Ano: 2020

Vídeo: Bolsonaro e Pazuello, um manda e o outro rasteja

A inacreditável submissão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a Bolsonaro, depois da humilhação que sofreu, nesta quarta-feira (21). Uma grande desmoralização para as Forças Armadas.

Carlos Henrique Machado fala. Assista:

*Da redação

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Vídeo: Ministro Néfi Cordeiro, do STJ, aparece sem as calças durante julgamento

As imagens mostram o ministro vestindo apenas a parte de cima da roupa. Caso aconteceu na terça-feira (20/10).

ma imagem chocou quem acompanhava sessão de julgamentos da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última terça-feira (20/10). Em dado momento, o ministro Néfi Cordeiro apareceu sem as calças durante a transmissão.

As imagens mostram o ministro vestindo apenas a parte de cima da roupa. O flagrante só é possível porque Néfi Cordeiro levanta da cadeira e parece mexer no celular. Rapidamente, ao lembrar que estava ao vivo, ele senta novamente.

Veja:

 

*Com informações do Metrópoles

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

PF apreendeu pepita de ouro e arma na casa do senador da cueca

Não foi só dinheiro na cueca e no cofre o que a Polícia Federal apreendeu na residência do senador Chico Rodrigues (DEM-RR). Na operação, a PF também encontrou o que parece ser uma pepita de ouro e um revólver e munições de espingarda. Após a ação na casa do senador, a polícia registrou em seu termo de busca e apreensão “1 pedra, supostamente caracterizada como pepita de ouro, encontrada no cofre do quarto do Senador”.

No momento da operação, o senador não soube explicar ou comprovar a origem, tanto da pedra, quanto dos valores em sua residência. Por isso, tudo foi apreendido. Havia R$ 10 mil e US$ 6 mil no cofre, além dos R$ 33 mil escondidos nas vestes íntimas do senador. A soma resulta em R$ 70 mil, se convertidos os dólares à moeda brasileira na cotação do dia.

“Quanto aos valores, o senador não soube explicar ou comprovar sua origem; e, da mesma forma, a origem da pedra, supostamente uma pepita de ouro, razão pela qual todos os objetos foram apreendidos”, disse a PF.

Somente dias após o senador informou que o dinheiro era para pagar empregados. Chico Rodrigues alega inocência, mas se afastou por 121 dias do Senado, pressionado pelos colegas.

Além de bens e valores, a Polícia Federal apreendeu um manuscrito contendo a descrição de um fluxograma relacionado à mudança do secretário de Saúde de Roraima, Francisco Monteiro, e a compra de respiradores, com valor de “1.800.000”.

A informação relacionada à mudança na Secretaria de Saúde é relevante para a investigação em andamento no Supremo, uma vez que a PF suspeita que a demissão do ex-secretário de Saúde do Estado, Allan Garcês, em fevereiro deste ano, teria sido arquitetada, para promover ao posto titular o adjunto de Garcês, Francisco Monteiro Neto. Monteiro é descrito no inquérito como alguém que dava apoio às demandas de Chico Rodrigues, assim como o servidor da secretaria Francisvaldo de Melo Paixão.

As apreensões pela PF também incluíram “7 laudas descrevendo uma planilha de cotação de preço de medicações e 11 materiais médico hospitalares, localizadas sobre a mesa no escritório”, bem como “7 folhas de papel contendo relação de preço de materiais médico hospitalares”. Os policias ficaram com um “caderno com timbre do Senado Federal, contendo várias anotações, dentre elas a destinação de valores a vários hospitais provenientes do fundo nacional de saúde, encontrados no quarto do senador”.

O inquérito apura fraudes em licitações e desvios de valores de contratos firmados pelo governo de Roraima para o enfrentamento à pandemia de covid-19. A investigação aponta ligação entre o senador Chico Rodrigues e empresas que firmaram contratos vistos como suspeitos pela PF. Mensagens de um dos investigados, que resolveu entregar o esquema, apontam que o senador monitorava o andamento de contratações na pasta indicam que ele teve influência na nomeação até de um secretário.

Como o Estadão mostrou nesta quarta-feira, 21, uma das empresas sob investigação, Haiplan Construções Comercio e Serviço LTDA, suspeita de irregularidades em contrato, apontada pela Polícia Federal como próxima ao senador Chico Oliveira, vendeu ao governo de Roraima máscaras de proteção a um preço 26 vezes mais caro do que o custo original.

