Ano: 2021

Vídeo: Genocida mata mais de 8 mil brasileiros em 48 horas

Em um período de 48 horas, Bolsonaro fez piada com o trágico número de brasileiros vítimas da covid, com seus familiares, receitou cloroquina e não se vê no país uma instituição que se posicione para dar um basta nesse monstro insensível.

Assista:

*Da redação

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Brasil sem vacina: Butantan suspende produção da Coronavac por falta de insumos

A produção da vacina Coronavac, utilizada contra a Covid-19, está temporariamente paralisada pelo Instituto Butantan por falta de matéria-prima, disseram à CNN três fontes com conhecimento do assunto.

O Butantan ainda vai seguir com a entrega de vacinas na próxima semana, porque tem 2,5 milhões de doses já prontas aguardando o prazo do controle de qualidade.

O instituto também informa que cumprirá os prazos estabelecidos nos contratos com o Ministério da Saúde, apesar do atraso na chega de insumos. O Butantan se comprometeu a entregar 46 milhões de doses até o fim de abril.

Um novo carregamento de matéria-prima – o chamado IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) – estava previsto para chegar da China na próxima sexta-feira, dia 9 de abril, mas foi postergado. O atraso foi admitido pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (7).

O insumo é fornecido pela parceira do Butantan na Coronavac, a chinesa Sinovac. O atraso da remessa foi provocado pela intensificação da campanha de vacinação na própria China. Até agora os chineses vinham exportando boa parte de suas vacinas porque estão com o contágio da Covid-19 controlado.

Doria disse na coletiva que chegou a ligar para o embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming. Dois dias atrás, o embaixador publicou na sua conta no Twitter uma mensagem sobre encontro com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e garantiu que a China seguiria mandando insumos ao Brasil.

Agora, a previsão de chegada de 6 mil litros de IFA em São Paulo é no dia 15 de abril, suficientes para produzir 10 milhões de doses. O Butantan tenta antecipar essa data para retomar a produção. Uma fonte ouvida pela reportagem reforçou que “cada dia de produção de vacina conta” em meio a uma pandemia que está matando 4 mil brasileiros por dia.

Procurado pela CNN, o Butantan não negou a paralisação da fábrica, mas frisou que, apesar do atraso na entrega do insumo, vai cumprir seus compromissos estabelecidos em contrato com o Ministério da Saúde.

“O Instituto Butantan informa que é esperado para a próxima semana um novo carregamento de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) de 6 mil litros, correspondentes a cerca de 10 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus.

Com isso será possível cumprir integralmente o primeiro contrato com o Ministério da Saúde, totalizando a entrega de 46 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até 30 de abril”, informou.

Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), oito em cada 10 doses contra o novo coronavírus no Brasil até agora são da Coronavac. Desde janeiro, o instituto já entregou 38,2 milhões de doses – 22,7 milhões apenas em março.

*com informações da CNN

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Congresso alerta Bolsonaro de que pode impor derrotas a governo se emendas forem vetadas

Guedes pede valor maior de corte em emendas, mas Congresso quer garantir acordo firmado em março.

Na disputa pelo Orçamento, a cúpula do Poder Legislativo avisou ao presidente Jair Bolsonaro que, se forem vetadas emendas parlamentares prometidas em março, o Palácio do Planalto enfrentará resistências na aprovação de projetos de interesse do governo ao longo do ano.

O alerta foi feito em reunião, na terça-feira (6), do ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). No encontro, segundo relatos feitos à Folha, Ramos foi comunicado de que o acordo tem que ser cumprido.

O recado foi de que, caso o montante prometido em março sofra cortes na sanção da proposta por Bolsonaro, líderes partidários podem retaliar o governo em votações futuras. A ameaça foi transmitida ao presidente, que pretende discutir o assunto ainda nesta quarta-feira (7), em São Paulo, com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em março, o Poder Executivo prometeu mais R$ 16,5 bilhões em emendas a aliados em troca da aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) Emergencial, que prevê medidas de controle de aumento de despesas e liberou a nova rodada do auxílio emergencial.

A equipe econômica, no entanto, reclama que o relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), extrapolou o acordo e, no final, o acréscimo foi de R$ 29 bilhões —que foram distribuídos em negociações políticas e classificados como emendas de relator à proposta orçamentária.

