Mês: julho 2021

Urgente: Presidente da CPI dá voz de prisão a Roberto Dias por mentir à comissão após divulgação de áudio

Antes, ex-diretor da Saúde negou pedido propina e chamou vendedor de picareta.

O presidente da CPI da Covid deu voz de prisão para o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, que presta depoimento nesta quarta-feira.

— Ele vai ser rescolhido pela POlícia do Sneaod. Está mentindo desde manhã.

Mais cedo, o ex-diretor afirmou à CPI da Covid que as negociações para a compra de vacinas estavam “restritas” à secretaria-executiva da pasta e não tinham relação com o departamento onde trabalhou. No entanto, Dias se contradisse ao afirmar que não negociava vacina, mas confirmar que recebeu e-mail da empresa que ofereceu o vacina indiana Covaxin. Dias foi exonerado do cargo logo após a denúncia de um suposto pedido de propina se tornar pública, além de ter sido acusado de pressionar de maneira ‘atípica’ a compra da vacina indiana Covaxin.

*Com informações de O Globo

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Juiz intima aliado de Aras para explicar despacho secreto que barra investigação contra o PGR

A Justiça do Distrito Federal mandou intimar o subprocurador Humberto Jacques de Medeiros para que ele dê explicações sobre um despacho secreto de sua autoria que bloqueou um pedido de investigação contra o procurador-geral da República, Augusto Aras. Humberto Jacques é aliado do PGR.

Como revelou GLOBO, o subprocurador emitiu uma decisão secreta que impede andamento de um pedido de investigação feito pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES) em relação a Aras. Ele é acusado de omissões na fiscalização do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.

A solicitação gerou uma guerra interna no Conselho Superior do Ministério Público Federal, órgão máximo que teria a competência legal para investigar o PGR. Os conselheiros tentam dar prosseguimento ao caso, mas Humberto Jaques bloqueou o processo e proferiu um despacho secreto, que acabou paralisando a tramitação do processo.

Nesta terça-feira, o juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4a Vara Federal Cível do Distrito Federal, mandou intimar o aliado de Aras a dar explicações sobre sua decisão. A intimação ocorreu depois que o subprocurador José Bonifácio, integrante do Conselho Superior do Ministério Público, entrou com um mandado de segurança na Justiça para obrigar que o despacho secreto de Humberto Jacques seja tornado público e o teor seja anulado. Com isso, a investigação contra Aras começaria a andar.

Catta Preto Neto é visto por seus pares como bolsonarista. Foi ele quem rejeitou a a ação popular que barrava a indicação do ex-ministro Abraham Weintraub para um cargo no Banco Mundial. O magistrado também proferiu um despacho que suspendeu a posse do ex-presidente Lula para o comando da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, em 2016.

*Bela Megale/O Globo

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Vídeo: Nem Paulo Guedes acredita mais na permanência de Bolsonaro na presidência

Paulo Guedes, em discurso hoje, na Câmara dos Deputados, diz que espera que Bolsonaro consiga terminar o seu mandato, ou seja, espera justamente porque não acredita que ele consiga chegar até 2022 governando o país. Nisso não há qualquer novidade, pois até Bolsonaro não acredita mais que terminará o mandato de tanto escândalos que explodem. O curioso é que Guedes fala aquelas bobagens dele, mas não teve coragem de dizer que esse governo promoveu um morticínio comandado pelo genocida em que foram perdidas mais de meio milhão de vidas de brasileiras por uma política nefasta.

Paulo Guedes disse: Eu quero acreditar que a democracia brasileira nos permita ter um governo de quatro anos. Depois de 30 anos de centro-esquerda, será que não pode ter quatro anos de centro-direita?

Assista:

*Da redação

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Receita acusa Ricardo Barros de ocultar R$ 2,2 milhões

Alvo de PF e CPI, líder de Bolsonaro na Câmara não comprovou origem de depósitos, segundo o fisco; deputado nega irregularidades.

Segundo matéria da Folha, a Receita Federal acusa o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, de ter montado uma “engenharia” com empresas para simular operações financeiras e não ter comprovado a origem de depósitos bancários que somam R$ 2,2 milhões, de 2013 a 2015.

