Mês: julho 2021

Esquema de Flávio Bolsonaro, Arthur Lira e Ciro Nogueira em transporte de vacinas é denunciado por Luis Miranda

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) encaminhou à CPI da Covid uma denúncia sobre um contrato para o transporte de vacinas com a empresa VTCLog. Entre os principais alvos das novas revelações estão o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). A informação foi publicada pela Revista Crusoé e reproduzida pelo site O Antagonista.

De acordo com as informações encaminhadas à CPI, o dono da VTCLog, Carlos Alberto de Sá, conhecido como Carlinhos, pediu a ajuda de um amigo chamado Flávio Loureiro de Souza, que é próximo de Lira, Ciro e Flávio Bolsonaro. O objetivo era solucionar o impasse dentro do Ministério da Saúde.

A pressão política envolvendo o contrato teve início porque a gestão de Eduardo Pazuello na pasta da Saúde não queria atender aos pedidos de reajuste contratual feitos pela empresa e ameaçava rescindir o contrato. Atualmente, o general é investigado pela CPI.

O deputado Luis Miranda denunciou publicamente um esquema de irregularidades na importação de vacinas pelo governo Jair Bolsonaro. O parlamentar disse que o seu irmão Luís Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística da pasta da Saúde, sofria pressão dentro da pasta para agilizar a aquisição da vacina indiana Covaxin.

A compra do imunizante foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante.

Nessa quinta-feira (15), Cristiano Carvalho, vendedor da empresa Davati Medical Supply no Brasil, confirmou que houve pedido de propina para as negociações envolvendo doses da vacina Astrazeneca.

Em depoimento à CPI da Covid, no último dia 1, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati, confirmou que, segundo tratativas com o governo federal, US$ 3,50 era o valor da dose na primeira negociação sem propina. O militar afirmou que a propina só viria com um US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde.

*Com informações do 247

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Vídeo: Fora da agenda, general Pazuello negociou Coronavac com intermediária e pelo triplo do preço

Além da discrepância no valor da vacina, encontro no Ministério da Saúde contradiz o que general da ativa disse à CPI da Covid.

Segundo matéria de Constança Rezende e Mateus Vargas, da Folha, o então ministro Eduardo Pazuello (Saúde) prometeu a um grupo de intermediadores comprar 30 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac que foram formalmente oferecidas ao governo por quase o triplo do preço negociado pelo Instituto Butantan.

A negociação, em uma reunião fora da agenda oficial dentro do ministério em 11 de março, teve o seu desfecho registrado em um vídeo em que o general da ativa do Exército aparece ao lado de quatro pessoas que representariam a World Brands, uma empresa de Santa Catarina que lida com comércio exterior.

A gravação, obtida pela Folha e já de posse da CPI Covid no Senado, foi realizada no gabinete do então secretário-executivo da pasta, o coronel da reserva Elcio Franco. Nela, Pazuello relata o que seria o resumo do encontro.

“Já saímos daqui hoje com o memorando de entendimento já assinado e com o compromisso do ministério de celebrar, no mais curto prazo, o contrato para podermos receber essas 30 milhões de doses no mais curto prazo possível para atender a nossa população”, diz o então ministro, segundo quem a compra seria feita diretamente com o governo chinês.

A proposta da World Brands, também obtida pela Folha, oferece os 30 milhões de doses da vacina do laboratório chinês Sinovac pelo preço unitário de US$ 28 a dose, com depósito de metade do valor total da compra (R$ 4,65 bilhões, considerando a cotação do dólar à época) até dois dias após a assinatura do contrato.

Naquele dia, 11 de março, o governo brasileiro já havia anunciado, dois meses antes, a aquisição de 100 milhões de doses da Coronavac do Instituto Butantan, pelo preço de US$ 10 a dose. A demissão de Pazuello seria tornada pública por Bolsonaro quatro dias depois, em 15 de março.

Além da discrepância no preço, o encontro fora da agenda contradiz o que Pazuello afirmou em depoimento à CPI da Covid, em 19 de maio. Aos senadores o general disse que não liderou as negociações com a Pfizer sob o argumento de que um ministro jamais deve receber ou negociar com uma empresa.

“Pela simples razão de que eu sou o dirigente máximo, eu sou o ‘decisor’, eu não posso negociar com a empresa. Quem negocia com a empresa é o nível administrativo, não o ministro. Se o ministro… Jamais deve receber uma empresa, o senhor deveria saber disso”, disse Pazuello à CPI.

No vídeo, um empresário que Pazuello identifica como “John” agradece a oportunidade do ministro recebê-lo e diz que podem ser feitas outras parcerias “com tanta porta aberta que o ministro nos propôs”.

A reunião dos empresários foi marcada com o gabinete de Elcio Franco, que recebeu o grupo. Segundo ex-assessores da pasta, Pazuello foi chamado à sala, ouviu o relato da reunião e fez o vídeo.

Três pessoas que acompanharam a reunião disseram que o vídeo foi gravado mesmo antes de Pazuello conhecer o preço da vacina.

Segundo um ex-auxiliar do ministro, a ideia era propagandear nas redes sociais o avanço em uma negociação, no momento em que o governo era pressionado a ampliar o portfólio de vacinas.

Após a gravação, de acordo com os relatos colhidos pela Folha, parte da equipe do ministro pediu que os empresários não compartilhassem o vídeo, que foi feito por meio do aparelho celular do empresário identificado como “John”.

Um dos assessores de Pazuello teria alertado o general após a reunião de que a proposta era incomum, acima do preço, e a empresa poderia não ser representante oficial da fabricante da vacina.

Caso o negócio fosse adiante, as doses seriam as mais caras contratadas pelo ministério, posto hoje ocupado pela indiana Covaxin (US$ 15), que tem o contrato suspenso por suspeitas de irregularidades.

A proposta da empresa tem data do dia 10 de março, véspera da reunião com Pazuello. Segundo dois auxiliares do ex-ministro e um dos empresários que acompanharam a conversa, a oferta só chegou à pasta no dia do encontro.

Apesar de Pazuello ter dito no vídeo que havia assinado um memorando de entendimento para a compra, a negociação não prosperou.

O governo Bolsonaro resistiu em negociar a Coronavac. Em outubro de 2020, o presidente forçou Pazuello a recuar de uma promessa de compra da vacina. “Um manda e outro obedece”, justificou o general em vídeo ao lado do mandatário.

O presidente chegou a dizer que não compraria a vacina mesmo quando a Anvisa desse aval para o uso. “Da China nós não comparemos, é decisão minha. Eu não acredito que ela [vacina] transmita segurança suficiente para a população pela sua origem”, declarou o presidente em 22 de outubro.

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República dos coronéis: Coronéis protagonizaram negociação de vacina que não existia com o Ministério da Saúde

Segundo reportagem do El País. Vários coronéis, um reverendo e uma entidade com forte presença militar acusada são citados na teia de negociação de vacinas contra a covid-19 supostamente superfaturadas e que sequer existiam. Este é o roteiro inusitado que desponta do depoimento do representante da empresa americana Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (15). Ele contou aos senadores que não procurou o Ministério da Saúde para negociar imunizantes, mas foi inusualmente procurado pelo órgão, quando passou a dar atenção ao assunto. Revelou ainda que grande parte da cadeia de comando da pasta ―incluindo vários militares de dois grupos distintos― participou das conversas que visavam a aquisição de 400 milhões de doses da AstraZeneca e que depois foram levadas ao centro de denúncias de corrupção. O depoimento do Carvalho empurra ainda mais os holofotes para a participação de militares nas negociações de vacinas com suspeitas de irregularidades.

Carvalho desvelou no seu depoimento uma rede de mediadores em um negócio bilionário de venda de imunizantes que ninguém tinha para entregar. A AstraZeneca sustenta não ter intermediários no país e, nesta semana, a Davati admitiu que não tinha doses à mão, conforme disse o dono e presidente da empresa, Herman Cardenas, à Folha de S. Paulo. Segundo ele, o que havia era uma promessa de alocação das vacinas feita pela companhia de um médico americano junto à AstraZeneca. Cardenas, porém, não deu nomes alegando sigilo contratual.

No depoimento, Carvalho disse não ter participado do jantar em um shopping de Brasília no qual supostamente o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, teria pedido propina de um dólar por dose ao policial militar e vendedor da Davati, Luiz Paulo Dominguetti. Mas confirmou ter sido avisado sobre um pedido de “comissionamento extra” ―ou seja, propina― pelo grupo do ex-servidor e militar reformado, coronel Marcelo Blanco, que assessorava Roberto Dias no Ministério da Saúde. O ex-diretor do departamento de Logística nega as acusações. Aos senadores, Carvalho disse que não foi informado sobre valores e que não foram feitos pedidos de propina diretamente a ele. Afirmou ainda que Blanco, ex-servidor da Saúde, que abriu uma empresa de insumos hospitalares e que teria lhe dito que agora estava negociando vacinas com a pasta, parecia atuar ainda como auxiliar de Roberto Dias mesmo já tendo sido exonerado.

Novos militares e entidade na negociação

Carvalho adicionou novos personagens na trama e deu força à tese da existência de dois grupos em disputa dentro do Ministério da Saúde que atuavam na negociação de vacinas: um ligado ao coronel Marcelo Blanco e a Roberto Dias, e outro ligado ao coronel Élcio Franco, na época secretário-executivo do Ministério da Saúde, cargo abaixo apenas do de ministro. Ambos os grupos teriam uma forte presença de militares. O representante da Davati contou que foi pela primeira vez ao ministério em 12 de março deste ano, levado pelo coronel Helcio Bruno Almeida, presidente do Instituto Força Brasil (IFB). A entidade, segundo ele, era o braço utilizado pela ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), do reverendo Amilton Gomes, para chegar ao alto escalão da Saúde. A Senah teria tido o aval do Governo para negociar as 400 milhões de doses com a Davati e Carvalho apontou que caberia a ela também dar a segurança jurídica ao processo de venda dos imunizantes, já que a empresa americana Davati sequer tem CNPJ no Brasil.

Carvalho ainda diz que foi o Instituto Força Brasil que fez a ponte entre o representante da Davati e o coronel Elcio Franco, então número 2 do Ministério da Saúde. O IFB se apresenta como um instituto sem fins lucrativos, que trabalha dentro dos valores conservadores e cristãos, tanto pela bandeira pró-armas como pela defesa da vida e da família. O vice-presidente da instituição é o empresário Otávio Fakhoury. Mas, segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a instituição patrocina um conjunto de contas em redes sociais investigadas no inquérito das fake news. Uma delas seria a página Crítica Nacional, que de acordo com Randolfe, propagou notícias falsas sobre o uso de máscaras e a vacinação, especialmente contra a Pfizer.

O IFB, por sua vez, diz que tem civis e militares em seus quadros e que atua de forma transparente e em defesa à vida, inclusive com ações de Saúde. Também nega ter parceria com a Davati. De acordo com Igor Vasconcelos, diretor jurídico do Instituto Força Brasil, eles foram procurados pelo reverendo Amilton para ver os caminhos que ajudassem a chegar ao Ministério da Saúde com a proposta da vacinas da Davati. “Tudo que for a respeito da defesa da vida a gente tenta ajudar”, disse Vasconcelos à reportagem. Segundo ele, o presidente do IFB, o coronel Hélcio Bruno, jamais havia tido contato com o coronel Élcio Franco antes. “Fizemos a reunião, que foi rápida. Esperamos bastante para sermos atendidos. Existe ata da reunião, inclusive”, diz ele, lembrando que o IFB não debate preços.

O foco do grupo, contudo, era a possibilidade “de que o mercado brasileiro fosse atendido por uma expressiva quantidade de vacinas, em curto prazo, e que este número seria suficiente para alcançar, inclusive o setor privado (objeto da audiência), aliviando a forte demanda do produto”, disse a empresa em nota distribuída à imprensa. “Tratamos assuntos relacionados à vacinação com a secretaria-executiva, principalmente no sentido de aperfeiçoar a legislação que facilitava a vacinação por empresas privadas, com vistas a acelerar a imunização da classe trabalhadora e liberá-las à produção”, segue a nota, assinada pelo coronel Helcio Bruno. Embora o IFB se diga apolítico, em seus vídeos há várias referências positivas ao presidente Jair Bolsonaro e críticas a movimentos ligados à esquerda.

