Ano: 2021

Zambelli é intimada a depor em inquérito sobre atos violentos em 7/9

Informação foi divulgada pela própria deputada federal. A oitiva deve ocorrer até domingo (5/9), segundo a parlamentar.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou, neste sábado (4/9), ter sido intimada pela Polícia Federal a prestar depoimento no âmbito do inquérito destinado a apurar supostos atos criminosos e violentos de protesto às vésperas do feriado de 7/9, durante uma suposta manifestação e greve de caminhoneiros. A parlamentar diz que a oitiva deve ocorrer até domingo (5/9).

Em nota encaminhada à imprensa, Zambelli confirma que irá depor e alega ainda não ter tido acesso aos autos. A convocação ocorre dias antes dos atos do 7 de Setembro – data na qual estão agendadas manifestações em apoio a atos antidemocráticos.

“Em respeito à PF e à Constituição, me farei presente. É certo que, para mim, o mar ficará agitado após essa oitiva, mas nada impedirá que mantenha minhas convicções e acredite naquilo que sempre defendi”, diz a deputada.

*Com informações do Metrópoles

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Vídeo: A emocionante revelação de Thelminha (BBB) a Lula de como se formou em médica pelo Prouni

Essa manifestação do 07 de setembro que está arrastando pessoas ricas e que se hospedam nos hotéis mais caros do Brasil, em Brasília, não é exatamente o livre exercício de cidadania ou mesmo apoio a Bolsonaro, mas ao político nefasto que ele é, que trata negros e pobres como resto da sociedade. E eles, logicamente, são contra histórias como a de Thelminha e Gil que tiveram ascensão social através da educação pelos programas do governo Lula.

O que essa gente faz em Brasília é tentar impedir que Lula volte ao poder e, novamente, permita que milhões de brasileiros segregados pelo governo Bolsonaro tenham história como a desses dois que se emocionam e nos emocionam nessa lindo encontro com Lula.

Confira:

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Ministros do TSE avaliam hipótese de Bolsonaro ficar inelegível

Magistrados discutem nos bastidores estratégia jurídica que pode tirar presidente da disputa em caso de risco de ruptura; atos do 7 de Setembro podem ser usados como prova.

De acordo com reportagem do Estadão, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discutem uma estratégia jurídica que pode deixar o presidente Jair Bolsonaro inelegível para a eleição de 2022. O cerco judicial está se fechando a partir de um inquérito administrativo instaurado no TSE em resposta a uma transmissão ao vivo realizada pelo presidente, em julho, acusando o tribunal, sem provas, de fechar os olhos para evidências de manipulação em urnas eletrônicas.

Na visão desses magistrados, a depender do que acontecer e o tom adotado por Bolsonaro em seus discursos, os atos de 7 de Setembro poderão fornecer ainda mais provas contra o chefe do Executivo. O entendimento prévio é de que, uma vez configurado algum crime, o presidente poderá ter sua candidatura negada pela Justiça Eleitoral no ano que vem.

A estratégia da inelegibilidade é discutida nos bastidores para ser usada apenas em caso extremo, de risco efetivo de ruptura institucional, uma vez que, na avaliação de políticos, iniciar agora um processo de impeachment, a um ano e dois meses das eleições, seria tão traumático quanto inviável. Na ocasião em que foi aprovada a investigação no TSE, também foi determinado o envio de notícia-crime contra o presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), que foi aceita e incorporada ao inquérito das fake news.

Apesar de a discussão sobre o cerco jurídico avançar nos bastidores, a medida que pode dar base a uma eventual inelegibilidade de Bolsonaro é reconhecida pelos próprios ministros como pouco convencional. A Justiça Eleitoral nunca havia aberto ação parecida, por isso o discurso adotado é de que a alternativa só seria acionada em caso concreto de risco à ordem constitucional. Por outro lado, um ministro do TSE argumenta, em caráter reservado, que nunca houve um ataque tão frontal ao sistema eleitoral como agora e que, por isso, é preciso reagir.

Ameaçados de forma reincidente por Bolsonaro, essa foi a infantaria que os integrantes das mais altas Cortes da Justiça brasileira encontraram para preparar o contragolpe. “Se você quer paz, se prepare para a guerra”, disse Bolsonaro na quarta-feira, em cerimônia da Marinha no Rio. Ontem, mantendo o tom de ameaça, o presidente garantiu que os atos de 7 de Setembro serão um “ultimato” a ministros do STF. Os principais alvos de Bolsonaro são Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE, autores de decisões recentes que desagradaram ao Palácio do Planalto, como a prisão de bolsonaristas.

Em resposta às ameaças de Bolsonaro, o presidente do STF, Luiz Fux, fez um duro discurso anteontem, ao afirmar que a Corte não vai tolerar ataques à democracia, em referência aos atos do dia 7. “Num ambiente democrático, manifestações públicas são pacíficas; por sua vez, a liberdade de expressão não comporta violências e ameaças”, disse. Bolsonaro pretende discursar no feriado pela manhã, em Brasília, e seguir com comitiva para fazer o mesmo em São Paulo, à tarde.

PGR

Diferentemente de investigações criminais contra Bolsonaro em curso no Supremo, o inquérito administrativo no TSE é considerado uma alternativa mais viável por não depender exclusivamente de denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras.

Neste caso, além do Ministério Público Federal (MPF), partidos políticos possuem legitimidade para oferecer representação contra a candidatura do presidente; e será o próprio TSE quem julgará esses pedidos. O único requisito é que apresentem provas de que Bolsonaro cometeu crimes eleitorais.

O inquérito administrativo é comandado pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luis Felipe Salomão, e atualmente está na fase da coleta de provas. Ele é chamado de “Plano C” por aqueles que conhecem o seu teor, justamente por reunir evidências que podem ser usadas por partidos para contestar o registro da candidatura de Bolsonaro. A apuração compõe o cerco judicial com outras duas ações de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE, além de quatro inquéritos no STF que apuram crimes comuns do presidente.

O foco da investigação eleitoral é constatar se Bolsonaro praticou “abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea”.

A lei que regula os registros de candidatura afirma que serão inelegíveis os candidatos que “tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral”, com condenação em processo que investigue “abuso de poder econômico e político”. Caso o plano seja colocado em prática, Bolsonaro ficaria impedido de disputar eleições por oito anos.

Rubens Beçak, professor de direito constitucional e eleitoral da Universidade de São Paulo (USP), avalia que o teor subjetivo da lei de inelegibilidade ao definir condutas abusivas permite a interpretação formulada por membros do TSE. Ele pondera que sua aplicação é temerária por não haver precedentes e abrir espaço para contestações. “Dá muito mais higidez ao processo a participação do PGR, mas existe essa outra interpretação e ela parece muito plausível. Quem está pensando em fazer o inquérito pelo TSE, provavelmente, está pensando em dar uma rapidez maior e afastar a influência política do PGR recém reconduzido”, afirmou. “Seria um procedimento completamente heterodoxo, porque isso nunca aconteceu dessa forma. Isso vai criar um precedente tremendo para que possa ser usado contra outros presidentes candidatos à reeleição. Dá um poder desproporcional à Justiça Eleitoral.”

Fake news

Parte dos ministros do STF avalia que o inquérito das fake news também poderia ser um caminho para frear Bolsonaro por possuir amplo potencial incriminatório, mas o entendimento é de que é nula a possibilidade de Aras apresentar denúncia contra o presidente.

O atual PGR já expressou nos bastidores o desejo de ocupar uma vaga no STF e, caso seja mantida a fidelidade a Bolsonaro, poderá ser ele o escolhido para substituir o ministro Gilmar Mendes a partir de 2023, na eventual reeleição do presidente. Na vaga aberta neste ano, Aras foi preterido por André Mendonça, que agora enfrenta a resistência de senadores para tomar posse do cargo.

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O principal legado de Lula foi mostrar que o Estado tem obrigação e pode promover a melhoria de vida do povo

A percepção que a sociedade teve do Estado a partir do governo Lula, foi uma verdadeira revolução cultural, pois ele provou por A + B que o Estado tem como fazer as coisas mudarem na vida de cada cidadão brasileiro.

Mais do que isso, Lula utilizou o provérbio, “a palavra convence, o exemplo arrasta” e mostrou que a discriminação, o racismo e todas as questões que envolvem o preconceito contra os pobres no Brasil, dependem, sobretudo da relação do Estado com a sociedade, desde sua formação à sua moradia.

O nome disso é cidadania que foi mutilada durante toda a história do Brasil, num país em que o pistolão sempre foi uma celebridade para a classe dominante e serviu como uma espécie de modelo cívico dentro do Estado brasileiro. Ou seja, quem podia utilizar a força do Estado eram algumas empresas e algumas pessoas, não o povo.

As outras camadas da sociedade, sobretudo as mais pobres, jamais tiveram acesso às condições essenciais de vida até que Lula chegou e, com uma política inédita de programas de inclusão mudasse completamente a situação dos segregados do país.

Esse exemplo arrastou uma multidão que guarda, mais do que na sua memória afetiva, os feitos de um presidente que venceu todos os preconceitos característicos do Brasil, para se tornar o grande líder de quem sempre encontrou o Estado de costas.

Com isso, o país formou uma outra consciência que nem o mais reacionário dos fascistas conseguiu desfazer.

Bolsonaro, certamente, gostaria de varrer o pobre do orçamento, mas não consegue. Quem ele imaginava ser o resto da sociedade, depois de Lula, é um cidadão, e este cidadão já sabe que o Estado tem como prover, mais que isso, tem a obrigação de prover seu bem-estar, sua evolução, sua inclusão nos meios de produção e cidadania.

E é esse país que o Brasil pode voltar a ser, com a volta de Lula, é que está a cada dia levando Bolsonaro, em tempo recorde, ao recorde de desaprovação, garantindo com isso, uma reintegração com uma perspectiva da volta de todo um modelo de governar criado por Lula, porque no seu governo não existiam pessoas consideradas inferiores, todos eram cidadãos.

E esse clima que jamais existiu no Brasil, aonde as grandes vítimas sempre foram os pobres com uma perversa segregação, foi engolido pelo consagrado projeto que Lula implantou e que, por conseguinte, organizou o Brasil a partir dos “de baixo”, respaldado na ideia de que o Estado é responsável pela vida de cada brasileiro.

O que se vê hoje é a tentativa de inserir novamente dentro do Estado a democracia de mercado em que este e não o cidadão, é o centro das atenções, qual vive-se hoje com Bolsonaro, projeto iniciado por Temer depois do golpe em Dilma, mas que encontra um cidadão bem mais pleno da consciência de que essa violência contra as camadas mais pobres da população é um grave crime contra o próprio país e que todas as mazelas, se não foram superados por completo nos governo Lula e Dilma, foram combatidas com políticas concretas que melhoraram muito a vida de centenas de milhões de brasileiros.

E é isso que faz com que uma minoria de reacionários reaja de forma violenta, cega e ensandecida apoiando, com certeza, o pior de todos os brasileiros, com uma família criminosa que ocupa o Palácio do Planalto.

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Vídeo: Para Bolsonaro, 07 de setembro é a aposta de um desesperado, é a confissão de um derrotado

Quanto mais se aproxima o 07 de setembro, observando toda a movimentação para os atos, mais se vê o tamanho do desespero de Bolsonaro. Não se trata do aumento da carga fascista, a questão é que eles estão constatando que a sociedade já se deu conta da realidade dos fatos e, com isso, ela começa a ter o controle sobre o Estado, a mostrar uma posição clara sobre como vê Bolsonaro. Para tanto, basta ver o resultado das pesquisas para as eleições de 2022.

Bolsonaro utiliza o dia 07 de setembro como sua tábua de salvação, age como alguém que não vê outra alternativa diante dos inúmeros e diários escândalos, claro, o mais relevante, o da corrupção ministério da Saúde, revelado pela CPI do genocídio.

Agora, mais claro ainda, revela-se o esquema de rachadinha ou peculato, montado pela família Bolsonaro, que envolve a ex-mulher, Ana Cristina Siqueira Valle, a mãe de Jair Renan, o 04. Desta vez, a coisa ganhou uma dimensão que pode sim, chegar a um final nada feliz para o clã.

Assista:

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Sem brilho próprio, Bolsonaro joga sua sobrevivência no 07 de setembro, o que é uma confissão de derrota

Para Bolsonaro, o dia 07 de setembro servirá para que as investigações sobre os casos de corrupção na chamada rachadinha que envolvem toda a família não caminhem, o que por si só já é uma grande bobagem, assim como ocorre com a CPI que tem descortinado um esquema gigantesco de corrupção dentro do ministério da Saúde.

A luta de Bolsonaro é essa. Na verdade, ele, com essa atitude, confessa a sua incapacidade de dar conta de várias frentes de batalha contra a justiça e, pouco importa o barulho que venha a fazer contra o STF se tiver êxito no número sonhado por ele nos atos de Brasília e da Av. Paulista.

Essa mobilização, todos sabem, é absolutamente artificial, justamente porque Bolsonaro não tem brilho próprio, nunca teve e nunca terá.

Para piorar, os banqueiros já sabem que, pelo rumo que a economia tomou, eles não têm escolha, ou salvam os bancos ou salvam Bolsonaro. Neste caso, seguindo a própria lógica, salvarão os seus negócios e, portanto, já o atiraram ao mar. Isso significa que no episódio seguinte, em questão de dias, será este o resumo que os empresários brasileiros farão em função da crise que bate na porta de todos eles.

Bolsonaro caminha sobre campo minado, seus movimentos estão cada vez mais restritos, e quem lhe mostra isso são as manchetes da mídia com escândalos a granel que, estampados em garrafais, somados a um custo de vida que está arrancando o sangue dos brasileiros, as pesquisas lhe trazem só más notícias.

Se resolveu enfrentar a justiça usando o STF como bode expiatório, Bolsonaro, certamente vai perceber, a partir do dia 08, que esse caminho não lhe renderá qualquer fruto, ao contrário, vai lhe custar ainda mais caro, como já está custando.

Não serão os seus apoiadores que segurarão com as mãos a tempestade que enfrenta, nem se colocasse 5 milhões de pessoas nas ruas, porque de uma coisa já se tem certeza, fora seus fanáticos seguidores, o Brasil como um todo não aceita ser refém do genocida.

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Vídeo: O que acontecerá com um Bolsonaro enfraquecido e desacreditado a partir de 8 setembro?

Bolsonaro, desesperado, apela para a manifestação de 07 de setembro e, com isso, mostra que está extremamente enfraquecido e pede para que os bolsonaristas o socorram porque não consegue ficar em cima das próprias pernas.

E o que acontecerá com ele a partir do dia 08? Como estará a sua vida, a cena política e como continuará a não governar o país com escândalos atrás de escândalos que não param de pipocar diariamente contra ele e sua família?

Assista:

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Empresas ligadas a ex-mulher de Bolsonaro podem ter sido usadas para ocultar dinheiro de rachadinha no gabinete de Carlos, diz MP

Vereador também teve os sigilos quebrados em investigação que apura funcionários ‘fantasmas’ no gabinete dele na Câmara.

De acordo com reportagem do G1, a Justiça do Rio quebrou os sigilos bancário e fiscal de sete empresas relacionadas a Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, além de contas pessoais dela.

O Ministério Público suspeita que as empresas tenham sido usadas para ocultar dinheiro de suposta prática de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Ana Cristina foi chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 e 2008.

Empresas ligadas a ela, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), realizaram movimentações financeiras consideradas atípicas, o que reforça “a hipótese de que [essas empresas] possam ter sido utilizadas para ocultação do desvio dos recursos públicos oriundos do esquema da rachadinha na Câmara de Vereadores”.

Ana Cristina Siqueira Valle é mãe de Jair Renan, o filho “04” do presidente Jair Bolsonaro.

Conforme a GloboNews noticiou com exclusividade na última terça-feira (31), a 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado determinou a quebra dos sigilos de 27 pessoas, entre elas do vereador Carlos Bolsonaro. A decisão é do dia 24 de maio.

Ana Cristina foi chefe do gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 (quando ele assumiu seu primeiro mandato na Câmara de Vereadores) até 2008, quando ela se separou do então deputado federal Jair Bolsonaro.

Em relação à empresa Valle Ana Consultoria e Serviços de Seguros Ltda., da qual Ana Cristina possuía participação de 90%, o MP afirma que mais da metade dos débitos da conta bancária consistiram em saques de dinheiro em espécie, que totalizaram mais de R$ 1,1 milhão entre 2007 e 2015.

Sobre a empresa Totalvox Comunicações, o Coaf apontou movimentações “incompatíveis com a capacidade financeira declarada” e também diversos “pagamentos e transferências envolvendo pessoas físicas, sem causa aparente, dificultando a identificação da origem e destinação de parte dos recursos”.

Dinheiro vivo

Ao longo de 20 anos como vereador, Carlos Bolsonaro teve dezenas de assessores. O Ministério Público suspeita que alguns deles tenham sido “fantasmas” para desviar salários.

Os promotores citam semelhança do modus operandi da “rachadinha” que também ocorreria no gabinete do então deputado estadual do RJ Flávio Bolsonaro, o irmão mais velho.

A prática se dá com saques de dinheiro em espécie das contas de assessores “fantasmas” que são entregues a um funcionário de confiança.

O dinheiro vivo é, então, usado para pagar despesas ou adquirir bens para o parlamentar.

O Ministério Público identificou que Carlos Bolsonaro usou grandes quantias de dinheiro vivo em pelo menos três oportunidades:

  • R$ 150 mil para compra de apartamento na Tijuca, em 2003
  • R$ 15,5 mil para cobrir prejuízo na Bolsa de Valores, em 2009
  • R$ 20 mil guardados em casa, de acordo com declaração dada ao TSE no ano passado

Chefe de Gabinete

Ana Cristina Siqueira Valle é apontada como integrante de um dos seis núcleos do suposto esquema. Desde junho, Ana Cristina e Jair Renan moram em uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, área nobre de Brasília (veja no vídeo acima).

O aluguel de casas vizinhas à da ex-mulher do presidente da República e de Jair Renan é de cerca de R$ 15 mil por mês. Ana Cristina pagaria R$ 8 mil, mais do que o salário de R$ 6,2 mil que recebe como assessora da deputada federal Celina Leão, do Progressistas.

Ana Cristina também foi alvo de comunicações do Coaf. O documento revela que, durante o período em que esteve à frente do gabinete de Carlos Bolsonaro, ela recebeu “depósito de elevadas quantias de dinheiro em espécie em sua conta bancária”.

Em 2011, ela recebeu depósitos de R$ 191 mil e R$ 341 mil. Em conta, ela tinha R$ 602 mil. Segundo o Coaf, o valor é incompatível com sua renda.

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Entidade pede à ONU presença de observadores para 7 de setembro

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos solicitou que a ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos destaquem observadores para acompanhar as manifestações convocadas para o dia 7 de setembro.

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) é um órgão colegiado que tem por finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos no Brasil. A entidade é formada por 11 representantes da sociedade civil e 11 do poder público, incluindo a Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos estados e da União (CNPG) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em cartas obtidas pela coluna e enviadas para as Nações Unidas e para o órgão americano, o Conselho pede que o monitoramento internacional ocorra principalmente nas cidades de São Paulo e Brasília e alerta que a ameaça à democracia é “iminente”.

O objetivo dos observadores seria relatar violações aos direitos humanos de quem defende a democracia brasileira. Os ofícios foram endereçados ao representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas, Jan Jarab, e à presidenta da CIDH, Antonio Urrejola.

“Diante da escalada de ameaças ao Estado Democrático de Direito no Brasil, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) apresenta ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos um alerta importante com vistas a que, no âmbito de suas competências, ela possa tomar as medidas cabíveis, com o apoio dos setores alinhados com a defesa dos direitos humanos e da democracia no Brasil”, diz a carta.

“Além de ameaçarem que não haverá eleições presidenciais em 2022, ao passo em que se aproxima a data comemorativa da Independência do Brasil, 7 de setembro, setores antidemocráticos amparados pelo presidente da República têm propagado ameaças de um golpe de Estado”, afirma.

“Por esse motivo, à medida em que crescem em intensidade e magnitude as ameaças de um golpe em 7 de setembro, o CNDH dirige-se ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos solicitando que sejam designados observadores externos, especialmente às cidades de Brasília e de São Paulo, para relatar violações aos direitos humanos dos que defendem a democracia brasileira”, solicita.

Nesta quinta-feira, o Conselho ainda publicou uma nota em defesa da democracia. “A data de 7 de setembro vem sendo anunciada como marco de uma empreitada golpista por fontes oficiais e por grupos que propagam ataques chancelados pelo discurso do ódio e da desagregação”, diz o órgão.

Para seus membros, “manifestações de repúdio não são suficientes para as instituições brasileiras verdadeiramente comprometidas com a democracia, já que apenas no ambiente democrático é possível preservar e ampliar os direitos humanos”.

Em nota, o CNDH alerta para os “ataques de grupos à democracia brasileira, em boa medida respaldados por falas de autoridades do Estado, incluindo o presidente da República, que deturpam o sentido do feriado de 7 de setembro, dia da Independência, que em nossa História e no imaginário nacional corresponde aos ideais de soberania e da liberdade, em sentido inverso do golpismo e da discórdia”.

O Conselho ressalta que setores antidemocráticos ameaçam que não haverá eleições presidenciais em 2022, incitados pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Infelizmente, os ataques à democracia pelo atual presidente da República sempre fizeram parte de seu discurso. Com a proximidade de um ano eleitoral, em que o povo brasileiro decidirá nas urnas sobre a nova ou o novo presidente da gestão 2023 a 2026, os posicionamentos antidemocráticos voltaram-se para o próprio processo eleitoral e as instituições que o amparam, questionando-se, sem qualquer lastro probatório, o voto secreto, democrático e a apuração transparente e eficiente dos votos”, disse.

“No sentido inverso desses ataques, o sistema eleitoral brasileiro é reconhecido internacionalmente por sua eficiência e transparência. É seguro, auditável e, ademais, foi por meio desse mesmo sistema que o atual presidente da República chegou ao poder”, completa.

*Jamil Chade/Uol

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Jornalista da TV Senado é demitida após corrigir fake news de Marcos Rogério

Uma jornalista foi demitida da TV Senado após corrigir uma informação descontextualizada divulgada pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO) durante sessão da CPI da Covid. “Senador Marcos Rogério mostra vídeo de um ano atrás, já retratado pelo dr. Drauzio Varella”, dizia a legenda feita por ela, que apareceu na tela da transmissão.

“Nós não somos uma agência de verificação de fatos”, afirmou a coordenadora da TV Senado em Brasília, ao justificar a demissão. A denúncia foi feita pela jornalista Amanda Audi, que publicou uma reportagem sobre a censura que tem ocorrido nas emissoras públicas no site The Brazilian Report.

“Criadas para aumentar a transparência em relação ao trabalho do Congresso e do governo, as TVs públicas no Brasil têm falhado no combate à desinformação. Os repórteres são desencorajados de histórias que poderiam pintar o governo de uma forma negativa”, escreve Amanda Audi.

Correção na TV Senado

O episódio aconteceu na sessão de 22 de junho, quando Marcos Rogério – senador que tenta proteger o governo de Jair Bolsonaro em todas as sessões da CPI, onde são revelados diversos escândalos relacionados ao [não] combate à pandemia pelo Executivo federal – exibiu um vídeo do dr. Dráuzio Varella de janeiro de 2020, quando o coronavírus ainda não havia chegado ao Brasil, em que ele dizia que os brasileiros não precisavam mudar sua rotina por causa do vírus.

Já em março de 2020 —quando foi declarada a pandemia— Drauzio havia mudado sua recomendação. Em abril daquele ano, o médico reconheceu que “subestimou” a gravidade da pandemia no início.

Como é típico do processo de produzir e espalhar desinformação nos tempos atuais, o vídeo era verdadeiro, mas fora de contexto. E com ele Marcos Rogério dava a entender que Drauzio, com toda a credibilidade que tem junto à sociedade, dava aquela recomendação ainda naquele momento, da transmissão do vídeo. “Está aí o dr. Drauzio Varella”, afirmou Marcos Rogério após a exibição do vídeo, provocando um bate-boca na CPI.

*Com informações do 247

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