Papa fina das Forças Armadas evoca frase de Margareth Thatcher para dar um bico de coturno no cachorro morto, “é ruim e vai passar”.
Thatcher explicava que, “a democracia não é um sistema para garantir que os melhores sejam eleitos, mas sim, para impedir que os ruins fiquem para sempre”.
O fato é que o desleixo de Bolsonaro com o Brasil escancarado nas cavalgadas e motociatas, enquanto o país enfrenta uma crise generalizada e de grandes proporções, é visto hoje pela cúpula militar como uma tragédia, e é unânime em afirmar que as eleições de 2022 são a grande oportunidade para tirar Bolsonaro do poder, fazendo coro com os barões do PIB brasileiro e refutando qualquer tentativa de golpe.
Segundo um dos caciques mais graduados das Forças Armadas, “a economia está afundando. Portanto, é preciso retomar a serenidade no país.”
Outro militar da cúpula filosofa, “a democracia é ruidosa, mas ninguém pode ultrapassar os limites da constituição. Fazer barulho é do jogo, o que não pode é tentar desestabilizar o país. Só estamos perdendo tempo e os problemas reais estão se aprofundando. É a população mais pobre que sofre.”
Ou seja, não há chance do 7 de setembro representar qualquer ruptura institucional.
Para os militares do comando das Forças Armadas, as instituições brasileiras são sólidas e vão sobreviver aos ataques de Bolsonaro. Reforça um representante da alta patente, que a liderança das Forças tem pleno controle de suas tropas que vêm sendo educadas sobre a importância da democracia.
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