Coleção de coronéis

Na reunião de 12 de março no Ministério da Saúde, Carvalho disse que estiveram reunidos o reverendo Amilton Gomes, o policial militar Luiz Paulo Domingetti, o ex-secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, e os coronéis Boechat, Marcelo Pires e Helcio Bruno. Ele conta que se surpreendeu ao perceber que o coronel Elcio Franco não tinha conhecimento de que as negociações das vacinas já estavam em curso com Roberto Dias antes daquele encontro, mas negou que tenha sido feito qualquer pedido de propina naquele momento. “Dentro dessas tratativas e conversas dentro do Ministério da Saúde, não houve nada que desabonasse nenhum desses coronéis servidores públicos que estavam na reunião”, declarou. Em outro momento da sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) ironizou o surgimento de tantos nomes de militares na CPI: “Boechat, coronel Guerra, coronel Blanco, Élcio Franco, agora Helcio Bruno… há uma associação de vários coronéis em torno dessa operação tabajara”.

Cristiano Carvalho fez questão de minimizar seu papel dentro da Davati. Disse que não é um CEO como afirmou Dominghetti em seu depoimento à CPI e que não tem vínculo contratual com a empresa. Segundo ele, o que há é uma carta de representação no país que o colocaria na condição de um vendedor. Também afirmou nunca ter ofertado quantidades ou preços de vacinas ao Ministério da Saúde e defendeu que sua atuação visava a aproximação da americana Davati com o ministério. Caberia à empresa americana tratar com a pasta. O presidente da Davati nos Estados Unidos, Herman Cardenas, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que a intenção da empresa nunca foi vender vacina, mas de facilitar o negócio. Ao Estadão, Cardenas havia dito que Domingueti não é representante ou funcionário da companhia e que teria sido incluído nas negociações “a pedido” em comunicações com o Governo brasileiro.

Carvalho diz que não procurou o ministério para negociar vacinas

No depoimento aos senadores, Carvalho afirma que foi Dominguetti que levou a ele a demanda por vacinas contra a covid-19 do Ministério da Saúde. Ele diz que sequer acreditava que a negociação prosperaria até começar a receber uma série de ligações e mensagens de altos cargos da pasta, quando passou a dar atenção ao assunto. Carvalho diz que Dominguetti se apresentou a ele em fevereiro deste ano, quando afirmou que já tinha uma parceria com a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), presidida pelo reverendo Amilton Gomes de Paula. Ambos procuravam um fornecedor no exterior para atender a demanda. “Ele [Dominguetti] se empenhou muito na venda das vacinas, fez um trabalho grande com o Senah”, afirma Carvalho, que diz ter sido apresentado a ele por um representante de vendas autônomo da Davati chamado Rafael Alves.

O reverendo Amilton tem sido apontado como intermediário na negociação de vacinas com prefeituras e também como responsável por levar Dominguetti ao alto escalão da pasta. Cristiano Carvalho disse que a Davati entrou em negociação ao menos com o Governo de Minas Gerais (além do Ministério da Saúde) e que teria sido por meio do reverendo Amilton que muitas prefeituras começaram a procurar a empresa americana em busca de vacinas. Carvalho afirmou ainda que Lauricio Monteiro Cruz, ex-diretor de imunização do Ministério da Saúde, teria enviado uma carta pedindo que a Senah, do reverendo Amilton, fosse a intermediadora das negociações da vacina. Cruz foi exonerado da Saúde no último dia 8 de julho.

Municiado de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para resguardar seu direito de não se autoincriminar, Carvalho respondeu à maioria das perguntas feitas pelos senadores. O representante da Davati protagonizou a última sessão da CPI antes do recesso parlamentar, que vai até 3 de agosto. Na volta aos trabalho, o reverendo Amilton deve prestar o depoimento.

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Em proposta de delação, viúva de Adriano aponta quem mandou matar Marielle

Na negociação para a delação premiada de Julia Mello Lotufo com o MP-RJ, a viúva do miliciano Adriano da Nóbrega revelou quem foi o mandante da execução de Marielle Franco, detalhou a participação do ex-marido em uma dezena de homicídios encomendados e listou agentes públicos que receberam propina para acobertar crimes.

Finalmente os mandantes do assassinato de Marielle Franco poderão ter seus nomes revelados. Na negociação para a delação premiada de Julia Mello Lotufo, viúva de Adriano da Nóbrega, que foi chefe da milícia Escritório do Crime, ela revelou quem foi o mandante da execução da ex-vereadora do Psol e seu motorista Anderson Gomes, detalhou a participação do ex-marido em uma dezena de homicídios encomendados e listou agentes públicos que receberam propina para acobertar crimes. Segundo a viúva, o assassinato da ex-parlamentar foi realizado pela milícia que atua na comunidade Gardênia Azul. Um dos chefes da milícia é o ex-vereador Cristiano Girão (ex-PMN). Não se sabe ainda quem ela indicou aos promotores como o mandante do crime. Adriano da Nóbrega e Julia Lotufo foram funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro quando o atual senador ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio.

Segundo o jornalista Daniel Pereira, em reportagem na revista Veja, “de acordo com o relato de Julia, integrantes da milícia que atua na comunidade Gardênia Azul procuraram o ex-capitão para discutir a possibilidade de ele preparar um plano para assassinar Marielle. Ao fazer a sondagem, alegaram que a atuação da vereadora estaria colocando em risco os negócios da milícia não só em Gardênia Azul, mas em Rio das Pedras. Segundo a viúva contou às promotoras, Adriano teria considerado a ideia absurda e arriscada demais, especialmente por envolver uma parlamentar. Tempos depois, ele foi surpreendido com a notícia do crime”.

“Ao cobrar satisfações de comparsas de Rio das Pedras, teria ouvido que a ordem partiu do alto-comando da Gardênia Azul. Nenhuma das fontes consultadas pela reportagem quis informar o nome da pessoa que, conforme o relato de Julia, ordenou a execução de Marielle e Anderson. Um dos chefes da milícia de Gardênia Azul é o ex-vereador Cristiano Girão”, destaca a reportagem.

“Em setembro do ano passado, a Polícia Civil e o MP realizaram busca e apreensão em endereços de Girão e de pessoas ligadas ao PM reformado Ronnie Lessa, preso por participar do assassinato de Marielle. Os dois são suspeitos de envolvimento na morte de um casal em 2014, num crime com ‘características muito peculiares e que se assemelham muito com o que vitimou a vereadora Marielle Franco e seu motorista’ segundo o delegado Antônio Ricardo Nunes, na época chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa”, continua.

Em regime de prisão domiciliar, Julia foi obrigada a usar tornozeleira eletrônica. Ela propôs a colaboração premiada para conseguir a revogação das medidas restritivas determinadas pela Justiça. O MP ainda não respondeu se aceita a delação.

Marielle era ativista de direitos humanos e vivia denunciando a violência cometida por policiais nas favelas, bem como a atuação de milícias. Os atiradores perseguiram o carro dela por cerca de três, quatro quilômetros, e efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras na região central do Rio.

*As informações são da Veja/247

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Só em três dias de farsa da facada 2, o retorno de Adélio, morreram 5 mil brasileiros por culpa do governo Bolsonaro

Enquanto Bolsonaro requentava, pela milionésima vez, a farsa da facada em meio a uma tempestade de denúncias de corrupção milionária no ministério da Saúde, o Brasil perdia para a covid mais de 5 mil brasileiros, vítimas dessa política nefasta do governo genocida.

Pior, vendo que, desse total aumentou em mais de 20% a morte de jovens, ou seja, reduziu sim o número diário de mortes, mas num patamar absurdamente alto em que são perdidas em média 1.500 vidas, enquanto o país assiste Bolsonaro monopolizando o noticiário com a farsa do entupimento fecal.

Mas não é só isso. Mesmo que o Brasil tenha assistido e comentado o envolvimento de uma penca de coronéis no ministério da Saúde envolvidos em corrupção na compra das vacinas, ainda assim, o fato de Bolsonaro se expor como um mártir de uma luta do bem contra o mal, trouxe a ele algum benefício.

É bom que todos fiquem atentos para dois fatos, o uso escancarado da farsa pelo próprio Bolsonaro para aliviar a pressão que a CPI está fazendo sobre o seu lombo, e a antecipação da terceira parcela do auxílio emergencial de agosto para para esta semana, visando melhorar a imagem de um governo que está na garganta do inferno pelo genocídio que ceifou até aqui a vida de mais de 540 mil brasileiros.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: A farsa da facada 2 deu literalmente merda e teve que acabar

Deu literalmente merda no plano de farsa do clã. A princípio, estava com nó nas tripas, depois, segundo Rodrigo Constantino, Bolsonaro teria sido envenenado. Flávio, por sua vez, disse que o pai teve que ser intubado preventivamente. No final das contas, o que soube é que o médico tirou de Bolsonaro, via sonda nasogástrica, 1 kg de conteúdo fecal. Ou seja, deu merda geral e parece que o presidente terá alta amanhã, já que tem que se preparar para o chumbo grosso que virá da CPI.

Assista:

*Da redação

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Depois do fake do nó nas tripas, o envenenamento de Bolsonaro é a nova piada do gabinete do ódio

Mudou a comédia. Depois de Flávio e Eduardo dizerem que o pai sofre de nó nas tripas, em função da facada, a tese de Constantino de envenenamento, é a nova piada.

O gabinete do ódio está explodindo nas redes dizendo que excesso de chumbo foi detectado no sangue do presidente genocida.

Faz sentido. A quantidade de chumbo na asa que Bolsonaro está tomando da CPI deve ter mesmo contaminado o corpo todo, ainda mais hoje que, segundo o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, o que foi revelado por Cristiano Carvalho, da Davati Medical, é que toda a cadeia de comando do ministério da Saúde está de alguma forma envolvida com a fraude.

Some tudo isso com a quantidade de piadas, caricaturas, memes sobre a internação fake de Bolsonaro que ele explora com imagens e dramalhão, para o gabinete do ódio abraçar a tese do comédia Rodrigo Constantino, a de que Bolsonaro foi envenenado.

Redobrando a aposta na patetice conspiratória do bobo da corte que ganha uma grana arrumada da Secom para defender, sem qualquer escrúpulo, todos os crimes cometidos por Bolsonaro, disputando cabeça a cabeça com Augusto Nunes, Ana Paula do Vôlei, Guilherme Fiuza e outros asseclas da Jovem Pan.

Mas isso não deixa de ser emblemático, afinal o gabinete do ódio que está espalhando nas redes a tese do envenenamento do presidente, é o mesmo que criou ontem, mas hoje desistiu de espalhar a tese do próprio de que Bolsonaro faria uma cirurgia para desfazer o nó nas tripas que a facada mandrake do Adélio teria produzido mais de três anos depois da farsa.

O nome disso é desespero pelo cheiro de chumbo grosso que ainda virá da CPI contra todo o clã.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Toda cadeia de comando do Ministério da Saúde teve contato com a fraude

“Pode inclusive ter sido encaminhado um processo de aquisição por um golpe paralelo, uma ação de golpe paralela à que estava ocorrendo”, disse o vice-presidente da CPI sobre a ONG presidida pelo reverendo Amilton Gomes, que utilizou o Instituto Força Brasil como “intermediário” para chegar ao alto escalão do Ministério da Saúde.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alertou para uma rede paralela de comércio de vacinas no Ministério da Saúde, com após questionamentos ao vendedor Cristiano Carvalho, representante da empresa Davati no Brasil.

Agência Senado – O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alertou para uma rede paralela de comércio de vacinas no Ministério da Saúde, com após questionamentos ao vendedor Cristiano Carvalho, representante da empresa Davati no Brasil.

Cristiano Carvalho relatou também à CPI que, no dia 12 de março, quando esteve no Ministério da Saúde, comunicou ao então secretário-executivo Elcio Franco que já vinha negociando as vacinas com o então diretor do Departamento de Logística, Roberto Dias. Entretanto, Franco, que era a maior autoridade da pasta depois do ministro Eduardo Pazuello, desconhecia tal fato, disse Carvalho.

Após questionamentos de Humberto Costa (PT-PE), Cristiano Carvalho informou que outra oferta de compra de vacinas por meio da Davati foi registrada em 9 de março diretamente ao então ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Segundo o vendedor, o processo foi registrado no ministério por um representante chamado Júlio Adriano Caron, coincidindo com o mesmo período em que Cristiano e Dominguetti tentavam vender 400 milhões de doses da AstraZeneca à pasta.

Cristiano Carvalho apontou o tenente-coronel Marcelo Blanco, ex-diretor-substituto de Logística do Ministério da Saúde, como elo importante entre a Davati e a pasta. Ele disse que Blanco teria continuado a exercer influência sobre o diretor de Logística, Roberto Dias, mesmo depois de deixar o cargo, como um “assessor oficioso”. Segundo Carvalho, Blanco chegou a ele no dia 1º de março e se apresentou como um funcionário “recentemente exonerado” da Saúde que teria passado a trabalhar como representante de vendas de insumos hospitalares, com negócios no Ministério.

Carvalho disse que não chegou a acertar com Blanco nenhum valor de comissionamento pela venda de vacinas à Saúde, mas informou ao tenente-coronel que a empresa ficaria com 20 centavos de dólar por dose de vacina. Munido dessa informação, Blanco teria respondido que levaria o assunto a Roberto Dias.

*Com informações do 247/Agência Estado

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Tuíte de Carlos Bolsonaro do último dia 6 escancara a farsa que estava por vir

É impressionante a falta de cuidado dessa gente.

Numa entrevista pouco tempo antes de falecer, o coordenador da campanha de Bolsonaro em 2018, Gustavo Bebianno, traçou o caminho das pedras para mostrar a todos que quem armou a farsa da facada foi Carlos Bolsonaro, que jamais havia participado de um comício do pai, mas no de Juiz de Fora ele compareceu. Comício que, não por acaso, foi o único em que Bolsonaro não estava com o colete à prova de bala.

Lembrando também que, nesse dia, somente Carlos viajou com o pai no carro, ou seja, nenhum segurança estava com eles.

Ontem, muita gente indagou quem tuitava na conta de Bolsonaro, já que ele estava internado desde o início da manhã.

Para piorar, divulgaram uma foto de Bolsonaro sem camisa, no hospital para ser transformado em mártir, mas, na verdade, o tiro saiu pela culatra, já que todos perceberam que, se não era o Carluxo que estava pilotando a conta do pai no twitter, era o próprio Bolsonaro que seguia as orientações do seu filho guru na arte da farsa.

Entre os tuítes de ontem, um chamou mais a atenção, é o que ele acusa o Psol e o PT de estarem por trás daquela farsa ridícula da facada.

Pois bem, um tuíte com a mesma essência e até com as mesmas palavras já havia sido postado por Carlos Bolsonaro oito dias antes, no dia 06 de julho, como pode ser visto na imagem.

Trocando em miúdos, o primeiro tuíte já mostra que estava a caminho uma farsa, já que ontem as mesmas palavras foram repetidas, o que também revela como essa gente faz um serviço porco e deixa sempre o rabo de fora para ser facilmente desmascarada por qualquer um minimamente atento.

Nisso há uma tentativa de constranger os senadores da CPI que estão desbaratando as falcatruas do ministério da Saúde do governo Bolsonaro no esquema da compra das vacinas, além dos crimes de responsabilidade que provocaram a morte de quase 540 mil brasileiros por covid.

Confira:

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Empresa de filho de Arthur Lira tem contratos milionários que envolvem governo Bolsonaro

Reportagem do Congresso em Foco traz uma bomba. Justo o filho de Arthur Lira, que está sentado em cima de mais de cem pedidos de impeachment de Bolsonaro, tem uma empresa de publicidade com contratos milionários que envolvem o governo Bolsonaro.

Isso faz com que se entenda por que Lira acha que, mesmo depois dessa política genocida do governo, os pedidos de impeachment de Bolsonaro são fruto de um carnaval de gritaria da oposição.

A matéria que segue abaixo está muito bem fundamentada e não há como se chegar ao fim de tudo o que é revelado aqui sem associar esses fatos graves às costas quentes que Lira dá a Bolsonaro no Congresso.

Congresso em Foco – Um filho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é dono de uma empresa de representação de veículos publicitários que, por sua vez, prestam serviço para órgãos públicos. Arthur Lira Filho tem como sócia, no negócio, Malu Cavalcante, filha de Luciano Cavalcante, braço direito, secretário parlamentar e coordenador de campanha do deputado. Com pouca experiência na área e na faixa dos 20 anos, Arthur Filho e Malu recebem comissão de cerca de 7% a 15% do valor do contrato entre a agência e o veículo que representam.

A reportagem do Congresso em Foco obteve um e-mail, cujo título se refere ao Ministério da Cidadania (“MCIDADANIA – PROGRAMAS E AÇÕES”), em que Arthur Filho e Malu estão copiados. Optamos por não publicar o e-mail para garantir o sigilo da fonte.

A mensagem foi enviada por Rodolfo Darakdjian, CEO da OPL Digital, empresa que afirma, em seu site, ter contratos com órgãos públicos como a Caixa Econômica Federal e os ministérios da Saúde e do Turismo. O empresário foi recebido duas vezes em três meses por Rodrigo Fayad de Albuquerque Rosa, que comandava a distribuição das verbas publicitárias do governo e foi exonerado na semana passada.

Outras empresas agenciadas por Malu e Arthur Filho foram contratadas como fornecedoras em publicidade pela Caixa: a Akee Mídia em janeiro deste ano e a Agência Musik’a entre dezembro e fevereiro.

A empresa dos dois jovens, a Mídia Nova Representações, não tem sede, site ou mesmo e-mail oficiais. O endereço que consta no registro de CNPJ é de um apartamento residencial da Asa Norte, em Brasília – onde Malu mora com os pais.

Quando criaram a empresa, Malu era recém-formada em Direito e Arthur Filho estava estagiando em um restaurante em Brasília. Segundo pessoas que atuam no mercado de publicidade em Brasília e não quiseram ser identificadas por temer represálias, Arthur é visto frequentemente em agências que possuem contratos milionários com o governo, como a Calia e a Propeg.

“Desde que Arthur Lira virou presidente, a empresa [do filho] passou a vender mais”, disse um dos interlocutores, que participou de uma negociação com a agência de Arthur Filho. Os envolvidos negam irregularidades e dizem que a atuação é condizente com a praticada no mercado.

No entanto, especialistas apontam que a prática pode configurar quebra do princípio de imparcialidade em contratações pelo poder público. “Quando há a intermediação de contratos de publicidade feita por parentes de representantes de órgãos públicos, indiretamente há uma quebra do princípio de imparcialidade na contratação, mesmo que todos os requisitos técnicos e legais previstos na Lei 12.232/90 sejam atendidos”, afirmou Denise Fabretti, professora de Ética, Legislação e Dados da ESPM.

Em conversa com a reportagem (identificada como tal) por WhatsApp, Malu confirmou que atua como representante de veículos publicitários “de mídia exterior, digitais e na área comercial”. Ela explicou que a empresa, aberta nos últimos dias de 2019, “recebe uma comissão de representação alinhada e celebrada em contrato entre privados”. “Os percentuais seguem o padrão de mercado”, afirma.

Oficialmente, a carteira de clientes da Mídia Nova Representações tem nove empresas agenciadas – em sua maioria, pequenos negócios que buscam interlocução para obter contratos com agências que ganharam licitações do governo.

Não há registro da Mídia Nova Representações nos portais de transparência do governo, uma vez que só são publicados os dados das agências de publicidade detentoras do contrato principal. Os serviços de representação são subcontratados e, portanto, não entram nas prestações de contas dos órgãos públicos.

Tentamos obter detalhes dos contratos diretamente com as empresas, mas recebemos a resposta de que eles têm cláusulas de confidencialidade.

Indicações no Congresso e CBTU

Luciano Cavalcante, o assessor de Lira e pai de Malu, é considerado o braço direito do deputado. Ele trabalhou por anos com o ex-senador Benedito de Lira, pai do atual presidente da Câmara e aparece em várias fotos junto aos dois. Cavalcante, inclusive, participa de eventos representando Lira.

Natural de Atalaia, em Alagoas, ele empregou a esposa, Gláucia, e a filha Malu nos gabinetes de Lira filho e Lira pai, como assessoras parlamentares. Gláucia atuou no gabinete de Arthur entre 2015 e 2016 e hoje possui um cargo de gerência na superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Maceió. O superintendente, aliás, é Carlos Jorge Ferreira Cavalcante, cunhado de Gláucia. Já Malu esteve lotada com Benedito entre 2016 e 2019.

A nomeação da esposa e do irmão de Luciano em cargos na CBTU é curiosa. Arthur Lira se tornou réu no Supremo Tribunal Federal acusado de receber R$ 106 mil de propina do então presidente da companhia, Francisco Colombo.

Em conversa com a reportagem, Luciano Cavalcante afirmou que nem ele e nem Lira atuaram para beneficiar os filhos nos negócios. Ele diz ainda que as nomeações de sua família são de acordo com a lei.

Ainda segundo o secretário, Arthur Filho e Malu estão começando na carreira e “não ganham muito dinheiro” com a empresa. Ele disse que a filha e Arthur são amigos de infância e que esta semana, um ano após a abertura da empresa e após os contatos da reportagem, alugaram uma sala para usar como sede e vão lançar a marca oficialmente.

*Por Amanda Audi e Guilherme Mendes

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