Ano: 2021

Bolsonaro nunca teve ideologia, apenas ambição, por isso detonou os três mais parecidos com ele: Dória, Witzel e Moro

Como bem disse Glenn Greenwald, no Roda Viva: “se Bolsonaro conseguiu ser presidente, qualquer um pode se aventurar”.

Foi isso que os três ex-aliados de Bolsonaro pensaram e, como gambá cheira gambá, Bolsonaro deu um jeito de se livrar dos três decalques dele.

Qual a ideologia de Witzel, Dória e Moro, alguém sabe?

Não sabe porque, assim como Bolsonaro, eles também nunca tiveram qualquer ideologia a não ser a de chegar aonde a ambição pudesse lhes levar.

Bolsonaro é um bandalha. Ele sabe muito bem como a alta cúpula militar adora uma boquinha, sobretudo os velhos petequeiros. Foi só isso que Bolsonaro aprendeu no exército e aplica na sua vida política. Nem a ditadura quis saber desse moleque, pilantra que já estava no garimpo criminoso quando ainda vestia farda.

Assim como Bolsonaro, Witzel, Moro e Dória sempre viveram às custas das tetas do Estado e adoram falar em liberalismo e diminuição do Estado. Nunca praticaram isso na vida deles.

Claro que os três se aliaram a Bolsonaro para dar o bote nele. Bolsonaro sempre soube disso e, não só cortou as asinhas dos três, como atacou com o pelotão de fuzilamento do clã os seus três plágios, detonando um a um.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Após aumento para PF, mais de 300 servidores da Receita entregam cargos

Enquanto a Receita Federal perdeu recursos, policiais federais ganharam R$ 1,7 bilhão para reajuste e reestruturação de carreiras.

Ao menos 324 servidores da Receita Federal do Brasil (RFB) pediram exoneração de seus cargos após o Congresso Nacional aprovar o Orçamento 2022, na terça-feira (22/12). A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco). A entidade ainda estima que o número de servidores que pretendem entregar os cargos pode chegar a 500, informa o Metrópoles.

Os recursos do órgão foram reduzidos a menos da metade. Por outro lado, o texto aprovado prevê R$ 1,7 bilhão para reajuste e reestruturação de carreiras de policiais federais no próximo ano, pauta considerada prioritária para o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os pedidos de exoneração incluem auditores fiscais e analistas tributários que atuam em cargos de confiança da Receita Federal, como delegados e chefes do órgão tributário em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, entre outros estados.

Duas cartas assinadas pelos auditores que pedem exoneração, uma delas é subscrita por 11 auditores fiscais, titulares e substitutos das chefias da 7ª Região Fiscal (Rj e ES). Eles apontam descaso, por parte do governo federal, com a classe e asseguram que a situação atual se mostra incompatível com o exercício das funções no órgão.

“Tal descaso se estende, inclusive, a questões remuneratórias, como fica evidente pela demora na regulamentação do bônus de eficiência, revelando o desrespeito para com os auditores que, por sua vez, observam, igualmente perplexos, a (ausência de) movimentação por parte da cúpula do órgão quanto a se manifestar de forma incisiva sobre o problema”, diz a carta.

A segunda carta é assinada por delegados titulares, adjuntos e substitutos da 8ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, que abrange o estado de São Paulo.

Também participam do ato chefes de divisão titulares e substitutos que atuam na superintendência do órgão.

“Observa-se que o valor corte orçamentário proposto é proporcional ao destinado para a reestruturação da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e do Ministério da Justiça. Com isso, temos que os valores que serão cortados da Receita Federal do Brasil serão utilizados para satisfazer os reajustes acordados com as carreiras retrocitadas, numa demonstração de absoluto desrespeito à administração tributária”, explicam os auditores.

O corte promovido na Receita chega a R$ 1,2 bilhão.

Desse total, R$ 675 milhões foram cortados da gestão das soluções informatizadas da pasta, conforme o relatório apresentado pelo deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ). Segundo o texto, a proposta original do governo previa R$ 1,311 bilhão para a gestão das soluções informatizadas da pasta. O novo relatório, porém, separa R$ 636 milhões para a ação.

Na prática, o corte atinge programas utilizados no dia a dia para desenvolver os trabalhos usuais, assim como as plataformas utilizadas pelos contribuintes.

Os auditores revelam ainda que há o risco de não haver sequer orçamento para pagamento de contas de água e energia elétrica.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

O mantra de que “Alckmin é a Carta ao Povo de Lula em 2022” é um slogan vazio

“A cultura do consumo, cultura do efêmero, condena tudo ao desuso midiático. Tudo muda ao ritmo vertiginoso da moda, posta ao serviço da necessidade de vender. As coisas envelhecem num piscar de olhos, para serem substituídas por outras coisas de vida fugaz. Hoje a única coisa que permanece é a insegurança, as mercadorias, fabricadas para não durar, resultam ser voláteis como o capital que as financia e o trabalho que as gera.” – (Eduardo Galeano)

O que se viu no governo Lula foi a inclusão do pobre no orçamento. O que não falta na sociedade de consumo é slogan vazio em busca de uma síntese de impacto que cause.

Lembro-me perfeitamente bem que, no auge da indústria cultural de massa do modismo que estava na frase que, mais que a qualidade artística, o artista tinha que ter uma atitude comportamental diferente “revolucionária” pela ótica dos mercadores da cultura.

Lógico que slogan político não nasceu hoje e nem vai morrer agora. O que se tem no horizonte é a inevitável busca por conteúdo concreto, menos palavrórios, mais bola no chão, porque a vida concreta das pessoas com essa dinâmica nova que a revolução digital provocou, é que vai cada vez mais reger a orquestra.

Não há slogan possível para transformar uma péssima arte em algo minimamente palatável. Os slogans vazios, de tão efêmeros, quando funcionam têm vida extremamente curta, como mostra a história da indústria fonográfica.

Por mais que os mercados queiram nos transformar em algoritmos com manipulações grosseiras, a fome continua sendo a fome para quem não tem alimento. O desabrigo e o desamparo continuam sendo os mesmos para quem não tem um teto para se abrigar e dorme ao relento.

A mortalidade infantil em decorrência da miséria segue matando crianças desnutridas, independente das frases de efeito que se possa produzir.

Números são números, realidade é realidade, pessoas são pessoas.

Os slogans cabem no universo da especulação quando não há parâmetro de determinada ação futura. E isso está longe de ser fato diante do histórico dos oito anos do governo Lula e mais quatro em que Dilma pôde governar.

Com ou sem carta ao povo brasileiro, com vice A, B ou C, com todas as verdades absolutas ditas pelos sábios de plantão, o que foi produzido em termos de revolução social nesse país durante os governos Lula e Dilma, não cabe no mapa de qualquer slogan, mas o sentimento profundo de cada brasileiro.

Por isso, não é sem motivos que, depois do massacre midiático criminoso durante anos a fio, na tentativa de assassinar a reputação de Lula, Dilma e do PT, Lula, que sequer aparece na grande mídia para dirigir uma palavra à população por uma censura sórdida, é um verdadeiro coqueluche nacional, confirmando o que as pesquisas já escancaram, porque seu nome, pelas ações que teve e não pela tal “carta ao povo” está tatuado no coração do povo brasileiro, sobretudo nas camadas mais pobres da população que não estão nem um pouco interessadas nessas avaliações rasas e de pouca inteligência que sentenciam de maneira medíocre algo de uma complexidade humana gigantesca com uma frase tão boboca quanto inútil diante da correnteza do rio que corre para o mar.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Para manter aliança com Bolsonaro, Centrão impõe abandono de discurso golpista

Partidos entraram no governo em seu maior momento de fragilidade, com crise institucional e pedidos de impeachment.

Após contestar as urnas eletrônicas por mais de dois anos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) retirou do seu repertório as ameaças ao sistema eleitoral e passou a dizer que as chances de fraude em 2022 são mínimas, informa a Folha.

O posicionamento —repetido aos mesmos apoiadores que, meses atrás, eram estimulados a ocupar as ruas em defesa do voto impresso— é reflexo da costura política com o centrão para salvar o mandato de Bolsonaro.

Dirigentes desses partidos embarcaram no governo e impuseram, como uma das condições para caminharem juntos em 2022, que Bolsonaro cessasse as ameaças de golpe e ao sistema eleitoral.

O acordo envolve maior acesso do Congresso às verbas federais, e certa tolerância, por parte de líderes do centrão, com o discurso negacionista de Bolsonaro sobre a Covid-19.

Para modular as falas sobre as urnas e convencer os apoiadores, o presidente passou a afirmar que o pleito do próximo ano será mais confiável, pois as Forças Armadas passaram a integrar o grupo que fiscalizará a votação.

Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) convidaram para o posto de diretor-geral do órgão nas eleições o general da reserva Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro. Estará subordinada a ele a área de tecnologia, responsável pelas urnas eletrônicas e softwares utilizados nas eleições.

Ainda que o convite não tenha relação com Bolsonaro —até porque Azevedo e Silva deixou o governo após desentendimentos com o presidente—, seus apoiadores dizem ter sensação de maior segurança com a presença de um membro do Exército.

Nas últimas semanas de 2021, Bolsonaro ensaiou voltar ao tom de meses atrás, mas com ataques direcionados a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), não ao sistema eleitoral.

Criticou a corte e o ministro Alexandre de Moraes e falou palavrões publicamente, o que costuma ser um termômetro de sua irritação. Os arroubos, contudo, foram classificados por auxiliares como “desabafos”, ainda distantes de uma nova escalada golpista.

O ápice dos ataques às instituições promovidos por Bolsonaro ocorreu na semana do feriado de 7 de Setembro, quando ele convocou apoiadores às ruas para demonstração de apoio na queda de braço contra o STF.

Semanas antes das manifestações de raiz golpista nas ruas de São Paulo e Brasília, um desfile de blindados das Forças Armadas passeou pela Esplanada até o Palácio do Planalto, sob o pretexto de levar em mãos um convite a Bolsonaro para participar da Operação Formosa (em Goiás).

Ainda que o evento da Marinha ocorra anualmente, aquela foi a primeira vez em que houve um desfile de blindados até o Planalto para a entrega de convite. O ato ocorreu na manhã do dia em que o Congresso discutiria —e derrubaria – uma proposta de voto impresso, uma das bandeiras de Bolsonaro.

Enquanto a cada decisão do STF e a cada declaração do presidente a crise parecia não dar trégua, a estreita ala de bombeiros palacianos tentava contornar os ânimos dos dois lados.

Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo) passavam tardes inteiras reunidos na sala de Bolsonaro —o que não é habitual para ministros que devem despachar sobre diversos assuntos.

É nas tradicionais lives de quinta-feira que o mandatário conversa com seu eleitorado. E, naquela época, aliados do presidente cercavam-no durante a transmissão para sinalizar sempre que ele estivesse entrando no campo da crise institucional.

Sob a tutela do centrão, que entrou no governo no seu momento de maior fragilidade, com mais de uma centena de pedidos de impeachment, o Planalto de Bolsonaro se profissionalizou e aderiu de vez à dança do toma-lá-dá-cá.

Um dos principais aspectos desse casamento é que os dirigentes de partidos como PP, PL e Republicanos sempre deixaram claro que não embarcam em aventuras golpistas. Questionar o sistema eleitoral do qual precisam para se eleger não faz parte do repertório do centrão. Segundo relatos, foram categóricos ao explicar isso a Bolsonaro.

Tentaram ainda contornar o temperamento do chefe do Executivo com dois argumentos: as ruas cheias de apoiadores já seriam uma “fotografia” da demonstração de apoio que ele tem da população, o que poderia tranquilizá-lo, e sair das “quatro linhas da Constituição” é o que a oposição esperava que ele fizesse.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Eleitores pobres e da periferia migram de Bolsonaro para Lula

Cruzamento com dados da pesquisa Ipec indica volta deste eleitorado ao PT.

Cruzamento realizado com dados da pesquisa Ipec divulgada na semana passada mostra que os eleitores de menor remuneração, cuja renda familiar mensal vai até um salário mínimo, e aqueles que moram em municípios nas periferias de grandes centros urbanos são hoje os que mais acenam com a intenção de migrar do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o ex-presidente Lula (PT) na eleição presidencial de 2022. Entre os que declararam ter votado em Bolsonaro em 2018, segundo o Ipec, 45% apontam intenção de repetir o voto. Já os outros 55% indicam outras opções, inclusive a hipótese de votar branco ou nulo.

A pesquisa do Ipec, realizada entre 9 e 13 de dezembro, apontou que Lula é o principal herdeiro dos eleitores de Bolsonaro, dos quais 22% dizem que votariam no petista hoje.

O percentual que migra para Lula sobe para 32% entre os mais pobres, considerando os eleitores que já declaram agora intenção de votar em algum candidato, em branco ou nulo. Já entre moradores da periferia, categoria que inclui, por exemplo, habitantes de cidades da Baixada Fluminense e da Grande São Paulo, 37% dos que votaram em Bolsonaro em 2018 e já manifestam alguma intenção de voto hoje apontam preferência por Lula.

Na avaliação do cientista político Oswaldo Amaral, diretor do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop), da Unicamp, que realizou o cruzamento com base nos microdados da pesquisa Ipec, os números indicam um “retorno” do eleitorado que se distanciou do PT na última eleição.

— Em 2018, o PT perdeu votação expressiva nas periferias de grandes cidades, em um contexto de problemas econômicos do governo Dilma, casos de corrupção e alta do antipetismo. Depois de três anos de governo Bolsonaro, parece haver uma avaliação de que a situação atual é pior, especialmente em termos de renda e desemprego — afirmou Amaral.

No segundo turno entre Bolsonaro e o petista Fernando Haddad, o então candidato do PSL teve mais de dois terços dos votos válidos em municípios como Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em Itaboraí e São Gonçalo, parte da Região Metropolitana do Rio, e em Guarulhos e Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Bolsonaro também derrotou Haddad em redutos petistas do ABC paulista, como Diadema e São Bernardo do Campo

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Para fazer alianças com celebridades como “Mamãe Falei” foi que a Globo deu a Moro o prêmio “Faz Diferença”

Enquanto Lula aparece em filmagens sendo ovacionado pelo parlamento europeu, é recebido com honras de chefe de Estado em qualquer parte do mundo por onde passa, Moro, aquele juiz herói do Jornal Nacional, tem um magnífico encontro pra fechar a aliança do século com o magnânimo Mamãe Falei.

Um festival de mediocridade e provincianismo tosco.

A nossa classe dominante rococó não consegue se livrar do DNA de brega, minúscula, bocó.

Não é sem motivos que o ridículo da Globo manda os apresentadores do Oscar daqui do Brasil se vestirem cafonamente de trajes de gala.

Isso tudo é um caldo de vulgaridade.

Moro foi premiado pela Globo com o troféu “Faz Diferença” por isso, por esse talento para cumprir os papeis mais pichorrentos, aqueles que nem os mais ridículos dos seres cumpriria.

Essas duas imagens dizem muito sobre o momento atual que esse país vive e os desdobramentos nefastos que o povo sente na pele.

Foi um troço desse que a Globo empoderou através de um judiciário tão ordinário quanto ele, para destruir o país com as práticas mais baixas, torpes, sujas desse verme que desembocaram no golpe de uma mulher fantástica como a presidenta Dilma e a prisão de um símbolo mundial de liderança política como Lula, admirado em todo planeta.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Agora vai: Moro fecha sua primeira aliança, é com Mamãe, Falei

Enfim, o ex-juiz considerado parcial pelo STF, pra não dizer picareta, pode contar com um aliado, trata-se de Arthur do Val, o Mamãe, Falei.

Agora sim, a candidatura do ex-herói vai decolar. Se não fosse trágico, seria cômico.

Que força política tem o Moro!

Pré-candidato à presidência, Sergio Moro (Podemos), aquele mesmo responsável pela destruição de milhões de empregos no Brasil via Lava Jato, fechou sua primeira aliança após ter se encontrado com o deputado estadual Arthur do Val (Patriota-SP), o “Mamãe Falei”.

“Encontrei Arthur do Val. Eleito deputado estadual em 2018, ele tem se destacado na Assembleia. Estaremos juntos pelo Brasil e por São Paulo no próximo ano”, escreveu Moro em sua conta no Twitter.

“O Brasil precisará da sua locomotiva econômica para sairmos do atoleiro que nos encontramos”, prosseguiu o ex-juiz.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Auditores da Receita Federal ameaçam entrega coletiva de cargos em defesa de bônus

Auditores da Receita Federal estão se preparando para entregar cargos em protesto por não ter sido regulamentado um bônus de produtividade para os servidores, apesar de sinalizações positivas para essa implementação feitas pelo governo, informa O Globo.

A categoria ainda reclama do corte orçamentário para o órgão em 2022. O relatório da proposta do Orçamento de 2022, apresentado na segunda-feira pelo deputado Hugo Leal (PSD-RJ), promovia um corte de R$ 675 milhões na verba para para a gestão das soluções informatizadas da Receita Federal, como os softwares ligados à arrecadação e administração do Imposto de Renda.

Originalmente a previsão era de R$ 1,311 bilhão para essa finalidade.

Em nota, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Kleber Cabral, alega que esse corte seria usado para custear o reajuste salarial para policiais federais, um pedido do presidente Jair Bolsonaro ao relator.

Sindicato pede reconhecimento

O Sindifisco afirma que a Receita vem, ao longo dos últimos meses, quebrando recordes de arrecadação, “graças a um empenho extraordinário do seu quadro de Auditores-Fiscais e demais servidores”.

A entidade afirma que esse empenho foi derivado da expectativa da regulamentação do bônus eficiência, previsto em acordo salarial há cinco anos.

Segundo o Sindifisco, houve sinalização positiva para essa implementação da parte dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia), além do próprio presidente Jair Bolsonaro.

Os auditores reclamam do que consideram resistência do relator do Orçamento, Hugo Leal (PSD-RJ), que não incluiu previsão orçamentária para o pagamento dos bônus, e da omissão do governo em relação ao caso.

“Adicionando insulto à injúria, recursos da própria Receita Federal serão cortados para satisfazer os reajustes acordados com as carreiras policiais, numa demonstração de absoluto desrespeito à administração tributária, que, como nunca, tem se empenhado para prover a sustentação financeira do Estado brasileiro”, alegam em nota.

O sindicato considera que esse é um “quadro de rebaixamento e humilhação institucional” e convoca a categoria a uma contundente resposta, com paralisação do trabalho e entrega coletiva de cargos.

Em novembro, os auditores fiscais haviam aprovado uma “moção de desconfiança” contra o secretário da Receita Federal, José Tostes. A decisão, aprovada em assembleia da categoria, também aponta para a entrega de cargos como forma de protesto.

Poucos dias após esse protesto, Tostes perdeu o cargo em uma reestruturação no Ministério da Economia. Ele deve assumir um posto, a ser criado, de adido tributário na OCDE, em Paris. Para o comando do Fisco, o nome escolhido foi o do auditor fiscal Julio Cesar Vieira Gomes.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Vídeo: A velha mídia ataca a aliança Lula-Alckmin

Imprensa brasileira comandada pela oligarquia está profundamente incomodada com a aliança Lula-Alckmin. Isso significa duas coisas, a aliança fortalece Lula e deixa claro que essa mesma mídia vai dobrar a aposta em seu apoio ao genocida.

É disso que falamos nesse bate papo.

Assista:

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Lula & Alckmin estrelam o novo melodrama que a imprensa criou da política

The Intercept – Por Fabiana Moraes: “Divergências”, “ataques”, “rivais”, “inimizade”, “ofensas”: quando os primeiros boatos sobre a possível chapa Lula-Alckmin começaram a circular, diversos termos que indicavam animosidade entre os dois políticos pulularam no noticiário. Era hora de lembrar de antigos debates, acusações, ofensas; de um venenozinho aqui, outro venenozinho acolá. Refrescaram ativamente a nossa memória: cês tão lembrados que um já chamou o outro de “leviano”, que por sua devolveu com um “mentiroso”? Ai que delícia, é briga!

Esta recente produção jornalística sobre a provável dupla exemplifica como jornais e jornalistas agem muitas vezes tal qual um veículo voltado para a vida afetiva das celebridades, narrando dramas, separações e uniões de personagens que não parecem, por exemplo, legislar sobre nossas vidas, mas sim estrelar um novelão meio ruim. Ok, sabemos que há tempos política e entretenimento são também uma coisa só – não esqueçamos que Trump e Doria, por exemplo, saíram de reality shows –, mas estamos falando de uma cobertura diária que insiste em tratar como anormais questões absolutamente comuns e pertinentes ao campo da política, como acordos, disputas, coligações, uniões estratégicas etc. Além disso, essa cobertura ainda confere papéis bastante marcados a todos: há sempre um vilão (Bolsonaro? Lula? Xi Jinping?), um mocinho (Moro? Dallagnol? Biden?), um monstro (a corrupção) e uma vítima (nós, a sociedade).

Isso tem um custo social – e ele é alto: ao preferir “vender” ao público a ideia de que aquele espaço é povoado apenas por pessoas de caráter duvidoso que se juntam e se repelem sem maiores justificativas e ao contribuir com o senso comum do “político é tudo igual”, a imprensa acaba destruindo a própria política. E vocês sabem: esse desprezo por esse lugar central da nossa vida nos levou até um anti-sistema de araque que usa a faixa presidencial, manda mensagens no WhatsApp às quatro da manhã e corre atrás de militares e emas enquanto o país é depenado.

Dizer isso não é fechar os olhos para conluios realizados com o único objetivo de se apropriar do dinheiro público e garantir benesses pessoais – sim, espaços como o Congresso estão repletos deles, taí o orçamento secreto para nos mostrar (o jornalista Breno Pires vem traduzindo bem o esquema há tempos). Mas uma cobertura baseada tanto em fla-flus quanto na espetacularização de operações – te invoco, Lava Jato – não trouxe efetivamente nenhuma melhoria para que este Congresso honrasse os votos recebidos, pelo contrário.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma análise da imprensa que inclui outros espaços midiáticos levando em consideração capas de revistas, manchetes, memes e redes sociais, a pesquisadora Yvana Fechine, da pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE, percebe que, no Brasil, a abordagem melodramática é a marca por excelência da cobertura noticiosa da política. “Ela é marcada pela redução da realidade a dramas morais e à fixação de atores políticos em certas identidades, em papéis temáticos, como o vilão e o ladrão, e na qual o tema da corrupção é bem vocacionado para esse tipo de narrativa”.

Nesse sentido, a famosa “polarização”, palavrinha doce entre jornalistas que pesam na mesma balança carroça e avião, extrema direita e centro-esquerda, é o espaço perfeito para a fixação destes personagens onde não cabe qualquer complexidade: o caçador é sempre caçador, a bruxa é sempre má, a mocinha está sempre à espera da salvação. “O melodrama é essa cristalização de certos papéis nos quais os personagens não têm nenhuma subjetividade, nenhum psicologismo. Isso dialoga muito com a importância do melodrama nos países latino-americanos, em especial as telenovelas. É um sistema de personagens sem profundidade, do tipo dominador e dominado, o bem versus mal, os decentes versus os indecentes. Dentro desse jogo de papéis, o povo é sempre a vítima”, continua Yvana.

De fato, o personagem da corrupção é aquele mais evocado para garantir audiências e dar emoção à novela. Ele é difuso, generalizado, tem muitos dentes e está sempre ali, pronto para atacar. Lembro bem como ele era repetido continuamente no Jornal Nacional, nos anos 90, assombrando a hora do jantar da minha família. Ao mesmo tempo, nos apresentavam em rede nacional justamente um herói que iria salvar o Brasil da peste: Fernando Collor de Mello. Como no caso do presidente anti-sistema de araque, vocês também sabem onde essa história foi parar.

Mais recentemente, a receita foi novamente oferecida, com a imprensa elegendo Moro e Deltan como o Batman e o Robin que iriam nos livrar da corrupção então personificada pelo Charada, o ex-presidente Lula. Pode soar como brincadeira, mas o fato é que a operação causou um impacto enorme no setor social e econômico do país, como observou uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese: R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país de 2014 a 2017. Além disso, 4,4 milhões de empregos teriam sido extintos. O assunto foi discutido pelo advogado Walfrido Warde no livro “O Espetáculo da Corrupção”, no qual ele analisa os maiores erros da força-tarefa empreendida pelo MPF de Curitiba.

O autor compara a corrupção a um câncer sistêmico que, sem dúvida, precisa ser combatido, mas percebe os muitos efeitos colaterais do modus operandi comum, também, a setores da imprensa. A demonização da política, a desmoralização das instituições e a espetacularização das ações estão entre as práticas mais danosas. Ele argumenta que a concepção de uma política nacional de combate à corrupção precisa, por exemplo, de uma ação articulada entre órgãos e agentes públicos que trabalhem buscando parceria, e não protagonismos e estrelato – é impossível não lembrar aqui dos citados juiz e procurador de Curitiba que, após tornarem-se celebridades, vão em busca de cargos políticos. Para Walfrido, é preciso “uma política que se afaste do moralismo barato e alienado, que seja capaz de distinguir e de separar o que tem utilidade daquilo que não presta, e que prefira o pleno ressarcimento dos cofres públicos à vingança”.

Pois é.

Criador do canal e podcast Fora da Política Não Há Salvação, o cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas, pensou o programa justamente para discutir e popularizar a conjuntura política nacional sem simplificações que mais embotam do que iluminam a temática. Cláudio há muito percebe a criminalização da política e dos atos costumeiros à mesma, como acordos e coalizões.

Além disso, falácias como atribuir uma maior qualidade a uma pessoa porque ela tem mais perfil “técnico”, e não político ou ideológico (como vimos extensamente na cobertura da pandemia), também contribuem para que o olhar público sobre espaços como assembleias legislativas e poder judiciário seja sempre enviesado. “É preciso lidar com a política como um dado da realidade, e isso implica em defender a democracia”, diz ele, um crítico do termo “polarização” como sinônimo de “extremo”. “É uma posição preguiçosa, que considera atores do campo democrático antigos como PT e PSDB no mesmo espaço de um radical extremista como Bolsonaro. Ao mesmo tempo, essa imprensa é incoerente, pois se referia a Viktor Orbán como sendo da extrema direita”, continua ele se referindo ao ultradireitista primeiro-ministro húngaro, uma referência para o (infelizmente) presidente brasileiro.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com o melodrama correndo solto – e a desinformação idem –, o grande desafio de quem procura traduzir o cotidiano da política no debate público é ainda maior. Assim como Cláudio Couto, Yvana Fechine também tem, ao lado de professoras/es e alunas/os da UFPE, realizado debates políticos em um programa de rádio/podcast, o Fora da Curva. Ela assume que a tarefa não é simples. “Quando a imprensa reduz tudo isso a papéis e a narrativas simplificadas, esvazia a própria complexidade da política, um desserviço para população. A dificuldade é encontrar um discurso que não seja redutor e simplista, que seja compreensível para uma população que muitas vezes não tem formação política”.

Um exemplo, diz Yvana, são as diversas matérias sobre o preço da gasolina, que trazem números vários, mas não evidenciam que o valor alto do combustível está diretamente associado a uma decisão comemorada pelo mercado e parte da imprensa em 2016, quando a Petrobras passou a acompanhar o preço de commodities praticado no mercado internacional. “A busca é por uma abordagem crítica, um pensamento feito com profundidade e ao mesmo tempo que traduza a realidade. Não é entendendo que a audiência é formada por Homers Simpsons, mas superando os clichês redutores”.

Um dos casos recentes mais interessantes da popularização do debate político se deu através de uma iniciativa entre a cantora Anitta e a advogada e professora Gabriela Prioli, que se uniram ano passado para realizar uma série de lives sobre política. As perguntas são super básicas – e por isso mesmo importantes para quem tem pouco conhecimento sobre a política brasileira e quer se iniciar. “O que são os três poderes?”, pergunta a cantora, que escuta da também apresentadora quem são os atores de cada âmbito em nível federal, estadual e municipal, assim como suas responsabilidades.

Na época, várias pessoas criticaram a ação – ou melhor, o desconhecimento de Anitta sobre o que membros das assembleias legislativas, por exemplo, fazem a partir do momento em que são eleitos (mas e um presidente da República, que não conhecia uma autarquia que está sob a responsabilidade dele, o Iphan?). “É pedantismo puro, foi uma ação superlegal, que produz efeitos importantes, que abre espaço. O caminho é muito por aí”, diz Cláudio. Concordo: é somente, por exemplo, compreendendo de saída quem é quem nos espaços de poder que apitam na vida pública, quais são suas funções, limites e responsabilidades, que podemos localizar melhor os diversos atores (eleitos ou não) que frequentam as manchetes dos jornais. A partir daí, tenho fé, vamos achar mais absurdas ou no mínimo risíveis matérias como esta, publicada na revista Veja, na qual tanto o título quanto o texto se perguntam se Lula e Alckmin são, agora, “novos amigos”.

Não, isso é política – e, no caso do Brasil, sobrevivência –, estúpido.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768