Uma nota fiscal emitida em 8 de abril pela Haiplan Construções Comercio e Serviço LTDA mostra que a empresa cobrou R$ 879.219,00 do governo por 16.434 máscaras. Cada unidade saiu por R$ 53,50. Dias antes, em 17 de março, porém, a Haiplan havia pago apenas R$ 1,45 pela unidade das máscaras. O item foi adquirido de uma empresa sediada no Rio Grande do Norte, com um número de máscaras semelhante, com ao custo total de R$ 26.710,00.

Em fevereiro, Chico chegou a perguntar a Francisvaldo: “Você adiantou o pgto da Gilce/18-serviços?”. O funcionário diz que sim, está providenciando pagamento de R$ 2,6 milhões. “Tudo indica que o Senador estaria cobrando o pagamento da empresa HAIPLAN CONSTRUCOES COMERCIO E SERVICOS LTDA, CNPJ 03.094.036/0001-70”, diz a PF, no inquérito que apura as supostas irregularidades.

“A forma com que o Senador cobrava o pagamento da empresa Haiplan em suas conversas com Francisvaldo indicam que o parlamentar estaria atendendo não apenas aos interesses do estado de Roraima, mas também aos seus próprios. Com base no diálogo entre Francisvaldo e o Senador, há fortes indícios de que este parlamentar teria grande influência no Governo de Roraima”, diz a Polícia Federal.

A Haiplan não é a única empresa que teria sido favorecida no esquema da saúde, de acordo com a PF. Investigadores encontraram indícios de direcionamento na dispensa de licitação realizada para a compra de testes de kit rápido para detecção da covid-19 para três empresas – dentre elas, a Quantum Empreendimentos. A Controladoria-Geral da União (CGU) suspeita de sobrepreço no valor de R$ 956,8 mil em um contrato para o fornecimento de kits de teste rápido.

A teia de relacionamentos entre as pessoas citadas na investigação foi apresentada em um diagrama elaborado pela Polícia Federal, juntado ao inquérito no Supremo Tribunal Federal. “As informações aqui colhidas sugerem que o senador estaria utilizando Leonardo Rodrigues Moreira e Gilce de Oliveira Pinto como seus operadores na empresa Haiplan, e Jean Frank Padilha Lobato na empresa Quantum”, afirmou a PF.

 

*Com informações do Estadão

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

No Brasil, pandemia traz mais riqueza para os ricos e mais pobreza para os pobres

A desigualdade de renda aumentou nas metrópoles brasileiras durante a pandemia. Todos os segmentos, dos mais pobres aos mais ricos, viram seus rendimentos caírem. Os pobres, porém, sentiram mais a queda nos ganhos.

Os dados integram o primeiro boletim “Desigualdade nas Metrópoles”, que compara dados do segundo trimestre de 2020 com o mesmo período do ano passado, antes da pandemia. O fechamento das atividades econômicas para evitar a proliferação da Covid-19 ocorreu especialmente no período estudado.

O boletim considera a renda individual por média domiciliar e não inclui no cálculo as rendas vindas do auxílio emergencial e outras fontes, como Bolsa Família. Por isso, dá a dimensão do impacto da pandemia na renda cuja fonte é exclusivamente o trabalho.

O estudo é de pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Observatório das Metrópoles e Observatório da Dívida Social na América Latina (RedODSAL)

“Vemos o efeito da renda do trabalho”, diz Marcelo Gomes Ribeiro, pesquisador do Observatório das Metrópoles e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ.

Ribeiro explica que, quando uma única pessoa perde o emprego, é preciso considerar que toda a família é afetada, pois há redução na renda per capita de todo o domicílio.

Como o estudo se estende pelo período da pandemia, os pesquisadores também captaram os efeitos do programa que permitiu cortes de jornadas e salários. Nesse contexto, mesmo quem manteve o emprego pode ter perdido renda, afetando os ganhos da família.

“Com a perspectiva de manter trabalhadores na ativa sem fechar os postos de trabalho, tivemos políticas de redução de renda. Assim, além daqueles que perderam o emprego, tivemos aqueles que mantiveram suas vagas, mas tiveram a renda diminuída”, afirma Ribeiro.