O fisco impôs ao parlamentar uma multa de 150% sobre o valor do imposto devido, índice que é aplicado em casos de sonegação, fraude ou conluio. A cobrança contra Barros, que inclui juros de mora, totaliza R$ 3,7 milhões.

A investigação da Receita levou à abertura de um inquérito pela Polícia Federal no qual se levantou a suspeita da prática de lavagem de dinheiro decorrente de corrupção, ante “o grande volume de valores não justificados, em sua maioria em espécie, depositados na conta corrente do investigado”.

Alvo da CPI da Covid em torno de compras de vacinas sob suspeitas, Barros nega ter cometido crimes e diz que é “mais uma vítima do ativismo político que imperou nos órgãos de fiscalização nesse período recente”, e afirma que a PF foi “induzida a erro pela Receita, que simulou uma situação contábil fictícia”.

O líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara passou a ser alvo da CPI após ter sido citado pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

Em depoimento à comissão, Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo, afirmaram ter comunicado Bolsonaro sobre supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin. Ao ouvir o alerta, o presidente teria atribuído o caso a Barros, segundo Miranda.

Posteriormente, também na CPI, o intermediário de vendas da empresa Davati Luiz Paulo Dominguetti confirmou relato feito em entrevista à Folha de que recebeu solicitação de propina de US$ 1 por dose de vacina do então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias.

Barros é apontado como um dos fiadores da nomeação de Dias ao cargo no ministério. O deputado federal nega.

Esse diretor, exonerado após a denúncia de propina, foi motivo de embate entre Bolsonaro e Pazuello em outubro de 2020. À época, Pazuello pediu a demissão de Dias da diretoria de logística do ministério, mas, por pressão política, o presidente barrou a exoneração.

A apuração da Receita sobre Barros começou em meados de 2018 e teve como base declarações de renda dele e informações fiscais de empresas das quais ele foi ou é sócio, relativas a 2013, 2014 e 2015.

Em 2013 e 2014, o deputado atuou como secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do estado do Paraná, no governo Beto Richa (PSDB), e em 2015 estava no primeiro ano de seu quinto mandato como deputado federal.

Segundo a auditoria, na investigação foi constatada “a existência de empresas estruturadas e engendradas de tal forma a fugir da devida tributação de suas receitas, bem como mascarar e simular rendimentos para o contribuinte [Barros]”.

A fiscalização indicou que o deputado simulou empréstimos e recebimentos de valores a título de distribuição de lucros do caixa de empresas, mas essas companhias não tinham saldo para tais operações.

Também fez a acusação de que uma das firmas de Barros, a RC3, é de fachada, e foi constituída apenas para ter vantagens tributárias na compra de um imóvel.

De acordo com a apuração fiscal, foram identificados depósitos de origem não comprovada movimentados em contas bancárias de Barros e da RC3, que para a auditoria configuraram omissão de rendimentos.

Barros foi convocado a demonstrar a origem de cada recurso depositado ou creditado nas suas contas bancárias, mas segundo as autoridades fiscais o deputado “justificou apenas alguns depósitos, alegando serem provenientes de recursos existentes em caixa”, além de ter sugerido que a fiscalização requisitasse diretamente às instituições financeiras cópias dos documentos sobre as contas bancárias.

O fisco então pediu os dados oficiais das movimentações financeiras e, ao fim da investigação, indicou que a totalização dos depósitos de origem não comprovada atingiu R$ 2,2 milhões.

Foi lavrado então um auto de infração com imposição de multa de 150% sobre o imposto devido, taxa que é adotada em situações de sonegação, fraude ou conluio.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Bolsonaro corta acesso do ator e cineasta Spike Lee à Lei Rouanet

O cineasta Spike Lee, presidente do júri de Cannes em 2021, disse nesta terça-feira (6) que Jair Bolsonaro, Vladimir Putin e Donald Trump são “gângsters” e que “temos que levantar a voz” contra eles.

O diretor de “Faça a coisa certa” e “Infiltrado na Klan” disse na cerimônia de abertura do festival que os presidentes do Brasil e da Rússia e o ex-presidente dos EUA “não têm moral ou escrúpulos”.

“O mundo está sendo governado por gângsteres. O Agente Laranja [em referência a Trump], o cara do Brasil [em referência a Bolsonaro] e Putin. São gângsteres e vão fazer o que quiserem. Não têm moral ou escrúpulos, esse é o mundo em que vivemos, e precisamos levantar a voz contra gângsteres como esses”, disse Spike Lee.

O diretor de 64 anos é o primeiro afro-americano a desempenhar a função de presidente do júri.

Lee apresentou sete de seus filmes no Festival de Cannes, como “Ela Quer Tudo”, “Faça a Coisa Certa” e “Febre da Selva”.

Em 2018, ele foi premiado com o Grande Prêmio por “Infiltrado na Klan”, baseado na história real de um policial negro que se infiltrou na Ku Klux Klan.

Lee é uma figura importante da luta contra a discriminação racial nos Estados Unidos e apoiou a carreira de muitos cineastas afro-americanos.

Cinco mulheres e quatro homens, incluindo o cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho, integram o júri do Festival de Cannes de 2021, que começou nesta terça e vai até 6 a 17 de julho.

Pois bem,

Renato Terra, Folha – Após se chamado de ‘gângster’ por Spike Lee no Festival de Cannes, o presidente Jair Bolsonaro resolveu dar o troco. “Ele quer o PT de volta para mamar nas tetas do Estado brasileiro junto com o Leonardo diCaprio. Quero ver se esse sujeito vai continuar fazendo seus filmes sem a Lei Rouanet”, rebateu.

A assessoria de comunicação do governo ressaltou que “a obra de Spike Lee tem como objetivo criar uma cizânia inexistente entre brancos e negros e, com isso, semear a discórdia, o comunismo e a pedofilia”.

No final da tarde, Spike Lee fez a coisa certa e confirmou a continuação de um de seu filmes mais famosos. “Dessa vez, o filme contará a história de um motorista infiltrado nos gabinetes dos parlamentares que obrigava os servidores a devolverem parte de seus salários. Chamará ‘Infiltrado no Clã’”.

*As informações são do G1/Folha

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Assista ao depoimento de Roberto Dias, acusado de pedir propina para vendedor de vacina

A CPI da Covid ouve nesta quarta (7) Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde.

Dias foi acusado pelo PM Luiz Paulo Dominguetti de pedir US$ 1 por dose de vacina. Ele nega e diz que não conhecia o vendedor de vacinas.

O nome do ex-diretor também apareceu nos depoimentos dos irmãos Miranda sobre o caso Covaxin.

De acordo com os irmãos, Dias pressionou Luis Ricardo Miranda para agilizar a compra da vacina indiana – a mais cara negociada pelo governo.

Assista:

*G1

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Quanto mais tempo Bolsonaro ficar no poder, mais desmoralizadas ficam as instituições do Estado brasileiro

Os escândalos que envolvem Bolsonaro há muito deixaram de ser exclusividade do Brasil. Hoje, suas patifarias ganharam dimensão globalizada e sua situação só se agrava a cada dia de CPI da Covid.

O áudio de sua ex-cunhada, Andrea Siqueira Valle, disponibilizado pelo Uol, revelando a origem de suas práticas de corrupção, não só reforça o que a CPI já desvendou sobre seus esquemas, como traz dados que se tornaram padrão para chegar à situação em que o Brasil se encontra com mais de meio milhão de vítimas fatais da covid.

Certamente, se abrir uma CPI sobre os incêndios da Amazônia, sobre a farsa do meio ambiente, envolvendo, sobretudo grilagem e exportação ilegal de madeira, se chegará a um resultado semelhante ao da CPI do genocídio.

Na verdade, o que diferencia o Bolsonaro de hoje do que iniciou a dinastia do esquema de corrupção, peculato, roubo continuado do erário, através de fantasmas e laranjas que usava para saquear os cofres públicos, herdado pelos filhos, comparado aos esquemas que ele montou ao assumir a presidência da República, é apenas o volume de dinheiro dos cofres públicos que está em jogo.

Talvez por isso, o clã Bolsonaro sequer se importou com o escândalo inevitável que geraria a compra de uma mansão por Flávio, num dos metros mais caros de Brasília e, consequentemente do Brasil .

Respaldado na ideia de que as nossas instituições não têm força para derrubá-lo e a sociedade impedida pela pandemia de se manifestar, Bolsonaro teve a certeza de que o mundo não tinha propriamente ferramentas que pudessem não só lhe tirar do poder, como impor-lhe uma punição, uma condenação, uma prisão.

É fato que seu governo virou uma central do mercado, e quanto mais se vê enfraquecido, mais avança o mercado e seus tentáculos nas instituições. Parece mesmo ser este um dos motivos de Arthur Lira não colocar em votação um dos mais de cem pedidos de impeachment.

Todos nós sabemos das mazelas do centrão e como ele se torna poderoso com a sua aliança com o mercado. Esse bando de congressistas sabe como poucos farejar e interpretar o momento de sua presa para “propor” políticas de interesse do mercado, como vemos o caso do desmonte do país com as privatizações que vão piorar e muito a vida dos brasileiros.

Isso também revela a clara contradição da mídia. Se de um lado, pede a cabeça de Bolsonaro, do outro, apoia a agenda antipovo de Paulo Guedes.

O fato é que todos os interesses em torno de Bolsonaro acabam cheirando igual, cheirando mal.

Tivéssemos instituições verdadeiramente interessadas no bem-estar da população ou de uma boa causa nacional, Bolsonaro já teria sido arrancado da cadeira da presidência e, inevitavelmente, teria um encontro com a justiça para, sem sombra nenhuma, pagar por seus crimes.

Mas como ele vem fazendo as reformas claramente voltadas para prejudicar a população, o país e beneficiar os grandes rentistas e banqueiros, o máximo que assistimos são os discursos de oposição as suas atuações na Saúde, seja pelo morticínio, seja pela corrupção, mas a tolerância com essas práticas no universo institucional, mostra que o Estado brasileiro, se não todo, está com as instituições de controle quase todas tão envenenadas quanto o próprio governo Bolsonaro.

Por isso, os Brasileiros já entenderam que se não militarem nas ruas fazendo um movimento para mudar esse estado de coisas, primeiro tirando Bolsonaro e, depois, fazendo as instituições funcionarem a contento, o Brasil ficará até 2022 vendo centenas de milhares de pessoas serem mortas pela covid diante de instituições capturadas pelo mercado.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Militares no poder: desmanche, morticínio e corrupção

“O desastre do governo militar, que se afoga num mar de corrupção e morticínio ao mesmo tempo em que arruína o país, já se reflete na perda de prestígio dos militares e na queda da confiança da população nas Forças Armadas”, escreve Jeferson Miola.

Ao atuarem como facção político-partidária que detém o poder e comanda o país, os militares ficaram, naturalmente, sujeitos a maior escrutínio público. Segredos, lendas e “mistérios” da vida castrense guardados a 7 chaves no mundo hermético em que se encapsulam e escapam ao controle civil, agora vêm ao conhecimento geral.

Encobertos pelo manto do falso-moralismo, do falso-profissionalismo e do falso-legalismo das Forças Armadas, ao longo de décadas os militares lograram sedimentar na sociedade brasileira a auto-imagem de baluartes “puros, incorruptíveis e competentes”.

Consideram-se fundadores da consciência nacional e tutores da Nação. Estão convencidos de que incumbe a eles, e não aos civis “impuros, corruptos e incompetentes”, a tarefa de conduzir a Nação ao encontro com seu destino.

O conhecimento, entretanto, de privilégios, corrupção, nepotismos e desvios anti-republicanos mostra que a realidade é bastante diferente.

A sociedade finalmente está descobrindo a opulência nos quartéis bancada com dinheiro público: alta litragem de uísque 12 anos, conhaque de grife e cervejas; toneladas de lombo de bacalhau, picanha e de outros cortes nobres de carne; leite condensado a preço de ouro e outros caprichos do gênero.

Mais de 85% das verbas do ministério da Defesa são destinadas ao pagamento de salários, aposentadorias e pensões. Ao redor de 87 bilhões de reais do orçamento nacional são carreados todo ano para a “família militar”, que é composta por 805 mil integrantes, dentre militares da ativa [358 mil], da reserva [189 mil] e pensionistas [257 mil].

Para se ter noção da magnitude deste valor, basta comparar com o orçamento do SUS em 2021, de R$ 145 bilhões para atender 210 milhões de brasileiros/as.

O investimento na defesa da soberania deve ser uma prioridade nacional. O enorme sacrifício da sociedade brasileira em canalizar altas somas do orçamento nacional [R$ 100,9 bi] para gastos militares não tem assegurado, apesar disso, uma eficaz política de defesa nacional, visto que a quase totalidade do orçamento militar do país dirige-se ao pagamento de salários, aposentadorias e pensões de dependentes de militares.

Reportagem do jornal Estadão mostrou que 137,9 mil pensões são pagas a filhas de militares mortos. Dezenas delas recebem acima do teto constitucional de R$ 39,3 mil. A matéria menciona que “em fevereiro deste ano, eram 14 casos de pensionistas que ganhavam mais de R$ 100 mil líquidos, já depois dos descontos”. A pensão mais antiga data do ano 1930 do século passado.

É notório o caso da neta do ditador Emilio Garrastazu Médici, adotada por ele como filha poucos meses antes do seu falecimento em 1985, o que assegura a ela uma pensão mensal vitalícia de R$ 32,6 mil. Lamentavelmente, burlas e fraudes como esta não são incomuns.

Neste período de governo militar, os militares infestaram o aparelho de Estado com mais de 10 mil oficiais em cargos técnicos de natureza civil. Criaram artifícios para receberem salários “duplex” e extra-teto. Afora casos de nepotismo cruzado, mordomias, favorecimentos e, claro, de “tenebrosas transações”, negociatas e esquemas bilionários de corrupção, como no ministério da Saúde comandado por ninguém menos que um general da ativa do Exército.

Enquanto aprovam no Congresso o congelamento dos salários do funcionalismo civil das três esferas de governo, os militares se concedem ganhos salariais. Eles aumentam a idade mínima para aposentadoria e reduzem os proventos dos trabalhadores civis dos setores público e privado, ao mesmo tempo em que ficam imunes à reforma previdenciária e garantem condições vantajosas para a “família militar”.

Mas nem só de corrupção é feito o governo militar. O morticínio que já se aproxima das 530 mil vidas perdidas é um legado catastrófico que ficará marcado para sempre na história do Brasil.

Os generais da ativa e da reserva, chefes políticos do governo militar, são os reais responsáveis pelo extermínio de centenas de milhares de compatriotas, e deveriam, por isso, estar respondendo pelos seus crimes e negligências na CPI da pandemia. Mas, por enquanto, estão conseguindo se safar. A revelação, contudo, dos esquemas mafiosos de oficiais do Exército e do líder do governo com o conhecimento do Bolsonaro, poderá levar à investigação e responsabilização deles na CPI.

O país está sendo devastado em todos sentidos. Está em curso um feroz e brutal processo de desmanche do Brasil. Nesta verdadeira guerra de saqueio das riquezas nacionais, liquidação do patrimônio estatal e pilhagem dos fundos públicos, o Exército atua como a força de ocupação que oportuniza a perpetração deste terrível ataque à soberania nacional.

O desastre do governo militar, que se afoga num mar de corrupção e morticínio ao mesmo tempo em que arruína o país, já se reflete na perda de prestígio dos militares e na queda da confiança da população nas Forças Armadas. A repulsa à presença dos militares na política é cada vez mais amplificada nas mobilizações de rua pelo Fora Bolsonaro!.

A interrupção deste processo de desmanche, corrupção e morticínio é a maior urgência deste período histórico dramático.

O primeiro passo para isso é o impeachment do Bolsonaro, o biombo que esconde por trás de si os reais responsáveis pela hecatombe nacional – os chefes políticos que conspiraram contra a democracia, emparedaram as instituições e partidarizaram as Forças Armadas, transformando-as em facção política da extrema direita.

*Jeferson Miola/247

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Golpistas que negociavam vacina com governo Bolsonaro festejaram ‘último dia de pobre’

“Bora reservar o jaguar e uma casa em Brasília. kkkkk…”, escreve o próprio Dominguetti a um interlocutor.

Nas mensagens em poder da CPI da Pandemia, uma em especial revela como os golpistas que tentavam vender supostas vacinas ao governo de Jair Bolsonaro já sonhavam com uma vida de luxos, carros importados em mansões em Brasília.

No dia 15 de março, em plena negociação com o Planalto e com o Ministério da Saúde, os parceiros do policial militar Luiz Paulo Dominguetti disparavam mensagens ao operador da Davati já comemorando a mudança de vida.

“Bora reservar o jaguar e uma casa em Brasília. kkkkk…”, escreve o próprio Dominguetti a um interlocutor identificado como “Amauri Vacinas Embaixada”.

O próprio Amauri responde: “Já te falei que não quer Jaguar”, diz o interlocutor enviando, na sequência, uma foto de outro caro importado de luxo.

Um link com anúncio de carro é enviado a Dominguetti, numa evidência de que a turma já pensava até em como torrar o dinheiro das vacinas.

Em outra troca de mensagens de Dominguetti, dessa vez com um interlocutor identificado como “Andrei Compra Vacina”, o grito era de libertação. “Últimos dias de pobre! kkk”, diz o interlocutor.

*Da Veja

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

O que a pesquisa Ipsos mostrou além de Lula nadando de braçada com 58%, foi Bolsonaro e toda a direita caindo em desgraça

Há os que não querem admitir que sempre estiveram na direita ao lado de Bolsonaro.

Lembram do dia da votação do impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados, Bolsonaro elogiando o torturador e assassino, Brilhante Ustra?

Se tivesse sido cassado e preso depois dessa sua fala, não teria sido eleito e, consequentemente, não teria matado mais de meio milhão de brasileiros e não seria reconhecido como o maior corrupto da história da República, junto com seus filhos delinquentes.

Como a direita teve oportunidade de expurgar esse furúnculo do seu lado na geografia política e não o fez para que o PT fosse aniquilado, como era o sonho dessa mesma direita, agora, todos esses golpistas que estiveram juntos para saquear o mandato de Dilma, pagam um preço alto.

Ninguém ali estava preocupado com a democracia, muito menos o Supremo, tanto que ontem, depois de cinco anos, Barroso deu uma declaração que, em outras palavras, sempre teve a percepção de que Dilma sofreu um golpe, porque não havia nada de criminoso em seu comportamento político, apenas resolveram tratá-la como alguém que poderia ser descartado e, depois, esse ato ser visto pela sociedade como uma coisa normal. Não foi e não é visto assim por quem tem um mínimo de bom senso.

Daí a saraivada de críticas que Barroso sofreu nas redes sociais após a sua fala infeliz, além do resultado pífio dos candidatos da direita à presidência da República, classificados como terceira via, como se não parecessem com quem de fato parecem, com Jair Bolsonaro.

O que é preciso ficar bem claro é que as pesquisas têm mostrado que o atual modelo cívico brasileiro, com Bolsonaro, que chegou a esse nível de selvageria, foi herdado do modelo cívico cultural, do modelo cívico político do golpe contra Dilma, porque ali todos estavam subordinados aos interesses do mercado e seria essencial sacar Dilma da presidência para que a territorialização corporativa fosse total.

Ao contrário do que disse Barroso, ali o que houve não foi um cálculo político, mas econômico que tinha que ser instalado contra os trabalhadores, os pobres, os negros e os índios.

Qualquer análise minimamente imparcial dirá claramente que ali o que esteve presente foi uma perspectiva de lucros maiores do mercado em nome da desintegração de direitos dos trabalhadores, do esfacelamento das estatais e a liberdade total do sistema financeiro para esfoliar toda a sociedade brasileira e, de forma mais efetiva, contra os pobres que, hoje, encontram-se em situação de risco alimentar.

Por isso, o governo Bolsonaro, no campo da economia, foi o papel xerox de Temer apenas com fermento neoliberal. Os desempregados que atualmente apresentam-se cada vez mais em volume maior, são a somatização dessa tragédia política que o golpe proporcionou.

Cai também em desgraça diante dos olhos da sociedade toda aquela espetacularização da mídia com Moro, com direito a prisões de petistas transmitidas ao vivo pela Globo para estabelecer uma confusão política e, com isso, a sociedade não esboçar reação ao ataque à democracia, como não esboçou.

Hoje, tudo isso se expressa nos resultados dessa série de pesquisas divulgadas nos últimos dias, mesmo que os poderosos do mercado não sejam citados, como nunca são. Os brasileiros querem a reconstrução da sua nação com o retorno de políticos que realmente se voltam aos mais pobres e entendem que só há um caminho, o de eleger Lula presidente, devolver a democracia e a esperança para o Brasil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição