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O que está em jogo em 2022 é Lula que saiu do governo com 87% de aprovação x Bolsonaro, que representa um governo que não aconteceu

O que vai definir a eleição de 2022 é a vida como ela é, é o pote de farinha, o feijão e até as bugigangas com as quais os trabalhadores gastavam seus salários, salários que a cada ano, durante todos os anos dos governos Lula e Dilma, tinham ganho real e, consequentemente, isso se transformava no motor da economia que fez, por exemplo, com que figuras como o Véio da Havan expandisse enormemente seus negócios durante os governos de Lula e Dilma, sem precisar se fantasiar de palhaço Malaquias verde e amarelo para se dizer bolsonarista.

O trabalhador não vai à loja da Havan porque seu dono se veste de palhaço, ele só vai se tiver poder de compra e, logicamente, emprego, coisa cada vez mais escassa no Brasil de Bolsonaro. Uma fotografia absolutamente oposta ao do governo Lula. Daí a diferença da aprovação de 87% de Lula para a de 20% de Bolsonaro.

Ora, se o povo brasileiro não se esquece até hoje da pindaíba que viveu no governo FHC, rejeitando por cinco vezes consecutivas o PSDB, vai esquecer o que ele já viveu nesses três anos de governo Bolsonaro, incluindo o ano de 2022 que promete ser pior?

Bolsonaro não será julgado nas urnas por questão moral, racial ou mesmo sanitária por ter provocado a morte de 620 mil pessoas. Lógico, isso terá um peso negativo, mas muito mais para justificar o fracasso econômico de alguém que simplesmente não governou o país a partir da balela neoliberal de Paulo Guedes de que o mercado dava conta de criar empregos através de reformas, ao contrário, só fizeram piorar a vida dos trabalhadores.

Bolsonaro, em 2018, era um saco vazio de propostas. Em 2022, ele se apresentará como um saco vazio de feitos, pois não fez nada de concreto para melhorar a vida do povo um bocadinho que fosse, ao contrário, 30 milhões de brasileiros foram devolvidos à miséria e o Brasil ao mapa da fome, fazendo um caminho diametralmente oposto ao de Lula que tirou 40 milhões da miséria gerando empregos com valorização crescente do salário dos trabalhadores.

E é isso que já assistimos nas pesquisas de opinião. Como Bolsonaro reverterá um quadro como esse quando tudo caminha para um desastre econômico ainda pior do vivido em 2021?

Para a população, pouco importa a desculpa esfarrapada de que a culpa é do “fique em casa”. Os brasileiros estão interessados nessa conversa fiada e nem nas suas inúmeras requentadas farsas da facada. Ninguém acredita naquilo e, mesmo se acreditasse, não mudaria nada a realidade trágica que os brasileiros vivem durante o seu governo. É isso que vai contar.

A terceira via nada mais é do que mais um saco vazio de propostas, pior, compra com gosto a agenda de Paulo Guedes, defendendo o mesmo arrocho dos trabalhadores e os mesmos resultados trágicos para a vida do povo brasileiro.

Moro, por exemplo, defendeu o editorial do Estadão que ataca Lula por ter falado em revogar a perda dos direitos dos trabalhadores.

Em síntese, o que o Estadão escreveu é que a vida dos trabalhadores piorou muito para o bem deles.

Nisso, não há nada de inédito. FHC cansou de utilizar o mesmo método e até hoje, quando o trabalhador o vê na televisão, desliga o aparelho ou sai da sala. É automático e intransferível.

E é esse mesmo processo que Bolsonaro enfrentará na eleição de 2022.

Ao fim e ao cabo, o que está em julgamento é a carne na mesa dos brasileiros, com Lula e, com Bolsonaro, é o desempregado na fila do osso.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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