O boletim tem como base os dados sobre renda da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, referentes aos segundos trimestres de 2020 e 2019.

Os números mostram que, na média das 22 regiões metropolitanas, os 40% mais pobres perderam 32,1% da renda, os 50% intermediários perderam 5,6% e os 10% mais ricos perderam 3,2%.

Apesar da renda do topo da pirâmide ter caído na média geral, os ricos ficaram mais ricos em nove regiões, como Manaus, Belém, Rio de Janeiro e Florianópolis, segundo o estudo. Já os mais pobres perderam renda em todas as regiões analisadas.

“Quem está na base está menos protegido, normalmente tem trabalho informal, sem vínculo, por conta própria. Por isso, quando bate a crise, essa camada sente imediatamente o efeito. Quem está mais lá em cima tem mais condição de se defender neste contexto”, afirma André Salata, professor do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da PUCRS.

Na região metropolitana de Florianópolis, por exemplo, os 10% mais ricos ficaram ainda mais ricos, com 24,2% de aumento na renda. O fenômeno também ocorreu na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde os mais ricos tiveram 8,7% de incremento na renda.

“Mesmo em um contexto negativo, na dinâmica de um país desigual como o Brasil quem está em cima tem mais condições de se proteger e até aumentar seu rendimento em alguns casos”, diz Salata.

O aumento decorre de oportunidades específicas de cada contexto. Um empresário do setor de supermercados, por exemplo, viu a demanda aumentar no seu negócio com o fechamento dos restaurantes.

A metrópole onde os mais pobres perderam mais renda foi Salvador, com uma queda de 57,4%. “Na região de Salvador especificamente, e no Nordeste, em geral, há muita informalidade. Isso explica uma queda tão brusca”, diz o professor.
Desigualdade

Além de observar as variações da renda, o levantamento estima a desigualdade. A medida usada para calcular a desigualdade é o Coeficiente de Gini. Na escala desse indicador, zero significa igualdade total de renda. Quanto mais próximo de um, por sua vez, maior será a desigualdade. Assim, uma alta no Gini assinala uma piora nas condições socioeconômicas.

Segundo as projeções, a média das 22 regiões metropolitanas estudadas mostra que o coeficiente de Gini chegou a 0,640 no segundo trimestre de 2020. No mesmo período de 2019, ele estava em 0,610. Em comparação ao primeiro trimestre deste ano, a distância entre topo e base também aumentou, de 0,610 para 0,640.

“São necessárias muitas mudanças para se observar alteração no Gini, e a mudança identificada é bastante robusta”, diz o professor Salata.

“E são mudanças acentuadas em um espaço curto de tempo, o que revela o efeito extremo e brusco da pandemia e da crise econômica resultante. Vemos uma diferença muito clara [antes e pós pandemia], em geral com crescimento muito acentuado.”

Na região metropolitana de São Paulo, a diferença entre o topo e a base aumentou de 0,631 no segundo trimestre de 2019 para 0,653 no mesmo período em 2020, durante a pandemia. Na região metropolitana do Rio, a desigualdade subiu de 0,635 para 0,685.

O estudo considerou três estratos sociais: os 40% mais pobres e os 10% mais ricos, que são as pontas, e os 50% mais próximos da média de renda dentro de cada região metropolitana, ou seja, o meio.

Das 22 regiões metropolitanas estudadas, apenas Maceió não registrou aumento da desigualdade. O fenômeno pode ser explicado por uma aproximação do topo com o meio. “Os ricos tiveram uma queda que fez com que se aproximassem aos do meio”, explica Ribeiro. Os pesquisadores esclarecem que o Coeficiente de Gini “tende a ser mais sensível para as mudanças mais próximas do meio do que nas pontas”.

O boletim também mostra aumento na parcela da população em vulnerabilidade relativa de renda, ou seja, que recebem até metade do valor mediano de cada região metropolitana. Na média das 22 regiões estudadas, o número saiu de 28% para 31,3% , na comparação do segundo trimestre de 2019 com o de 2020.

