Ano: 2021

Hospitais de Manaus têm situação caótica por falta de oxigênio

Ignorância não pode ser alegada por aqueles no mais alto escalão do cuidado da saúde nacional, com acesso a dados precoces e relatórios de organizações internacionais, além de especialistas a disposição em qualquer tema.

Foi descaso.

É crime.

Em 16 de Março de 2020 o Imperial College publicou o famoso relatório que já mostrava que uma estratégia de expansão de sistema hospitalar não seria viável frente a expansão exponencial no número de casos graves.

Especialistas estão avisando isso todo santo dia há 9 meses.

“Vou ser bem claro: o que está acontecendo em Manaus e em outras cidades brasileiras era evitável com medidas factíveis para nossa realidade brasileira. Sem coordenação nacional o controle epidêmico é impossível, e o @minsaude
sempre soube disso. Estamos assistindo uma catástrofe”

G1: Enquanto a incidência de casos a cada 100 mil habitantes é de 3,4 mil no Pará, o Amazonas registra incidência de 4,9 mil. Em relação aos óbitos por Covid, a mortalidade no Pará chega a 84,1 a cada 100 mil habitantes, e no Amazonas esse número salta para 130,6.

*Do twitter de Ricardo Parolin – Emergency Doc & Clinical Neuroscience DPhil (PhD) Student

*(Foto destaque: Sandro Pereira/Fotoarena/Folhapress)

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Estados afirmam que Pazuello enviou dados errados de seringas e agulhas para o STF

Secretarias de Saúde dizem que possuem quantidade suficiente de insumos para iniciar vacinação.

Secretários estaduais de Saúde dizem que o Ministério da Saúde errou os dados em ofício enviado ao STF em que afirma que sete estados não têm seringas e agulhas para a campanha de vacinação contra o coronavírus.

A pasta de Eduardo Pazuello disse que Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina não têm estoque suficiente dos insumos.

A afirmação foi feita em ofício enviado ao STF para cumprir decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que havia determinado que o Ministério da Saúde detalhasse os quantitativos de seringas e agulhas nos estados.

Os governos estaduais afirmam ter número suficiente de seringas e agulhas para o início da vacinação contra a Covid-19 e pedem retificação por parte do Ministério da Saúde.

No caso da Bahia, a secretaria de Saúde afirma que não tem apenas 232 mil seringas como consta no ofício do Ministério da Saúde, mas 10,2 milhões. Além disso, afirma ter adquirido mais 19,8 milhões de seringas e agulhas, com a entrega de 4 milhões nos próximos 15 dias, 4 milhões em fevereiro e o restante nos meses de abril, maio e junho.

Em Pernambuco, a pasta afirma que dispõe de 3,9 milhões de unidades em estoque, vai receber mais 2,8 milhões de seringas até o fim de janeiro e outras 7,5 milhões já foram adquiridas e devem chegar ao estado até o fim do mês de fevereiro, totalizando 14,2 milhões de unidades. O Ministério da Saúde colocou no ofício que o estado teria apenas 1,2 milhão de seringas e agulhas.

No Mato Grosso do Sul, a secretaria de Saúde diz ter 2,5 milhões de seringas e agulhas em estoque. O Ministério da Saúde havia contabilizado apenas 162.800.

O governo de Santa Catarina diz ter 9,5 milhões de seringas e 3 milhões de agulhas. No ofício ao STF, o Ministério da Saúde disse que o estado possuía apenas 590 mil.

O Espírito Santo afirma, em nota, que “o Ministério da Saúde repassou informações infundadas ao STF”. O governo estadual diz contar com 1,7 milhões de seringas em estoque e que adquiriu mais 6 milhões que serão entregues de maneira fracionada até o final de janeiro.

“Além dos 6 milhões, a secretaria de Saúde ainda tem outro processo de aquisição tramitando para a compra de mais 10,5 milhões de seringas através de Ata de Registro de Preços”, completa.

*Com informações da Folha

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

General Pazuello oficializou entrada como sócio em empresa de navegação na véspera da nomeação como ministro

Eduardo Pazuello oficializou sua participação em uma empresa no dia 15 de maio de 2020, véspera de ser anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como ministro interino da pasta. Desde 22 de abril era secretário-executivo e número 2 de Nelson Teich. No dia 15 de maio, a junta comercial do Amazonas confirmou o processo de registro de entrada do militar com 25% da sociedade “J A Leite Navegação ltda”, de transporte marítimo e construção de embarcações. No dia 16 ele foi anunciado. A companhia, fruto de espólio do pai (falecido em 2018) do general, tem como demais sócios os próprios parentes.

EMPRESA DE PAZUELLO TEM DIVERSAS RELAÇÕES QUE DEPENDEM DO GOVERNO

Com sede em Manaus, a companhia onde consta o general Pazuello tem uma série de relações contratuais que envolvem entidades públicas.

A previsão do “Código de Conduta da Alta Administração Federal” é que agentes públicos do alto escalão, caso tenham ou venham a ter tal envolvimento, em qualquer nível de relacionamento com instituição privada, deverão fazer a comunicação do fato.

O mesmo código diz ser vedada “a participação acionária do agente público em empresa privada que mantenha qualquer tipo de relacionamento com órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de poder ou governo”.

E determina ainda que as informações sobre situação patrimonial, participações societárias, atividades econômicas ou profissionais devem ser comunicadas para a “comissão de ética pública”. A reportagem questionou ao general ministro da saúde se tal comunicação foi realizada diante da entrada na empresa quando já ocupava cargo executivo no governo, sem resposta.

No caso da empresa familiar do general Pazuello, existem vários pontos de possível conflito de interesse entre público e privado, passíveis de tráfico de influência em eventuais decisões.

A “J A Leite Navegação” é beneficiária de “contrato para instalação portuária”, que é uma licença de 25 anos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), autarquia ligada ao ministério da infraestrutura, e que permite exploração de Estação de Transbordo de Cargas (ETC). A autorização possibilita instalação portuária fora da área do porto. O atualmente vigente entre a empresa de navegação e a Antaq foi assinado em 2016. O processo para tal autorização, estabelecido através do marco regulatório do setor portuário, é longo no Brasil, com poucas empresas beneficiadas.

O poder concedente de tal licença é a Secretaria de Portos da Presidência da República, que define a favor ou contra a concessão, renovação ou necessidade de nova emissão de licença, entre outras coisas, o que, de acordo com especialistas da área ouvidos pela reportagem que preferiram não se identificar, seria um claro conflito de interesses, como está no “Código de Conduta da Alta Administração Federal.

Existem outras questões onde a presença de um ministro de estado também pode representar eventual conflito de interesse. A empresa de Pazuello por exemplo, tem um histórico de problemas em sua relação com a Receita Federal, com entradas e exclusões do Refis (Programa de Refinanciamento de Dívidas), criado para ajudar empresas que possuem dívidas tributárias com a União.

Em 2001, tiveram pedido no Refis indeferido por falta de garantias. Em 2006, foram excluídos e aceitos posteriormente novamente. Em 2009, excluídos de novo.

A empresa que tem hoje o ministro da saúde como sócio recebeu dinheiro público entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2016: R$ 210.200,82 (duzentos e dez mil, duzentos reais e oitenta e dois centavos), pagos pelo ministério da infraestrutura na ocasião, originários de um “fundo da marinha mercante”, responsável por um “ressarcimento as empresas brasileiras de navegação”.

O ressarcimento do ministério da infraestrutura se dá em razão do artigo 17 da lei nº 9.432/97, que determina que não deve incidir o “adicional ao frete para renovação da marinha mercante” (AFRMM) sobre as mercadorias cuja origem ou cujo destino final seja qualquer porto localizado na região norte ou nordeste.

O título em si do quadro encontrável no Portal da Transparência que demonstra os pagamentos do estado para a J.A. Leite Navegação já explicita a existência de uma relação entre as partes: “Panorama da relação da empresa com o governo federal”.

A “J A Leite Navegação” também detém o controle da “Petropurus Representações e Comércio de Petróleo ltda”, da mesma forma situada em Manaus, e que tem como atividade principal o “comércio varejista de combustíveis para veículos automotores”. Em 2010, a Petropurus, foi intimada pelo Ministério Público Estadual da Amazônia para apuração de “atividade potencialmente poluidora sem inscrição no cadastro técnico federal”.

Nesse ramo de negócio, tendo objetos de atividades econômicas afins, acontece uma confluência na área de atuação entre a empresa dos Pazuello e a família do assessor especial do general no ministério, Aírton Antônio Soligo, o Cascavel, braço direito do ministro e personagem das duas primeiras reportagens da série “A teia do general” (1ª reportagem e 2ª).

Matheus Soligo, filho de Cascavel, aparece nas redes sociais como diretor comercial do Estaleiro Rio Amazonas (ERAM), e está citado em contratos da empresa como “procurador” da empresa e representante, além de ter se casado em 7 de abril de 2017 com Bruna Thays, sócia do estaleiro e filha de Adalberto Fernandes de Azevedo, majoritário. A reportagem enviou questões para o general e para Cascavel. Para saber sobre existir alguma relação comercial entre o negócio dos Pazuello com aquele onde o filho do assessor aparece, mas não obteve respostas.

REPORTAGEM DE 20 DE MAIO DA AGÊNCIA SPORTLIGHT MOSTROU QUE OUTRA EMPRESA DE PAZUELLO FOI INVESTIGADA EM DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Não é o primeiro empreendimento do general Pazuello que passa por relação estreita com a coisa pública. Em 20 de maio, a Agência Sportlight de Jornalismo publicou reportagem mostrando que o atual ministro da saúde, então apenas nos quartéis, manteve um clube de paraquedismo usufruindo das instalações do Aeroporto de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, durante 13 anos entre 1997 e 2010. Sob a fachada de “não realizar atividade comercial” e enquadrado como “entidade aerodesportiva”. No entanto, a reportagem encontrou inúmeros registros de bons lucros ao longo dessa quase década e meia.

Sem licitação e pagamento praticamente simbólico, o militar celebrou o primeiro contrato de concessão de uso do local com a Infraero, empresa pública, (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) em 1º de setembro de 1997. Sem qualquer obrigação de investimento. Na Receita Federal, a empresa aparece como aberta três meses antes da assinatura, em 26 de junho de 1997.

Além de desobrigar qualquer inversão de capital, o contrato continha os seguintes pontos: dispensa de licitação, duração de 12 meses e um valor mensal fixo muito abaixo do mercado, estabelecido então em R$300,00 (trezentos reais) de então, equivalentes a R$1.640,15 de hoje (mil seiscentos e quarenta reais e quinze centavos, corrigidos pelo IGP-M). O preço da venda de dois saltos duplos, como mostrou a reportagem.

A relação entre o “Clube Barra Jumping Paraquedismo” e a Infraero chamou a atenção do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) que, em ação na justiça, afirmou que “houve flagrante direcionamento no único processo licitatório realizado entre as partes”.

Em junho de 2006, o processo foi julgado no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2, Rio de Janeiro). A tese da defesa de que não houve realização de atividade comercial prosperou e tanto o general Pazuello, demais réus e Infraero saíram vencedores.

Outro lado:

Assim como nas duas primeiras reportagens da série “A teia do general”, foram enviadas questões aos citados através da assessoria de imprensa do ministério da saúde, que não enviou respostas.

*Lucio de Castro/Sport Light

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Pazuello admite ao STF que país não tem seringas suficientes para a vacinação

‘Senhoras e senhores, não existe falta de seringa’, disse Pazuello na semana passada.

O Ministério da Saúde afirmou nesta quarta-feira ao STF que o Brasil não possui seringas suficientes para a vacinação de Covid-19, ao contrário do que declarou Eduardo Pazuello na semana passada.

“Estima-se que há nos estados mais de 52 milhões de seringas e agulhas aptas para a realização da vacinação, enquanto a estratégia para os grupos listados estima quase 30 milhões de doses para os esquema vacinal completo de duas doses”, disse a pasta, em documento de 8 de janeiro endossado por Pazuello e enviado ao Supremo nesta quarta-feira, no âmbito de uma ação movida pela Rede Sustentabilidade, relatada por Ricardo Lewandowski.

Com uma tabela que engloba todos os estados, o ministério afirmou que os números foram contabilizados a partir de e-mails enviados aos estados em 27 de novembro, e que “apenas” sete estados não terão seringas o bastante.

“Verifica-se apenas que os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina não teriam estoque suficiente para suprir essa demanda inicial, caso houvesse a disponibilidade imediata das 30 milhões de doses”, afirmou, em uma tentativa de minimizar que um quarto dos estados ficará impedido de imunizar sua população a contento em uma pandemia que já matou 205 mil brasileiros.

Em outro documento, desta vez de 11 de janeiro, enviado ao STF no mesmo pacote, a Saúde afirmou que “os estados possuem aproximadamente 80 milhões de seringas e agulhas que poderão ser utilizadas para início da campanha de vacinação contra a Covid-19”.

Não há, contudo, mais detalhes desses números que a pasta alegou para o início da imunização.

Esse documento do dia 8 também afirmou que o ministério não possui estoque disponível de seringas, e sustentou que isso é um costume, já que essa compra caberia apenas aos estados.

*Guilherme Amado/Época

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Globo, que apoiou Bolsonaro, agora, através de Merval, pede a Maia a cabeça do monstro na bandeja

Entendendo o tamanho do desastre que o Brasil viverá nos próximos meses, com uma tempestade de tragédias sanitárias, sociais e econômicas, a mídia, sobretudo a Globo, vai ao desespero e pede a cabeça do homem que, mesmo sabendo de quem se tratava, do seu envolvimento com o crime organizado e todo o tipo de contravenção, apoiou, na base do “tudo contra o PT”.

Bolsonaro é uma tragédia anunciada, não uma vez, mas uma tragédia da vida inteira, como militar, parlamentar e, agora, como chefe da nação.

Cuspido das Forças Armadas por uma soma de condutas absolutamente marginais, Bolsonaro viveu perambulando pelas casas parlamentares durante 28 anos cumprindo uma agenda das mais rasteiras à caça de votos que não lhe cobrassem nenhum trabalho, somente o de administrar o esquema corrupto de funcionários fantasmas e laranjas que deu à família um número sem fim de imóveis, sejam estes ligados ou não às milícias. O dinheiro envolvido no esquema sempre foi o desviado dos gabinetes parlamentares dele e de seus três filhos delinquentes.

Agora, há dois anos à frente do governo, transformou a cadeira da presidência da República num matadouro, de onde convoca diuturnamente brasileiros a entrarem no corredor da morte e já obteve êxito com mais 205 mil vítimas fatais da Covid.

Diante de um resultado desastroso da política de Paulo Guedes, em parceria com Maia explodindo, como revela a fuga da Ford do Brasil, Merval Pereira, o pombo-correio dos Marinho, entrega a Maia uma carta facão pedindo a degola do monstro, o que, certamente, motivou os donos do império da comunicação a fazerem esse singelo pedido a Maia, useiro e vezeiro da Globo para propagandear a cloroquina econômica de Guedes, como a reforma da Previdência, entre outros absurdos que ajudam a matar na fonte a economia brasileira e o próprio mercado interno que foi o principal motivo da Ford picar a mula para a Argentina e Uruguai.

Mas os Marinho sabem que o bonde descarrilhado está só no começo da ribanceira e que, até chegar ao fim da linha aonde colocará a economia brasileira em cacos minúsculos, fará um arrastão tsunâmico no que tiver pela frente, principalmente depois que foi anunciado e reforçado que, ao contrário de Trump, Bolsonaro será visto pela Casa Branca como um inimigo, anabolizando sua péssima imagem no mundo civilizado por todos os chefes de Estados do planeta.

É esse o suplício que Merval traz em sua carta testamento em que dá a Maia o privilégio de ser o carrasco do monstro amazônico, o que não é pouca coisa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Defesa de Lula analisa um enorme volume de mensagens trocadas entre Moro e procuradores

A defesa do ex-presidente Lula retirou nesta segunda-feira (11/1), na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, o material apreendido no âmbito da chamada operação “spoofing”. Os dados consistem em mensagens hackeadas de integrantes do MPF no Paraná e do ex-juiz Sergio Moro.

O material entregue pela PF tem aproximadamente sete terabytes de informação. Por causa do grande volume — cada terabyte tem 1.024 gigabytes —, a polícia levou cinco dias para fazer a gravação em dois HDs externos disponibilizados pelos advogados.

Em informe enviado ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, a defesa disse que a entrega dos dados ocorreu sem a conferência do conteúdo. Isso significa que não houve checagem dos HDs na Superintendência da PF para saber se todas as informações foram de fato gravadas.

Os advogados do petista começaram a verificar se as mensagens que geraram a série “vaza jato”, do The Intercept Brasil, estão de fato nos HDs. Cópias de segurança já foram feitas e um perito analisará todo o conteúdo.

*Com informações do Conjur

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Movimento da Ford vai se alastrar: outras multinacionais vão abandonar o Brasil

A análise é do economista e professor da USP Paulo Feldmann. Para ele, Bolsonaro compra briga com as empresas e isso ‘não vai acabar bem’.

A decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil, que monopolizou o noticiário econômico entre a segunda-feira 11 e esta terça-feira 12, pode ser apenas um capítulo da fuga de multinacionais do Brasil. O ambiente de negócios do País, avalia o economista e professor da USP Paulo Feldmann, se tornou nocivo pois tem à frente um governo que empreende uma ofensiva contra essas empresas.

“Os países têm de demonstrar que a economia está indo bem e que, assim que a pandemia passar, o consumo vai voltar”, destaca o especialista em entrevista a CartaCapital. “Isso não é o que acontece no Brasil.”

Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro atacou a Ford, dizendo que faltou à empresa “dizer a verdade, eles querem subsídios”.

“É mais uma afirmação idiota que coloca contra o Brasil as empresas multinacionais. É claro que, para virem para o Brasil, essas empresas precisam de incentivo”, acrescenta Feldmann. “Com todas as dificuldades do Brasil, se não oferecermos incentivos, elas não vêm mesmo”.

Ao anunciar a decisão de encerrar a produção no Brasil, a Ford afirmou, em nota assinada pelo CEO Jim Farley, que a decisão é difícil, mas necessária “para a criação de um negócio saudável e sustentável”.

Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, completou.

A produção nas fábricas de Camaçari, na Bahia, e Taubaté, em São Paulo, será interrompida imediatamente. No último trimestre, será fechada a planta da Troller, em Horizonte, no Ceará.

Serão mantidos somente o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, e o Campo de Provas, em São Paulo.

CartaCapital: O governo federal diz ter sido pego de surpresa pela decisão da Ford. É razoável?

Paulo Feldmann: Não. Primeiro, porque tinha fechado a fábrica [de São Bernardo do Campo, no ABC paulista] em 2019. Era um sintoma de que alguma coisa não estava indo bem. Não tem como dizer que é surpresa. Surpresa seria a GM fechar uma fábrica, porque não fechou nenhuma até agora no Brasil. Mas a Ford já tinha fechado.

No mundo inteiro, há um movimento forte de debandada das montadoras em países onde elas, no passado, foram em busca de mão de obra barata. A mão de obra barata está deixando de ser um fator importante, porque as montadoras são grandes usuárias de robôs. E o uso de robôs estava crescendo muito até 2019. Naquele ano, foram vendidos mais de um milhão de robôs, um recorde. Muito maior que em 2018. Porque os preços baratearam muito.

Temos de ter consciência de que isso vai acontecer com outras montadoras no Brasil. Infelizmente, essa é uma tendência inevitável. Não é só o uso de robôs, mas o uso de tecnologias em geral que poupam mão de obra.

As multinacionais vão embora e vão deixar as impressoras para eventual fabricação de alguns produtos mais simples, menores. É um problema sério, principalmente para os países que cresceram com base na mão de obra barata. Foi, em parte, o caso do Brasil.

CC: Bolsonaro diz que o País está quebrado e não apresenta um plano pós-pandemia. Isso contribui para a decisão da Ford?

PF: Com certeza. Uma outra coisa muito importante para essas empresas: os países têm de demonstrar que a economia está indo bem e que, assim que a pandemia passar, o consumo vai voltar. Não é o que acontece no Brasil. O ano de 2021 vai ser muito difícil. Deve haver uma queda considerável no consumo, desemprego muito alto, ausência do auxílio emergencial que salvou o Brasil em 2020… O Brasil vai ter uma grande queda no PIB.

Uma empresa como a Ford está lá na matriz, nos Estados Unidos, olhando o mapa do mundo e indicando as alternativas que tem para fabricar fora do país. Olha para o mapa e vê onde fabricar. Quando vê o Brasil, vê uma perspectiva econômica ruim para este ano, inclusive com volta de inflação. Todo o rombo fiscal monstruoso, o segundo maior do mundo, inflação voltando, desemprego altíssimo.

CC: Não deve ser uma decisão isolada?

PF: Esse movimento deve se alastrar: outras multinacionais vão abandonar o Brasil. Mas tem um outro fato muito importante: essas empresas olham muito para o ambiente de negócios nos países. Quando uma multinacional olha para o ambiente de negócios pavoroso que temos, comparado até com os vizinhos latino-americanos, pensa: ‘poxa, por que eu tenho que ficar no Brasil?’. Resumindo: tudo isso reflete no Custo Brasil. Fabricar no Brasil sai caro, por causa desse ambiente de negócios ruim que o Brasil tem.

Não podemos culpar apenas o governo Bolsonaro: o custo do transporte no Brasil é muito alto há muitos anos, a carga tributária também tem aumentado nos últimos anos, mas é um problema sério do Brasil há pelo menos 20 anos. Essas coisas preocupam os dirigentes das multinacionais. O Brasil tem de estar muito preocupado com isso. Teríamos que fazer um plano resolver isso tudo. Mas não tem plano.

CC: E o ministro Paulo Guedes?

PF: A única coisa que o Paulo Guedes sabe falar é das “reformas”. “Ah, a reforma administrativa é fundamental”. Por que ela é fundamental? A reforma tributária seria importante se ela aliviasse um pouco a carga tributária das empresas. A tributação no Brasil onera as pessoas jurídicas e as pessoas físicas mais pobres. O muito rico não paga imposto de renda.

CC: Segundo Bolsonaro, “faltou à Ford dizer a verdade: eles querem subsídios”…

PF: Sobre esses incentivos, tem de se calcular o que vem em troca. No caso da [fábrica da] Ford na Bahia [na cidade da Camaçari], veio emprego, muito emprego. Esses empregos foram ótimos. Isso acontece no mundo inteiro e é fundamental.

Essa afirmação do Bolsonaro é mais uma afirmação idiota, que coloca contra o Brasil as multinacionais. É claro que as multinacionais, para virem ao Brasil, precisam de incentivo. Com todas as dificuldades do Brasil, se não oferecermos incentivos, elas não vêm mesmo. Então, é uma afirmação muito inconveniente. Se você juntar isso às idiotices ditas contra a Pfizer, no caso da vacina, essas brigas deterioram muito rapidamente a

a imagem do Brasil lá fora. Para não falar do problema que o governo está tendo com a Huawei, a chinesa de tecnologia 5G.

Isso não vai acabar bem, porque pode provocar uma reação forte. O Bolsonaro deveria moderar as palavras quando se refere às multinacionais.

*Com informações da Carta Capital

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Descoberto porque Bolsonaro quer eleição com cédula de papel: ele foi beneficiado por fraude em 1994

O episódio, noticiado pelo Jornal do Brasil em 17 de novembro de 1994, foi lembrado pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG)

Um dos maiores críticos das urnas eletrônicas e defensor da volta de cédulas de papel nas eleições, Jair Bolsonaro já figurou como beneficiário de fraude no uso cédulas de papel.

O episódio ocorreu nas eleições gerais de 1994. Como mostra reportagem de 17 de novembro de 1994, do Jornal do Brasil, um dos principais periódicos brasileiros naquela época, a eleição do Rio, como em todo o país, usava cédulas de papel. Na 24ª Zona Eleitoral, o juiz Nélson Carvalhal identificou cédulas falsas. Elas beneficiavam um então candidato a deputado federal pelo PPR, Jair Bolsonaro.

O episódio foi lembrado pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG). “Quase 27 anos depois, Bolsonaro não se cansa de pôr em cheque a lisura das urnas eletrônicas. Há 10 meses, afirmou ter provas de fraude no pleito de 2018 e que as apresentaria ‘em breve’. Ficou na promessa, pois até agora, nada das tais ‘provas'”, disse Correia.

“A tática levada a cabo por Bolsonaro serve ao propósito de, em caso de derrota em 2022, ter uma saída que una seus apoiadores – e, quem sabe, tentar algo parecido com o que Donald Trump tentou nos Estados Unidos, felizmente sem sucesso até agora: melar o processo democrático do país”, acrescentou Correia.

*Com informações do 247

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Depois da saída da Ford, Wolkswagen abre Plano de Demissão Voluntária em Taubaté

A Volkswagen abre nesta segunda-feira (11) um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para a fábrica de Taubaté (SP). A adesão pode ser feita até sexta-feira (15).

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, o PDV tem como foco trabalhadores com doença ocupacional, de áreas desterceirizadas ou que tiveram os contratos temporariamente suspensos (layoff). A medida feita em maio de 2020 impactou 1,3 mil funcionários.

Para funcionários com doenças ocupacionais, o benefício varia conforme quantidade de anos trabalhados. Já nas demais categorias, o pacote de benefício oferecido pode chegar a 20 salários.

O PDV faz parte de um acordo aprovado pelos funcionários depois que a empresa anunciou que demitiria 35% da mão de obra no Brasil pelos impactos da pandemia.

Sindicato e empresa não informaram qual a expectativa de adesão da empresa. A unidade da Volkswagen em Taubaté tem cerca de três mil trabalhadores.

Procurada pelo G1, a Volkswagen informou que não vai comentar sobre a abertura do PDV.

Já o sindicato destacou que o PDV faz parte de um acordo que garantiu estabilidade de cinco anos nos empregos e o descongelamento de investimentos na Volks.

Medidas

Durante a pandemia, a empresa adotou redução de jornada e layoff. Em abril, cerca de 1,8 mil funcionários trabalharam com redução de 30% da jornada nos meses de maio, junho e julho.

Em maio, anunciou layoff para 1,3 mil trabalhadores. Ainda com as duas medidas vigentes, em agosto, os sindicatos que representam trabalhadores anunciaram que a empresa havia proposta para cortar em 35% o número de funcionários. O número representaria cerca de 5 mil dos 14,7 mil trabalhadores das fábricas em São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR).

À época, a Volks havia dito em notas oficiais que negociava com os sindicatos “medidas de flexibilização e revisão dos acordos coletivos vigentes para adequação ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus”.

Após o anúncio de possível corte, os funcionários aprovaram novos acordos coletivos que previam PDV, novo layoff e redução do piso salarial para 2021.

*Com informações do G1

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

ONG avisa ao mundo que Bolsonaro será persona non grata na Casa Branca de Biden

A ONG Human Rights Watch confirma o que o mundo inteiro já sabe, Bolsonaro é considerado o chefe de Estado mais tóxico e contagioso do planeta.

E já avisa que ele não terá espaço amigo na Casa Branca a partir de Biden e também de Kamala Harris, por conta de seu racismo, homofobia, misoginia, belicismo contra povos indígenas e quilombolas e, principalmente, por sua política predatória na Amazônia e Pantanal. Ou seja, Bolsonaro arrasta o Brasil inteiro para o umbral.

Junto com isso, Bolsonaro enfia a economia brasileira na toca escura. Uma economia que não para de produzir desemprego, precarização do trabalho, detonando o mercado interno num espiral que lembra uma furadeira de cabeça para baixo, rumo ao inferno.

Não há como Bolsonaro não enfrentar um tempestade perfeita, pois é o próprio que tem feito todo o tipo de esforço para construir a sua imagem internacional de monstro, sem encontrar qualquer obstáculo nas Forças Armadas que ele gosta de vender para o mundo que é parte de seu governo.

A materialização dessa tragédia já era vista há muito tempo quando o mundo o chamava de xepa de Trump, por macaquear até as caretas ensaiadas pelo bufão americano.

Trump, hoje, que não vale um vintém na aldeia global, é considerado favas contadas e terá que recolher as suas armas, desaparecer antes que vá direto para a cadeia.

Assim, Bolsonaro não terá a presença de um único amigo na Casa Branca, sequer aqueles travados em conhecimento virtual, ele será considerado uma lombriga e enfrentará uma política de machado de cabo curto com Biden, como o próprio já anunciou, confirmado pela ONG Human Rights Watch.

Ou seja, assim que o sol raiar na manhã do dia 21 de janeiro, Bolsonaro terá um inimigo de peso na Casa Branca e todas as suas molecagens, que  se transformam em espetáculo para a sua horda de fascistas paratatás, serão um pesadelo para o próprio “mito”.

As críticas da ONG internacional sobre direitos humanos no Brasil de Bolsonaro foram abundantes e ela fez questão de colocar, capítulo por capítulo, as políticas genocidas de Bolsonaro durante a pandemia que, até o momento, vitimou mais de 204 mil brasileiros, desancando o soberbo mata-pau, reduzindo-o a um chefe bananeiro de um Estadinho abençoado livremente pelas Forças Armadas que, juntos, importarão o repúdio e as náuseas que o governo Bolsonaro causa nos mais importantes chefes de Estados do planeta.

*Da redação

*Foto destaque: Rosto de Bolsonaro ilustra cartaz de show do Pussy Riot Foto: Reprodução / Instagram

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição