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Depois de humilhar publicamente Pazuello, Bolsonaro diz que ele não sairá do governo

A frase “foi um mal entendido” existe para ser usada, mas lógico, essa gentileza evapora e vira hostilidade, como virou para justificar a lambança de um Bolsonaro covarde que tem medo dos bolsonaristas.

Então, como ele resolve essas desavenças? Eliminando ou humilhando pessoas e, assim, elimina os problemas. Foi exatamente isso que aconteceu com Pazuello quando o assunto ganhou dimensão num grau bolsonarista.

Bolsonaro não quis saber de poupar Pazuello de constrangimentos, tratando-o como adversário a partir do ponto de vista dos bolsonaristas, tentando produzir a percepção de que Bolsonaro não tinha nada a ver com o documento do Ministério da Saúde e palavras do ministro com a afirmação de que o governo compraria 46 milhões de unidades da vacina CoronaVac da China em parceria com o Butantan.

Pois bem, Bolsonaro desautorizou o general Pazuello, humilhando, com isso, um quadro do comando da ativa das Forças Armadas e, agora, diz que tudo foi um mal entendido, uma fofoca, quando, na verdade, não passou de um inconfessável e cruel ataque à honra de Pazuello e, consequentemente, da instituição que representa, as Forças Armadas.

Mal entendidos podem acontecer por não serem bem explicados, mas neste episódio não há mal explicados, porque o ministro da Saúde esteve com Bolsonaro em circunstâncias claras, dando a ele explicações sobre a decisão do Ministério da Saúde em relação à vacina chinesa. Mas Bolsonaro, agora, no primeiro grito de um bolsonarista tresloucado, diz que foi pego de surpresa, potencializando ainda mais a humilhação imperdoável que impôs a Pazuello.

O que ele não quer é complicar ainda mais a sua imagem diante dos bolsonaristas e das Forças Armadas, depois de jogar o general aos leões, seguir em frente com sua postura arrogante, dizendo-se decepcionado com a atitude do ministro da Saúde.

Na verdade, Bolsonaro, ao invés de esclarecer, embaraça ainda mais o sinal pela falta de prudência de queimar publicamente um ministro que é parte do exército e que foi espinafrado por uma atitude mesquinha e irresponsável do presidente da República.

A essa altura do campeonato, não tem mais como devolver a pasta de dente ao tubo ou, diante de uma ambiente tenso, querer solucionar essa humilhação com a mentira do “mal entendido”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por Celeste Silveira

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