Quanto à desigualdade racial, negros receberam 57,4% da renda dos brancos no segundo trimestre de 2020. As regiões com menos diferença de renda entre brancos e negros são as de Macapá (73,1%), Florianópolis (70,6%) e Goiânia (70, 4%). O boletim ressalta que nestas regiões a desigualdade geral é menor.

Para os pesquisadores, diante da piora da desigualdade identificada no estudo, é possível projetar que 2021 será um ano crucial para a economia brasileira. “O Estado terá de pensar uma retomada para todos”, diz Ribeiro.

Salata lembra que o que chama de ciclo de redução de desigualdade, entre 2001 e 2014. “Especialmente no segundo governo de Lula e no primeiro de Dilma, todos os estratos estavam aumentando seus rendimentos gerais. A ponta de baixo tendia a crescer mais. É o melhor dos mundos, porque o bolo cresce e quem está embaixo começa a ganhar uma fatia maior. Agora, o que se vê é o oposto, é o pior dos mundos. Todos estão perdendo e os pobres perdem mais, aumentando a desigualdade”.

Além disso, os pesquisadores citam a diminuição do desemprego, a manutenção do auxílio emergencial e uma rede de proteção social mais robusta.

Para os pesquisadores, não é possível prever com exatidão quando haverá uma retomada dos patamares de renda. Esta retomada, porém, está relacionada com a criação de vagas de trabalho.

 

*Com informações da Folha

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

 

 

Editorial da Folha: É preciso conter Bolsonaro

Com o título “Conter Bolsonaro”, Folha publica um editorial em que diz que é preciso conter Bolsonaro para garantir vacina aos brasileiros.

Folha – Instituições não podem permitir risco de falta de vacina por interesse eleitoral.

A modesta inflexão de Jair Bolsonaro rumo à conciliação e ao pragmatismo nunca abarcou o enfrentamento da pandemia.

O presidente aproximou-se do centrão e abandonou o ataque golpista aos demais Poderes; diante da Covid-19, mesmo depois de infectado, manteve o negacionismo, a omissão e a propaganda de falsas curas. Mais grave, patrocina agora nova ameaça à saúde pública motivada por interesse eleitoral.

Nos últimos meses, o país sustentou-se em um arranjo precário, porém capaz ao menos de evitar o desgoverno completo nas políticas sanitárias. Com autonomia assegurada por decisão do Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos puderam levar adiante iniciativas para tentar prevenir e controlar o contágio.

Já o Ministério da Saúde, depois da saída de dois titulares, acabou confiado ao general Eduardo Pazuello, escolhido pela disciplina e pela fidelidade ao chefe.

Como já ocorrera com seus antecessores, Pazuello acaba de ser desautorizado de modo irresponsável e vexatório por Bolsonaro —mais uma vez em busca de fazer prevalecer sua agenda tacanha e mesquinha sobre qualquer ensaio de condução técnica e impessoal da crise.

Ao negar com espalhafato a intenção do governo federal de comprar a vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, o mandatário não enxerga além do objetivo eleitoreiro de neutralizar a imagem de a solução salvadora vir de São Paulo, governado por seu provável concorrente em 2022, o tucano João Doria.

A compra de 46 milhões de doses estava apalavrada, como se sabe, entre o ministério e o governo paulista, ao qual está vinculado o Instituto Butantan, responsável pela produção do imunizante no país. Tudo isso explica a contestação de última hora de Bolsonaro à obrigatoriedade de imunização.

O presidente, que insistiu na cloroquina como panaceia, mesmo sem que houvesse eficácia comprovada da droga contra o novo coronavírus, agora recorre à ciência que renegou para justificar seu veto, em mais uma de inúmeras contradições de sua gestão.

Está em jogo a superação de uma calamidade sanitária, econômica e social que aflige o Brasil e o mundo. Todos os meios disponíveis para tanto precisam ser utilizados sem hesitação, em nome do interesse da sociedade, acima de qualquer disputa política e eleitoral.

Se Bolsonaro insistir em colocar seu interesse político no pleito de 2022 acima da saúde pública, seguirá fadado ao isolamento e à irrelevância. Restará a Congresso, Judiciário, estados e municípios tomar as providências inescapáveis para que os brasileiros não fiquem sem vacina no ano que vem.

 

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Quem saiu mais humilhado da história da vacina chinesa, Pazuello ou Bolsonaro?

Humilhado por bolsonaristas nas redes sociais, Bolsonaro humilhou o general das Forças Armadas para ser exaltado pela camarilha fascista.

É nítido que o clima de intriga criado em torno da vacina atende a interesses de quem quis promover o recuo humilhante de Bolsonaro que repassou publicamente a fatura para Pazuello e, por osmose, para as Forças Armadas, deixando claro que, se os militares não tomarem uma atitude minimamente honrosa, ficarão marcados como quem se humilha por boquinhas, o que, por extensão, ficará carimbado na testa do ministro da Saúde.

O que foi feito nesta quarta-feira não foi obra de gado, mas de sociedade secreta composta por poucos que se manifestaram contra o acordo do ministério da Saúde com o Instituto Butantan no caso da compra da vacina chinesa CoronaVac, que obrigou Bolsonaro a ficar de joelhos para essa facção que, possivelmente, é comandada pelo próprio Carluxo.

Bolsonaro, covarde como é, cedeu.

Algo parecido já havia ocorrido com o general Santos Cruz no embate com o clã Bolsonaro, e o general foi obrigado a sair do governo para não ser ainda mais humilhado.

O fato é que Bolsonaro transformou-se num refém de sua própria horda que sabe de sua debilidade e, por isso, diante de escândalos de corrupção envolvendo toda a família, somado à tragédia que é seu governo que mostra que é doente e fraco e está nas mãos do mercado. Por isso, obrigaram Bolsonaro a se humilhar, humilhando o general Pazuello.

Se tivesse um mínimo de dignidade, Bolsonaro transformaria a tentativa de humilhação dessa camarilha em coragem de peitar a turba. Mas como é um presidente que não governa, e sim, vegeta na cadeira da presidência, afinou. E as consequências de sua covardia lhe custarão cada vez mais desrespeito, expondo a sua fragilidade política.

Esse fato dá bem a medida de como Bolsonaro negocia com os Estados Unidos, ou seja, olhando de baixo para cima, a ponto de quase quebrar o pescoço.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Depois de humilhar publicamente Pazuello, Bolsonaro diz que ele não sairá do governo

A frase “foi um mal entendido” existe para ser usada, mas lógico, essa gentileza evapora e vira hostilidade, como virou para justificar a lambança de um Bolsonaro covarde que tem medo dos bolsonaristas.

Então, como ele resolve essas desavenças? Eliminando ou humilhando pessoas e, assim, elimina os problemas. Foi exatamente isso que aconteceu com Pazuello quando o assunto ganhou dimensão num grau bolsonarista.

Bolsonaro não quis saber de poupar Pazuello de constrangimentos, tratando-o como adversário a partir do ponto de vista dos bolsonaristas, tentando produzir a percepção de que Bolsonaro não tinha nada a ver com o documento do Ministério da Saúde e palavras do ministro com a afirmação de que o governo compraria 46 milhões de unidades da vacina CoronaVac da China em parceria com o Butantan.

Pois bem, Bolsonaro desautorizou o general Pazuello, humilhando, com isso, um quadro do comando da ativa das Forças Armadas e, agora, diz que tudo foi um mal entendido, uma fofoca, quando, na verdade, não passou de um inconfessável e cruel ataque à honra de Pazuello e, consequentemente, da instituição que representa, as Forças Armadas.

Mal entendidos podem acontecer por não serem bem explicados, mas neste episódio não há mal explicados, porque o ministro da Saúde esteve com Bolsonaro em circunstâncias claras, dando a ele explicações sobre a decisão do Ministério da Saúde em relação à vacina chinesa. Mas Bolsonaro, agora, no primeiro grito de um bolsonarista tresloucado, diz que foi pego de surpresa, potencializando ainda mais a humilhação imperdoável que impôs a Pazuello.

O que ele não quer é complicar ainda mais a sua imagem diante dos bolsonaristas e das Forças Armadas, depois de jogar o general aos leões, seguir em frente com sua postura arrogante, dizendo-se decepcionado com a atitude do ministro da Saúde.

Na verdade, Bolsonaro, ao invés de esclarecer, embaraça ainda mais o sinal pela falta de prudência de queimar publicamente um ministro que é parte do exército e que foi espinafrado por uma atitude mesquinha e irresponsável do presidente da República.

A essa altura do campeonato, não tem mais como devolver a pasta de dente ao tubo ou, diante de uma ambiente tenso, querer solucionar essa humilhação com a mentira do “mal entendido”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Desde o fim de semana, Bolsonaro sabia da compra da vacina chinesa, mas cedeu à pressão de apoiadores

Assessores do Planalto e da Saúde informam que o presidente não só sabia, como também autorizou Pazuello a fechar o acordo, mas recuou após a grita de apoiadores nas redes sociais de que ele estaria beneficiando politicamente João Doria.

A desautorização de Jair Bolsonaro à compra da vacina chinesa produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, do governo do estado de São Paulo, foi motivada não por uma preocupação com relação à segurança do imunizante, que obviamente terá que ser aprovado pela Anvisa antes de ser distribuído, mas por pura e simples pressão de apoiadores nas redes sociais.

Assessores do Palácio do Planalto e do Ministério da Saúde revelaram a jornalistas da Folha de São Paulo e também da Globo que o presidente já sabia do acordo entre a pasta e o governador de São Paulo, João Doria, para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, desde o último final de semana. Ele teria, inclusive, autorizado o ministro Eduardo Pazuello a fechar o acordo, exatamente nos termos em que ele foi consumado.

Após João Doria, na noite desta terça-feira (21), no entanto, ter feito o anúncio sobre a aquisição da vacina por parte do governo federal, apoiadores de Bolsonaro começaram uma forte campanha nas redes sociais contra o imunizante, acusando o tucano de querer lucrar politicamente com a vacina e Pazuello de estar beneficiando o governador, que atualmente é visto como adversário do presidente na eleição de 2022.

 

*Com informações da Forum

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Vídeo: Bolsonaro humilha Forças Armadas na guerra contra a vacina chinesa

Carlos Henrique Machado fala sobre a humilhação de Bolsonaro a Forças Armadas quando desautoriza o seu ministro da Saúde.

Bolsonaro simplesmente desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que anunciou a compra da vacina chinesa CoronaVac em parceria com o Butantan. Bolsonaro afirmou que não comprará a vacina e, entre outros motivos, é a guerra política que tem a ver com a disputa eleitoral com o governador de São Paulo, João Dória.

Assista:

*Da redação

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Voluntário brasileiro que morreu com covid-19 era ex-aluno da UFRJ

Segundo o jornal O Globo, o voluntário é o médico João Pedro Rodrigues Feitosa, de 28 anos, que trabalhava no atendimento de vítimas da Covid-19 em um hospital privado e em outro municipal na cidade do Rio de Janeiro.

João morreu por complicações da doença na última quinta-feira (15). Amigos do médico ficaram surpresos com a notícia, porque ele tinha boa saúde. O médico recebeu uma dose da vacina no final de julho e adoeceu em setembro.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou nota de pesar pelo falecimento do ex-aluno João Pedro R. Feitosa. O médico era o voluntário que participava dos testes da vacina de Oxford e morreu em decorrência de complicações por Covid-19 na quinta-feira (15).

“João, acho que poderia nesse pequeno texto lembrar do quão bom médico e aluno exemplar você foi, mas acho que a recordação que vou mencionar a todos aqui será outra. Quero guardar para sempre o quão bom namorado, irmão e amigo você foi. A dor no peito, o vazio e saudade desde que você se foi crescem a cada instante e o que nos dá força nesse momento além do carinho de tantos amigos que você fez na vida é lembrar de como você era”, diz um trecho da nota do Centro Acadêmico Carlos Chagas, da UFRJ.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta quarta-feira (21) que foi notificada do óbito na segunda (19), e que foi informada que o comitê independente que acompanha o caso sugeriu o prosseguimento do estudo. “O processo permanece em avaliação”, disse a Anvisa.
A Anvisa não esclareceu se o voluntário tomou a vacina ou o placebo. A farmacêutica AstraZeneca informou ao G1 que ainda não tinha um posicionamento sobre a morte.

Após a divulgação da morte, muitas pessoas se manifestaram nas redes sociais. “Quanta tristeza! Meus sinceros sentimentos à família e amigos… que ele encontre muita luz em seu novo caminho”, lamentou uma brasileira.

 

*Com informações de O Globo

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68
Agradecemos imensamente a sua contribuição