Ano: 2021

Urgente: Polícia Federal abriu hoje inquérito para investigar ministro Eduardo Pazuello

Ministro Ricardo Lewandowski determinou investigação da conduta do ministro da Saúde em relação à crise sanitária do Amazonas, onde pacientes morreram por falta de oxigênio.

A Polícia Federal abriu nesta sexta-feira (29), por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), inquérito para investigar a conduta do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na crise sanitária do Amazonas.

A investigação deve tramitar no Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) porque Pazuello, na condição de ministro, tem foro privilegiado. Na sequência, a PF deverá procurar Pazuello para agendar o depoimento.

Lewandowski, relator da investigação, avaliou que, considerando a fase embrionária das investigações, Pazuello terá a prerrogativa de marcar dia, horário e local para ser ouvido pela Polícia Federal.

O ministro da Saúde é investigado por causa do colapso na saúde pública no Amazonas. Pacientes morreram pela falta de oxigênio medicinal nos hospitais e muitos foram transferidos para receber atendimento médico em outros Estados.

O envio do caso a Lewandowski foi determinado nesta segunda-feira pela vice-presidente do STF, Rosa Weber – que está à frente do plantão judiciário durante o recesso. Lewandowski já é relator de outros temas ligados à pandemia e, por isso, foi designado como responsável pela análise.

O pedido de inquérito foi enviado ao Supremo no sábado (23) pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, com base em uma representação do partido Cidadania e em informações apresentadas pelo próprio ministro Pazuello – além de apuração preliminar da própria PGR.

Após o pedido da PGR ao Supremo, o Ministério da Saúde informou que aguardaria a notificação oficial para se manifestar.

No documento enviado ao STF na última semana, a PGR afirma que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas ainda em dezembro, mas só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano.

A PGR também aponta indícios de atraso para o envio efetivo de oxigênio hospitalar às cidades amazonenses – a falta do insumo levou à morte de dezenas de pacientes com Covid-19 neste mês.

Um outro fato chamou a atenção da PGR. No dia 14 de janeiro, portanto oito dias depois de Eduardo Pazuello saber do iminente colapso no sistema de saúde de Manaus, o ministério fez a entrega de 120 mil unidades de hidroxicloroquina, como medicamento para tratar a Covid-19, quase a mesma quantidade de testes do tipo PCR que havia sido entregue ao estado do Amazonas.

Aras afirma que “a distribuição de cloroquina foi iniciada em março de 2020, inclusive com orientações para o tratamento precoce da doença, todavia sem indicar quais os documentos técnicos serviram de base à orientação”. A cloroquina não tem eficácia comprovada.

O procurador-geral defende o aprofundamento nas investigações sobre os “gravíssimos fatos imputados” ao ministro, “considerando que a possível intempestividade nas ações do representado, o ministro Eduardo Pazuello, o qual tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados, pode caracterizar omissão passível de responsabilização cível, administrativa e/ou criminal”.

“Mostra-se necessário o aprofundamento das investigações, a fim de se obter elementos informativos robustos para a deflagração de eventual ação judicial”, diz Aras.

*Do G1

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Vídeo – Haddad: ‘Quem sustenta Bolsonaro é o PSDB do Doria, o MDB do Temer e a mídia’

Petista criticou “jogo de cena” dos principais jornais do país, que defendem o impeachment de Bolsonaro em editoriais, mas não cobram esse posicionamento de líderes tucanos e emedebistas.

Para o ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à presidência Fernando Haddad, o impeachment de Jair Bolsonaro não pode ser uma questão de conveniência. A questão principal é saber quantas vidas e empregos perdidos podem ser evitados com o seu afastamento. Mas ele diz que há um “jogo de cena” entre a mídia e partidos, como o PSDB e o MDB. Ao mesmo tempo em que atacam a figura do presidente, apoiam a agenda econômica do ministro Paulo Guedes.

“Quem sustenta hoje o Bolsonaro é o PSDB, do Doria, e o MDB, do Temer”, afirmou Haddad, em entrevista ao Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (29). São esses partidos que, segundo o petista, se adotassem posição firme contra o atual governo poderiam mudar o curso da história.

Entrevistado por Maria Tereza Cruz e Paulo Donizetti de Souza, editor-chefe da Rede Brasil Atual, Haddad criticou o papel da imprensa tradicional. “A grande imprensa pede timidamente o impeachment do Bolsonaro nos seus editoriais. Mas não cobram o PSDB e o MDB. Não cobram o Doria e o Temer. Ninguém está falando a verdade para as pessoas. Isso é um jogo de cena. Interessa a eles desgastar Bolsonaro como figura pública, enquanto mantêm o apoio à agenda econômica do Guedes.”

Ainda mais contundente, Haddad afirmou que a imprensa jogou o país “no colo de um psicopata” em função de uma agenda econômica. Agenda essa que promove a retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, com vistas à margem de lucro dos empresários. Contudo, esse modelo ortodoxo foi abandonado em todo o mundo. O petista citou as diretrizes econômicas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que anunciou pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão. “É um absurdo. Estamos na contramão de todas as recomendações, inclusive do FMI.”

Pior do mundo

Haddad destacou que o governo Bolsonaro é o pior do mundo no combate à pandemia, citando estudo do Lowy Institute, de Sydney, divulgado ontem, que comparou o desempenho de quase 98 países. “Ontem foram quase 1.400 pessoas que morreram. Eu perdi minha madrinha ontem, dentro dessa estatística. A pandemia está chegando na casa de todo mundo, está todo mundo vendo chegar.”

Ele destacou a falta de resposta do governo brasileiro à farmacêutica Pfizer, sobre a proposta de aquisição de 70 milhões de vacinas, ainda em meados do ano passado. Além disso, Bolsonaro e seus representantes entraram em rota de colisão com a China, que produz insumos para a maior parte das vacinas contra o novo coronavírus. “O Brasil hoje é considerado um pária mundial.”

Auxílio emergencial

Haddad também criticou o ministro Paulo Guedes, por ter sinalizado que voltaria com o auxílio emergencial, caso o Brasil voltasse a atingir a casa de 1.500 mortes por dia. Beirando esses números trágicos, o ex-prefeito disse que é provável agora que o ministro queira “dobrar a meta”. “Para leite condensado, tem dinheiro à vontade. Mas para o auxílio emergencial, não vai ter. Esses caras, é difícil de dizer isso, mas eles não têm ideia do que é o Brasil”.

Segundo o petista, a volta do auxílio emergencial é necessária para garantir a sobrevivência das pessoas e da economia, enquanto a vacinação em massa não tiver avançado. “Bastava ter passado um dia numa escola de economia para saber que você não consegue sair de uma pandemia, dessa maneira absolutamente irresponsável. As pessoas não têm horizonte. Estão desesperadas”, declarou.

Ele destacou, inclusive, que a extensão do auxílio emergencial é uma das propostas do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, apresentado pelo PT em setembro. “É bom lembrar que o valor do auxílio emergencial se deve mais à oposição do que ao próprio governo, cuja oferta inicial era de R$ 200 por família. O que iria quebrar o país. Estamos atuando no Congresso para salvar o país, mesmo quando Bolsonaro fatura os louros da decisão”.
Eleições 2022

De acordo com o ex-candidato à presidência, mais importante do que a formação de uma chamada “frente ampla”, é preciso estabelecer um compromisso, entre todos os candidatos, pela derrota de Bolsonaro. Ele voltou a provocar o PSDB, que quer aparecer como oposição, mas poderia votar em Bolsonaro num eventual segundo turno. Também voltou a ressaltar que a mídia tradicional ainda tenta “sufocar o PT”, que é o “único grande partido de oposição”.

“Eu vou votar em quer derrotar o Bolsonaro. Quero saber dos outros, de quem já foi presidente, de quem quer ser candidato a presidente, se essas pessoas têm coragem de dizer hoje o que farão num segundo turno, se o Bolsonaro estiver representado. Sem isso, fica muito difícil”, declarou Haddad.

Assista:

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Vídeo: Moro e Força-tarefa da Lava Jato trocaram informações sobre denúncia contra Lula

O ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato acertaram atos processuais e, em conversas secretas pelo Telegram, estabeleceram acordos sobre como proceder denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, meses antes da apresentação formal dos casos.

Essas afirmações, com trechos das conversas, fazem parte de uma reclamação que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva submeteu ao STF, ao solicitar que o restante da informação de operações da Polícia Federal fosse liberado.

Um dos elementos centrais seria um entendimento entre Moro e os procuradores. “A análise preliminar, segundo eles, confirmariam que o então juiz SERGIO MORO e os procuradores da República integrantes da “Lava Jato” efetivamente combinavam a prática de atos processuais — e, por isso mesmo, também praticavam atos de natureza processual — no aplicativo Telegram”, disse.

“Até mesmo a denúncia foi elaborada pelo MPF sob a orientação do então juiz SERGIO MORO, como se verifica, exemplificativamente, no trecho abaixo — que envolve um dos chats em que o então juiz SERGIO MORO conversava secretamente com o procurador da República DELTAN DALLAGNOL”, apontam. Procurado, Moro indicou que não iria comentar.

Na conversa, pode-se ler uma pergunta de Moro ao chefe dos procuradores às 13:47 do dia 23 de fevereiro de 2016: “Vcs entendem que já tem uma denúncia sólida o suficiente?”.

“Sim”, respondeu Dallagnol, quase uma hora depois. “Na parte do crime antecedente, colocaremos que o esquema Petrobras era um esquema partidário de compra de apoio parlamentar, como no Mensalão, mas mediante indicações políticas usadas para arrecadar propina para enriquecimento ilícito e financiamento de campanhas”, disse.

“Com a saída de JD (José Dirceu) da Casa Civil, o esquema só se perpetuou porque havia alguém acima dele na direção”, disse.

No outro trecho, ele avisa: “estamos trabalhando com a colaboração de Pedro Correa, que dirá que Lula sabia da arrecadar via PRC”, numa referência a Paulo Roberto Costa. No texto, Dallagnol conta como levantamentos sobre das palestras estão ocorrendo.

“Quanto à lavagem, denunciaremos os pagamentos da Odebrecht e OAS no sítio, apartamento e mudança”, explicou. “Em linhas gerais, seria isso”.

“Descreveremos o esquema Petrobras como esquema de partido, que se perpetua mesmo com a saída das pessoas de posição de governo, como Pedro Correa e JD. Falaremos que mesmo com a saída do JD o esquema continuou, o que indica líder acima”, voltou a dizer. “Desde mensalão, não teria como estar iludido quanto à forma de indicação política e arrecadação de recursos, que não eram para Caixa 2, mas, mais do que isso, ele comandava.”, afirmou. Ainda em outro momento, ele complementa sobre Lula: “ele era o líder máximo”.

Dias depois, em 4 de março, Moro decretou a condução coercitiva do ex-presidente. Mas a denúncia da Lava Jato contra Lula só seria apresentada sete meses depois.

Em 2019, o site The Intercept Brasil revelou conversas entre os procuradores e o ex-juiz, expondo os bastidores da maior operação anticorrupção do Brasil. Neste caso, o material sob sigilo no STF revela uma nova dimensão das conversas, indicando, segundo a defesa, como denúncias teriam sido costuradas antes de serem apresentadas.

A novidade, no novo material, é ainda o envio de detalhes por parte dos procuradores ao ex-juiz sobre as evidências encontradas, inclusive em contas no exterior.

A denúncia tenta anular as sentenças contra seu cliente, sob a justificativa de que Moro não foi imparcial.

Acesso pelo STF

No final de 2020, o ministro Ricardo Lewandowski concedeu à defesa do ex-presidente o material apreendido na Operação Spoofing – investigação contra hackers que invadiram celulares dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

Naquele momento, 740 gigabytes de informação foram repassadas aos advogados. Mas, segundo os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, essa informação não representava a totalidade da operação e seria necessário obter todos os sete terabytes de dados.

Para mostrar ao STF a importância do acesso à integra, os advogados submeteram informações aos ministros que revelam trechos do que já conseguiram identificar na primeira remessa de informações.

E, nela, consta um documento encontrado num arquivo que teria sido salvo por Deltan Dallagnol, procurador que atuou como chefe da Operação Lava Jato.

“Em análise preliminar de cerca 10% dos 740GB fornecidos, é possível desde já constatar, para além da escancarada ausência de equidistância que deveria haver entre juiz e partes, por exemplo: (i) a efetiva existência de troca de correspondência entre a “Força Tarefa da Lava Jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América e da Suíça; (ii) documentos e informações que configuram quebra da cadeia de custódia relacionados aos sistemas da Odebrecht; e (iii) a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a ciência e anuência do juízo de piso”, alertam.

No que se refere à cooperação internacional, a troca de informações entre Moro e Dallagnol também aparece nas conversas. No final de 2015, por exemplo, os dois tratam de visitas de procuradores suíços que deveriam ser mantidas em sigilo.

Ao tratar do caso, o procurador conta ao juiz o fato de que os dados que estavam sendo repassado a eles se referirem a contas no exterior. Moro então pergunta: “Mas o beneficiário é JS?. Trata-se do marqueteiro João Santana, ligado ao PT. Dallagnol confirma.

*Jamil Chade/Uol

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Vitória de Lira será o impeachment informal de Bolsonaro

O Centrão é formado por um bando de urubus que sabe farejar carniça, e o governo Bolsonaro está em estado avançado de decomposição

A especialidade do centrão é comer carne podre e já mostrou que não vai querer migalhas em troca de apoio a Lira, candidato de Bolsonaro.

A princípio, quer dois ministérios, Saúde e Cidadania, mas para manter seu “apoio” a Bolsonaro, vai querer cada dia mais espaço no governo e já fala que quer a recriação do Ministério do Desenvolvimento e Indústria.

Bolsonaro, em estado de deterioração, já fala em conceder os três pedidos aos partidos que dão sustentação ao candidato apoiado pelo ele – Arthur Lira.

O Centrão, que tem compulsão por cargos e pastas, seguirá descontrolado querendo cada vez mais privilégios para manter sua “fidelidade” a Bolsonaro.

Com isso, em pouco tempo, Bolsonaro será apenas um casulo choco, desprovido de sentido; fútil e insignificante.

E o Brasil assistirá à cobiça dos parlamentares do Centrão ditarem as diretrizes do país, ou Bolsonaro e filhos caem em desgraça e vão direto para a cadeia.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Alberto C. Almeida mostra por que Moro e Dallagnol têm que ser presos

Em uma sequência de tuítes, o cientista político, Alberto Carlos Almeida expõe diversos crimes cometidos por Sergio Moro e Deltan Dallagnol em ações da Lava Jato contra o ex-presidente Lula, que deveriam levá-los à prisão:

Leia abaixo:

*Da redação

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Aberta a tampa do bueiro: “Cérebro” da Lava Jato na Suíça sugeriu que Petrobras o contratasse

O ex-procurador suíço Stefan Lenz, que liderava as investigações contra a Petrobras e a Odebrecht na Suíça, sugeriu em carta de julho de 2016 para o procurador Orlando Martello, da Lava Jato, que a estatal brasileira o contratasse para ampliar a possibilidade de a empresa recuperar dinheiro desviado.

Lenz acenou com a proposta quando ainda ocupava o cargo no Ministério Público da Suíça e indicou que existiam investigações desconhecidas dos brasileiros que poderiam ser úteis.

A carta faz parte dos documentos obtidos pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir da liberação do STF (Supremo Tribunal Federal) —um trecho da mensagem foi incluída em uma comunicação da defesa do presidente ao STF, nesta semana. O documento teria sido salvo por Deltan Dallagnol, procurador que atuou como chefe da Operação Lava Jato.

“Eu nunca fui contratado pela Petrobras e nunca ajudei”, disse Lenz à coluna. “Não houve prática ilegal na troca de provas e informações entre mim e a equipe de Lava Jato.”

O processo não andou com o Brasil. Mas Lenz conseguiu fechar um acordo para colaborar com os procuradores peruanos, que também investigavam sua classe política e pagamentos por parte da Odebrecht.

O documento faz parte do primeiro lote de 1 terabyte de material apreendido na Operação Spoofing (investigação contra hackers que invadiram celulares dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato), repassada recentemente à defesa de Lula pela Justiça.

Segundo os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, essa informação não representava a totalidade da operação e seria necessário obter todos os sete terabytes de dados.

Para mostrar a importância do acesso à integra, os advogados apontaram na mensagem ao STF trechos do que já conseguiram identificar na primeira remessa de informações —como a carta escrita por Lenz.

Trata-se, na avaliação dos advogados, de mensagens que revelariam como procuradores brasileiros e suíços transmitiam informações sobre as investigações “fora dos canais oficiais e ao arrepio do que prevê o acordo entre os dois países”. Isso incluiria “supostas informações sobre os sistemas de Odebrecht que eram utilizadas nas diligências e até nas denúncias apresentadas”.

Lenz foi considerado dentro do MP suíço como o “cérebro” das investigações sobre o caso brasileiro. Nos dois anos em que liderou o inquérito, seu trabalho resultou em mais de mil contas bloqueadas com um valor total de US$ 1 bilhão, além de reunir dados sobre Eduardo Cunha, Nestor Cerveró, Henrique Alves, dirigentes de empresas, operadores e doleiros.

Em outubro de 2016, ele rompeu com a cúpula do MP da Suíça e abriu uma crise dentro da procuradoria do país europeu. Numa carta, ele criticou abertamente a maneira pela qual o MP lidou com os procuradores, sem garantir nem reconhecimento, salários adequados ou recursos para realizar o trabalho.

Transição já tinha sido comunicada de forma confidencial para Lava Jato

A carta mostra que o procurador já falava abertamente sobre a possibilidade de sair do MP suíço antes mesmo de a ruptura ocorrer. Para ele, a alternativa seria voltar a ser um advogado —disse que se dedicaria a estar do mesmo lado dos procuradores e defendendo as vítimas: “Por exemplo, a Petrobras e/ou as autoridades brasileiras”.

“Como você sabe, existem muitas investigações ocorrendo e existem muitas e importantes evidências na Suíça com uma relação direta aos casos de vocês [Lava Jato] e a Petrobras, em específico”, diz.

“Alguns vocês conhecem. Uma parcela ainda grande vocês não sabem”, diz na carta. Lenz afirma que tentou instalar uma equipe conjunta de investigação, o que daria aos brasileiros acesso direto à informação. “Mas parece que, por motivos políticos, isso não será possível.”

Ele, então, oferece outros caminhos. “Existem outras formas de ter informação do que e quem está sendo investigado na Suíça”, escreve.

Segundo Lenz, na mesma carta, um dos caminhos para as vítimas seria tornar parte da queixa, o que daria acesso aos processos. Para o suíço, existiria ainda a possibilidade de que a Petrobras ou mesmo as autoridades brasileiras entrassem com processos contra as instituições financeiras do país europeu.

Contratação pela Petrobras como opção

O então procurador, nesta mesma carta, passa a focar na situação específica da Petrobras. “Ouvi que a Petrobras vai ajudar as autoridades brasileiras no caso de [Eduardo] Cunha. Eles deveriam fazer o mesmo em todos os casos nas investigações suíças que eles foram vítimas de pagamentos criminosos”, disse. Para ele, portanto, fazer parte dos processos na Suíça daria à empresa “uma enorme vantagem”.

Ele diz que isso exigiria uma “assistência de um advogado na Suíça, o que poderia ser fornecido por mim, quando eu –pelos motivos que expliquei– deixar meu trabalho como procurador”.

“Com o profundo conhecimento do assunto e especial nas investigações em curso, eu poderia liderar o lado brasileiro por meios dos procedimentos dos quais já tenho familiaridade.”

Entre os pedidos, Lenz sugere que Martello “tome a temperatura com os advogados da Petrobras” sobre o tema.

Lenz afirma que também mandaria a mesma mensagem para Deltan Dallagnol. Mas pediu que a informação fosse mantida “em absoluta confidencialidade”. Ele ainda deixou claro ao procurador que, se ele não se sentisse “confortável” em tratar do assunto, bastava que “esquecessem” de tudo que havia sido dito naquela mensagem.

Lava Jato: provas utilizadas foram transmitidas por canais oficiais

A reportagem informou o conteúdo das mensagens à Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal no Paraná. Mas a força-tarefa exigiu o documento obtido pela coluna.

Eis a resposta da Lava Jato.

“1. O repórter, distante das melhores práticas de jornalismo, não encaminhou as supostas mensagens em que se baseia a reportagem, o que prejudica o direito de resposta e a qualidade das informações a que o leitor tem acesso.

2. Registra-se que tais mensagens, obtidas de forma criminosa, foram descontextualizadas ou podem ter sido alteradas ao longo dos anos para produzir falsas acusações, que não correspondem à realidade. Nesse contexto, importante ressaltar que a perícia aplicou técnicas para se certificar de que os arquivos não seriam modificados a partir da realização da própria perícia (futuro) e da apreensão pela Polícia Federal, mas em momento algum atestou a inexistência.

3. De qualquer forma, para contribuir com a correta informação do leitor, esclarece-se que o ex-procurador suíço jamais foi contratado como advogado pela Petrobras ou pelo Ministério Público. A contratação de advogado pela Petrobras é da exclusiva avaliação e decisão da referida empresa, não tendo o MPF, absolutamente, qualquer ingerência neste assunto.

4. Como o jornalista não encaminhou as mensagens, fazem-se esclarecimentos mais amplos a respeito do assunto, informando que durante a Operação Lava-Jato houve troca de informações diretas nos moldes das normas e recomendações nacionais e internacionais. Seguiu-se o que é preconizado pelos manuais de boas práticas internacionais da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, pelo GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional), do Banco Mundial, do G20 e da AGU (Advocacia-Geral da União).

5. Seguindo ainda essas mesmas recomendações, todas as provas utilizadas nas investigações e processos brasileiros foram transmitidas pelos canais oficiais e franqueadas às respectivas defesas.”

*Jamil Chade/Uol

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Em manipulação grosseira, Moro orientou Deltan e consórcio manteve conversas clandestinas com EUA e Suíça

Mensagens trocadas entre Sergio Moro — então juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos casos da autodenominada “lava jato” — e Deltan Dallagnol — à época coordenador da “operação” — revelam que a condução de processos relacionados a Lula foi combinada entre acusação e julgador.

As mensagens foram anexadas em petição endereçada ao STF, no âmbito da reclamação 43.007, em que a defesa do ex-presidente pediu inicialmente acesso integral ao material apreendido pela chamada operação “spoofing”. Os dados consistem em mensagens trocadas entre procuradores e juízes que participaram da “lava jato” e foram divulgadas pelo The Intercept Brasil na série de reportagens que ficou conhecida como “vaza jato”. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, deferiu o pedido, embora a defesa tenha tido dificuldade para ter acesso ao material.

Nesta quinta-feira (28/1), Lewandowski decretou sigilo sobre a ação (reclamação 43.007), após pedido da defesa, que também anexou aos autos algumas mensagens analisadas por um perito judicial.

O site da Veja publicou alguns trechos dessas conversas. Os documentos revelados pela publicação mostram diálogos curtos entre o ex-juiz e o chefe da “lava jato”. Em uma das mensagens — de 16 de fevereiro de 2016 —, Moro pergunta se a denúncia contra Lula seria “sólida” o suficiente.

“Profecia autorrealizável”
Em outra conversa, Moro cobra de Dallagnol manifestação do MPF em uma das ações:

No caso, trata-se da ação 5046159-54.2016.4.04.7000. O pedido de Moro foi feito às 18h57 de 14/9/16. A resposta de Dallagnol veio em seguida (às 19h08). E, às 19h41, o procurador afirmou que a manifestação estava sendo protocolada. Em consulta à movimentação do processo, tal manifestação foi protocolada, de fato, às 19h43. E, em 16/9, Moro profere decisão. Nela, o juiz afirma que Polícia Federal e MPF pediram “autorização para a condução coercitiva de parte dos investigados”. O pleito foi então deferido, contra 13 pessoas.

Em outra mensagem, Deltan pede sigilo absoluto acerca de uma reunião secreta com representantes suíços. O procurador também pede que Moro limite o depoimento do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, apenas aos fatos pelos quais ele é acusado, para que ele não amplie benefícios penais sem se tornar um delator.

Para os advogados de Lula, “é possível desde já constatar, para além da escancarada ausência de equidistância que deveria haver entre juiz e partes, por exemplo: (1) a efetiva existência de troca de correspondência entre a “força-tarefa da lava jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América; (2) documentos e informações que configuram quebra da cadeia de custódia relacionados aos sistemas da Odebrecht; e (3) a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a ciência e anuência do juízo de piso”.

O procurador também tenta agendar um horário com o então juiz Sergio Moro para falar com ele sobre “apreensão de celulares”.

Procurador e juiz também trocam confidências sobre a atuação da defesa do ex-presidente e as denúncias do advogado Rodrigo Tacla Durán de que um amigo de Moro lucraria intermediando acordos de delação premiada.

Moro também orienta o procurador sobre as informações obtidas pelos sistemas Droussy e Webday da Odebrecht. “Vcs [sic] vão ter que enviar isso a PF para fazer laudo pericial e depois produzir laudos específicos a cada acusação. Do contrário, vai ser difícil usar”, ensinou o então juiz.

Defendem o ex-presidente os advogados Cristiano Zanin, Valeska Martins, Maria de Lourdes Lopes e Eliakin Tatsuo.

*Do Conjur

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Enquanto Bolsonaro grita, xinga e arrota, desemprego bate novo recorde e economia afunda ainda mais

Macro e micro economias em definhamento.

Mercado interno dá claros sinais de erosão.

O verdadeiro golpe de Bolsonaro é contra os empresários para favorecer os banqueiros.

Que o diga a visita de Bolsonaro, junto com Guedes, nessa terça ao Credit Suisse, onde jurou o cumprimento neoliberal, a aceleração das privatizações, além de fazer juras de amor ao arrocho do teto de gastos.

Ou seja, as suas verdadeiras vítimas, são seus próprios apoiadores.

Bolsonaro é o traidor de sua própria gleba.

Guedes e Bolsonaro fabricaram o crepúsculo econômico em que o Brasil vive.

Por isso, o presidente da CNI, Robson Andrade, disse que o Brasil pode se transformar na “roça do mundo”

Pior, segundo informação do portal Carta Maior, “pesquisa com 98 países sobre a gestão de governo da pandemia “Covid Performance – Lowy Institute’ não apenas coloca o Brasil em último lugar. É pior: somos o único país com pontuação abaixo de 5”.

Qual o custo disso para a economia? Quem pagará essa conta além do povo? Todo o setor da indústria e comércio.

*Da redação

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Contas do governo federal têm rombo recorde de R$ 743,1 bilhões em 2020

Resultado é o pior da série histórica e reflete disparada de gastos e perda de arrecadação.

Sob efeito da pandemia do novo coronavírus, que provocou uma disparada dos gastos públicos e derrubou a arrecadação de impostos, as contas do governo federal registraram um rombo fiscal de R$ 743,1 bilhões em 2020. O resultado é o pior da série histórica iniciada há 24 anos.

O déficit primário do ano passado, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (28), é maior do que a soma de todos os rombos registrados em 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.

Em dezembro, último mês de vigência do decreto de calamidade pública, o rombo nas contas do governo ficou em R$ 44,1 bilhões, contra um déficit de 14,6 bilhões do mesmo mês de 2019.

No resultado acumulado de 2020, a receita total do governo ficou em R$ 1,47 trilhão, uma queda real de 13,1%. O movimento foi motivado pela deterioração da economia. Com as medidas restritivas e de isolamento social nos estados e municípios, o faturamento das empresas caiu, afetando negativamente o pagamento de impostos.

Do lado das despesas, com resultado de R$ 1,95 trilhão, houve um aumento de 31,1% acima da inflação nos gastos do governo no ano passado, em comparação com 2019. Somente os desembolsos diretamente relacionados ao enfrentamento da crise sanitária somaram R$ 524 bilhões.

A expansão de gastos para mitigar efeitos da pandemia só foi possível porque o governo e o Congresso decretaram estado de calamidade pública de março a dezembro do ano passado, além de implementarem o chamado Orçamento de guerra.

As medidas desobrigaram o Executivo a respeitar regras fiscais no ano passado. A maior parte dos gastos relacionados à pandemia foi autorizada por meio de créditos extraordinários, mecanismo que pode ser usado em situações urgentes e imprevisíveis e que não é contabilizado no teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.

Também ficou dispensada a regra de ouro, que proíbe o governo de se endividar para pagar despesas correntes, como salários, Previdência e benefícios assistenciais.

Por fim, não foi necessário cumprir a meta fiscal, o esforço que o governo promete fazer para evitar o crescimento da dívida pública. Em 2020, esse compromisso havia sido estipulado em R$ 124,1 bilhões de déficit. Portanto, o resultado fechado do ano ficou R$ 619 bilhões pior do que a meta.

*Bernardo Caram/Folha

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Vídeo: Isolado no mundo, Bolsonaro se agarra a Collor enquanto Biden ri de sua cara

Qual o problema de Biden rir da cara de Bolsonaro por ele ser o asno do planeta?

Aqui nas terras paratatás, Collor, em declaração de apoio, credenciou o miliciano. Isso basta para um gado que começou sua carreira votando em Collor, FHC, Serra, Aécio e que hoje, depois de tanta pancada na cabeça, é bolsonarista desde criancinha.

É essa coisa inominável que preside o Brasil que virou chacota internacional, não o Brasil e, muito menos os brasileiros. Se há um deboche no sorriso de Biden, e ele é explícito, é com essa coisa chamada lá fora de Trump tropical (leia-se, fracassado tropical) que, certamente não terá vida fácil com Biden.

Confira:

*Da redação

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