Desde o final de semana, a articulação política do Palácio do Planalto vinha tentando convencer a cúpula do Congresso a abrir mão de mais emendas —num valor acima dos R$ 13 bilhões que foram considerados insuficientes pela equipe econômica.

Um corte de emendas acima de R$ 13 bilhões poderia prejudicar a promessa feita em março. Na reunião com Lira e Pacheco, Ramos também recebeu queixas sobre o desgaste da imagem do Congresso diante do impasse em torno do Orçamento.

Na visão da cúpula do Poder Legislativo, deputados e senadores estão sendo apontados como responsáveis pelos problemas na proposta orçamentária, que precisa ser sancionada até dia 22 de abril. A demora em uma definição retomou a pressão no centrão por uma troca de Guedes.

Após ter recebido o recado, Ramos se encontrou no final da tarde da terça-feira (6) com a ministra da Secretaria de Governo, Flavia Arruda, para discutir uma solução. Diante de um impasse, os dois ministros se reuniram na tarde desta quarta-feira (7) com Guedes, no Palácio do Planalto.

No encontro, segundo assessores palacianos, os três ministros avaliaram outros pontos que poderiam ser vetados da proposta orçamentária para viabilizar a preservação das emendas parlamentares. Uma decisão, contudo, só deve ser tomada no retorno à capital federal de Bolsonaro.

No final de semana, os ministros palacianos avaliavam que o clima entre Guedes e Congresso tinha melhorado com a indicação de Bolsonaro de que a proposta teria vetos parciais, mas preservaria as demandas dos congressistas.

Mas isso mudou. Recentemente, a equipe econômica demonstrou resistência na sanção de pontos apresentados como fundamentais por deputados e senadores. A dificuldade em se chegar a um acordo, levou o bloco do centrão a criar um apelido a Guedes.

O ministro da Economia passou a ser chamado, em caráter reservado, de “Evergreen”, nome da empresa cujo navio bloqueou recentemente o fluxo do canal de Suez. Para deputados e senadores, o ministro tem impedido um acordo.

A equipe econômica tem mostrado resistência nas negociações com os congressistas e a ala política do governo desde a aprovação do Orçamento, no fim de março.

O principal impasse está no valor que os deputados e senadores deveriam abrir mão em emendas para que o governo consiga recompor gastos obrigatórios que foram subestimados no Orçamento.

Também há divergência na forma que eventual acordo será concretizado. Guedes defende que Bolsonaro vete parcialmente as contas de 2021 aprovadas pelo Congresso. Caso contrário, para ele, o presidente estará sujeito a acusações de crime de responsabilidade e eventual abertura de processo de impeachment.

Auxiliares do Palácio do Planalto, no entanto, defendem que o presidente sancione a proposta e corrija distorções na execução do Orçamento ao longo do ano. A avaliação desse grupo é que a simples validação da proposta não configura crime de responsabilidade.

Membros da ala política tentam convencer Bolsonaro de que é importante fazer um aceno aos parlamentares. Com isso, além de limitar o risco de impeachment, o presidente ganharia apoio para a análise de propostas de interesse do governo.

Na lista de prioridades do governo, estão propostas de difícil articulação e que dependem de amplo apoio parlamentar para serem aprovadas. A equipe econômica quer aprovar neste ano, por exemplo, a reforma administrativa, pontos da reforma tributária e propostas que viabilizam a privatização da Eletrobras e dos Correios.

*Com informações da Folha

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Vídeo: Bolsonaro faz piada com mais 4.200 mortes pela covid-19

Não se sabe o que é mais trágico, se o estarrecedor número de mortes provocado no Brasil, 4.200 em 24 horas, pela pandemia que se abateu sobre o mundo inteiro, mas principalmente sobre o Brasil, ou se a forma como Bolsonaro trata essa tragédia, com desprezo e galhofa.

*Da redação

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Brasil Estudo: Pessimismo de brasileiros atinge marcas históricas

Aumento do número de mortes por covid-19 e derrocada econômica elevaram o risco percebido por consumidores e empresários em relação a emprego, renda e saúde. Queda da confiança é a maior de série da FGV.

As brasileiras e os brasileiros nunca estiveram tão pessimistas. O coquetel negacionista do desgoverno Bolsonaro, que resultou num absurdo número de mortes por covid-19, impactos avassaladores sobre a atividade econômica e o recrudescimento da desigualdade e da fome, envenenou as expectativas de consumidores e empresários, conduzindo à pior percepção sobre a situação atual das finanças familiares e da economia em mais de quinze anos.

O estudo ‘Indicadores de Sentimento: Confiança e Incerteza’, do Instituto Brasileiro de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), aponta que o risco percebido por consumidores em relação a emprego, renda e a própria saúde chegou a níveis históricos em março. Desde o início da série, em setembro de 2005, nunca havia ocorrido uma queda tão expressiva e generalizada dos índices de confiança.

A derrocada conduzida pelo ministro-banqueiro da Economia, Paulo Guedes, supera largamente os efeitos positivos da campanha de vacinação no Brasil, que se desenrola em ritmo aquém do desejado pela maioria. A queda acentuada do índice que mede as expectativas empresariais para os meses seguintes levou o nível desse indicador de pessimismo moderado para pessimismo.

“O destaque negativo foi a queda de 18,5 pontos da confiança do Comércio, influenciada por uma completa revisão de expectativas, que passaram de neutras para muito pessimistas entre fevereiro e março. É a primeira vez desde fevereiro de 2020 que o setor de Serviços não apresenta o menor nível de confiança entre os quatro setores”, avaliam os pesquisadores da FGV.

Em compensação, mesmo após a terceira queda seguida, a confiança da Indústria continua elevada. A distância entre o nível de confiança do setor e o da média dos demais setores é recorde desde 2010, quando foram criados os índices do Comércio e da Construção. Apesar de o Nível de Utilização da Capacidade Industrial (NUCI industrial) ter recuado em março, o indicador ainda está acima do nível pré- pandemia.

Já os índices de Situação Atual caíram em todos os grandes setores em março. “Após ligeira melhora das expectativas do Comércio no início de 2021, o indicador despencou 26 pontos em março, a maior variação negativa na série histórica. Com isso, as expectativas do Comércio são as piores entre os setores e consumidores”, afirma o estudo. No setor de Serviços, o mais afetado pela crise, dentre os cinco principais segmentos a percepção em relação à situação atual continua pior nos serviços prestados às famílias, seguidos por transportes.

Trabalhadores de baixa escolaridade

Em outro estudo, apresentado em 31 de março, o FGV/Ibre revelou que a pandemia de coronavírus impactou o mercado de trabalho como um todo, mas afetou principalmente os trabalhadores informais e os de baixa escolaridade. A redução do emprego foi significativamente maior entre eles, e as dificuldades continuarão no pós-pandemia.

“Quanto menor a qualificação e quanto mais baixos os salários, maior foi o abalo”, afirma o economista Fernando Veloso. A partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, ele descobriu que, do total de 7,3 milhões de postos de trabalho perdidos em 2020, 76% eram ocupados por brasileiros com até dez anos de estudo.

Embora a redução do emprego formal no primeiro ano de pandemia tenha sido expressiva (-4,2%), a queda no emprego informal foi três vezes maior (-12,6%) na média do ano em termos proporcionais. Na média nacional em 2020, o número de ocupados no país encolheu 7,9%.

Em termos absolutos, dos 7,3 milhões de posto de trabalho eliminados no país no ano passado, 5,1 milhões eram de trabalhadores informais, com destaque para os domésticos sem carteira (-18,8%), empregados sem carteira (-16,5%) e conta própria sem CNPJ (-10,3%).

O pesquisador avalia que uma melhora do mercado de trabalho só deverá ser observada no segundo semestre, a depender do avanço da vacinação e da redução das incertezas econômicas. “Acredito que ainda será um cenário muito difícil, com salários crescendo muito pouco e desemprego caindo lentamente”, prevê.

Além do aumento do desemprego, milhões de pessoas saíram da população economicamente ativa, passaram a trabalhar menos do que gostaria ou simplesmente desistiram de procurar emprego, os chamados desalentados.

Em 2020, a taxa de desemprego média anual foi de 13,5%, a maior da série iniciada em 2012. Segundo o IBGE, o contingente de desalentados aumentou em 16,1% em relação a 2019, chegando a 5,5 milhões de pessoas. Já o número total de subutilizados ficou em 31,2 milhões, o maior da série anual, com alta de 13,1% (mais 3,6 milhões de pessoas).

*Com informações do PT

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

`Brasil pode sofrer um apagão de vacinas nas próximas semanas’, diz presidente do Conass

A afirmação foi feita por Carlos Eduardo Lula, presidente do Conass e secretário de Saúde do Maranhão, em entrevista ao Jornal da CBN. De acordo com o entrevistado, o envio de insumos da China ao Instituto Butantan deve atrasar. Ao mesmo tempo, a Fiocruz enfrenta problemas desde o início do ano para entregar as doses. Carlos Lula também criticou a aprovação na Câmara do projeto que facilita a compra de vacinas pelo setor privado. Ele destacou que esse é um dilema ético.

O presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário de saúde do Maranhão Carlos Eduardo Lula afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN nesta quarta-feira (7), que “podemos sofrer um apagão de vacinas nas próximas semanas”. Ele explicou que a China deve atrasar o envio de insumos para o Instituto Butantan em abril e maio e a Fiocruz enfrenta problemas desde janeiro além de tentar entender a tecnologia adotada na produção da imunização da AstraZeneca / Oxford.

Carlos Lula criticou a aprovação na Câmara dos Deputados do texto-base do projeto que facilita a compra de vacinas pelo setor privado. Ele destacou que nenhum país do mundo tem essa discussão, ao não ser o Brasil, porque não há vacinas suficientes no mercado. Em sua avaliação, esse é um dilema ético. “A gente não vacina primeiro quem tem mais dinheiro, e sim quem mais precisa”, disse. Ele defendeu que não dá para permitir que o setor privado compre vacinas enquanto não estejam vacinados todos os grupos de risco. “A gente estará institucionalizando o fura-fila”, avaliou.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde ainda afirmou que a Anvisa precisa ter “senso de urgência” e não pode burocratizar a aprovação do uso da Sputnik V no país. De acordo com ele, governadores já fecharam negócio com o Fundo Russo e vão repassar a vacina aos estados.

*Com informações da CBN

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Anistia Internacional aponta ‘agenda negacionista’ de Bolsonaro como agravante da pandemia no Brasil

Em seu novo relatório, a Anistia Internacional afirma que, em 2020, a pandemia de Covid-19 “foi usada com pretexto” para que as violações de direitos humanos aumentassem no Brasil. Essa é uma das principais conclusões do “Informe 2020/21: O estado dos Direitos Humanos no Mundo” divulgado nesta quarta-feira (7) .

“A agenda negacionista do presidente Jair Bolsonaro agravou as consequências da pandemia da Covid-19 sobre a população brasileira, sobretudo nas comunidades mais empobrecidas e historicamente discriminadas, como população negra, povos indígenas, comunidades quilombolas, populações tradicionais, moradores de favelas e periferias, mulheres, LGBTQIs”, entre outros, destaca.

Os dados apresentados ressaltam que a crise sanitária aumentou ainda a desigualdade social “estrutural e sistêmica” do país, com cerca de 27 milhões de moradores vivendo na extrema pobreza, ou seja, com menos de R$ 246 por mês.

O Informe não poupa críticas a Bolsonaro, citando o aumento da “retórica autoritária” e a postura negacionista durante a pandemia.

“No Brasil, a lentidão e a recusa do presidente Jair Bolsonaro em cumprir seu dever de liderar as ações capazes de mitigar os impactos da pandemia e proteger da saúde de brasileiras e brasileiros e falta de coordenação nacional no enfrentamento da Covid-19 levaram o país ao triste índice de milhares de vidas perdidas. Desde o início da pandemia temos insistido que mortes evitáveis têm culpas atribuíveis”, ressaltou a diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, no documento.

Werneck ainda destaca que “é urgente uma mudança de rumo no enfrentamento” da crise sanitária, e que “o primeiro passo é priorizar as necessidades daqueles que foram deixados para trás por décadas de abandono e políticas excludentes e garantir seu acesso às vacinas contra a Covid-19”. “O poder público precisa garantir vacina para todos, de forma gratuita. Vacinação não é privilégio, é direito”, ressalta a diretora.

Direitos humanos e violência O relatório também aborda os direitos humanos em diversas esferas e pontua que o Brasil “é o terceiro país do mundo que mais mata defensores e defensoras de direitos humanos e do meio ambiente”.

Um dos pontos de destaque é a ameaça à liberdade de expressão tanto de jornalistas como de opositores no Brasil e em outros países da América Latina.

“As ameaças de campanha do presidente Jair Bolsonaro de perseguir opositores, ONGs, movimentos sociais e desqualificar jornalistas foi cumprida em mais um ano de seu mandato. Segundo um relatório da ONG Artigo 19, entre janeiro de 2019 e setembro de 2020, integrantes do governo federal fizeram declarações agressivas e estigmatizantes contra jornalistas em razão do seu trabalho em 449 ocasiões”, diz o texto.

O documento da AI ainda pontua o aumento da violência no Brasil e ressalta que os homicídios provocados pela polícia tiveram uma alta de 7,1% na comparação com 2019, o que equivale a 17 mortes por dia. “Pelo menos 3.181 pessoas – 79% das quais negras – foram assassinadas pela polícia entre janeiro e junho”, afirma ainda o texto.

A violência doméstica também foi citada, pois o isolamento social acabou provocando um aumento desse tipo de ação.

“Dados consolidados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelaram que a taxa de feminicídio aumentou em 14 dos 26 estados da federação entre os meses de março e maio de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019. As medidas para proteger mulheres e meninas foram inadequadas, e as investigações de casos de violência de gênero foram em muitos casos insuficientes”, ressalta.

*Com informações do Uol

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Hospitais das Forças Armadas reservam vagas para militares e deixam até 85% de leitos ociosos sem atender civis

É a primeira vez que as taxas de ocupação para Covid são informadas desde determinação do TCU.

Após determinação do TCU (Tribunal de Contas da União), as Forças Armadas abriram, pela primeira vez na pandemia, os dados sobre ocupação de leitos para pacientes com Covid-19 nos hospitais militares. As planilhas mostram que as Forças bloquearam leitos à espera de militares em enfermarias e UTIs e que há unidades com até 85% de vagas ociosas.

O TCU investiga possíveis irregularidades por parte de Ministério da Defesa, Exército, Aeronáutica e Marinha ao não ofertarem a civis leitos destinados a pacientes com Covid-19 em unidades militares de saúde.

Essas unidades consumiram pelo menos R$ 2 bilhões do Orçamento da União em 2020, segundo auditoria do TCU.

Os auditores sustentam que os hospitais militares deveriam fazer convênios com o SUS para ampliar atendimentos à população durante essa fase mais crítica da pandemia, quando há um colapso generalizado das redes públicas de saúde nos estados.

A reserva de vagas aos militares contraria os princípios da dignidade humana e viola o dever constitucional do Estado de oferecer acesso à saúde de forma universal, conforme o tribunal, que determinou no dia 17 a abertura dos dados sobre ocupação de leitos.

O Ministério da Defesa pediu mais 10 dias para sistematizar os dados, o que foi autorizado pelo plenário do TCU no dia 24.

Vencido o prazo, as primeiras planilhas com as informações começaram a ser publicadas nos sites das Forças Armadas. As próprias planilhas registram que leitos são reservados exclusivamente a militares e seus familiares.

Até então, o Ministério da Defesa, os comandos das Forças e a direção do HFA (Hospital das Forças Armadas), em Brasília, evitavam dizer se as unidades estavam abrindo ou não espaços a civis, diante do colapso nas redes públicas de saúde.

A Folha formulou pedidos de informação a HFA, Marinha, Exército e Aeronáutica, por meio da Lei de Acesso à Informação, sobre destinação de vagas a civis. As respostas dadas pelas duas primeiras instituições confirmam que os leitos são destinados a militares e seus dependentes e que não houve abertura de vagas a civis em geral.

No HFA, são atendidos apenas servidores civis do Ministério da Defesa. O hospital também atende o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e ministros de Estado.

O Exército afirmou que seu sistema é voltado aos militares, sem dizer se abriu alguma exceção a civis. A Aeronáutica pediu mais tempo para responder.

A Folha localizou as planilhas com dados sobre a ocupação dos leitos publicadas por Aeronáutica, Exército e HFA, publicadas após a determinação do TCU, mas não os da Marinha.

A Aeronáutica lista 27 unidades de saúde, das quais 14 têm leitos reservados a pacientes com Covid-19. Em quase todas não há vagas em UTIs, que estão lotadas, conforme dados atualizados na segunda-feira (5). Há uma exceção: a UTI do Hospital de Aeronáutica de Recife, onde a ocupação é de 71,43%.

Quanto aos leitos de enfermaria, apenas três têm 100% de ocupação. Em outras seis, o índice é de 50% ou menos. São os casos dos esquadrões de saúde de Guaratinguetá (SP), Curitiba (PR), Natal (RN) e Lagoa Santa (ES), com ocupação inferior a 25%.

A ocupação dos leitos clínicos para Covid-19 no Hospital de Aeronáutica de Canoas (RS) estava em 41,67%. No Hospital de Aeronáutica de Manaus, em 50%.

Já o Exército divulgou a disponibilidade geral de leitos, não apenas para Covid. Segundo a força, 23 unidades de saúde têm 366 leitos, um terço do total. Em 14 delas, a ocupação geral é de 50% ou menos.

As maiores ociosidades, segundo planilha do Exército, estão no Hospital de Guarnição de Florianópolis (ocupação de 13%), no Hospital Geral de Curitiba (19%), no Hospital de Guarnição de Marabá (PA) (22%) e no Hospital Geral de Juiz de Fora (MG) (26%).

No caso das UTIs, há um cenário de superlotação. Dezenove hospitais militares do Exército oferecem 217 leitos, e apenas três não têm 100% ou mais de ocupação geral.

No Hospital de Guarnição de Marabá, há duas vagas e as duas estão livres, segundo o Exército. No Hospital Militar de Área de Manaus, a ocupação geral é de 33%; há seis leitos ativos para pacientes com Covid-19. E no Hospital de Guarnição de Porto Velho, há quatro vagas, todas livres.

A administração dos leitos para Covid-19 nos hospitais militares do Exército faz parte da chamada Operação Apolo, cujas ações são gerenciadas pelo Departamento Geral de Pessoal.

O chefe do departamento é o general Paulo Sérgio de Oliveira, que foi indicado na semana passada ao cargo de comandante do Exército, após a demissão do atual comandante, Edson Leal Pujol.

No HFA, quase todos os 40 leitos de UTI estão ocupados com pacientes com Covid-19. O índice divulgado é de 97,5%. Já os leitos de enfermaria têm ocupação de 57,1%, segundo atualização feita pelo hospital nesta terça.

Dos pacientes que estão em enfermaria (há 70 leitos), 10% integram uma lista de espera e aguardam uma vaga em UTI, segundo o HFA. Parte dos leitos de enfermaria se destina a pacientes que tiveram alta da UTI.

Segundo o Ministério da Defesa, a respeito do HFA, o número de leitos de UTI ou clínicos não é constante e se adapta à demanda. Não há ociosidade e há grande rotatividade, afirmou o ministério. “Isso acontece não só em hospitais militares, mas também em hospitais públicos e privados”, disse, em nota.

“A informação sobre a taxa de ocupação faz alusão apenas aos dados do dia corrente, pois qualquer número ou porcentagem relacionada à disponibilidade de leitos que vier a ser divulgada de maneira equivocada poderá construir um cenário incerto, que não condiz com essa realidade que muda a todo instante”, afirmou.

A pasta disse ter fornecido todos os dados ao TCU, a partir da determinação feita. “Os hospitais militares estão com número limitado de leitos, assim como os hospitais públicos. Esses dados estão disponíveis na internet e podem ser acessados, de maneira irrestrita, nos sites do HFA e das Forças Armadas.”

O percentual de militares da ativa infectados pelo coronavírus por estarem na linha de frente supera 13%, valor superior à média nacional, conforme a nota.

“Esse número elevado, somado à grande quantidade de dependentes, militares da reserva, reformados e pensionistas, normalmente de idade bastante avançada, que são atendidos por lei, tem mantido o sistema de saúde das Forças e hospitais militares no limite de suas capacidades, como no restante do país”, afirmou a Defesa.

Com o objetivo de liberar para o SUS os leitos ociosos das Forças Armadas, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) vai entrar, nesta quarta-feira (7), com uma ação popular contra o ministro Braga Netto (Defesa).

Na ação, o deputado argumenta que os leitos pertencem à administração pública, mesmo que parcialmente custeados com recursos privados dos militares e de seus dependentes.

“É uma vergonha que os militares mantenham leitos vazios enquanto milhares de civis morrem sem ar nas filas de hospitais. Uma vergonha ilegal”, afirma o deputado. “O corporativismo é tamanho que a taxa de desocupação de alguns hospitais militares chega a 85%. É como se as vidas civis fossem de segunda classe, descartáveis.”

*Com informações da Folha

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Sarcástico, Bolsonaro zomba da morte de mais de 4 mil brasileiros em 24 horas

Pelo método que adota diante dessa carnificina que somente ontem matou mais de 4.200 brasileiros, Bolsonaro trata essa tragédia como quem se distrai com jogos infantis.

Mais que isso, sua alegre manifestação com gracejos numa zombaria explícita, mostra o nível de escárnio do verme.

Questionado por uma apoiador sobre as mortes, ele respondeu:

“O pessoal entrou naquela pilha de homofóbico, racista, fascista, torturador. Agora é o quê? Agora eu sou, que mata muita gente, como é que é o nome? Genocida. Agora eu sou genocida”, disparou, dando risadas.

Na verdade, Bolsonaro ridiculariza o sofrimento das milhares de famílias dos mortos pela covid, além de caçoar das próprias vítimas fatais para provocar risos e zombarias na horda que ele contrata para lhe servir de auditório em seu chiqueirinho.

Ou seja, não basta matar 4.200 brasileiros em 24 horas, tem que rir com escárnio das vítimas, de seus familiares e de seus amigos para levar todos ao ridículo.

Por isso, Bolsonaro apareceu feliz e hilariante em seu desprezo pela vida, achando divertido e prazeroso se autoproclamar genocida, numa clara expressão de deboche e escárnio com a tragédia porque passam milhões de brasileiros, mostrando que o Brasil está entregue a uma baderna em que reina uma total desordem no combate à pandemia quando a morte de centenas de milhares de brasileiros passa a ser tratada como um divertimento noturno pelo chefe da nação.

Foi esse monstro que a mídia, em parceira com Sergio Moro e sua Lava Jato, colocou na cadeira da presidência.

Esse escárnio não é exclusividade de Bolsonaro, mas sim o que define como pensa e age a classe dominante do Brasil para manter seus privilégios em detrimento dos trabalhadores e de uma legião de pobres que só cresceu depois do golpe em Dilma e Lula, enquanto na lista dos brasileiros mais ricos do mundo da revista Forbes, dois são banqueiros e dois são do mercado da saúde privada.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Em dia de recorde de mortes, Bolsonaro diz que resolve “problema do vírus” se pagar imprensa

(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira a apoiadores que resolveria o “problema do vírus” rapidamente caso seu governo aumentasse as despesas com verbas de publicidade a veículos de comunicação, no dia em que o Brasil registrou mais um recorde de mortes por Covid-19, com 4.195 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

Na conversa transmitida por redes sociais, um apoiador comenta que não se entendeu que é preciso unir o país para atacar o inimigo comum, e o presidente emenda, com críticas à cobertura jornalística: “Não, é jogo de poder, se vai morrer mais gente não interessa não”, disse.

“Eu resolvo o problema do vírus em poucos minutos, é só pagar o que os governos pagavam no passado de verba de imprensa”, acrescentou.

Segundo Bolsonaro, em outros países do mundo o “pessoal quer destruir o vírus, aqui quer destruir o presidente”.

O presidente também criticou novamente as medidas de restrição de circulação de pessoas decretadas por diversos Estados para tentar conter o avanço da Covid-19, no pior momento da pandemia no país.

*Com informações do Uol

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição