos percentuais.

Para Wladimir Gramacho, cientista político e professor da Universidade de Brasília (UNB), a variação negativa do governo pode estar associada a vários fatores nas diferentes cidades. Para ele, no entanto, dois fatores parecem ser os mais relevantes: as campanhas municipais e a pandemia.

“Em Vitória, Bolsonaro é claramente associado a um candidato que está muito mal na disputa e é associado a um motim que deixou mais de 200 mortos em 2017”, diz Gramacho.

O cientista político lembra ainda a situação em outras capitais cuja queda na avaliação do governo também pode ter relação com a pandemia.

“Em capitais como Florianópolis e Salvador, onde o presidente não enfrenta a oposição de candidatos fortes na eleição, o número de casos de Covid-19 tem crescido muito no último mês, segundo a Fiocruz. Em Salvador, inclusive, o líder nas pesquisas defendeu a vacinação obrigatória contra o novo coronavírus, em posição contrária à de Bolsonaro”, ressalta Gramacho.

 

*Com informações do G1

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A bolsonarista Ana Paula do Vôlei culpa Jane Fonda pela derrota de Trump

Da turma que recebe um cacau para defender Bolsonaro, a postulante principal ao troféu bolsominion patético é, nada menos que Ana Paula do Vôlei, que, agora, merece de todos piedade e compaixão, já que aquela aura de arrogância está numa sofreguidão infinita com a tragédia da derrota de Trump.

Mesmo diante do apatetado Augusto Nunes falando no invejável patrimônio político de Trump, lendo o recadinho de Bolsonaro de que o resultado das eleições norte-americanas não afetaria sua relação com os EUA, ou o cômico jornalista de aluguel, Guilherme Fiuza dizendo que quem venceu a eleição foi o obscurantismo fashion e que os EUA de Trump nunca estiveram divididos, superaram as tolices vaidosas da pretensiosa cucaracha tropical, Ana Paula do Vôlei, idolatrada pelo gado premiado por morar nos EUA.

A ex-jogadora de vôlei, que já apoiou Aécio e outro idiota como Bolsonaro, superou-se na criação de pérolas, mostrando que a imbecilidade é um buraco sem fundo ao afirmar que Jane Fonda, se não é a maior, é uma das maiores culpadas pela derrota de seu mito americano, Donald Trump.

Não dá para dizer mais nada dessa moça, porque se a imbecilidade dela não tem limites, o que deixa o vocabulário incapaz de classificar essa bocó, diante de suas paspalhices.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro grava vídeo em apoio ao candidato Capitão Wagner que comandou o motim criminoso no Ceará

Moro aprendeu rápido com Bolsonaro e, assim como o presidente que barganhou com ele a cabeça de Lula em troca do ministério da Justiça e Segurança Pública, o ex-juiz, que comandou a organização criminosa Lava Jato, já elegeu o seu Adriano da Nóbrega, o capitão Wagner, candidato à prefeitura de Fortaleza, que liderou o motim dos encapuzados da PM no Ceará.

No vídeo, Moro disse que o ato liderado pelo capitão era ilegal, mas mesmo assim, o apoia numa clara disputa com Bolsonaro no coração da PM no Brasil e exalta o líder dos amotinados, dizendo que se reuniu com ele e conseguiu, sem punir ninguém, encerrar o ato criminoso.

É o sonho de Moro sendo cristalizado em ideias, montando casa própria em uma colônia bolsonarista.

Lógico que mexer numa poderosa corporação, cujo predomínio é de Bolsonaro, é uma ambição perigosa. Mas como diz por aí, quando morre um sábio é que nasce um político, Moro quer construir seu próprio clero com gente da “nobreza” da classe que sempre garantiu a Bolsonaro votos para se reeleger inúmeras vezes como deputado e, depois, como presidente.

Agora, Moro parece querer repartir os holofotes com Bolsonaro dentro das corporações militares, uma espécie de movimento separatista que tem o mesmo norte, mas um outro comando. Daí esse rapapé do líder do califado curitibano ao ambicioso candidato à prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner, mirando firme para que seu tiro atinja o alvo e devolva a ele o mesmo apoio quando, em dobradinha com Luciano Huck, quando partir para a disputa do cargo máximo da República, falando o dialeto da milícia.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Esquema criminoso aumentou patrimônio de Flávio Bolsonaro em R$ 1 milhão, diz MP-RJ

Análise dos promotores se concentrou entre 2010 e 2014; denúncia não inclui suposta lavagem com loja de chocolate.

O patrimônio ilícito acumulado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) entre 2010 e 2014 por meio da “rachadinha” somou quase R$ 1 milhão, afirma o Ministério Público do Rio de Janeiro.

O valor consta na denúncia apresentada na última semana ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio contra o filho do presidente Jair Bolsonaro e se refere à diferença entre as despesas da família do senador e a renda declarada pelo casal no período.

O MP-RJ identificou que o casal não teria como explicar gastos que somam R$ 977,6 mil no intervalo de cinco anos. Boa parte deles foi feito por meio de pagamento em dinheiro vivo ou a partir das contas do casal após serem abastecidas por depósitos em espécie.

A defesa do senador nega as acusações afirma que a denúncia contém “erros matemáticos”.​

A acusação não reúne todas as suspeitas que recaem sobre o senador. A movimentação financeira da loja de chocolate de Flávio ainda segue sob investigação. A Promotoria suspeita que ele tenha lavado até R$ 1,6 milhão por meio do estabelecimento.

Flávio, ex-deputado estadual, é acusado de desviar R$ 6,1 milhões dos cofres públicos, valor referente à soma de seus 12 ex-assessores na Assembleia Legislativa do Rio que, de acordo com a Promotoria, não trabalhavam.

Desse total, R$ 2,08 milhões foram repassados para as contas do policial militar aposentado Fabrício Queiroz, apontado como operador financeiro do esquema. Outros R$ 2,15 milhões foram sacados pelos ex-assessores-fantasmas. Os investigadores afirmam que esse dinheiro também foi disponibilizado para a suposta organização criminosa, embora não indiquem evidências da entrega.

Flávio, Queiroz e outras 15 pessoas foram denunciadas sob a acusação de peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. O senador é acusado de liderar uma organização criminosa para recolher parte do salário de seus ex-funcionários em benefício próprio.

De acordo com a Promotoria, o dinheiro recolhido por Queiroz junto aos assessores era usado para quitar despesas pessoais do senador.

O procurador Ricardo Martins, que assina a denúncia, dividiu em três partes o período sob investigação, de 2007 a 2018.

Entre 2007 e 2009, o MP-RJ afirma não ter identificado enriquecimento ilícito do senador. Contudo, aponta que as operações imobiliárias realizadas por Flávio nesse período tiveram como principal cobertura empréstimos feitos por antigos assessores do pai e de seu irmão, Carlos Bolsonaro.

Esses empréstimos, informados no Imposto de Renda à Receita Federal, não aparecem na conta bancária do senador. Eles somam R$ 285 mil e foram feitos em dinheiro vivo, segundo Flávio afirmou em depoimento aos promotores.

O registro dos empréstimos, porém, deu cobertura para a compra de 12 salas comerciais na Barra da Tijuca.

O MP-RJ ainda investiga como os imóveis foram pagos. Martins solicitou ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça para que as construtoras dos imóveis informem o nome dos titulares dos cheques usados para quitar algumas das parcelas do financiamento. A suspeita é que elas foram pagas por um terceiro, já que na quebra de sigilo bancário do casal não constam débitos referentes a essas despesas.

É entre 2010 e 2014 que recaem as principais provas do Ministério Público fluminense. Foi nesse intervalo que o casal adquiriu os dois apartamentos em Copacabana pagando “por fora”, segundo as investigações, R$ 638 mil.

Os investigadores identificaram também que a conta de Flávio recebeu depósitos fracionados que somavam R$ 52 mil em datas próximas aos pagamentos de parcelas de uma cobertura em Laranjeiras, na zona sul do Rio.

Como foram feitos 38 depósitos fracionados de até R$ 2.000, o extrato não identifica os responsáveis pelos repasses.

“A tentativa de ocultar a origem dos depósitos omitindo a identificação do portador dos recursos decorre evidentemente do caráter ilícito dos valores integrados de forma sorrateira ao patrimônio do casal”, escreveu Martins.

É uma prática semelhante à adotada por Queiroz quando depositou R$ 25 mil na conta de Fernanda Bolsonaro, esposa do senador, dias antes do pagamento do sinal do mesmo imóvel. Neste caso, porém, o PM aposentado teve que se identificar em razão do volume repassado —a Promotoria afirma que possivelmente Queiroz ainda não estava habituado com os sistemas de controle financeiros.

O MP-RJ listou R$ 1,6 milhão de uso de dinheiro em espécie nas transações de Flávio, seja por meio de pagamento de boletos ou depósitos nas contas ligadas ao senador.

O valor também inclui pagamentos de impostos cujos débitos não aparecem no extrato do filho do presidente e de sua mulher. Para o MP-RJ, é possível concluir que esses tributos, que somam R$ 99,5 mil, foram pagos em dinheiro vivo.

Martins destaca na denúncia que, até 2014, Flávio e Fernanda eram funcionários públicos, não tendo qualquer renda fora aquela depositada em suas contas pela Assembleia e pela Aeronáutica —onde a dentista trabalhava. Os R$ 139 mil sacados pelo casal entre 2011 e 2014 não fariam frente às despesas quitadas em espécie no período.

A partir de 2015, Flávio se tornou sócio da loja de chocolates. O MP-RJ destaca na denúncia não haver qualquer registro de retirada de dinheiro em espécie em favor de Flávio, embora tenha deixado a análise para a continuidade das investigações.

Neste período, Martins não aponta eventual enriquecimento ilícito. Mas descreve a continuidade de pagamento em espécie que teria como objetivo lavar o dinheiro obtido com a “rachadinha”.

Entram nessa conta as despesas de escola e plano de saúde da família, bem como novos depósitos fracionados nas contas de Flávio próximos às datas de quitação de parcela do imóvel da Barra.

O MP-RJ pediu para que o senador seja condenado a pagar multa de R$ 6 milhões e a perder o apartamento que tem na Barra da Tijuca.

 

*Com informações da Folha

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Janio de Freitas: Até prevista posse de Biden, serão meses concedidos a um presidente ensandecido

Tirar Donald Trump da presidência com um impeachment veloz é o único meio de talvez evitar o que seria seu maior feito: aproximar ainda mais os Estados Unidos de uma convulsão. A tensão exibe nível muito alto para uma sociedade já levada, por longa elaboração, a condições potencialmente conflituosas e agora submetidas a estímulos descontrolantes.

Até a prevista posse de Joe Biden em 20 de janeiro, serão mais de dois meses concedidos a um presidente ensandecido, que acusa de roubo e corrupção o sistema eleitoral e avisa o país de que resistirá “até o fim”. Não expõe nem indícios do que acusa e não diz qual é “o fim” em sua disposição. É certo, porém, que conhece os perigos implícitos na atitude que incita o segmento da população armado, violento e numeroso —os seus seguidores extremados.

Com Trump ainda na presidência, serão dias em que dele, do seu desatino ambicioso, poderá projetar-se qualquer ato de uma mente transtornada e, apesar disso, poderosa.

Quem é capaz de fazer expulsar para o México centenas de crianças sem os pais, de várias nacionalidades e sem parentes no destino —fato anterior ao choque da derrota eleitoral e agora revelado pelo jornal The New York Times— ficaria muito bem entre os criminosos do nazismo. É capaz de tudo.

Há quase 70 anos, ou desde que iniciadas as reações do nosso tempo à discriminação dos negros, são periódicos os levantes contra a opressão racista e a liberdade combinada com impunidade para os crimes oficiosos contra não brancos.

Mas, como contemporâneo e profissional de atenção a esse período, não me consta fase alguma de extremismos tão difundidos nos Estados Unidos, como atestam as chamadas redes sociais. Nem de divisão da sociedade nas proporções atestadas pelas urnas recentes.

Observar que metade dos eleitores americanos, no maior comparecimento da sua história, deseje a permanência da mente de Trump na presidência da “América” é, com a melhor clareza, desmentir o caráter exemplar da democracia americana.

A propaganda fez o mundo adotar a ilusão. Com discriminação racial não seria construída uma democracia. Sobre essa deformação duradoura, o que se mostra nos Estados Unidos não é a diversidade democrática de opinião.

Amostra apressada, já na segunda noite da contagem eleitoral a polícia da Filadélfia recebeu a denúncia de que homens armados dirigiam-se ao centro de apurações. Pôde prender dois deles.

Nos anos Trump, a preferência por fuzis, entre os militantes armados, foi substituída pela compra de metralhadoras. Armas de ataque, metralhadoras de todos os tipos, motivando a criação de lojas especializadas. As milícias políticas de brancos proliferam nos últimos anos como nunca, com campos de treinamento também para mulheres e mesmo crianças.

Do desafio de Trump às instituições do país que preside até à nova saturação das humilhações não brancas, os prenúncios transbordam. Não é vazio o temor que jornais e televisões noticiam com avareza, com seu velho pretexto das razões de Estado. A elevação de Trump já era sinal suficiente de degeneração. Ele agiu para confirmar o sinal e age para levar a degeneração até o fim.

 

*Janio de Freitas/Folha

*Foto destaque: Getty / Gettyimages

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Com Biden, Bolsonaro ficará ainda mais isolado

A mudança de governo nos EUA “pode se traduzir em um isolamento ainda maior do Brasil” no cenário internacional, principalmente devido à questão ambiental, disse especialista à Sputnik Brasil.

Neste sábado (7), o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, derrotou o rival republicano, Donald Trump, segundo a projeção da agência Associated Press.

Para Alessandro Biazzi Couto, professor e pesquisador do CEFET-RJ, o atual alinhamento brasileiro aos EUA é uma questão de afinidade ideológica entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, mais do que políticas de Estado. Por isso, a saída do republicano da Casa Branca pode prejudicar o governo brasileiro e afastar os EUA de seu aliado na América do Sul.

“O alinhamento com os Estados Unidos nesse período esteve vinculado diretamente às ações de Trump. Logo, a mudança pode se traduzir em um isolamento ainda maior do governo brasileiro, tanto nas pautas de gênero, sexualidade e proteção do meio ambiente, quanto em relação ao conflito Israel-Palestina. A tendência é de que os democratas revisem em grande medida a posição isolacionista adotada por Trump e, com isso, as relações com o presidente do Brasil”, disse Biazzi.

Democratas podem exigir abertura maior de mercado

Segundo o especialista, mesmo quando era candidato, Bolsonaro, “de forma inédita na política externa brasileira, estabeleceu um vínculo pessoal, ideológico e até familiar com a administração Trump e segmentos da extrema-direita conservadora e militarista dos Estados Unidos”.

Por outro lado, o pesquisador afirma que as negociações para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e as vantagens econômicas que a aproximação com os EUA poderia trazer foram “bastante limitadas, mesmo no governo Trump”. Além disso, Biazzi diz que a administração democrata pode exigir uma “abertura ainda maior do mercado brasileiro”.

“Acredito que uma administração democrata, além de buscar uma proteção de segmentos sensíveis da economia estadunidense, vincule possíveis avanços na pauta comercial com o Brasil a um maior comprometimento com a proteção da Amazônia e do meio ambiente, como parte dos países Europeus adotaram recentemente no acordo com o Mercosul, ou mesmo exija uma abertura ainda maior do mercado brasileiro, no setor industrial e de serviços, como era proposto na ALCA”, refletiu.

‘Quase como um Estado pária’

O especialista diz que Biden “já sinalizou uma postura crítica sobre a política ambiental brasileira, de forma similar a líderes europeus”.

“Sem o ponto de apoio da administração conservadora dos Estados Unidos, o governo brasileiro ficaria ainda mais isolado no tema ambiental, quase que como um Estado pária. Haveria uma perda ainda maior do prestígio, credibilidade e influência construídos no passado recente, por exemplo, na liderança brasileira na participação das COPs, no âmbito do G-20 e na organização da RIO+20 em 2012”, afirmou.

Biden e a temática ambiental

Para Pedro Vasques, doutor em ciência política pela Unicamp, a administração democrata deverá “recuperar o protagonismo dos Estados Unidos nas arenas multilaterais marginalizadas pelo governo Trump”, o que pode forçar os EUA a agirem na temática ambiental.

“Mesmo caso Biden se distancie dessa agenda ao longo de sua administração, ele deverá ser pressionado em várias frentes, que incluem desde representantes de seu partido até os atuantes movimentos ambientalistas, compelindo-o a agir em favor da temática ambiental”, avaliou o pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu).

 

*Com informações do Sputnik

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Moro e Huck negociam aliança eleitoral para concorrer à Presidência em 2022

Ex-juiz e apresentador de TV encontraram-se em Curitiba para conversar sobre ‘terceira via’.

Dois dos principais nomes do centro no espectro ideológico na política, o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro Sergio Moro iniciaram conversas para formar uma aliança na eleição presidencial de 2022.

Eles tiveram um longo encontro no apartamento de Moro, em Curitiba, no dia 30 de outubro, em que acertaram a intenção de se unir em uma espécie de “terceira via” para disputar o Palácio do Planalto daqui a dois anos.

Como foi uma conversa inicial, não se decidiu quem seria o cabeça de chapa de uma eventual candidatura conjunta. Essa é uma discussão, avaliaram ambos, para ser feita ao longo do ano de 2021.

O convite para o encontro partiu de Moro. Huck chegou à residência do ex-juiz da Lava Jato por volta das 12h. Almoçaram na varanda do apartamento e estenderam a conversa até pouco antes das 15h.

Ambos se encontraram na edição de 2019 do Fórum Econômico Mundial, em Davos, quando Moro, então ministro da Justiça, acompanhava a participação do presidente Jair Bolsonaro.

Ele e Huck, que também estava no evento, trocaram telefones e têm mantido contato esporádico remotamente desde então.

Nunca haviam tido uma longa conversa pessoalmente sobre política, no entanto. Segundo a Folha apurou, o apresentador da TV Globo e o ex-juiz concordaram que há espaço para a construção de uma candidatura em 2022 com a marca da “racionalidade”.

Em outras palavras, que não esteja atrelada nem à direita ligada a Bolsonaro nem à esquerda que orbita em torno de Ciro Gomes (PDT) e do PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Um dos objetivos mais imediatos é buscar ampliar essa frente trazendo outros líderes com perfil centrista.

Há, porém, candidaturas já postas neste campo, a principal delas a do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Também corre na mesma raia ideológica o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), por exemplo.

De qualquer forma, Moro e Huck não definiram uma lista fechada de pessoas que querem atrair para o projeto, apenas o objetivo geral de agregar apoios. Ambos ficaram de voltar a conversar em breve sobre a ideia desta “terceira via”.

A candidatura teria um tripé, mesclando temas caros à direita e à esquerda: agenda liberal para a economia, luta contra a corrupção e redução da desigualdade social.

Ex-juiz responsável pela Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça até romper com Bolsonaro em abril deste ano, Moro tem a imagem atrelada ao enfrentamento de grandes esquemas de corrupção.

Já o combate à desigualdade é uma bandeira de Huck, ligado a diversas iniciativas na área social e no empreendedorismo. Quanto à liberdade econômica, é um ponto com o qual ambos têm concordância.

Os dois também fizeram uma análise sobre o potencial eleitoral de Bolsonaro em 2022. Concluíram que ele terá força na campanha de reeleição, até por reinar praticamente sozinho em um segmento da sociedade relevante, o conservadorismo.

Mas a avaliação feita no encontro é que o ano de 2021 tende a ser difícil para o presidente. Para Huck e Moro, Bolsonaro deve perder parte de seu capital político nos próximos meses, principalmente em razão do fim do auxílio emergencial e da manutenção do nível de desemprego em patamares elevados no pós-pandemia.

Para viabilizar a aliança eleitoral, Moro e Huck precisariam se filiar a partidos políticos até abril de 2022, seis meses antes da eleição.

O apresentador é próximo do Cidadania, ex-PPS, que já lhe ofereceu legenda no passado. Huck também teria que acertar de forma amigável sua saída da Rede Globo, provavelmente no segundo semestre do ano que vem.

Já o ex-juiz recebeu sondagens de diversas legendas quando saiu do governo, como Podemos e Novo, mas até o momento rechaçou essas sinalizações.

Huck e Moro nunca foram próximos, mas já houve gestos políticos entre ambos no passado. Quando o ex-ministro rompeu com Bolsonaro, Huck telefonou para ele solidarizando-se com os ataques que já começava a receber dos apoiadores do presidente.

O apresentador também escreveu, em uma rede social, que a saída do ex-juiz do Ministério da Justiça gerava “uma enorme frustração”.

“Tudo indica que as mudanças tão defendidas pela população ficam adiadas. Em especial a agenda anticorrupção e o combate firme ao crime organizado e às milícias”, disse o apresentador na época.

Procurados pela Folha, Huck e Moro não quiseram se manifestar sobre o encontro.

 

*Com informações da Folha

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Kamala Harris: As mulheres negras são a espinha dorsal da nossa democracia

Vice-presidente eleita fez seu primeiro discurso após a vitória com destaque para a importância das mulheres negras na sociedade e especialmente sobre o voto. “Eu sou a primeira mulher, mas não serei a última”.

“Toda pequena criança assistindo, vê que esse é um país de oportunidades. Deixamos uma mensagem clara: sonhe e se veja como nunca te viram antes”, começou Kamala. “Para os americanos, não importa em quem você votou. Eu serei uma vice leal, preparada e pensando em você todo dia. É agora que o trabalho começa”.

Ao lado de Kamala, Joe Biden garantiu um eleitorado mais diverso. Durante a campanha, ela mobilizou mulheres e minorias para que votassem nas eleições americanas.

A vice-presidente também afirmou que a democracia do país estava na balança: “Vocês garantiram um novo dia para os Estados Unidos”. A declaração foi dita hoje durante evento que reuniu eleitores para comemorar o resultado.

“Antes de morrer, John Louis escreveu que a democracia é um ato”, começou Kamala. “Proteger nossa democracia é difícil, mas há alegria no progresso. Nós temos o poder de lutar por um futuro melhor e nossa democracia estava na balança. Vocês garantiram um novo dia para os EUA”.

Joe Biden foi eleito o 46º presidente dos Estados Unidos na tarde deste sábado (7). Após vitória na Pensilvânia, o democrata reuniu 273 delegados – três a mais do que o necessário para ganhar o pleito – e derrotou o republicano Donald Trump, que tentava a reeleição.

Durante o evento, Kamala agradeceu ao time que participou da campanha democrata e também aos eleitores. “Obrigada por baterem recorde de votos para que suas vozes fossem ouvidas”, disse a vice-presidente.

Ela também criticou a gestão de Donald Trump.

“Eu sei que tem sido uma batalha. Por 4 anos, você lutou por igualdade e justiça, por nossas vidas e pelo planeta. E então você votou!”, começou ela. “[Os votos] entregaram uma mensagem clara: vocês escolheram esperança, unidade, ciência e, sim, a verdade. Você escolheu Joe Biden como o próximo presidente”.

A vice-presidente também elogiou o novo presidente: “Ele é um unificador. A experiência de perda o deu uma noção de propósito. É um homem de grande coração e Jill será uma primeira-dama incrível”. Kamala ainda destacou a atitude de Biden ao escolhê-la como vice: “ele quebrou uma barreira”.

Ela também agradeceu o apoio da família:

“Para o meu marido Doug e aos nossos filhos: amo vocês mais do que posso dizer. À mulher mais responsável por eu estar aqui, minha mãe, que sempre estará nos meus corações. Quando ela veio da Índia, ela não imaginava esse momento, mas ela acreditava que um momento desses seria possível”, afirmou Kamala. “Eu penso nela e nas gerações de mulheres negras, asiáticas, brancas, latinas, que fizeram história nos Estados Unidos. Mulheres que lutaram tanto por igualdade e liberdade para todos”.

 

*Com informações do Uol

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