Ano: 2021

São Paulo chega a 679 óbitos diários por covid e médico prevê recorde em ‘alta escala’ nesta terça no Brasil

O estado de de São Paulo ultrapassou a marca das 600 mortes diárias por Covid-19 e bateu um novo recorde.

Foram registrados 679 óbitos por causa da doença nas últimas 24 horas.

O recorde anterior tinha sido na sexta (12), com 521 mortes. A escalada de casos tem sido assustadora. No mês passado, o número ficava abaixo das 400 vítimas fatais.

Os números chocam quando comparados aos do ano passado: no dia 20 de agosto de 2020, exatamente 679 pessoas morreram —mas em todo o Brasil.

Ou seja, só em São Paulo estão morrendo hoje diariamente um número de pessoas equivalente ao de todo o país no ano passado.

O médico João Gabbardo, que coordena o Centro de Contingência do Coronavírus em SP, postou em seu Twitter uma mensagem nesta terça (16) afirmando que o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, “quando assumir vai se deparar com os piores números da pandemia. Recorde de óbitos hoje será em alta escala”. Ele criticou as falas do novo comandante da Saúde, que descartou a possibilidade de lockdown (confinamento) no país.

O salto em São Paulo foi de 28,2% de uma semana para a outra.

A taxa de ocupação hoje de UTIs no estado é de 89%. Na região metropolitana, ela chega a 90%.

A situação segue crítica mesmo depois da abertura de 1.118 novos leitos nos últimos dez dias –cerca de 700 deles destinados às UTIs.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na segunda (15) que não descarta endurecer ainda mais as restrições no estado para conter o avanço da Covid-19 caso a atual fase emergencial não dê resultados. Segundo Doria, a fase mais aguda de restrições seria um lockdown (confinamento).

O governador não especificou como seria o confinamento em São Paulo e disse que as decisões são tomadas pelo Centro de Contingência do Coronavírus, formado por mais de 20 médicos e cientistas.

“Não hesitaremos em adotar todas as medidas que forem necessárias para proteger a população de São Paulo. A população precisa seguir as orientações dos médicos para se protegerem, ficarem em casa e respeitarem esse período da fase emergencial para que não tenhamos que adotar restrições mais duras se tivermos recrudescimento dos índices de infecção no estado”, afirmou o governador.​

*Mônica Bergamo/Folha

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

República de Curitiba: Processo “invisível” pode conter grampos ilegais, suspeitam advogados

Nos diálogos em que citam um possível grampo envolvendo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, procuradores de Curitiba e o ex-juiz Sergio Moro fazem referência ao processo 50279064720184047000, em que estariam as conversas interceptadas. Estranhamente, porém, a ação não está registrada no site do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Segundo um juiz que atua no Paraná, só há uma explicação para isso: trata-se de um processo secreto.

Embora os procuradores insinuem, sem afirmar por escrito, que o “GM” mencionado nas mensagens seja o ex-ministro Guido Mantega, não Gilmar, profissionais que atuam no Paraná suscitam outra hipótese: a de que os grampos sejam de conversas entre advogados e seus clientes. As possibilidades não se excluem. Há frases dos próprios procuradores que revelam a existência de interceptação de advogados.

Em 31 de agosto de 2018, o procurador Deltan Dallagnol encaminhou aos seus colegas uma mensagem de Moro dando conta de que estavam sendo interceptadas conversas entre Maurício Ferro, ex-vice-presidente jurídico da Odebrecht, e sua defesa, feita pelos advogados Gustavo Badaró e Mônica Odebrecht.

“Prezado, amanhã de manhã dê uma olhada por gentileza no 50279064720184047000. Há algo estranho nos diálogos”, diz Moro na mensagem encaminhada. Julio Noronha terceiriza o trabalho a Laura Tessler: “Laurinha, bom dia! CF [possivelmente o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima] me mandou msg falando q a Rússia [Moro] disse haver algo estranho nos diálogos do GM. CF disse ser urgente, para ver agora pela manhã. Será que você consegue ver?”.

Em seguida, o próprio Noronha antecipa um pouco do que ouviu nas conversas interceptadas: “Vi por alto: diálogos do Ferro com Emílio [Odebrecht], Mônica e Badaró. Usam codinomes ‘M’, advogado próximo do ‘Peruca’, e preparação de uma movimentação para novembro e recesso”.

Deltan responde afirmando que “peruca” deve ser o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Também diz que dificilmente será possível usar o material interceptado, já que envolve advogados e é ilegal ouvir conversas entre cliente e defesa.

Interceptação não autorizada
A conversa de 31 de agosto de 2018 ocorreu poucos dias depois de Moro aceitar uma denúncia contra Ferro. Não há nos autos da ação penal nenhuma menção a eventuais autorizações de grampos ou interceptações telefônicas envolvendo Ferro e seus advogados.

“Não sei de escutas ou interceptações telemáticas. De qualquer modo é muito grave. E, o que é mais grave, é que nos autos da ação penal que tramitou contra o Maurício Ferro, agora extinta por decisão do DF, não há nos conteúdos interceptações, telemáticas ou telefônicas, autorizadas judicialmente”, disse Badaró à ConJur. Ele também afirmou que não tem acesso ao processo 50279064720184047000, ainda que aparentemente envolva o seu cliente.

“O processo começou em Curitiba. O Moro tinha acabado de receber a denúncia, antes dessa mensagem. Depois, o processo foi para o DF, por força de uma reclamação concedida no STF, pelo Gilmar Mendes. É fundamental saber quem foi alvo das interceptações e o procedimento em que foi autorizada”, complementa.

Fábio Tofic Simantob, que defende Guido Mantega, o “GM”, de acordo com os procuradores, também diz que não consegue acessar o misterioso processo e que não tem conhecimento de quebras de sigilo telefônico envolvendo o seu cliente.

“Esta escuta é absolutamente sigilosa. Nunca tomamos conhecimento dela. Seria imperioso que fosse dada publicidade a este procedimento, até porque estes autos foram para o DF. O procedimento de escuta devia ter ido também. Os procuradores precisam vir a público esclarecer o conteúdo dessas conversas, que procedimento é esse, quem teve o sigilo afastado e qual o fundamento para afastar o sigilo. Por que este procedimento não foi enviado para o DF, junto com a ação penal?”, questiona.

A ação penal que envolve tanto Ferro quanto Mantega foi enviada ao DF após um pedido feito por Tofic. Por causa disso, uma fase inteira da “lava jato” foi anulada e os dois réus foram absolvidos.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que os procuradores do Paraná ouviram conversas entre clientes e advogados. Conforme revelou a ConJur em 2016, os integrantes do MPF, com o respaldo de Moro, grampearam o escritório que defende o ex-presidente Lula.

Gilmar ou Guido Mantega?
Embora os procuradores de Curitiba tenham sugerido à ConJur que o “GM”, alvo das interceptações, é Guido Mantega, e não Gilmar Mendes, a sigla sempre foi utilizada pelo MPF do Paraná fazendo alusão ao ministro do STF.

Exemplos do uso de “GM” para designar Gilmar Mendes estão em situações como quando os procuradores de Curitiba criaram um grupo para atacar o ministro; em outra ocasião, quando Deltan elencou razões para pedir o impeachment; e, ainda, fazendo referência a um HC concedido por Gilmar a Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, empresa mista paulista de rodovias.

De todo material analisado até agora, por outro lado, Guido Mantega é tratado pelo nome completo e não por “GM”, o que deixa em aberto a possibilidade de que o ministro do Supremo, e não os advogados de Mantega, foram grampeados.

Também é vasto o material apontando que os procuradores tinham uma obsessão pelo ministro Gilmar. O complô contra o ministro, quase sempre liderado por Deltan, não incluía apenas a “força-tarefa” de Curitiba, mas também as franquias criadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em entrevista concedida à CNN Brasil em dezembro do ano passado, por exemplo, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir os celulares dos procuradores, disse que o plano do MPF em Curitiba era prender Gilmar e Toffoli.

Uma conversa divulgada pela ConJur em fevereiro deste ano respalda a narrativa de Delgatti Neto. Em 13 de julho de 2016, Dallagnol disse que “Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar”.

Já uma reportagem do El País, em parceria com o Intercept Brasil, revelou que os procuradores planejaram buscar na Suíça provas contra Gilmar. Segundo a notícia, os membros do MPF pretendiam usar o caso de Paulo Preto, operador do PSDB preso em um desdobramento da “lava jato”, para reunir munições contra o ministro.

Outro lado
A ConJur questionou o MPF sobre o conteúdo do processo 50279064720184047000 e perguntou quem estava envolvido na ação penal. Em nota apócrifa, os procuradores de Curitiba se limitaram a afirmar que “sempre seguiram a lei”.

“Importante reafirmar que os procedimentos e atos da força-tarefa da ‘lava jato’ sempre seguiram a lei e estiveram embasados em fatos e provas. As supostas mensagens são fruto de atividade criminosa e não tiveram sua autenticidade aferida, sendo passível de edições e adulterações. Os procuradores não reconhecem as supostas mensagens, que foram editadas ou deturpadas para fazer falsas acusações que não têm base na realidade”, disseram.

A reportagem também perguntou se Maurício Ferro foi grampeado, mas até o momento não obteve reposta por parte do MPF no Paraná.

*Do Conjur

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Traído, Centrão avisa que será a última chance de Bolsonaro acertar

Presidente decidiu colocar na pasta um nome da confiança do seu filho Flávio Bolsonaro e demonstrou que, no momento mais dramático de seu governo, voltou a se isolar.

Os constrangimentos que marcaram as duas conversas da médica Ludhmila Hajjar com o presidente Jair Bolsonaro fizeram políticos do Centrão lavar as mãos sobre a indicação do novo ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga. Bolsonaro decidiu colocar na pasta um nome da confiança do seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Com isso, o presidente demonstrou que, no momento mais dramático de seu governo, voltou a se isolar.

A resposta do grupo que tenta convencer o governo a dar uma guinada na Saúde é sempre de que a escolha é do presidente, mas há um tom de ameaça no ar. Um influente político do Centrão resume: Bolsonaro quis escolher um nome sozinho. Não tem problema. Mas terá que acertar na seleção do seu quarto ministro da Saúde porque, caso seja necessário fazer uma nova troca, o País não vai parar para discutir quem será o quinto, mas sim o próximo presidente da República. Na versão de um deputado, ninguém mais ficará brincando de escolher ministro.

No Supremo Tribunal Federal (STF), onde Ludhmila Hajjar também tinha amplo apoio para assumir o cargo de Eduardo Pazuello, o tratamento dado a ela foi considerado lamentável. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, colocou gasolina na crise ao tentar desmentir a médica no Twitter dizendo que ela não chegou a ser convidada para o cargo. A postagem foi feita pouco depois de ela afirmar, em entrevistas, que havia recusado a oferta. “Pode não ter tido um convite formal, mas a chamaram para o quê?”, perguntou ao Estadão um integrante do Supremo.

Dois ministros consultados pela reportagem dizem que Bolsonaro pode não ter iniciado os ataques a ela nas redes sociais, mas também não pediu para que seus apoiadores parassem. Quando Augusto Aras foi escolhido para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a cúpula do gabinete do ódio foi para as redes pedir paciência dos apoiadores que exploraram as relações do chefe do Ministério Público Federal com o PT.

No encontro de mais de quatro horas com Bolsonaro no domingo, Hajjar foi sabatinada pelo presidente e pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um de seus filhos. Quem conversou com a médica diz que foi constrangedor o fato de o próprio ministro estar presente no momento em que se discutia a sua troca.

O site Poder 360 relatou que, durante a conversa, Hajjar foi questionada por Eduardo sobre qual sua opinião sobre armas e aborto. Bolsonaro perguntou se ela defenderia lockdown no Nordeste, o que, conforme o site, prejudicaria a sua reeleição. Pazuello, por sua vez, indicou que ele estaria sendo substituído por não ter o apoio político que ela teria. Àquela altura, o líder do Centrão e presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), já havia tuitado em defesa do seu nome. Razão pela qual uma das primeiras declarações da médica foi dizer que não tem vinculação partidária.

O Progressistas tinha interesse em voltar a comandar o Ministério da Saúde, uma pasta que tem orçamento de R$ 134,5 bilhões. Três nomes da bancada foram cotados para substituir Pazuello: os deputados Doutor Luizinho (RJ), Hiran Gonçalves (RR) e Ricardo Barros (PR). Nenhum deles foi sequer entrevistado.

*Andreza Matais – Estadão

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Áudio: Dallagnol tinha plano para colocar quatro juízes contra Lula no lugar de Moro

O ex-procurador chefe da Força Tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, atuou para impedir a todo o custo que o juiz Julio Berezoski Schattschneider fosse indicado para a 13a. Vara de Curitiba para substituir Sergio Moro.

Dallagnol chegou a sugerir que Julio estava tentando dar um golpe para ocupar o cargo. “Ele falava mal do Moro nos grupos e segundo nossos colegas ele viria para destruir mesmo”, afirmou Dallagnol.

O procurador estava satisfeito com a escolha de Luiz Antonio Bonat, que acabou escolhido apesar de estar afastado há 15 anos da área criminal.

Porém, dentre outros motivos por causa da idade (64, contra 48 anos de Moro, hoje), Dallagnol tramou para que Bonat assinasse suas decisões com outros juízes defensores da Lava Jato.

“Aí a gente ficaria com o mundo ideal pra gente”, disse Dallagnol num dos áudios.

Os três juízes auxiliares que seriam indicados pelo TRF-4 para dar apoio a Bonat, no plano de Dallagnol, seriam Marcos Josegrei da Silva, Bianca Georgia Cruz Arenhart e Danilo Pereira Júnior.

Os áudios foram divulgados hoje pela defesa de Lula, que encaminhou ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, seu décimo primeiro relatório, afirmando que existia uma “dinastia Kremlin” em Curitiba — com a Força Tarefa “dirigindo” a juíza substituta Gabriela Hardt depois que Moro saiu do cargo para assumir o Ministério da Justiça.

Foi Hardt quem deu a sentença no caso do sítio de Atibaia, fazendo copia e cola da sentença de Moro no caso do triplex de Guarujá.

*Com informações do Viomundo/PT

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Ex-esposa de Bolsonaro desponta como novo Queiroz em esquema de rachadinhas

A segunda esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, é peça-chave para entender como funcionava o esquema familiar de “rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual e, hoje, senador, Flávio Bolsonaro, mas também no do vereador Carlos Bolsonaro e no do próprio presidente da República, quando era deputado federal.

Ou seja, ela está presente em indícios de esquemas nas três esferas: Congresso Nacional, Assembleia Legislativa do Rio e Câmara dos Vereadores do Rio.

As revelações sobre uma verdadeira Casa da Mãe Joana com o dinheiro público são fruto de meses de apuração do núcleo especial de jornalismo investigativo do UOL, que analisou 607.552 operações bancárias em 100 planilhas. Isso foi possível após acesso às quebras de sigilo do processo que trata dos desvios de salários de servidores por parte de Flávio antes que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulasse o uso judicial dos dados obtidos.

Até agora, muito se fala sobre o papel do ex-policial e ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz em organizar o recebimento do dinheiro desviado na Assembleia Legislativa do Rio. E de ajudar em sua lavagem, através da compra de imóveis e do uso da loja de chocolate.

(O fato de ter escapado várias vezes de depor no Ministério Público, de afirmar que a origem das “movimentações atípicas” em sua conta era resultado de “rolo” de carros e ter sido preso, muquiado em uma casa de Frederick Wassef, advogado dos Bolsonaros, em Atibaia (SP), também não ajuda na imagem de Queiroz.)

Mas o comportamento de Ana Cristina (que após se separar de Jair e ir morar na Noruega, voltou ao Rio e, agora, se tornou servidora no gabinete de Celina Leão (PP-DF) no Congresso Nacional, como revelou Juliana Dal Piva, no UOL) também mostra que há outros operadores desse esquema familiar. Operadores que são mais discretos e cuidadosos que o ex-assessor.

O clã Bolsonaro pagava salários a 18 parentes de Ana Cristina através de seus gabinetes. Foi pai, mãe, irmão, cunhados, tias, tio, primos, madrasta de primo contratados para atuar como servidores de Jair, Flávio e Carlos. Desses, dez estão sendo investigados e tiveram sigilos quebrados.

Entre eles, Andrea, irmã de Ana, que aparece como funcionária do gabinete do então cunhado deputado federal entre 1998 e 2006. Ela nunca morou em Brasília, permanecendo em Resende (RJ). O endereço indicado para o seu Imposto de Renda era a casa de Jair, na Barra da Tijuca.

Ao final do período de Andrea no Congresso, Ana transferiu para si o dinheiro que restava na conta bancária em que a irmã recebia o salário – R$ 54 mil ou R$ 110 mil, em valores atualizados.

Amanda Rossi, Flávio Costa, Gabriela Sá Pessoa e Juliana Dal Piva, do UOL, apuraram que Ana chegava a ficar com cartões das contas através das quais assessores do clã recebiam seus salários.

Vale lembrar que os servidores investigados pelo MP sacavam a quase totalidade dos seus rendimentos em dinheiro vivo periodicamente, o que é indício que queriam evitar o rastreamento de transferências ilícitas.

Ana Cristina também chefiou o gabinete do ex-enteado Carlos Bolsonaro, entre 2001 e 2008, e, por conta disso, está sendo investigada no inquérito que apura suspeitas de “rachadinha” que recaem sobre o vereador.

Depois que deixou o gabinete de Jair, Andrea foi para o de Carlos, na Câmara dos Vereadores do Rio, onde ficou no cargo por dois anos, chefiada pela irmã. E, a partir de 2008, se mudou para o gabinete de Flávio, na Alerj, permanecendo por dez anos como funcionária fantasma. É investigada pelo MP por rachadinha nesses dois últimos.

Andrea e Ana não quiseram falar com o UOL e Jair nem se dignou a responder.

Tudo isso reforça que o esquema não é de Flávio. Sim, apesar da incompetência que vem mostrando na gestão do país, principalmente na pandemia, Jair tinha sim experiência administrativa.

Afinal, o que o especial “Anatomia da Rachadinha” mostra é um esquema mafioso envolvendo as três esferas da administração pública, que se valeu da percepção de impunidade para se manter vivo por muito tempo. Um conglomerado de crime que chegou à Presidência da República.

Leonardo Sakamoto/Uol

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Confirmado, Lula demite Pazuello: manda quem pode, obedece quem tem juízo

Bastou Lula fazer aquecimento na beira do campo para Bolsonaro bambear e Pazuello cair.

O próprio Bolsonaro acabou de avisar pra Lula que, de forma humilhante, mandou embora de vez o general da ativa, desmoralizando ainda mais a imagem das Forças Armadas que já estava totalmente detonada porque o general, quando entrou no ministério da Saúde haviam 15 mil mortos por covid no Brasil. Ele apresentou-se como o craque da logística e que, portanto, faria uma gestão técnica, mas apresenta agora uma fatura trágica de praticamente 280 mil mortes.

Para isso, não há explicação possível.

Se Pazuello, um general da ativa, como se sabe, serviu apenas de fantoche para o ex-capitão expulso do exército, o que já é uma humilhação para os militares, assumir a sua incompetência para livrar a cara de Bolsonaro, é admitir a própria incompetência do comando das mesmas Forças Armadas.

Não tem saída, Bolsonaro, aquele que se apresenta como militar, preferiu salvar a própria imagem detonando a das Forças Armadas para reduzir o máximo possível o desgaste que essa tragédia humana provocou com o imbróglio que virou o ministério da Saúde.

O papel de Lula foi fundamental porque ele não falou simplesmente como um opositor, mas como um candidato que, de imediato, foi festejado pela grande maioria do povo brasileiro.

Por isso, reconhecendo que Lula, em poucas horas, transformou Bolsonaro em pó é que este resolveu tentar uma reação fazendo o que já estava desandado, desembestar de vez. Tomou os pés pelas mãos convidando uma indicada pelo centrão, a Dra. Ludhmila Hajjar, que conversou com ele e, percebendo que só mudaria o figurino para que o conteúdo da lambança continuasse a vigorar, ela recusou o convite e saiu trazendo um raio-x da tragédia, mostrando que a situação é muito pior do que os brasileiros imaginam.

Ela, mais do que isso, mostrou que o gabinete do ódio que o STF acredita estar combatendo, está mais vivo do que nunca e, sobretudo, mais violento, porque, além de ameaçar de morte a Dra. Ludhmila e sua família, houve três tentativas de invasão do seu quarto no hotel em que estava hospedada, sob a guarda do governo, o que certamente trará desdobramentos pesados contra o gabinete do ódio comandado pelo próprio clã.

O substituto de Pazuello é o Dr. Marcelo Queiroga, um cardiologista por quem a Dra. Ludhmila disse ter um enorme respeito pela seriedade do seu trabalho e acredita que ele jamais aceitaria o cargo para dar continuidade às ações criminosas que o ministério da Saúde vinha adotando até aqui.

Ou seja, confirmando a crença da Dra. Ludhmila, Bolsonaro teve que ceder e aceitar como verdadeiras todas as denúncias que Lula fez contra o ministério da Saúde.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Vídeo: O Brasil não é esse troço estrambótico

O Brasil tem um povo lindo com uma cultura imensamente rica, que nada tem a ver com essa coisa esquisita que representam esses bolsonaristas, isso para dizer o mínimo.

Na verdade, o povo brasileiro sempre teve aversão a esse tipo pusilânime que, em busca de privilégios, corrompe a cidadania.

Uma coisa horrível como essa não é fruto de Bolsonaro, Bolsonaro sim, é fruto dessas figuras assustadoras.

Esse bonde do horror que espalhou morte pelas ruas do Brasil neste domingo  é formado por ex-aecistas, que hoje são bolsonaristas, para seguir sustentando o ódio contra pobres, pretos, índios, mulheres e gays, estimulado pela tal direita tradicional.

É uma gente recalcada e frustrada com a vida e que inspira qualquer ficcionista de filme de terror.

A imagem e as ações dessa gente dão ânsia de vômito.

Confira:

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Moro, de forma clandestina, acessou conversas de Gilmar Mendes e enviou material para procuradores

O ex-juiz Sergio Moro teve acesso a conversas de “GM”, provavelmente o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e pediu para que os procuradores da autointitulada “força-tarefa” da “lava jato” analisassem o material. É o que dizem os novos diálogos enviados pela defesa do ex-presidente Lula ao STF.

Segundo os procuradores que integraram a “força-tarefa” da “lava jato” no Ministério Público Federal, a conversa não trata do ministro Gilmar Mendes, mas sim do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que tem as mesmas iniciais.

Em outras conversas hackeadas, no entanto, os procuradores se referiam sem dúvidas a Gilmar ao usar a sigla GM.

O trecho não deixa claro se “GM” foi diretamente grampeado ou se foram escutadas conversas suas com algum investigado que teve o sigilo telefônico quebrado.

Em 31 de agosto de 2018, Deltan Dallagnol, ex-coordenador lavajatista, encaminhou a colegas uma mensagem de Moro. “Prezado, amanhã de manhã dê uma olhada por gentileza no 50279064720184047000. Há algo estranho nos diálogos.” O processo não está disponível.

Julio Noronha terceiriza o trabalho à Laura Tessler: “CF [possivelmente o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima] me mandou msg falando q a Rússia disse haver algo estranho nos diálogos do GM. CF disse ser urgente, para ver agora pela manhã. Será que você consegue ver?”

“Russo” e “Rússia” são como os procuradores se referem a Moro e à 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi chefiada pelo ex-magistrado até o final de 2018, quando saiu para assumir o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro.

O ministro Dias Toffoli também é citado. Em uma passagem, quando comentam sobre conversas interceptadas envolvendo investigados da Odebrecht, Noronha diz que um advogado identificado como “M” seria próximo de “Peruca”. “Hummmm. Peruca pode ser o Toffoli. Foda heim”, responde Dallagnol.

Leia a íntegra da nota dos procuradores da República que integraram a “lava jato”:

1. Importante reafirmar que os procedimentos e atos da força-tarefa da Lava Jato sempre seguiram a lei e estiveram embasados em fatos e provas. As supostas mensagens são fruto de atividade criminosa e não tiveram sua autenticidade aferida, sendo passível de edições e adulterações. Os procuradores que não reconhecem as supostas mensagens, que foram editadas ou deturpadas para fazer falsas acusações que não têm base na realidade.
2. Exemplo da deturpação das supostas mensagens é a matéria publicada hoje pelo site CONJUR, afirmando que a força-tarefa teria tido acesso a diálogos interceptados do Ministro Gilmar Mendes, a partir da referência que existiria em investigações contemporâneas à de Guido Mantega (“GM”), este sim requerido em medidas propostas pela força-tarefa. Mesmo não se reconhecendo o teor das supostas mensagens, que têm sido apresentadas de modo editado ou deturpado, a ilação feita pelo site em nada se sustenta.
3. É complemente absurda, de má-fé e irresponsável a conclusão do jornalista de que os procuradores teriam “acessado conversas do ministro Gilmar Mendes” ou mesmo obtido tais diálogos a partir de algum investigado que conversou com o referido Ministro. Jamais, absolutamente, ocorreu qualquer interceptação em que qualquer Ministro do STF tenha, ainda que por conversas com terceiros, sido interceptado em primeiro grau.
4. Esse é mais um exemplo de como as mensagens de origem criminosa vêm sendo usadas fora de contexto ou falsificadas para criar factoides e narrativas disparatadas e incongruentes, com o fim de desacreditar o trabalho feito pela força tarefa, criar em relação à operação Lava Jato um clima de animosidade e descontentamento nos círculos dos três poderes e anular condenações.

Gilmar e Toffoli
Já é vasto o material apontando que os procuradores tinham uma obsessão pelo ministro Gilmar Mendes. Conforme mostrou a ConJur, os lavajatistas criaram um grupo no Telegram com o único objetivo de articular medidas contra o ministro; bolaram um manifesto contra ele; e disseram que era necessário “fazer algo com relação” ao magistrado do Supremo.

O complô, quase sempre liderado por Deltan, não incluía apenas a “força-tarefa” de Curitiba, mas também as franquias criadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Até membros da Procuradoria-Geral da República participavam das movimentações articuladas no Paraná.

Reportagem do El País, em parceria com o Intercept Brasil, revelou que os procuradores planejaram buscar na Suíça provas contra Gilmar. Segundo a notícia, os membros do MPF pretendiam usar o caso de Paulo Preto, operador do PSDB preso em um desdobramento da “lava jato”, para reunir munições contra o ministro.

A agitação não fica por menos quanto a Toffoli. Em entrevista concedida à CNN Brasil em dezembro do ano passado, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir os celulares dos procuradores, disse que o plano do MPF em Curitiba era prender Gilmar e Toffoli.

“Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentaram de tudo para conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queriam que a OAS delatasse o Toffoli”, afirmou o hacker.

Uma conversa divulgada pela ConJur em fevereiro deste ano respalda a narrativa de Delgatti Neto. Em 13 de julho de 2016, Dallagnol disse que “Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar”.

*Com informações do Conjur

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Ludhmila Hajjar não aceita convite para o Ministério da Saúde e, em entrevista, detona Bolsonaro

Quem assistiu, na GloboNews, à entrevista da Dra. Ludhmila Hajjar, percebeu que não havia a menor condição de ela ser a ministra da Saúde de um governo genocida, com alguns generais que são completamente submissos a Bolsonaro, outros considerados Maria Fofocas e outros tantos representantes da grande tragédia que o Brasil vive por culpa de um governo sobre o qual não há palavras para classificá-lo.

Sem qualquer economia de palavras, Ludhmila Hajjar trouxe um raio-x da bomba química que o governo Bolsonaro representa não só para o Brasil, mas para o mundo.

A cardiologista, que está na linha de frente do combate à covid desde o início da pandemia, foi de uma clareza e sinceridade cristalinas e, sem freios ou amarras, foi cortante e sem rodeios. Acabou por alertar que o perigo que imaginamos correr com a pandemia é infinitamente maior por conta de uma filosofia genocida adotada pelo próprio Bolsonaro.

Educada, mas dura e corajosa, ela também relatou as ameaças de morte a ela e a sua família que sofreu de bolsonaristas e de três tentativas de invasão ao seu quarto no hotel em que se hospedou em Brasília.

Isso revela que o bolsonarismo se transformou num Estado Islâmico tropical e que o ódio perdeu o controle e que, certamente, alguém de dentro do governo informou não só o número do seu celular que foi divulgado nas redes, mas também o horário em que chegou do hotel.

Da reunião que ela teve com Bolsonaro, também participaram Pazuello e Eduardo Bolsonaro, o segundo como observador (imagina isso).

Isso nos dá uma certa ideia de quem passou as informações do horário em que a médica chegou no hotel.

Ludhmila Hajjar também sofreu uma série de ataques nas redes sociais do comando do gabinete do ódio e todos sabem que quem faz parte desse gabinete é o próprio clã.

Na verdade, ela deixou claro que recusou o convite de Bolsonaro para assumir o ministério da Saúde porque ele só queria trocar a imagem corporal do ministério, mas continuar receitando cloroquina.

Ela foi absolutamente franca em dizer que é radicalmente contra o uso do kit cloroquina de Bolsonaro e a falta de política de isolamento. Na verdade, ela se confessou inocente ao acreditar que poderia iniciar uma gestão com procedimentos completamente opostos a toda essa tragédia que vivemos, mas percebeu que Bolsonaro queria trocar de ministro para não mudar absolutamente nada.

Em sua fala, a médica deixou claro que o Brasil está nas mãos de loucos, alucinados que não têm o menor pudor em manter uma política genocida e que Bolsonaro quer um ministro da Saúde que siga a filosofia de um monstro que chegou à presidência através da maior fraude eleitoral do Brasil.

Trocando em miúdos, o que a Dra. Ludhmila disse é que o demônio é muito pior do que se pinta.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Lava Jato cogitou nova ordem de prisão contra Lula para atender Moro

Os procuradores da Lava Jato em Curitiba avaliaram pedir uma nova ordem de prisão, dessa vez preventiva (sem prazo), contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo diálogos oriundos da Operação Spoofing protocolados nesta segunda-feira (15) no STF (Supremo Tribunal Federal) pela defesa do petista, a movimentação deveria ocorrer somente “se o Russo [apelido de Sergio Moro] pedir”.

As conversas ocorreram na manhã de 7 de abril de 2018, quando Lula ainda estava na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde se reuniu com políticos, artistas e a militância petista antes de se entregar à PF (Polícia Federal) —o que viria a acontecer no fim da tarde.

Os ex-integrantes da Força-Tarefa da Lava Jato vem questionando a autenticidade das mensagens e alegando que há chance de terem sido editadas ou tiradas de contexto, mas não apresentaram até aqui nenhum indício de que isso tenha ocorrido.

Dois dias antes, Moro havia expedido uma ordem de prisão contra Lula no caso do tríplex do Guarujá —em que o ex-presidente já havia sido condenado em segunda instância. Lula teria que iniciar o cumprimento de sua pena após a condenação em segunda instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), conforme interpretação do STF vigente à época.

Moro havia determinado que Lula se entregasse até o fim da tarde de 6 de abril, mas isso não ocorreu. Diante da concentração de milhares de pessoas no sindicato, os procuradores discutiam como cumprir a ordem de prisão. Então coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol era a favor da prisão preventiva, mas enfrentou resistência dos colegas.

“Não acho que tenhamos que pedir a preventiva, seja pq acho que incabível, seja pq será um desgaste desnecessário, seja pq será revogada e será enumerada como mais um abuso, SALVO SE O RUSSO PEDIR. Aí, por companheirismo, devemos pedir. Não pedindo, não pediria”, opinou o procurador da República Orlando Martello.

grafia das mensagens foi mantida como nos originais, mesmo quando há erros ortográficos.

Na legislação brasileira, a função de pedir medidas cautelares como prisões preventivas é dos membros do Ministério Público, não de juízes. O suposto conluio entre juiz e os procuradores da Lava Jato para condenar Lula é um dos argumentos centrais da defesa do petista no pedido de suspeição de Moro, que está sendo julgado pela Segunda Turma do STF.

A procuradora Jerusa Viecili pondera que a PF poderia se antecipar e tomar essa providência: “Há possibilidade de a PF pedir. E moro deferir. E nós ficarmos no vácuo. (Só para pensarmos. Tb acho que so devemos pedir em último caso)”, argumentou.

O procurador Julio Noronha, também membro da Lava Jato, levanta então a possibilidade de pedirem a prisão preventiva de Lula com base em outro processo —manobra para evitar desgaste para Moro.

“Não precisaria de PP [prisão preventiva] q, mesmo decretada a pedido, só desgastaria Moro. Se mesmo assim a pp tiver q sair (por desejo do “menino”, como disse Orlando), melhor vincular a outra AP, pois ficaria incoerente determinar neste mesmo caso em q já o título pendente apenas de execução”, aventou, preocupando-se também com a narrativa de perseguição judicial sustentada pelo PT. “Mais uma ordem de prisão de Moro, mais argumento de perseguição. Era evidente, e Moro sabia, q qq movimento seria transformado em ato político e midiático, como foi feito durante todo(s) o(s) processo(s) contra Lula. Não é uma questão de dar a ele palco e plateia; qq movimento seria transformado por Lula e PT nisso”.

Jerusa então sintetiza: “Pelo que entendi, todos concordamos com isso, salvo Deltan, que é a favor da PP”, disse. “O problema é convencer a Rússia [Moro]. E evitar desgastes desnecessários”.

A nova ordem de prisão acabou não sendo necessária: Lula se entregou aos agentes da PF na sede do Sindicato dos Metalúrgicos por volta das 18h40, e seguiu de avião para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ficaria preso por 580 dias.

*Igor Mello e Jamil Chade/Uol

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição