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Em outro ato de covardia, Bolsonaro usa Michelle para dizer o óbvio, que é contra a CPI da facada

Depois que Alexandre Frota anunciou que entraria com o pedido de CPI da facada, após assistir ao excelente documentário de Joaquim de Carvalho, “Bolsonaro e Adélio, uma Fakeada no coração do Brasil”, Bolsonaro, duplamente covarde, mais uma vez usou Michelle como testa de ferro para dizer que era “oportunismo” de Frota que, por sua vez, rebateu no próprio twitter, chamando-a de professora do oportunismo desde a época em que era secretária do PSC.

O fato é que todo esse imbróglio de peculato e formação de quadrilha que envolve o clã Bolsonaro com o esquema que é chamado de forma mimosa de rachadinha, Michelle é a primeira que aparece quando o Coaf mostrou movimentação atípica de Fabrício Queiroz depositando em sua conta.

Mais à frente, outro depósito de R$ 89 mil, também feito por Queiroz em sua conta, não teve resposta de nenhum deles.

Agora, Bolsonaro usa a mulher como testa de ferro para refutar a abertura de uma CPI sobre a facada que ele tantas vezes, junto com os filhos, disse que queriam reabrir por não confiar no inquérito da Polícia Federal que concluiu que Adélio agiu sozinho.

Cansamos de ver que bastava o nome de Marielle aparecer nas redes sociais para Carluxo acionar seus robôs e perguntar, quem mandou Adélio esfaquear Bolsonaro?

Agora, que Frota pede para abrir uma CPI para que se vasculhe tudo dessa história da suposta facada que Bolsonaro tomou em Juiz de Fora, Bolsonaro praticamente assina recibo de confissão de que nunca quis investigar nada, tanto que nem recorreu à decisão dada pelo juiz de que Adélio agiu sozinho.

Na verdade, a partir de agora, eles não farão mais essa pergunta, o que de cara dá mais crédito ao documentário, já que os primeiros interessados em saber a verdade, Bolsonaro e filhos, querem fugir da verdade.

A pergunta é inevitável, por que quem se disse atingido por uma facada não quer que reabra as investigações sobre o caso?

Detalhe, Michelle nunca deu um pio sobre os depósitos de Queiroz em sua conta e, agora, resolve falar sobre a facada.

A resposta está no documentário “Bolsonaro e Adélio, uma Fakeada no coração do Brasil”, de Joaquim de Carvalho.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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